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História Paravel - A viagem de uma criança - História escrita por pand_girl - Spirit Fanfics e Histórias
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História Paravel - A viagem de uma criança


Escrita por: pand_girl

Notas do Autor


Oiii gente!
É com muito pesar que anúncio o penúltimo cap da nossa fic :(
Espero que gostem de como será nosso desfecho, aproveitem!!!

Capítulo 27 - A viagem de uma criança


-Lucy. -Ouvi um murmúrio baixo. -Lucy, acorde.

-Hum... -Murmurei sentindo a minha cabeça doer levemente. -Natsu...

Eu sorri vendo a imagem ruiva. Mas não era ele, o cheiro era diferente, Igneel estava ali.

-Onde estamos?

-No exterior. Levante, temos que te deixar fora da zona de perigo.

Eu grunhi sentindo meu corpo ser puxado para cima com força.

Quando voltei a ver estávamos nas ruínas do clã. Ouvia a extrema movimentação de todos, não estavam batalhando ainda, pareciam apenas estar se afastando.

-Onde eu vou ficar? -Perguntei assustada.

-Vou ficar com você nas masmorras até que seus amigos venham.

-Ah... -Suspirei sentindo uma pontada na barriga.

Meu Deus, de novo não...

Pouco antes de descermos para o interior do clã eu ouvi um grito e então percebi que a batalha iria começar.

-O Natsu...

-Já estamos atrás dele. Fique tranquila.

As masmorras estavam vazias. Fiquei feliz pensando que todos estavam libertos.

-AH! -Grunhi mais alto com outra pontada.

-O que foi Lucy?

-M-minha barriga...

O ruivo me olhou preocupado.

-Por favor, aguente! Até que os outros cheguem, eu não posso te deixar sozinha. Grandeeney pode te curar.

-Hum. -Assenti poupando forças.

Eu comecei a respirar pesado tentando diminuir a dor.

Ela ia e voltava com curtos intervalos de tempo, era uma dor aguda em pontadas no ventre. Eu sabia que que era o bebê. Não tinha como ser outra coisa.

-Ah! -Gemi mais uma vez sentada com as pernas afastadas.

-Tudo bem. Ainda está aí. -O ruivo murmurou tentando me acalmar ao tocar minha barriga.

-Eu não devia ter me arriscado tanto.

-Não se culpe agora. Fique tranquila. -Indicou com calma.

Natsu.

Eu acho que ele sentia o meu medo.

-Lucy!

Igneel se levantou em alerta.

-Lucy!

-Juvia... -Murmurei reconhecendo a voz.

A azulada vinha com Mira que estavam afobadas atrás de mim.

-Lucy! -Olharam assustadas para Igneel.

-Tudo bem, ele é o pai do Natsu. -Expliquei brevemente sentindo mais uma pontada.

-Ela foi atingida?

-Não. É o bebê. -Igneel respondeu.

As duas o olharam espantadas.

-Bebê?

-E-eu não contei pra ninguém... -Murmurei envergonhada.

Igneel não gostou nada disso. Fechou a cara e me encarou bravo.

-Lucy! Está grávida, como pode não dizer nada?

-Eu não queria que se preocupassem.

-E olha no que deu! -Apontou Juvia irada também.

Meu corpo encolheu. Eu realmente me arrependia.

-Trarei Grandeeney ou Wendy. Tomem conta dela.

Igneel saiu da cela rapidamente e a albina puxou minha mão.

-Tudo bem Lucy. Ele vai ficar bem.

Mais uma pontada veio, essa mais forte do que as outras.

Meu grito foi abafado por um rugido lá fora. Eu reconheci ser o de Acnologia, já deviam estar brigando.

As duas estavam desesperadas do meu lado, ninguém sabia o que estava acontecendo ou o que fazer. Foi uma benção quando Wendy apareceu.

-Finalmente! Lucy está agoniando de dor. -Juvia disse com a pequena vindo até mim imediatamente.

-Eu sabia do bebê. Eu não disse nada porque imaginei que não quisesse. -Wendy resmungou com os olhos vermelhos. -E-eu devia ter insistido. Sinto muito.

-Não é culpa sua, eu que não me cuidei. -Lamentei baixo.

A menina colocou a mão sobre a minha barriga lentamente. Senti a dor ser aliviada, mas não extinta.

