Moonbyul encarava as cinco caixinhas de tamanho mediano sob a cama. Elas eram de madeira e cada uma estava envolta por um laço de fita de cor diferente. Suspira audivelmente.
- Parece que vocês terão que esperar.
O corgi que estava deitado próximo a ela no colchão se remexe inquieto encarando os objetos.
- É parceiro. Eu sei. Também estou ansiosa.
Braços pálidos e fortes envolvem a cintura de Moonbyul. Que logo sente um beijinho sendo depositado em seu pescoço e o queixo de Solar descansando em seu ombro esquerdo.
- Não vai mesmo contar?
- Acha que eu deveria?
- Ainda não. Mesmo que queira muito muito muito. Não me parece o momento certo.
- É... - Concorda se aconchegando ao corpo que a esquentava.
- Por que aquela está separada? - Pergunta ao ver uma caixinha solitária no criado mudo.
Moonbyul morde o lábio inferior meio incerta.
- Vou levar para ela...
No mesmo instante Solar a vira de frente para si procurando algum sinal da hesitação que se encontrava ali desde que saíram da Austrália.
- Tem certeza? - Pergunta e Moonbyul acena com a cabeça – Okay – Abre um largo sorriso – Eu dirijo.
- Solar...
- O que?
A platinada encara um ponto fixo no quarto. Parecia buscar as palavras certas.
- Nem pense em ir sozinha.
- Mas amor. Eu...
- Nem adianta Moon. Não vou deixar vocês andando sozinhos por aí – Decreta por fim e Moonbyul cede, notando que seria perca de tempo ir contra a esposa naquela decisão.
(…)
Quando deu por si Moonbyul já estava caminhando em meio aos corredores cinza daquela penitenciária. Tendo calafrios ao se lembrar da ultima vez que esteve ali. Logo antes de se mudar. Lembrava bem de encarar a mulher inexpressiva pelo vidro. De falar ao telefone, implorar e chorar na frente da mãe que manteve-se firme e sem fazer nenhuma menção de falar durante todo o tempo da visita.
Moonbyul viu aquele ato como a maior prova do desamor da mulher para consigo. Mas mal sabia ela que era o instinto de mãe que protege sua cria a qualquer custo, mesmo que o preço a pagar fosse fazê-la se afastar. A senhora Moon não queria ser um peso. Não queria sujeitar a filha a ter que visitá-la naquele lugar. Queria que Moonbyul tivesse um futuro. Que seguisse sua vida, como não havia podido seguir até aquele momento. Mesmo que em troca recebesse seu ódio. Bem, assim ela pensava. Mas o quão grande não foi sua surpresa ao ver o enorme guarda na porta de sua cela. Chamando-a para que fosse receber sua visita.
O coração da mais velha palpitava quando parou frente a porta da sala de visitas.
Assim como o de Moonbyul, lá dentro, saltava dentro do peito em ansiedade.
O guarda abre o objeto de madeira guiando a senhora para dentro e no mesmo instante que os olhos cansados encontraram os brilhantes e ansiosos da filha, lágrimas se fazem presentes em ambas.
Senhora Moon caminha até a mesa sendo recebi por um abraço súbito.
- Sem contato físico – Moonbyul pode ouvir o homem falando. Mas o ignorou. Ninguém lhes roubaria aquele momento. Já haviam perdido muito.
A mais velha sente o aperto ao redor de seu corpo e deseja com todas as forças que estivesse com as mãos livres da algema para que pudesse retribuir.
- Eu senti tantas saudades – Moonbyul começa após já estarem sentadas uma de frente para outra – Não houve um dia em que não pensasse em você aqui e como deveria estar.
Os olhos da mais velha caem sobre a aliança que reluzia no dedo anelar de Moonbyul e essa morde os lábios, tentando esconder a mão.
- Você casou – É a primeira coisa que ela diz. E aquilo a fez sentir ainda mais certa de sua decisão há alguns anos. Abrindo um sorriso.
