handporn.net
História Paravel - A viagem do Mar - História escrita por pand_girl - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Paravel >
  3. A viagem do Mar

História Paravel - A viagem do Mar


Escrita por: pand_girl

Notas do Autor


Oiii gente!
Cheguei, um pouco mais tarde do que o habitual, mas cheguei
Aproveitem o cap!!!

Capítulo 7 - A viagem do Mar


E ao fim das festividades, todos desceram para dormir -ou foram carregados por alguém-.

Pela noite, eu ansiei para poder ter uma das visitas de Lucy. Porém ela não veio.

Por algum motivo, os meus sentidos sobre ela tinham ficado estranhamente perspicazes. Um pouco antes do sol nascer eu acordei sentindo-a por perto.

Diferente do habitual, Lucy apenas veio para cima de manhã bem cedo. E mais uma vez a curiosidade ganhou de mim, levando meus pés até a porta de madeira para que pudesse ver o que a loira fazia.

Lucy apreciava o oceano mais uma vez. Era compreensível o fascínio que tinha, considerando que possuía ancestrais sereianos.

-Você tem alguns problemas pra dormir, não é? -Perguntei me aproximando dela como já de costume.

-Talvez. Eu só gosto muito de ficar ouvindo as ondas aqui. -Respondeu sem me olhar. A vi dar um suspiro fundo, sentindo o cheiro do mar e o vento em seu rosto.

Não quis atrapalhar o momento dela. Fiquei quieto e vi ela voltar os olhos para a água.

-Eu queria ir.

-Onde? Mergulhar no mar?

Ela assentiu com a cabeça e as bochechas um pouco avermelhadas.

-Parece ser bom. Eu não sei porque gosto tanto da água.

Dei um riso bobo ao ouvir aquilo. Lucy ainda não tinha noção dos genes dela?

-Tudo bem. A gente mergulha, então. -Assenti já subindo para a borda do navio.

-Natsu! -Lucy exclamou assustada. Ignorei a repreensão dela, e como já estava sem camisa, pulei no mar com o navio ancorado. -Natsu!

A loira repetiu meu nome antes de eu alcançar a água.

Mergulhei rapidamente logo voltei a superfície, vendo uma loira sorridente me encarando ainda no barco.

-Você não vem?

-Eu não devo saber nadar... -Ela respondeu hesitante.

-Algo me diz que você sabe. Mas se não souber tudo bem, eu te pego.

Ela me lançou um sorriso duvidoso.

-Não confia em mim? -Questionei imitando sua expressão.

Lucy poderia não confiar em mim, mas queria muito conhecer o mar de perto.

Ela se levantou na borda assim como eu tinha feito e vi seu nervosismo pelo seu rosto e as mãos sendo apertadas freneticamente.

-Pode vir. -Incentivei esperando que ela pulasse.

Ela olhou em volta procurando alguém ou algum perigo na água. Vendo que não tinha nada, ela tomou coragem e pulou.

Lucy submergiu por alguns segundo assim como eu. Depois voltou para bem perto de mim com os olhos arregalados e a boca aberta de susto.  

-Você disse que ia me pegar!

-E disse que você sabia nadar. -Retruquei com um sorriso.

Como esperado, Lucy parecia ter nenhuma dificuldade com o mar.

-É, eu sei. -Ela assentiu alegre. -Até onde podemos ir?

-Até onde quiser.

Ela sorriu e escolheu uma direção. Mergulhamos sem nos importar com as ondas, nadando pelo mar como dois peixinhos. Lucy obviamente nadava mais rápido do que eu e não batia as pernas, como Romeo, ela também nadava com as pernas juntas imitando a cauda de uma sereia.

Eu não precisei olhar seu rosto para saber que ela estava feliz. Eu sentia sua alegria em mim, era como se fosse o primeiro mergulho que ela dava em sua vida.

Quando terminamos o nado e fomos para superfície mais uma vez, o sorriso dela era incomparável com o de qualquer um.