-N-não consigo fazer muito pelo bebê porque está dentro de você. Ele está machucado. -Ela sussurrou com cuidado. Uma falha tentativa de não me preocupar.

-V-vai sobreviver?

-Eu não sei. -Admitiu chorosa.

Eu nem notei que tinha começado a chorar também.

Juvia abraçou o meu corpo e colocou o rosto sobre o meu.

-Vai ficar bem Lu. -Murmurou chorando junto.

-E-eu quero ver o Natsu...

-Ele foi solto. -Mirajane disse alto vendo uma abertura para mudar de assunto. -Ele estava muito ferido, desmaiado nas correntes, mas a recuperação de dragões é rápida. Wendy tratou dele.

-Ele pode vir aqui?

-Ele vai vir quando puder, tenho certeza.

Encolhi as pernas de novo ao sentir um desconforto.

-Natsu sabe da gravidez?

-Sabe. Happy sabe, Sting e Rogue...

-E mesmo assim não contou pra gente Lucy?

-Eu não gostava de me sentir inútil e culpada ao mesmo tempo. Se vocês soubessem que eu esperava um bebê ainda por cima...

-Querida, você é tudo, menos inútil e culpada. Você trouxe o clã dos dragões. Você teve a ideia disso, inclusive.

-É o mínimo que eu podia fazer.

-Não, você fez a sua parte e mais um pouco. -Juvia deixou um carinhoso beijo em meu nariz.

-Só faltou um pouco mais de cuidado. -Mira completou sorrindo.

Coloquei a mão em minha barriga de novo. Agora, eu só queria ficar em paz com Natsu e nosso filho.

Passou-se uma hora. Ouvíamos o barulho das explosões e tremores fortes que me assustavam mesmo que eu estivesse segura com elas.

O bebê ainda estava ali. As dores continuavam, mas ele estava firme e forte. Com certeza puxou ao pai dele.

Assim que pensei em meu noivo meu corpo foi agraciado com a sensação de sua presença.

-Natsu está vindo. -Falei com um sorriso.

-Consegue senti-lo?

-Consigo. -Confirmei empolgada para vê-lo.

Ouvi seus passos no corredor de pedra até finalmente, vê-lo parado na cela procurando por mim.

-Lucy! -Gritou se jogando em meus braços depois.

-E-eu senti muita saudade... -As lágrimas vieram de novo.

Abracei ele com vontade, assim como ele fazia. Sentia sua respiração quente no meu pescoço, e todo o meu corpo relaxava já reconhecendo o toque dele.

-Meu amor. -Suspirou me dando um beijo curto seguido por vários ao redor do meu rosto. -Eu me preocupei muito com você. Cada dia e cada minuto, não faltou um que não pensasse em você. -Resmungou contra o meu rosto.

Agora prestava atenção detalhadamente nele. Tinha uma ferida meio aberta no rosto, rasgava sua bochecha e ia para bem perto do olho, como se não tivessem rasgado o olho junto por acidente.

-Natsu... -Murmurei preocupada passando o dedo levemente pela borda do machucado.

-Não se preocupe com isso. Eu estou bem. Nunca me senti tão disposto quanto agora que te abracei. E você mocinha, temos que conversar, como pode se jogar no selamento? -Apesar de eu saber que ele estava bravo e que iria brigar comigo depois, ele disse com divertimento.

-Eu precisei fazer isso.

-Você é muito teimosa.

-Eu sei.

-Mas é corajosa também. Eu não poderia pedir por uma mulher melhor.

Eu sorri recebendo um beijo na testa.

A alegria do nosso reencontro durou pouco, porque logo em seguida eu senti mais uma pontada e não pude evitar me encolher.

Ao ver minha careta de incomodo ele me olhou assustado. Avaliou minhas mãos pousadas sobre o ventre rapidamente e encarou a irmã.

-Ainda está aí. -A azulada disse rapidamente para tranquiliza-lo. -Está machucado, Lucy passou por muita coisa.

-Me desculpa. -Pedi logo antes que ele me olhasse bravo.

-Lucy... -Murmurou com o cenho franzido. -Não fiquei se sentindo mal. Foque em tomar cuidado, promete? -Pediu solidário.

Eu sabia que ele queria dizer algo como “Eu disse para tomar mais cuidado.” Mesmo que não me culpasse. Mas não queria que eu ficasse pior.

