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História Paralyzed World - My family - História escrita por mii-riggsdixon - Spirit Fanfics e Histórias
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História Paralyzed World - My family


Escrita por: mii-riggsdixon

Capítulo 27 - My family


Fanfic / Fanfiction Paralyzed World - My family

Pov’s Carl

Eu saí de trás do carro apressadamente ao ver que havia acabado. Os corpos estavam caídos no chão e eu acompanhei Dwight saindo correndo para a mata sozinho, em uma direção oposta para qual a Noora havia corrido. Abraham apareceu e eu olhei Denise e Eugene estirados no chão enquanto Rosita corria até ele para ver se o mesmo estava ainda vivo. Agarrei outro rifle e olhei em volta preocupado sentindo o meu coração batendo aceleradamente contra o meu peito enquanto o desespero tomava conta de mim por não estar vendo-a sair de lugar nenhum. Respirei fundo para eu tentar me concentrar no que eu devia fazer ao invés de acabar dando um surto aqui mesmo. Eu era péssimo para rastrear pessoas, e eu se eu fosse sozinho as coisas poderiam acabar piores.

-Vamos... –eu falei olhando para o grupo. -Precisamos ir depressa.

-Não podemos. –Rosita disse ajoelhada no chão enquanto negava com a cabeça. -O Eugene foi atingido. Precisamos levá-lo para Alexandria e não vamos conseguir sozinhos. –eu olhei o homem caído no chão enquanto Daryl decidia se ia ou não atrás de Dwight. Ele nem parecia saber o que estava acontecendo bem atrás dele, mas estava na cara que estava prestes a explodir. Ele se virou agarrando sua crossbow no chão e me olhou antes de franzir o cenho.

-Onde a garota está? –ele perguntou notando que ela não estava por perto. -Precisamos voltar.

-Ela correu para a mata e três caras foram atrás dela. Eu estou indo atrás dela e preciso de ajuda. –eu disse saindo andando na frente e Noah me acompanhou com o olhar para decidir se viria junto ou se ficaria para ajudar o coitado do Eugene.

-Carl! –Rosita me chamou brava o que me fez parar. Eu travei meu maxilar e me virei para ela com raiva querendo saber o que ela falaria dessa vez enquanto apenas estava nos atrasando para achar a Noora. -Não acho que seja... –ela começou e eu a já a interrompi.

-Ela é minha namorada! –eu gritei a fazendo se assustar. -Não pode estar querendo que eu a deixe aqui para te ajudar a levar o Eugene. Tem três caras atrás dela!  –Daryl franziu o cenho passando a mão no rosto enquanto também parecia não saber o que fazer agora.

-Não vou pedir para você fazer algo assim. –ela respondeu calmamente. -Mas precisamos levar o Eugene agora! E a Denise. Não podemos deixá-la aqui, não deixamos ninguém para trás e você sabe disso.

-Então não vamos deixar a garota. –Daryl falou de repente e eu o olhei estranhamente. -Vocês irão voltar para Alexandria com eles. Abraham está no comando e eu vou ficar por aqui. Vou seguir as pistas que ela provavelmente deixou e volto antes de acabar o dia.

-Eu vou com você. –eu disse encarando o cara e ele negou apressadamente.

-Você vai voltar e vai avisar aos outros sobre os salvadores e sobre o que aconteceu. –ele disse me olhando seriamente. -Se eu não voltar, será o responsável por trazer Rick e os outros até aqui para buscar por mim e pela Noora. –abri a boca para responder, mas ele começou a sair andando me deixando para trás. Rosita e Abraham levantaram Eugene do chão e Daryl parou de andar se virando para mim mais uma vez. -Ela está bem... Não precisam se preocupar.