-Que delícia! -Ela disse após uma gargalhada. -Você deve viver isso todo dia.

-As vezes. -Confirmei sem nem perceber que estava sorrindo com ela.

Ela respirou fundo mais uma vez deu uma risadinha quando sentiu uma onda bater contra ela.

Lucy era encantadora. E isso vinha muito mais do que a beleza dela.

Me hipnotizei por ela por alguns minutos. Ela olhou para o horizonte, sem ter noção da minha admiração, e viu o sol começando a soltar seus primeiros raios numa mistura de laranja com um rosa escuro.

Repentinamente se virou de volta olhando profundamente em meus olhos.

Os dela eram lindos. Tudo nela era lindo.

-Gosto do seu cabelo. -Falou baixinho. -Tem uma cor legal.

-É de família.

-Lembra o sol nascendo. -Disse levemente corada, se referindo ao tom rosado que tinha.

Abusei um pouco da sua confiança. Mas não foi por querer, no automático, eu puxei uma mecha de seu cabelo e a deslizei pelos meus dedos.

-O seu lembra o sol se pondo.

Lucy não pareceu se incomodar com meu toque. Contrariando a reação que eu esperava, ela parecia calma. Não desviava o olhar do meu e deu uma mordida no lábio discretamente.

Como um imã, minha atração por ela aumentou. Me aproximei lentamente e em nenhum momento ela recuou.

Mas eu não era tão romântico assim.

Sem esperar o nosso imã imaginário nos ligar naturalmente, eu apoiei a outra mão no seu rosto e puxei seus lábios para os meus.

Isso podia ter sido mais rápido, diferente do beijo, que se iniciou lento e carinhoso.

Lucy retribuiu sem hesitar. O beijo em si era diferente dos outros que já tínhamos dado.

Era devagar. Como se quiséssemos aproveitar o toque um do outro.

Eu senti um turbilhão de coisas ao mesmo que não tive como descrever. Minhas mãos continuaram em seu rosto, e as dela, pela primeira vez, cruzaram o meu pescoço me abraçando ainda mais.

Sua língua deslizava deliciosamente pela minha, assim como suas mãos subiram pela minha nuca e se embolaram no meu cabelo.

Eu me arrepiei em cada movimento dela. E senti algo muito forte o tempo todo.

Era tudo insuportavelmente bom.

Lucy fez menção de se afastar, mas eu a puxei para mim mais uma vez querendo que aquilo nunca acabasse.

Ela aceitou o beijo, até certo momento, quando voltou a se distanciar devagar.

Dessa vez eu deixei que ela fosse dando leves beijos em sua boca enquanto ela se afastava.

Então, infelizmente, o beijo acabou.

Ela olhou para minha boca rosada depois do beijo, ambas nossas respirações ofegantes.

Tirou os braços de mim devagar e não disse nada.

Eu não sabia se ela estava brava. Se estava com medo. Se eu tinha a magoado, eu realmente não sabia nada, e Lucy apenas mergulhou de volta em direção ao navio.

-Droga... -Murmurei sozinho com medo da reação dela.

Mergulhei também voltando ao navio com ela. Ao chegar ela estava olhando para cima confusa.

-Hmmm... Como vamos voltar?

-Não voltamos. Moramos aqui agora. -Brinquei um pouco.

Lucy sorriu minimamente. Ela ainda parecia incomodada.

Eu subi pela corda da âncora, e lá em cima joguei outra mais firme e fácil para a loira escalar.

Lucy subiu rapidamente. Ainda estava estranha perto de mim, mas não pude deixar de notar como começou a se tremer ao sentir o vento gelado.

-Céus, eu me esqueci que você iria ficar com frio.

-Estou bem.

-Fique aqui. -Pedi ignorando sua fala. -Vou pegar um cobertor meu, ele é de lã e bem quente.

-Natsu eu já falei que não precisa.

Entrei no meu quarto e peguei o cobertor que tinha comprado há uns meses que não usava muito.