- Sim – Reponde com um sorriso de canto ao olhar para objeto – Ano passado. Em uma praia. Na Austrália – Diz orgulhosa.
- Deve ter sido lindo – Sorri. Moonbyul estava inquieta e com as sobrancelhas franzidas. Um típico sinal de quando estava nervosa. Apesar dos traços mais maduros. Não parecia ter mudado tanto afinal – Você e seu... Hum... Moram lá agora? - Pergunta analisando as feições nervosas de Moonbyul. Sabia que na verdade poderia ser “sua” dado a cena presenciada anos atrás. E não se importava nem um pouco com isso.
- Moramos... - Abaixa o olhar – Mãe eu preciso lhe contar uma coisa. A pessoa com quem me casei talvez não seja como você imagina. Bem... Ela... Ela é...
- Sua colega de apartamento?
Moonbyul levanta o olhar assustado em direção a senhora que a encarava com uma expressão amistosa e um pouco risonha.
- Como você...
- Oh minha querida – Segura as mãos dela sob a mesa como podia – Eu sempre soube que era diferente e... Eu as vi. Você e essa moça no hospital. Naquele dia. Eu ouvi toda sua conversa – Espera alguns segundos para que Moonbyul absorvesse o que dizia – E antes que pense qualquer coisa. Eu fiz o que fiz por querer. Por minha vontade. Por estar simplesmente farta – Falava compassadamente. Moonbyul já chorava baixinho – Sou ciente do ato que cometi e assumi todas as responsabilidades por isso.
- Era por isso... Que se recusava a falar com os advogados quando eles vinham aqui? Estava tentando se punir?
- Também. Mas... Eu não queria que tivesse que se preocupar com isso. Que gastasse mais ainda comigo. Só queria que você seguisse sua vida.
- Não fui eu quem pagou por aqueles honorários. Eu não poderia. Mesmo com meu antigo trabalho. Foi Solar. Ela... Me ajudou e esteve ao meu lado em todos os momentos. Me ajudou após a morte de Heechul. Me ajudou com os agiotas. E... Me ajudou a superar sua rejeição.
O silêncio paira no ar. Senhora Moon absorvia toda a mágoa sentida na voz de Moonbyul. E repetia para si mesma mais uma vez que havia feito a coisa certa.
- Foi para o seu bem.
- Para o meu bem?
- Sim. Eu sempre quis e quero acima de tudo que você seja feliz Byul. E ficar presa a uma velha em uma penitenciária não iria lhe trazer nada a não ser dor de cabeça. Fiz o que fiz para que pudesse seguir com sua vida e não me arrependo desta decisão.
- Mesmo que tivesse que quebrar meu coração no meio do processo?
- Você... Só poderá entender plenamente meus motivos quando for mãe.
Moonbyul sorri tristemente. Pensando que jamais faria o mesmo com seu filho.
- Cinco minutos – O guarda anuncia da porta.
Ainda sob olhar indecifrável da mãe, Moonbyul pega a caixinha que estava no chão ao lado de sua cadeira. Estendendo-a em direção a mulher que encara curiosa. Não poderia fazer aquilo “legalmente” falando. Mas Moonbyul havia aprendido muito sobre os privilégios que o dinheiro poderia comprar durante aqueles anos.
- Como você conseguiu...
- Isso não vem ao caso – Sorri docemente – Abra.
A senhora Moon começa a desfazer o laço vermelho. Logo abrindo a pequena caixa de madeira, exibindo os dois sapatinhos vermelhos minúsculos. No mesmo modelo de um “Allstar”. Acima estava o adesivo com nuvens coloridas e os dizeres “I am coming soon”.
- Eu estou chegando – Moonbyul traduz a frase para a mulher que tinha os olhos marejados e acariciava os sapatinhos – Parabéns halmeoni. (N/A: Vovó)
- Oh meu Deus – Limpa algumas lágrimas – Você...