-É, você tem uma garota durona Carl. –Abraham disse. -Estará em casa hoje mesmo, você vai ver. –respirei fundo tentando me convencer disso e assenti pendurando o rifle pelas minhas costas. Daryl saiu andando para a mata e eu engoli em seco encarando o chão e tentando não deixar minhas vistas embaçarem. Eu sabia que eu deveria estar indo.

-Vamos cara... Vamos ocupar sua cabeça com outra coisa, o Daryl vai encontrá-la. –Noah falou me chamando e nós fomos até o corpo de Denise para pegá-la. Nós começamos a andar com dificuldade seguindo Rosita e Abraham enquanto deixávamos todos aqueles outros corpos para trás notando alguns zumbis já surgindo devido ao barulho que os tiros haviam causado.

O sol já havia se posto quando chegamos até o portão de Alexandria. Maggie nos olhou do posto de vigia e fez uma cara estranha ao ver que éramos apenas nós. A mulher iluminou o grupo com uma lanterna e ao ver que faltava suas pessoas, começou a descer as escadas apressadamente.

-Rick! –ela gritou e eu ajeitei meus braços para não deixar o corpo cair no chão. O portão foi aberto rapidamente e nós passamos por ele em segundos enquanto Maggie engolia em seco nos encarando já querendo saber o que havia acontecido.

-O que aconteceu? –ela perguntou e meu pai veio correndo na nossa direção com Glenn e Sasha. -Cadê a Noora e o Daryl? Cadê a Noora?!  –eu os olhei e soltei o corpo quando Aaron e Eric seguraram Denise a encarando com lagrimas nos olhos. Michonne se aproximou de nós nos olhando assustada e eu olhei para o meu pai negando com a cabeça enquanto eu sentia que iria chorar a qualquer momento. Se Daryl a tivesse encontrado, teria dado tempo de eles nos alcançarem antes de chegarmos à metade do caminho. Ele me abraçou fortemente e Rosita começava a explicar tudo enquanto Eric chorava por causa de Denise.

-Então há mais salvadores. –meu pai mencionou. -E provavelmente Negan não está morto. Caímos em uma mentira e eles já sabem sobre Alexandria.

-Não me pareceu que eles sabem muito... –Rosita disse se levantando do chão enquanto Abraham levava Eugene com Spencer e outros moradores. -Queriam que os trouxéssemos aqui. Assim avisariam os outros.

-E quanto a Noora? O que vamos fazer a respeito? –Maggie perguntou encarando o meu pai e colocando a mão no coração como se ele tivesse doendo. Ouvimos um barulho vindo do final da rua e olhamos todos na mesma direção. Daryl vinha caminhando calmamente e quando eu vi que ele estava sozinho eu passei a mão no rosto mal conseguindo respirar.

-Merda... –eu sussurrei.

-Você está bem? –meu pai perguntou quando ele passou pelo portão e Michonne o fechou novamente já o trancando.

-Viu alguma coisa? –eu perguntei. -Achou alguma pista? Qualquer coisa? –ele negou com a cabeça.

-Os rastros sumiram depois de uma estrada... –Daryl disse e eu travei o maxilar com raiva.

-E quanto na floresta? Algo mostrou que ela ainda está viva? –meu pai perguntou e Noah cruzou os braços quando um silêncio se instalou. -Achou algo na floresta?

-Sangue...  Eu achei só sangue. –eu assenti brevemente e mordi minhas bochechas com força. Soltei o rifle no chão e saí andando em direção a casa apressadamente sabendo que se Daryl falasse mais alguma coisa sobre isso, eu não iria conseguir não surtar.

