handporn.net
História Pandora - 02; The Right Way To Stare - História escrita por lannx - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Pandora >
  3. 02; The Right Way To Stare

História Pandora - 02; The Right Way To Stare


Escrita por: lannx

Notas do Autor


hello eu chego com um capítulo apenas cinco meses atrasada
eu posso dar varias desculpas aqui, mas a verdade eh que eu sou um lixo e perdão sz. Na época que eu ainda era bem ativa aqui no site, eu postava hs e Pandora, e eu estava animada demais com Pandora. Mesmo. Mas hs tinha se tornado uma coisa tão clichê e repetitiva, eu tinha mudado varias coisas na história para agradar os leitores, mas acabei eu mesma deixando de gostar de história e do rumo que ela levou. Eu sei que muita gente gostava da história — não entendo o motivo — e eu tinha dito que não a abandonaria, mas não conseguia mais escrevê-la.
E eu não queria continuar atualizando Pandora sem atualizar hs antes. Então esperei... e acabei não atualizando nenhuma.
me perdoem eu sou um lixo mas postei yay

Capítulo 3 - 02; The Right Way To Stare


A D E L I N E

 

Segunda de manhã, assim que passei pela porta da aula de filosofia, eu descobri a origem da sensação de familiaridade que eu sentia em relação ao Harry: ele fazia aquela aula comigo.

Ele estava sentado na última fileira, em uma das cadeiras no lado oposto que eu costumava sentar. Eu tinha apenas uma aula de filosofia com aquele professor por semana na grade e esta era a primeira de segunda, então era plausível que eu nunca tivesse prestado atenção em sua presença; afinal, eu conhecia, no máximo, quatro pessoas daquela turma. No entanto, ainda estava decepcionada comigo mesma por não tê-lo percebido ali antes.

Eu notei uma cadeira desocupada na frente da sua e pensei por alguns segundos antes de me deslocar até ali. Assim que o barulho da minha bolsa batendo contra a mesa soou, Harry instintivamente levantou a cabeça — que antes estava inclinada para baixo enquanto ele olhava seu celular — e me notou.

— Adeline? — Sua voz soou confusa.

Eu sorri em cumprimento e me sentei na carteira em frente à sua.

— Bom dia — eu disse. — Não sabia que fazia essa aula.

— Eu comecei há pouco tempo — ele explicou, retribuindo meu sorriso.

Como aquela era uma aula avançada, eu assumi que ele havia escolhido ser transferido de horário, o que, de um lado, era bom, já que seria mais fácil me aproximar dele, mas, principalmente, ruim, porque seria difícil evitá-lo depois.

— E o que está cursando? — Perguntei.

— Direito. — Ergui as sobrancelhas, oferecendo-lhe uma expressão de aprovação, e ele, depois de soltar uma risada nasalada, se mostrou lisonjeado com um aceno de cabeça. — E você?

— História — respondi.

— Interessante. — Ele imitou a expressão que eu tinha feito antes e eu sorri. — O que te influenciou na sua escolha?

— Bom, eu sempre achei a história fascinante; afinal, é a base de tudo que vivemos — comecei. — Digo, nós sabemos o presente e saberemos o futuro, mas é no passado que estão todas as respostas que não temos acesso. Se estivéssemos lá, não precisaríamos tentar entender agora se a galinha veio antes do ovo, ou se já existiu vida em Marte, e, se soubéssemos, saberíamos também se poderia existir se novo. A história é subestimada.

Eu parei de falar no momento que percebi que estava me empolgando e que, provavelmente, estava incomodando. Eu amava história, me sentia verdadeiramente sortuda por poder aprender sobre ela todos os dias, mas às vezes esquecia que as pessoas, geralmente, não se interessavam tanto quanto eu e que seria melhor apenas guardar para mim; afinal, eu poderia passar todo aquele conhecimento à frente quando me formasse.

Eu olhei para a frente por um instante, apenas para checar se o professor já havia entrado na sala, mas assim que a voz de Harry se fez presente, eu me virei para olhá-lo novamente.

— Apesar de concordar com sua perspectiva, eu tenho que ressaltar que o presente e o futuro, algum dia, também serão parte da história — ele disse. — Então nós seremos tão importantes, daqui a mil anos, quanto as pessoas que viveram há mil anos. Nós somos a história.