-Eu disse que não precisava idiota. -Ela resmungou me vendo cobri-la com o tecido.

-Não temos água quente para um banho. Você pode adoecer, Lucy.

-E dai? A Wendy pode me curar.

-A magia dela cura feridas e machucados. É difícil conseguir curar uma doença, ainda mais uma forte.

-Ah... -Ela assentiu entendendo o problema.

-Quer dormir aqui em ciam hoje?

-O que? -Ela perguntou assustada, entendo o pedido de outra maneira.

-E-eu quero dizer para se aquecer mais, será melhor do que lá em baixo.

-Eu agradeço, mas não sou pequena. Posso dormir sozinha. -Manteve a pose de teimosa que sempre teve.

-Se por acaso se sentir mal pode vir me acordar.

-Argh... -Ela resmungou pela segunda vez.

Era difícil ficar sem discutir com ela. Estou tentando ajudar e mesmo assim ela acha ruim?

-Boa noite. -Desejei vendo-a descer para dormir.

-Hmm. -A loira nem se deu o trabalho de responder.

////

Felizmente (Ou infelizmente, considerando que seria bom pra loira receber uma punição após me tratar mal quando eu só queria ajudar) Lucy parecia estar bem no outro dia. Eu me perguntava se alguém não reparou na moça molhada as quatro da manhã, ou se ela não tinha passado frio na manhã fria.

Mas ficou claro que Lucy me ignorava.

O motivo, deveria ser o beijo que demos, o qual até agora eu não sabia o que ela pensava sobre.

Aquele beijo foi diferente. Foi gostoso, lento, as minhas sensações foram muito fortes e eu não gostava disso.

Eu não quero me sentir assim com ninguém.

-Bom dia Natsu, não me deixou invadir seu quarto hoje de novo... -Lisanna murmurou com tristeza.

-Tenho que fala com você. -Falei sério.

-O que foi?

Me virei e olhei nos olhos da albina que tanto amei.

Eu não a amava mais. Realmente não. Mas mesmo assim...

-Hmm... -Murmurei sem coragem para dizer o que eu realmente queria. -Não quero que invada meu quarto mais. Pode ser perigoso.

-O que? Que perigo, Natsu?

Assim iniciamos uma discussão que não deveríamos ter, já que o que eu queria falar era outro assunto.

Wendy não se importou com a discussão e se aproximou, se aninhando na minha cintura com meu braço passando pela sua cabeça.

Com a pequena por perto me senti um pouco mais encorajado. Apenas pedi para Lisanna parar com a bronca, e que depois conversaríamos melhor.

A albina suspirou pesadamente. Assentiu sem reclamar, e deve ter ficado irritada ao julgar pela sua ação de se afastar de nós dois.

-O que foi? -Perguntei a Wendy que parecia tristinha.

-Nada. -Respondeu baixinho.

Não entendi o que ela tinha. Não insisti, ficando quieto e apreciando meus colegas andando de lá pra cá no navio.

-Viu? Eu disse que ele sabe ser carinhoso. -Ouvi Erza dizer atrás de mim.

-Falando mal de mim? -Brinquei me virando.

A ruiva estava acompanhada de Lucy. Ela claramente não estava na mesma alegria de Erza para falar comigo.

-O que você tem Wendy?

-Não é nada. -A azulada repetiu, para a ruiva dessa vez.

-Ela não me contou também.

-Deve ter brigado com o Romeozinho dela.

-Erza! -Wendy brigou com o rosto todo vermelho, enquanto a ruiva ria alto.

-Eu não sabia que eles namoravam. -Lucy se pronunciou pela primeira vez.

-Eu não namoro ninguém!

Com ela essa fala, Wendy desgrudou de mim e saiu pisando forte.

-Ai, essa menina... -Erza disse com dificuldade em meio aos risos. -Eu vou lá consolar ela.

A ruiva fez o pior que podia para Lucy: Deixa-la sozinha comigo.