Pov’s Noora

Música: Hurts like hell -Fleurie

Franzi o cenho sentindo a minha cabeça latejando enquanto eu parecia acordar do que me pareceu ser um apagão após eu ser atingida por aquele rifle. Comecei a abrir meus olhos lentamente e vi gotas de sangue pingando sobre o meu colo, já que minha cabeça estava tombada para frente. Minha calça começava a manchar de sangue com a poça que formava sobre a minha coxa esquerda e minha visão foi ganhando foco. Quando me lembrei das coisas que aconteceram notei que eu estava presa em uma cadeira já que não consegui me mexer muito bem. Ajeitei minha postura que doía e pisquei algumas vezes tentando controlar a dor que se espalhava por todo o meu rosto. Fiz uma cara estranha ouvindo vozes distantes e logo depois passos atrás de mim me assustaram. Fechei meus olhos brevemente notando que cada barulho que se fazia meu ouvido estralava fortemente e quando os abri mais uma vez não agüentando essa tontura enxerguei uma silhueta de frente para mim. Minha visão foi ganhando foco e então eu franzi o cenho ao ver Jessica de frente para mim me analisando estranhamente.

-Nossa... Você está horrível irmãzinha. –ela falou e eu a encarei como se eu tentasse acreditar no que via. Fechei meus olhos fortemente sabendo que eu estava alucinando, mas quando os abri novamente a vi parada de frente para mim ainda com a mesma cara. -Estou orgulhosa, sabia? Está sendo forte como queríamos que você fosse. –eu a analisei olhando sua roupa e vi uma mancha de sangue onde ela havia levado o tiro da minha mãe. A loira me abriu um sorriso e então notei o buraco no lado da sua cabeça onde eu havia atirado para poupá-la de se transformar em um zumbi. -E então? Como o Carl é? Gosta dele de verdade?

-Ah cala a boca... –eu sussurrei não crendo nisso. -Você esta morta então não me faça pensar que eu estou fraca da cabeça. –continuei e a ouvi rindo.

-Sabe o que eles vão fazer com você não sabe? –ela perguntou e eu a encarei esperando que ela continuasse. -E sabe que tem que sair daqui por se não eles vão matá-la, certo? Se eu fosse você parava de me concentrar nessa dor de cabeça e começava a pensar em como sair daqui... Ou se não Nory, irá sofrer até não conseguir mais.

-Eu já estou sofrendo para a sua informação Jessica. –eu respondi e ela sorriu para mim.

-Pois não devia... Aquele grupo realmente gosta de você. –ela continuou. -Se tornaram sua família, certo? –eu a olhei engolindo em seco. -Isso é bom... É bom saber que eles cuidam de você... Acho que apenas nesse tempo Rosita e Maggie mostraram fazer isso melhor que eu. Então deve voltar para eles. Se concentre nisso, não na sua dor, e não em mim. Sabe que eu sou a sua imaginação brincando com você.

-Eu não vou conseguir... –falei. -O que quer que eu faça? Eu estou amarrada...

-Mas nós se desatam. –ouvi uma segunda voz e quando olhei vi Michael surgindo atrás da loira. Eu o olhei sentindo as lagrimas surgindo nos meus olhos e funguei ao vê-lo o que o fez sorrir. -Cadeiras se quebram Noora. Madeiras de tornam armas... E pessoas morrem. As mais espertas sobrevivem, é assim. Eu devia ter sido mais esperto que um zumbi... –ele brincou. -Mas não fui e agora estou na sua cabeça apenas como uma lembrança legal.

-Michael?... –eu falei e ele se aproximou de mim olhando meu rosto com uma expressão neutra. Senti o seu toque na minha pele e então ele se entreolhou com Jessica brevemente. -O que? O que foi? –perguntei ao ver que minha irmã havia dado de ombros. E eu odiava quando ela fazia isso.

-Tem que sair daqui para cuidar disso. –ele falou. -Vai ficar pior.

-Eu disse para ela se concentrar. Mas está parecendo que ficou surda depois que partimos. –minha irmã falou e Michael riu da piadinha sem graça.

-E louca pelo visto. –eu sussurrei e ao ouvirmos um barulho no corredor minha irmã engoliu em seco me olhando preocupadamente.