Eu deixei uma genuína expressão de surpresa se formar em meu rosto, mesclada com um pequeno sorriso; não apenas por Harry ter escutado e entendido meu ponto de vista, mas por parecer interessado nele. Honestamente, julgando pela minha experiência com os garotos do time de futebol, eu havia pensado que, como a maioria deles, o único motivo de Harry estar na faculdade era porque ele havia conseguido um ingresso através do futebol. Mas talvez eu estivesse errada. Talvez.

Touché. — Ele sorriu. — E o que influenciou você para escolher direito? 

Harry não precisou pensar.

— É meio que uma tradição na minha família — ele contou. — Meu pai é advogado, o pai dele era, o avô dele era... 

— E você quer ser também? — Perguntei, mas era mais uma afirmação do que um questionamento.

Ele concordou com a cabeça.

— Meu pai quer que eu trabalhe com ele um dia — ele disse. — Mas ainda não decidi se é realmente o que quero fazer. A ideia de trabalhar em uma firma para pessoas com dinheiro não me agrada tanto quanto a de virar, eu não sei, um promotor ou algo assim e trabalhar para alguém sem privilégios.

Eu sorri de lado o olhando, visualizando-o como um defensor das minorias. Eu quis comentar que seu jeito de pensar era admirável, mas a voz do professor de filosofia nos interrompeu e eu, instintivamente, me virei para frente, me ajeitando na cadeira, sem dizer nada mais.

Eu mordi a parte de trás do lápis enquanto o professor começava a aula e apresentava o tema, o escrevendo no quarto. Demorei alguns segundos para abrir o caderno e acompanhá-lo, porque minha mente ainda repassava a curta interação que havia acabado de ter com Harry. Sua companhia não era irritante como eu havia antecipado; na verdade, até que era agradável.

Eu não me virei para conversar com ele pelo resto do período. Como costume, eu me mantinha quieta durante as aulas e apenas prestava atenção no que estava sendo dito, já que, geralmente, era verdadeiramente interessante para mim. Parecia ser algo que eu e Harry tínhamos em comum, afinal, nunca havia ouvido a voz dele em nenhuma aula de filosofia; talvez, se ele participasse dos debates, eu tivesse o notado em sua carteira.

Assim que o sinal bateu, anunciando o fim da aula, eu saí da sala rapidamente, já que tinha dez minutos para chegar até o outro lado do prédio, onde ficava a próxima sala que eu precisava entrar. No entanto, algo me fez parar de andar assim que passei para o corredor.

— Ei, Hall. — Estranhei ao ouvir meu sobrenome na voz de Harry, mas logo me lembrei que havia lhe dito no dia do jogo.

Eu me virei, assistindo o moreno andar rapidamente ao meu encontro no meio dos outros estudantes.

— Sim? — perguntei, ajeitando os livros que carregava no meu colo.

— Vai fazer algo hoje à tarde? — Ele perguntou, me pegando de surpresa.

— Não tenho nada agendado — respondi.

— Bom, como eu acabei de ser transferido para a aula do Sr. Harrison, eu tenho alguns trabalhos pendentes — ele disse. — Eu tentei entregar os que eu havia feito na minha antiga aula do Sr. Cooper, mas, bem, você conhece o Harrison... 

O professor de filosofia, Sr. Harrison, era um dos mais exigentes que eu já havia cruzado o caminho. Não havia nada mais difícil do que ir bem em sua aula. Por mais que todos os estudantes tentassem agradá-lo, ninguém jamais parecia fazer o suficiente para ser considerado, ao menos, competente por ele. 

— Nem me fale — murmurei. — O que você quer de mim, exatamente?

Ele soltou o ar misturado em uma risada nasal, antes de perguntar:

— Você não teria os seus antigos trabalhos, teria? — Ele passou a mão pelo cabelo, prejudicando um pouco a minha capacidade de focar na conversa. — Eu realmente preciso ir bem nessa matéria e eu não faço ideia por onde começar. O cara nem ao menos me deu uma dica.

Eu tenho que dizer, Harry, você está fazendo meu trabalho muito mais fácil — pensei.

— Então você precisa da minha ajuda. — Meu sorriso aumentou conforme eu entendia a situação. — Bom, o que exatamente eu ganharia com isso?

— O que você quiser.

Após sorrir agradada com sua resposta, eu peguei meu celular e, assim que achei o contato de Harry, enviei uma mensagem para seu número. Eu deveria tê-lo usado antes, mas estava tentando respeitar a regra dos três dias para não parecer obcecada por ele. Parecia que aquela tática estava funcionando.