-Lucy... -Antes que eu falasse ela já estava se virando para sair. -Espera!

-Natsu eu não quero falar com você agora.

-Lucy, estamos num navio, temos que ter o mínimo de convivência juntos. Por favor. -Pedi educadamente.

-Eu sei. -Ela assentiu baixo, sem levantar o olhar para o meu.

Não gostei disso. Eu adorava quando ela me olhava nos olhos, me sentia mais conectado com ela do que nunca.

Me arrisquei um pouco. Puxei seu rosto para cima delicadamente com a mão segurando seu queixo.

-Foi por causa do beijo? -Sussurrei.

-Agradeceria se esquecesse dele. -Respondeu firme. Com seus olhos nos meus agora eu sabia que ela não falava com o mesmo carinho de ontem.

-Eu quero pedir desculpa. Eu prometi que não te agarraria mais, não queria ter te machucado.

Ela bufou impaciente.

-Não machucou, idiota.

-É que você ficou assustada...

-Não, nada a ver, aquele beijo foi... diferente. -Ela murmurou.

-Diferente como?

-Natsu, eu pedi pra esquecer.

-Você quer esquecer?

-Natsu... -Pronunciou meu nome em tom de aviso.

-Lucy... -Repeti brincando.

-Do que estamos falando? -O intrometido do Gajeel entrou na conversa segurando o filho no colo.

-Sobre a Wendy o Romeo. -Lucy mentiu.

-Ele não é meu namorado!!! -A azulada gritou do outro lado de navio fazendo Gajeel cair na gargalhada.

-Temos audição muito boa. -Expliquei ao ver a cara de assustada dela.

A sua atenção foi tomada pelo menininho de Gajeel. O garotinho deu uma risadinha para ela, a fazendo sorrir, e o pai entregou o menino de bom grado como se tivesse até mesmo aliviado.

-Ah, eu vou beber um pouco, se a minha mulher perguntar diz que é suco.

Gajeel se afastou. Pensei que voltaria a ter a minha conversa com Lucy, mas é claro que faceira como era, já tinha sumido aproveitando minha distração.

-Argh. -Grunhi irritado indo até ela novamente. Estava só mais um pouquinho distante com o neném no colo, além de longe da tripulação.

-Por que aquele beijo foi diferente Lucy?

-Eu pedi pra você esquecer. -Disse séria se concentrando no menino.

-Me responde e eu prometo que nunca mais toco no assunto.

-E que diferença faria, Natsu? -Deu um suspiro e finalmente me encarou. -Por que quer saber? Você tem a Lis, não largue ela por um desejo bobo por uma sereia...

-Você ser parte sereia não importa...-Murmurei baixo.

-O que?

-Juvia é uma sereia pura. Eu confesso que é muito atraente, nem por isso eu a ataco.

-Então é só comigo que você resolve encher o saco?

-É.

Ela bufou e virou de costas para mim.

-Eu já disse que o meu relacionamento com a Lisanna não é como você pensa.

-E como ele é então?

-Não é da sua conta.

-Natsu! -Falou alto, num tom de alerta que me arrepiou. -Está vendo? Quer que eu confie em você, que eu perdoe, que entenda o que você diz, sem nem me explicar nada! Eu tenho cara de adivinha pra saber como você se sente?

-Tsc. -Resmunguei. -Que exagero.

Ouvi ela grunhir baixo. Levantei mais o rosto, e ela veio até o meu, obviamente sem nenhuma intenção romântica pelas sobrancelhas fechadas e os olhos profundos.

-Eu não quero nada com você. Que fique óbvio. E se vai ficar me perturbando assim, é bom que nunca mais se aproxime de mim. Fui clara?

Dei meu sorriso provocador com o qual ela já estava acostumada e respondi:

-Como cristal.


Notas Finais


Owntt até brigando são fofos
Eai meus amores???
O q acharam???
No fim de semana q vem nos vemos dnv!
Bjss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...