-Escape deles Noora. –ela falou. -Sabemos que você consegue então saia e faça alguma coisa... Se está aqui ainda é porque esta sendo melhor do que todos nós fomos. Não pode deixá-los machucarem você, eles são pessoas ruins, pessoas que mataram o papai e eu sei que se lembra deles. –as lagrimas escorreram pelo meu rosto e ela me olhou. -Você não é mais aquela garotinha assustada de Atlanta. Você cresceu, agora trate de continuar crescendo... É a única de nós que tem essa oportunidade. Não a perca, porque por incrível que pareça a Charlotte e a Chloe ainda continuam bebes. –eu a olhei não acreditando e ela sorriu junto com o Michael. -Elas estão melhor agora. Todos estão melhor agora... –eu comecei a chorar ao ouvir isso e assenti abaixando minha cabeça sentindo um alívio tomando conta de mim ao saber que elas estavam bem. -Espero não te ver por aqui tão cedo... –eu solucei assentindo e quando olhei novamente ela não estava mais aqui. Olhei em volta a procurando, mas o único que estava era Michael.

-Não não não... –eu disse. -Para onde ela foi? –eu perguntei. -Traga-a de volta Michael. Trás a Jessica de volta! –ele se aproximou de mim e se agachou me olhando com atenção.

-Se lembre do condomínio quando Charlie me amarrou naquela mesa de jantar. –ele falou. -Sempre soltamos a mão que usamos primeiro, será mais fácil para liberar o resto. Depois que estiver solta, antes de fazer qualquer coisa, se lembre das coisas que conseguiu ver quando estavam vindo para cá. Isso vai te dar uma noção para onde você deve correr... –eu assenti e então ele sumiu de repente mal dando tempo de eu falar qualquer coisa. Engoli em seco respirando fundo e mesmo sentindo minha cabeça doer parecendo que iria explodir, olhei para as cordas que me prendiam. Me curvei o máximo que consegui para tentar me soltar usando a boca, mas era longe mais. Franzi o nariz e olhei o mini quartinho com uma mesa de madeira ao meu lado e sem nenhuma janela para eu tentar saber se era dia ou noite. Mexi os meus dedos e então comecei a tentar deslizar minha mão pela corda. Meus pulsos começaram a doer e eu fiz força quase os sentindo rasgando. Soltei um grunhido de dor e comecei a chorar antes de tentar novamente.

-Vamos lá... Vamos lá... –eu falei e um barulho perto da porta me fez parar de tentar qualquer coisa. Ela foi aberta e eu abaixei minha cabeça ouvindo dois caras entrando. Eu os olhei e eles fecharam a porta me olhando estranhamente o que fez um flashback de WestSide voltar na minha cabeça.

-Como se chama? –um deles perguntou e eu continuei calada, ignorando a presença dos dois. -Acho que ela se esqueceu como se fala. Deve ser por isso que não respondeu a minha pergunta. –revirei meus olhos disfarçadamente com a tamanha idiotice que ele possuía. Ele veio até mim em passos calmos começando a me soltar e eu franzi o cenho não entendendo o porquê disso. Eu sabia que não iriam me deixar ir por vontade própria... Eles estavam querendo fazer outra coisa. -Você não vai falar, mas então vai nos escutar. Se levanta. –eu me mantive quieta e então o outro homem me puxou fortemente pelo cabelo o que causou uma crise de riso no que já havia se sentado em uma cadeira. -Tira a roupa para gente vai... Pode começar com sua blusa, queremos ver o que tem aí debaixo. –o meu coração começou a acelerar e o meu queixo tremeu enquanto o meu estomago começava a revirar por ter ouvido isso. Abaixei o olhar sentindo minha respiração falhando enquanto eles me encaravam como se eu fosse um pedaço de carne no meio de lobos famintos.

-Posso ir primeiro? –o homem que falou atrás de mim perguntou bem perto do meu ouvido, o que me causou arrepios por todo o meu corpo fazendo minhas vistas embaçarem.