- Eu estou grávida. Pouco mais de quatro semanas.
Nesse momento o home adentra a sala quebrando totalmente o momento.
- Preciso levá-la – Avisa.
Moonbyul se levanta parando em frente a mãe que já estava de pé.
- Eu irei tirar você daqui.
- Esta é minha vida agora – Fala sem coragem para encará-la – Já aceitei meu destino.
- Eu não aceito! Eu irei tirar você daqui – repete – E nós iremos criar essa criança com todo o amor do mundo.
A ultima coisa que viu antes dela ser arrastada para fora foram as lágrimas caindo por seu rosto e não aguentou mais segurar as suas próprias. Bastava de sofrimento.
Iria iniciar um novo ciclo com sua família unida.
(…)
Baekhyun adentra o restaurante. Estava extremamente feliz com a decisão de Hye-jin. Mesmo que tentasse ser imparcial em seu trabalho. Em casos como aquele não conseguia. Estava tenso desde que vira Hye-jin pela ultima vez. E com medo da possibilidade de que ela pudesse rechaçar o irmão.
- Boa tarde – Se levanta para cumprimentá-las assim que chegam próximo a mesa – Senhorita Hyejin – Aperta sua mão – Wheein – Repete o processo.
- Boa tarde Baekhyun – Sorriem em direção ao homem.
- Querem pedir primeiro?
- Não. Obrigada. Já almoçamos – Hye-jin responde – Na verdade... Gostaria que fossemos direto ao ponto.
- Okay – Puxa sua maleta colocando-aa sobre a mesa – Aqui está – Tira alguns papeis de dentro, colocando-os frente a Hye-jin – Preciso de sua assinatura para que possa assegurar legalmente que você recebeu os documentos.
Hye-jin os lê brevemente, vendo que tratava-se apenas da notificação da morte dos pais e de suas prerrogativas como herdeira. Assina em seguida.
- E quanto a Holland? - Pergunta ansiosa.
- Certo – Fecha a maleta – Esses papeis eram de minha responsabilidade até que assinasse já que estou representando o poder publico. Para que eu possa progredir com a papelada quanto ao seu irmão. Teria que ser contratado por você. Como advogado legal do seu caso.
- Ela não vai precisar – Uma voz feminina ressoa próximo a eles – Ela já tem uma advogada.
Todas na mesa se viram para encarar a loira em um terno rosé. Sapatos altos pretos e uma pose imponente. Impossível de se confundir.
- Tae-yeon!
(…)
Após um longo abraço repleto de saudade e depois de muitas lágrimas derramadas. Tae-yeon insiste que fossem para um lugar onde pudessem conversar melhor, e elas logo se despedem de Baekhyun e decidem ir ao apartamento das duas. Tae-yeon então começa a atualizá-las sobre os últimos cinco anos. A advogada havia ido se especializar fora do país, mais especificamente, no Canadá. Acabando por conseguir um emprego em uma renomada empresa de advocacia e ficando por lá. Com a nova rotina foi deixando aos poucos de manter contato, inclusive com a própria família que só conseguia falar com ela nos feriados ou datas comemorativas, quando esta não estava afundada no trabalho.
Explicava calmamente.
Naquele ultimo mês havia decidido tirar um tempo para si. Indo para um retiro de meditação nas montanhas. Informação essa que conseguiu arrancar alguns risos fracos porém verdadeiros de Hye-jin. Não conseguia imaginar Tae-yeon em meio a natureza daquela forma.
- Então foi isso. Eu soube do ocorrido há uma semana, assim que voltei para a civilização e comprei as passagens de volta para Coreia no dia seguinte.
- Quer dizer que você está aqui há mais de cinco dias?
- Sim.
- E não me procurou? - Pergunta tentando não ficar ofendida.