-Prometo.

-Elas vão cuidar bem de você. Eu vou subir lá para lutar.

-Não! -O parei agarrando seu braço. -Você está machucado.

-Estou bom o bastante para ajudar meu pai, e não vou estar sozinho. Vou ficar bem querida. -Respondeu me dando um selinho. Eu não conseguia parar Natsu quando o assunto era se meter numa briga. -Se qualquer coisa acontecer estarei aqui em um piscar de olhos. Eu sinto cada batida do seu coração junto com a minha.

E meu coração se derreteu por ele como fazia diversas vezes.

-N-não se machuque mais.

-Não vou.

Natsu partiu mais uma vez levando meu amor com ele e senti sua presença desaparecer aos poucos.

-Lucy, eu vou lá fora ajudar, Mira e Wendy vão tomar conta de você. -A azulada murmurou com pesar.

-Vá. Por favor.

Juvia me deu um beijo no rosto e me deixou também. Era melhor assim, ela tinha que ajudar na batalha.

Wendy me pediu para manter a respiração funda quando eu senti uma dor mais forte.

O tempo todo eu encarava seu rostinho delicado. Se eu perdesse o bebê ela não teria coragem de dizer, mas sua expressão não mentia, ela iria chorar.

-Tem algo vindo. Mira. -A albina entendeu e se posicionou para lutar ao lado de fora da cela.

-Argh, vá ajuda-la...

-Ela se vira sozinha, eu preciso cuidar de você. -Disse Wendy acariciando minha testa.

Realmente, aquele não foi o primeiro inimigo contra qual Mira lutou, ela era muito mais forte do que eu imaginava.

Mais tremores. Rugidos. Explosões. Isso me lembrava minha casa sendo dizimada por Acnologia.

Natsu. Eu saberia se tivesse algo errado.

-Q-quanto tempo que estamos aqui? -Murmurei com dificuldade.

-Não sei quantas horas fazem querida. Mas a noite já caiu.

-Eles não vão terminar nunca?

-Batalhas podem demorar muito. Temos que...

Sua frase foi cortada por uma ruiva afobada que entrou desesperada na masmorra.

-LUCY! Você está bem?

-Sim. -Respondi alegre vendo que Erza também estava.

Ela se jogou em mim para um abraço e beijou meu rosto como nunca vi ela fazer com ninguém. E em poucos minutos depois gritou comigo em uma bronca, por não ter contado da gravidez.

-Onde está Natsu?

-Bem. Todos bem. Acnologia foi morto.

Um peso enorme saiu das minhas costas, foi impossível para nós três segurar um suspiro de alívio.

-J-já terminou então?

-Quase. Ainda tem alguns seguidores dele lutando. Logo vão ver que o líder morreu e vão dar no pé. O clã dos dragões é extremamente forte, nunca vi gente com tanta força.

-Hum. -Gemi baixo concordando. Erza fechou a cara ao ver que eu sentia dor.

-Estou bem.

-O bebê está melhorando, vai sobreviver Lucy. -Wendy pode garantir dessa vez.

-Ah, que ótimo! Eu me arrependo tanto de tê-lo machucado. Ele já deve me odiar por fazê-lo passar por tanta coisa. -Celebrei sorrindo.

Assim como Erza disse, não demorou para que o resto dos inimigos fossem derrotados ou fugissem, trazendo uma onda de gritaria e pulos de comemoração pela vitória.

A dor havia passado e eu e o bebê estávamos bem. Me apoiei em Mira para andarmos até a saída das masmorras, mas claro que Natsu veio direto para mim quando a batalha terminou.

-Você está bem! -Comemorou ao me ver andando.

-Você também.

Mira deixou que eu fosse até os braços dele.

O abracei como nunca tinha feito. Enrolei ele nos meus braços e apertei forte, deixando o pescoço descansar em seu ombro, porque senti muita falta de simplesmente tocá-lo.

-Eu te amo.

-Eu também a amo, querida.

Natsu me deu um beijo e subiu comigo para fora do clã.

Muitos vieram até nós para perguntar sobre mim e parabenizar a gravidez.

Natsu e os irmãos ficaram muito contentes de reencontrar a antiga família. Wendy se agarrou contra Grandeeney como fazia com os irmãos, e Igneel de repente mostrou uma face bobona de estar todo contente por ser avô.