-Fique a vontade. –o outro respondeu dando de ombros. -A garota é toda sua, Jack. –eu o olhei com raiva por ter falado isso e rangi os meus dentes fazendo o meu maxilar doer. O cara segurou minha blusa por trás e a rasgou com as próprias mãos fazendo um soluço escapar da minha garganta. O tecido caiu no chão e ele segurou minha cabeça me curvando e me batendo contra a mesa fortemente enquanto eu permanecia apenas com um sutiã preto. Tentei fazer alguma coisa, mas o cara começou a rir me batendo mais uma vez contra a mesa de madeira. O meu rosto doeu me fazendo sentir à vontade de começar a gritar sem parar enquanto o meu corpo começava a tremer ao senti-lo atrás de mim rindo. Fechei meus olhos brevemente segurando o choro e quando os abri vi minha mãe parada perto da porta nos olhando. Eu comecei a chorar ao olhá-la e ela começou vir até mim até parar ao meu lado. Analisei seu rosto sem nenhum hematoma e então sua mão foi colocada por cima da minha.

-Oi Nory... –ela disse com um sorriso no rosto.

-Me desculpa... –eu sussurrei. -Me desculpa de verdade. Eu não queria ter atirado, eu não queria mamãe.

-O que disse? –o cara atrás de mim perguntou e eu o ignorei.

-Está tudo bem, meu amor... Eu nunca sentiria raiva de você por ter feito o que fez. –ela falou. -Naquela hora, eu não estava sendo quem eu era. Então eu que tenho que me desculpar, por ter a obrigado fazer o que fez. –eu neguei e ela soltou um suspiro cansado antes de olhar para os caras brevemente. -Preste atenção no que eu vou dizer a você... Não os deixe fazer isso com você filhinha... Não quero que passe pelo que eu passei. Não quero que você fique igual a mim. –eu a olhei vendo que minhas lagrimas pingavam contra a mesa. -Sabe que no momento que eles começarem, não vai parar tão cedo. E depois disso, ficará presa aqui para sempre. Faça alguma coisa Noora. –e a olhei quase entrando em um estado de choque, mas assenti no mesmo momento que o homem me puxou pela cintura pressionando minha bunda contra ele. Fechei minha mão que tremia em um punho e quando eu estava prestes a fazer algo, à porta é aberta.

-O que diabos estão fazendo? –o terceiro cara perguntou nos encarando e eu o encarei assim como a minha mãe.

-Venha participar ou caia fora Adam. –o cara sentado respondeu enquanto eu me mantinha na mesma posição quase engasgando com o choro. O cara atrás de mim riu me puxando novamente e me empurrou contra a parede brutalmente. Minha cabeça se chocou contra ela a fazendo chacoalhar e ele começou a retirar sua calça atrás de mim.

-Se fizerem isso o Negan vai matar vocês. –ele respondeu e meu coração acelerou mais ainda. Ele ainda estava vivo? -Não somos estupradores.

-Cale a droga da boca. –o cara falou se levantando. -Já sabem a quem pertence às mulheres bonitas que estão no santuário. E essa é a única que o Negan não sabe da existência... Ela está na nossa base, azar o dela.

-Base? Há apenas nós três aqui se você não percebeu seu tonto. –Adam respondeu. -Agora Jack, se afaste da garota e vista suas calças seu porco.

-Adam seu imbecil... –o outro falou nervosamente se levantando e deixando a cadeira cair no chão, o que fez eu me assustar. -A garota já está aqui há dois dias e eu me controlei para não encostar nela quando a mesma não acordava. Cheguei ao meu limite cara... Então se não vai participar, caia fora e se finja de surdo. –o cara me olhou e então assentiu com a cabeça concordando ao ver que eles não iriam desistir.

-Vamos matá-la depois? –ele perguntou e minha mãe me olhou ofegante e preocupada.