Assim que o celular dele vibrou em seu bolso, eu disse:

— Esse é o meu número, me avisa quando precisar de mim. — Apontei até seu aparelho. — Talvez eu apareça.

Claro que eu iria. Até parece que eu desperdiçaria qualquer oportunidade de dar um passo em direção à conclusão daquele trabalho, ainda mais uma que me permitiria estudar. Era como matar dois coelhos com uma cajadada só.

Se eu estivesse próxima o suficiente de Harry até o fim da semana, poderia convida-lo para a festa que aconteceria no sábado na casa de um desses garotos que sempre convidavam a faculdade toda. Ele, provavelmente, já havia sido chamado, mas não por mim. E apenas isso importava, porque todos sabiam que era em festas que as coisas realmente aconteciam.

Harry deu uma risada e balançou a cabeça, assentindo.

— Até mais, Adeline Hall.

 


***

 

Como de costume, Eu e Pete ficávamos no gramado na hora do almoço, especialmente porque odiávamos o ambiente da praça de alimentação, cheio de gente conversando alto, mas também porque gostávamos daquele lugar. Havia sido quase que exatamente onde estávamos sentados que havíamos nos conhecido, cerca de dois anos atrás, no início das aulas da faculdade.

Algumas pessoas tinham a mesma ideia que nós e, por isso, formavam-se pequenos grupos naquela área do campus, mas eles não eram um incômodo.

— Eu estou tão cansada de ir nas mesmas festas sempre — resmunguei, levando o canudo da minha bebida até a minha boca.

— Você está pensando na festa de sábado? — perguntou, e eu assenti, com uma careta. — Bom, eu tenho uma boa sensação em relação à essa, em particular.

— Tomara que sua intuição esteja certa — eu disse. — Porque eu tenho que convencer Harry Styles de comparecer.

Peter virou o rosto em minha direção ao ouvir o nome do garoto, levando uma mão até à frente de seus olhos para protegê-los do sol.

— E por que você diz isso como se fosse ser algo difícil de se fazer? — Perguntou, confuso.

Ele parecia ter a mesma opinião julgadora que eu em relação ao jogador de futebol: a de que ele vivia de status, bebidas e festas. Embora eu ainda achasse que isso fosse parcialmente verdade, o pouco contato que eu havia tido com ele mais cedo provava que ele tinha capacidade de ser, ao menos, um pouco mais do que isso.

— Bom, você já o viu em alguma festa antes? — Perguntei, provando um ponto.

Pete inclinou a cabeça e pensou por alguns segundos.

— É, você está certa.

Senti a presença de alguém se aproximando e, me virando para olhar, vi Elsie a alguns metros de nós. Assim que ela nos alcançou, ela deu um sorriso rápido e se sentou ao nosso lado.

— E aí? Do que estão falando? 

— Sobre a festa de sábado — eu respondi. — E de como eu estou cansada dessas festas de sempre.

Elsie balançou a cabeça, concordando com meu comentário.

— Pelo menos, estamos perto da esperada festa de Halloween — ela disse, correndo uma mão despreocupadamente pelo cabelo loiro.

Eu arregalei meus olhos, me lembrando daquele evento. Estávamos no início de outubro e eu não fazia ideia do que iria usar para ir à festa de Halloween da faculdade daquele ano. Eu precisava arrumar uma fantasia nas próximas semanas, urgentemente.

— É verdade! — exclamei. — Eu havia esquecido completamente.

No ano anterior, a festa havia sido legendária, e eu não esperava menos da que estava por vir.

— Eu só sei que tenho que estar, no mínimo, assustadoramente sexy — Peter disse, sorrindo maliciosamente.

Eu revirei os olhos, mas acompanhei Elsie na risada. Pete havia participado do concurso de fantasias no último ano e tinha chegado surpreendentemente perto de ganhar. Ele havia ficado em terceiro ou quarto lugar, o que era mais do que qualquer outro calouro.

— Mal posso esperar — Elsie disse. — Escutei dizer que eles vão permitir a entrada de não-estudantes.

Peter levantou as sobrancelhas e deixou o queixo cair um pouco, fazendo uma expressão perfeita de choque, então jogou a cabeça para trás e suspirou pesadamente, murmurando para o céu um dramático “Obrigado, Deus”.