- Fiz algo melhor – Sorri complacente – Pega a bolsa Gucci preta sob suas pernas. Puxando uma pequena pasta transparente de lá – Aqui está. Todo o Royal State da sua família e todas as informações que precisa saber para que tome posse de tudo. Estive correndo atrás disso durante todos esses dias – Explicava enquanto a morena folheava o pequeno “dossiê” montado pela amiga, paralisando ao chegar na ultima folha.
- E-este é... - Pergunta com a voz falhada enquanto encarava a foto do garotinho.
- Ahn Holland.
(…)
O mercedez benz prata estava parado em frente ao orfanato central de Seoul. O prédio mantinha uma faixada antiga, mas bem conservada. Era pintado de uma cor marrom, quase vermelha e as janelas de vidro brancas contrastavam perfeitamente com a pintura.
Tae-yeon encara Wheein pelo retrovisor que dá de ombros. E logo volta seu olhar para Hye-jin no banco do carona. Ela encarava a faixada do local a mais de dez minutos e não fazia menção de sair ou falar nada.
- Amor...
- Acho melhor voltarmos outro dia.
- O que? - Tae-yeon pergunta incrédula – Ah não Hye-jin. Você não vai amarelar agora.
- Eu não estou pronta. Não estou. O que vou dizer? - Sua voz estava aguda.
- Vai se apresentar e dizer que está aqui por ele e que ele não está sozinho.
- Hye-jin – Wheein fica entre os bancos para que pudesse encará-la de perto – Você pode fazer isso. Nós podemos. Estamos aqui com você – Entrelaça sua mão a da morena que solta um longo suspiro.
- Sabe... Não querendo lhe pressionar ou algo do tipo. Mas... O horário de visitas acabada em 40 minutos.
- Como você... - Ia perguntar mas é cortada pela cara de paisagem de Tae-yeon como se disesse “você ainda pergunta?”
A advogada é a primeira a sair do veículo, sendo seguida pelas outras que caminham em seu encalço para dentro da construção.
Tae-yeon já parecia familiarizada com o local e as pessoas e rapidamente conseguiu ser “atendida”. Sendo levada até uma senhora que as guia há uma espécie de sala de espera.
- Vai dar tudo certo – Wheein sussurra no ouvido de Hye-jin enquanto deixava um beijo casto em sua mão.
A morena que balançava a perna freneticamente para. Respirando profundamente pela décima vez em um intervalo de cinco minutos.
A senhora de vestes longas se faz presente novamente.
- Já mandei trazê-lo – Olha torto para o contato entre Wheein e Hye-jin – Qual das duas é a irmã?
- Eu – Hye-jin se levanta – Sou Ahn Hye-jin – Estica a mão para cumprimentá-la mas a mulher ignora totalmente o seu gesto fazendo com que ela recolhesse a mão, sem jeito – Quando poderei tirá-lo daqui?
- Me diga Hye-jin. Você é casada?
- Sou noiva.
- Posso saber quem é o felizardo?
- Na verdade...
- Me desculpe Senhora. Mas creio que essa informação seja dispensável – Tae-yeon intervém usando toda a diplomacia que sua profissão havia lhe dado – Minha cliente é parente consanguínea como já lhe expliquei anteriormente. E está disposta assumir a criação de Holland. Não há um testamento ou clausula que a impeça de fazê-lo por não ser casada.
- Claro. Só perguntei pois... Uma criança da idade dele precisa de um lar estruturado. Tradicional... Há vários casais que nos procuram querendo adotar uma criança com o perfil dele. Só falo pois prezo pelo melhor para as crianças. A senhorita poderia oferecer o que ele precisa?
- Com toda a certeza – Trava uma batalha de olhares com a senhora – Ele precisa da família e do amor que posso dar a ele – Declara assustando a si mesma com o tom autoritário que havia usado e com a rapidez a qual tinha defendido o garotinho que ainda nem conhecia.
Passados alguns minutos uma outra mulher se aproxima. Esta era mais nova que a outra e estava de mãos dadas com um garotinho de cabelos castanhos e grandes óculos de grau que tomavam boa parte de sua face. O deixando com um aspecto completamente adorável.