-Noora... –ela disse.

-Bem depois. –Jack respondeu e Adam assentiu retirando seu cinto. O choro escapou da minha garganta e quando eu senti as mãos do homem na minha calça grunhi de raiva e desespero.

-Noora faça alguma coisa! –minha mãe gritou me fazendo reagir. Levantei o meu braço rapidamente acertando uma cotovelada no nariz do cara gordo. Sua cabeça tombou para trás enquanto um jato de sangue começava a escorrer pelo seu rosto. No mesmo momento que ele deu alguns passos para trás, eu me desgrudei da parede sentindo sangue pingando do meu rosto olhei para os outros que ainda não reagiam por impulso.

-Vagabunda... –o gordo disse segurando o nariz. Eu agarrei a cadeira e a quebrei contra ele fazendo o mesmo cair no chão imediatamente. Corri até a porta aberta e passei por ela em questão de segundos.

-Corre, você me escutou? –minha mãe perguntou vindo atrás de mim enquanto eu corria pelo corredor estreito que parecia chegar a uma cozinha. Olhei em volta procurando a saída apressadamente enquanto a minha cabeça começava a rodar por eu não saber em qual porta entrar ou em qual corredor virar. -Apenas corre e não pare até chegar a Alexandria... Não olhe para trás, porque eles vão vir atrás de você. –ela continuou e eu cheguei à cozinha. Fechei a porta a trancando e ouvi dois corpos se chocando contra ela.

-Aonde pensa que vai sua idiota?! –ouvi a voz do cara que eu não fazia idéia de qual seria o nome. -Nós vamos ferrar com você agora sua vadia?! Nos ouviu?! –ele chutou a porta com força e eu olhei em volta procurando por qualquer coisa. Empurrei a mesa com dificuldade até a porta quase caindo no chão por sentir a minha visão turva.

-Abra essa porta que é melhor para você! –Adam gritou. -Abra a droga da porta! Não há nada aqui perto, onde pensa que vai conseguir chegar?! –comecei a abrir as gavetas procurando por facas, mas a casa parecia abandonada. Não havia nada de útil e a cozinha possuía apenas uma porta. E uma janela. Corri até lá subindo no balcão e empurrei o vidro para cima percebendo que estávamos no segundo andar. Olhei a altura não sabendo se eu devia pular. Se eu torcesse o meu pé, eu não iria conseguir correr.

-Se pular não irá passar do chão. –minha mãe disse me analisando e eu a olhei brevemente enquanto ouvia as batidas incessantes na porta. -Vai levar alguns minutos para os idiotas perceberem que você não está mais aqui. Já estará longe...

-Eu... –comecei tentando organizar as palavras na minha cabeça.

-Eu ajudo você. Se pendura, eu vou te soltando aos poucos. –eu a olhei indecisa, mas assenti com a cabeça fazendo o que ela pediu. Fiquei pendurada e ergui meu braço para segurar sua mão estendida. No momento que eu fui segurá-la, minha mão passou no ar e eu caí da janela. Minha respiração falhou no momento que minhas costas se chocaram contra o chão. Puxei o ar com força sentindo meus pulmões doerem por eu ter ficado sem ar por breves segundos e tentei me virar com dificuldade. Encarei o céu mal conseguindo me mexer direito e assim que encarei a janela vi os dois caras me olhando.

-Droga... Vamos! –Adam disse e eu me levantei apressadamente. Saí correndo pela mata quase podendo sentir todos os meus órgãos se movimentando exageradamente dentro de mim. Continuei a correr em linha reta torcendo para esse ser o caminho que levava a estrada. Parei olhando em volta e cambaleie sentindo uma dor insuportável no meu dedinho da mão. O olhei vendo ele torto e fiz uma careta de dor sabendo que isso aconteceu no momento da minha queda da janela. -Acabei de vê-la! –ouvi o cara gritando e voltei a correr pelo caminho que me parecia mais livre. Meus pés pararam de se movimentar no mesmo momento que eu cheguei à beira de um penhasco. Olhei aquilo mal acreditando que estava acontecendo e então encarei a água lá embaixo sabendo que eu pular daqui seria algo impossível de se acontecer. Eu fiquei tonta por olhar para baixo e me afastei dois passos antes de me virar de dar de cara com os dois homens.