Depois de quase perder o meu filho eu entendi que ele estava ali sempre. Não importava se eu não sentia. Eu o amava muito, me arrependia de olhar para trás e ver que eu não pensava muito nele.

Bom, tinha muita coisa acontecendo. Agora somos eu e ele por longos oito meses pelos quais eu estava ansiosa, prometi a mim mesma que seria uma ótima mãe.

Natsu me deu um beijo no nariz e acariciou minha barriga levemente.

-Tenho muito orgulho de vocês dois. São muito corajosos.

////

Natsu Dragneel

A comemoração deveria ser intensa. Mas naquela noite todos estavam cansados e feridos. Nossa preocupação foi tratar de todos e abriga-los no clã como podíamos.

Lucy dormiu comigo, claro, com um sorriso radiante. Era revigorante saber que ela e nosso bebê estavam finalmente fora de perigo. Pela primeira vez em dois meses, eu dormi tranquilo.

O outro dia amanheceu como nunca, o sol parecia trazer a glória consigo, eu levantei junto a ele e deixei que Lucy dormisse mais porque sabia que deveria estar cansada.

-Bom dia Natsu. -Meu pai foi o primeiro que me cumprimentou.

A maioria que estava lá fora eram do clã. Era estranho vê-los após tanto tempo, principalmente porque meu pai ainda parecia me tratar como criança.

-Como está a Lucy?

-Bem. Está dormindo. Todos estão bem também?

-Sim, estamos tranquilos. Iremos reconstruir o clã. Já deve saber que não pretendemos voltar ao selamento...

-Isso é bom.

-Você e Lucy podem ficar com a casa principal, eu pretendia dá-la a você quando se casasse.

-Ah, pai... -Murmurei preocupado. -Não pretendemos ficar.

-Não? -Questionou surpreso. -Você sabe que é o herdeiro, não é?

-Eu não sou herdeiro de nada há nove anos. Gosto da Fairy Tail.

-Então você vai ficar por aí no mar o resto da vida? Não é seguro Natsu, muito menos para crianças.

-Eu já sabia disso antes de você chegar. Lucy não se importa.

-Vocês são muito novos, vão se arrepender depois...

-Meu Deus, podemos não discutir isso agora?

O ruivo assentiu com a cara fechada.

Como eu disse, me tratava como criança.

Me afastei e fui conversar com meus irmãos. Quando Lucy levantou já estava perto da hora do almoço.

-Estava bem cansada, hum?

-O bebê que estava. -Respondeu ela sorrindo.

-Hum, meu pai quer que a gente se mude para o clã.

-E nós vamos?

-Sinceramente eu prefiro que não. Mas eu sei que sou o herdeiro, não sei o que aconteceria se meu pai adoecesse e eu não estivesse aqui para tomar meu lugar.

-Gajeel não seria o próximo na linha de herdeiros?

-Ele me mata se eu jogar essa responsabilidade pra ele. Quem dirá os gêmeos que não gostam daqui.

-Hum, Grandeeney não assumiria?

-Bom, aí começa o problema, tenho medo de iniciarem outra guerra por causa disso. Também havia prometido ao avô Makarov que cuidaria da Fairy Tail.

-E você cuidou. -Completou carinhosa. -Seja lá o que decidir eu apoio. Não é como se Igneel fosse bater as botas tão cedo, podemos ir no nosso tempo.

-Hm. -Murmurei recebendo um abraço dela.

-O que você acha de Luke?

-O que?

-Caso foi menino. -Explicou colocando a mão na barriga.

Pela primeira vez Lucy parecia estar gostando da ideia de ser mãe. Me felicitou muito. Eu tinha medo de termos complicações por Lucy ser nova ainda e não estar preparada, mas se sentia amor pelo nosso filho, já era o bastante.

-Ah, é um belo nome. Falando sobre nós, temos um casamento pra fazer, não é?

A loira deu um sorriso radiante. Acho que com tudo que aconteceu havia se esquecido da cerimônia.

-Sim! Vamos nos casar!


Notas Finais


Eai, Natsu fica no clã ou mete o pé?
não estou mentalmente preparada pra terminar essa fic kkkk parece q comecei ontem
Bom, o nosso final vai vir mais cedo, claro.
Quarta feira estou de volta com o nosso final! E espero que vcs gostem pfv <3
Bjsssss


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