Ele encara as três mulheres de modo desconfiado. E Logo olha para a mulher que o segurava pela mão, em um pedido mudo de explicações sobre aquelas estranhas.
- Poderia nos dar privacidade? - Tae-yeon pergunta a senhora que lança um olhar feio em sua direção.
- Eu saio mas Yoona vai ficar.
Ela se retira e é como se uma nuvem negra saísse de suas cabeças.
- Oi – Hye-jin se aproxima ficando abaixada a frente de Holland.
- Oi – Responde timidamente.
- Como você está? - Pergunta fazendo Tae-yeon soltar um risinho pela falta de jeito e de assunto. Ganhando um beliscão de Wheein e sussurrando um “au”.
- Eu estou cheiroso – Responde arrancando alguns risos – Tia Yoona acabou de me dar um banho e disse que eu estou cheiroso – Explica..
- Mesmo?
Ele assente freneticamente com a cabeça. Hye-jin olha para trás em total desespero pedindo internamente para que Wheein ou Tae-yeon notassem e a ajudassem naquele diálogo.
- Qual seu nome? - Tae-yeon pergunta mesmo que já soubesse.
- Holland.
- Certo Holland. Você poderia vir aqui? - chama o garotinho com gestos para que sentasse no sofá e e assim ele fez ficando entre ela e Hye-jin. Já que Wheein ocupava a poltrona ao lado - Muito prazer. Eu me chamo Kim Tae-yeon. Mas pode me chamar apenas de Tae. E essa aqui do meu lado é Ahn Hye-jin e o pequeno gnomo ao lado dela é a Wheein.
- Ahn? - Pergunta curioso.
- Sim... Este nome te lembra algo?
- É o meu supernome. E dos meus pais – Responde.
- Você quis dizer sobrenome? - Pergunta segurando o riso.
- Isso mesmo – Responde assentindo.
- E onde eles estão agora? - Hye-jin pergunta querendo “amaciar” o terreno.
- Yoona me disse que eles foram para o céu. Mas eu não sei bem o que isso significa. Só que eles não podem mais voltar aqui mas ainda estão olhando para mim lá bem do alto – Estende a palavra ao falar bem fazendo um gesto para cima com a pequena mãozinha.
- E ela está certa – Hye-jin encara a mulher com um olhar grato – Mas... Eles não deixaram você sozinho. Sabe por que meu nome é Ahn igual ao seu?
Holland nega com a cabeça.
- Eu também sou da sua família – Puxa a foto amassada de dentro do bolso da calça jeans – Olhe – Entende para que ele olhasse.
- É a Omma e o Appa – Diz animado.
- E esta garota aqui – Aponta para seu eu pré adolescente – Sou eu.
O garotinho encara o papel o logo depois encara Hye-jin e repete o processo algumas vezes, franzindo o cenho antes de dizer.
- Você é minha irmã – Fala deixando todos surpresos – Você é a moça da foto.
- Moça da foto?
- A foto que Omma olhava todos os dias no porta retrátil – Responde inocentemente.
Hye-jin sente seus olhos se encherem de lágrimas. Olhando para o alto para tentar contê-las.
- Não fica triste – Ele diz ansioso após notar o estado me que a irmã estava – Quer um abraço?
- Ela quer – Tae-yeon sorri para o garotinho que se aproxima de Hye-jin de modo hesitante, envolvendo os brancinhos em seu pescoço, enquanto ela envolvia seu pequeno corpo em um abraço necessário.
Wheein que apenas observava a interação limpa uma lágrima teimosa que caiu em sua bochecha. Sentindo uma alegria sem igual ao presenciar aquela cena.
E sentindo os bracinhos ao redor de seu pescoço e o cheirinho de bebê que vinha dos cabelos lisos, Hye-jin recebeu o refresco para seu coração e um amparo para sua alma.
O amparo do amor.
- Você realmente está cheiroso.
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