-A brincadeira acabou. –eles falaram me apontando as armas. -Agora se afaste daí e venha com a gente.

-Não vou fazer isso. –eu falei e Jack surgiu da mata segurando o nariz que ainda sangrava e também me apontando sua arma.

-Sua desgraçada, eu vou acabar com você. Olha o que você fez com o meu nariz!  –ele falou sacudindo a arma o que me fez temer que um tiro escapasse dela a qualquer momento. -Qual é o plano agora?

-O plano é o mesmo. Frederick... Se o Negan souber o que a gente vai fazer com uma garota, ele vai nos matar. –Adam disse e eu os encarei.

-Ele não vai saber. –Jack respondeu.

-Ele sempre sabe. –Adam falou os olhando enquanto eu não ousava me mexer. Os caras se entreolharam parecendo não mudar de idéia e então Adam negou com a cabeça. -Foda-se, eu não vou me ferrar por causa de vocês. –ele falou destravando sua arma. Ele atirou em mim e eu me desequilibrei dando alguns passos para trás ao ver o meu abdômen sangrando constantemente até eu cair do penhasco.

Pov’s Carl

Saí de casa e esfreguei meus olhos por não ter dormido quase nada durante esses dois dias. O portão foi aberto e Glenn passou por ele com Sasha, Rosita, Abraham, Michonne e meu pai que haviam saído para fazer mais uma das trezentas buscas. Eles negaram com a cabeça e Glenn foi até Maggie que fez uma cara de choro. Eles se abraçaram e eu senti minhas vistas embaçando enquanto eu sentia todo o meu rosto inchado.

-Eu vou ficar de vigia. –Rosita disse ao grupo e já se encaminhou até o posto em que Noah estava os olhando. Olhei para Daryl parado no meio da rua e então ele saiu andando ao ver que eles não haviam voltado com ela. Ele chutou uma lixeira com raiva e depois a acertou novamente até a mesma tombar e cair no chão.

-Inferno! Filhos de uma puta! Desgraçados! Malditos! Vão todos queimar, caralho! –ele xingou chutando o negocio e quando percebeu que todos o olhavam, se abaixou pegando sua crossbow no chão. -Estão olhando o que?!

-Vamos encontrá-la. –meu pai disse seriamente. -Ela não está morta.

-Acha que estou preocupado com ela? –Daryl perguntou ironicamente. Ele respondia a todos assim desde que voltou sozinho para Alexandria. -Estou assim por causa dos salvadores! Aquela desgraça do Negan está vivo!

-Lidaremos com o Negan depois. –meu pai o respondeu sabendo que esse não era o seu real motivo por ele andar bravo ultimamente. -Mas quanto a Noora, ela não está morta, e não vamos parar até achar onde ela está.

-Isso que me preocupa. –eu respondi atraindo os olhares. -Ela não estar morta é o que está me preocupando... Não sabemos quem eles são e nem o que estão fazendo com ela. –continuei. Daryl me olhou andando de um lado para o outro parecendo um animal fora da jaula. -Eu vou na próxima ronda e não vou voltar até eu encontrá-la. Já está decido, cansei de ficarem me mantendo aqui.

-Carl, as coisas não são assim. –Michonne falou me encarando.

-Eu não me importo em como as merdas são Michonne! –eu falei impacientemente. Nesses últimos dias acho que todos já deviam ter se acostumado com a minha falta de humor e conversa. -Eu já me decidi e não vão me fazer mudar de ideia.


Notas Finais


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