— Eu sonhei com o momento que veria rostos novos nas festas da faculdade — ele disse após sua cena. — Tenho que concordar com a Ade em um ponto: já enjoei da cara das pessoas daqui.

— Eu sei, não é? — Elsie concordou.

Eu parei de prestar atenção na conversa assim que escutei meu celular tocar de dentro da minha bolsa. Assim que o peguei, li o contato “Hazza” na tela — eu ainda tinha que questiona-lo sobre aquele nome — e, logo abaixo, uma mensagem sua. 

Está disponível para mim, Hall? X

Eu ri de seu jeito de escrever, atraindo os olhares dos meus amigos, e respondi:

Hm... talvez, onde você está? X

Assim que ele respondeu que estava indo para a biblioteca, eu guardei o celular de volta na bolsa e olhei para Pete e Elsie, vendo que os dois me observavam, curiosos.

— O quê? — perguntei enquanto me levantava da grama.

— Quem está te arrancando sorrisos, Ade? — Elsie perguntou, mas então pareceu juntar os pontos e me olhou suspeita. — Não é o garoto da camisa treze, é?

— Eu tenho que ir. — Desviei da sua pergunta, sorrindo para os dois antes de me afastar rapidamente. 

Dei uma olhadela sobre o ombro e encontrei Elsie me olhando com uma expressão de indignação e Pete com um sorrisinho de quem acha graça. Eu ri sozinha na entrada do corredor antes de olhar para frente e seguir até meu destino. 

Assim que passei pela porta, a bibliotecária olhou por cima de seus óculos para mim e me pediu para assinar a lista de quem havia visitado aquele museu de livros. Eu o fiz e me virei, procurando por cachos castanhos no meio das pessoas que ocupavam as diversas mesas naquele cômodo. Eu os encontrei em poucos segundos. Harry estava sentado sozinho em uma mesa redonda de cinco lugares, lendo alguma coisa em seu livro.

Decidindo vir preparada, eu havia separado os trabalhos do semestre assim que havia passado no meu dormitório mais cedo. Eram quatro no total, mas o tamanho deles compensava o número. Eu não podia ao menos contar a quantidade de páginas que cada um deles tinha. 

— Olá — cumprimentei assim que escorreguei na cadeira à sua frente.

Harry parecia tão concentrado no que fazia que só me notou ao escutar minha voz. Seus olhos verdes pareciam mais vibrantes com a luz clara da biblioteca, e o vislumbre que tive da expressão séria que tinha em seu rosto antes de abrir um sorriso para mim me trouxe pensamentos inadequados para aquele momento. 

— Olá — me imitou.

Eu abri a minha bolsa, tirando todos os trabalhos que havia trazido e os colocando sobre a mesa na frente dele. 

Harry os pegou, examinando suas páginas e, assim que terminou, com um olhar incrédulo, ele se voltou para mim:

— Você não está falando sério — ele disse, mas tudo que fiz foi lhe oferecer um sorriso reconfortante e dar de ombros. — Eu devia ter ficado na aula do Sr. Cooper.

Ao escutar seu murmúrio de desagrado, eu ri.

— Por que saiu, afinal? — Perguntei, curiosa.

— O horário estava coincidindo com os meus treinos.

— Deve ser muito difícil ser uma estrela do futebol. — Eu fingi comoção com sua situação, levando a mão até o peito e o olhando com compaixão.

Harry sorriu de lado e balançou a cabeça, mas continuou a encenação:

— Obrigado por entender meu sofrimento.

Eu ri, me inclinando inconscientemente sobre a mesa, com o queixo apoiado sobre a palma mão, e olhei em volta, me preocupando com o barulho que estava causando em um lugar de silêncio. Quando voltei meu olhar ao de Harry, o peguei me encarando com aquele maldito sorriso que não parecia sair de seu rosto nunca; aquele que se curvava levemente para a esquerda e só expunha parte de seus dentes, deixando-o irresistivelmente encantador.

Tinha sido naquele momento que eu havia começado a entender os porquês que levaram Lena até Pandora. Qualquer uma gostaria de ser encarada pelos olhos verdes que tinham como o único dono, Harry, mas, naquele momento, enquanto deveria estar apaixonado por sua namorada, ele olhava para mim daquela forma.

Eu limpei a garganta, lembrando do ambiente que estávamos e, tentando me livrar da sensação que meus pensamentos haviam causado, eu disse:

— Bom, vamos começar? 





 


Notas Finais


amo vocês xxxx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...