Algumas semanas depois...
Já se fazia algumas semanas após o jantar dos deputados, muitas coisas mudaram no Palácio após o jantar. Na manhã seguinte, Luísa deixou de ser a precptora das princesas, algo que deixou uma certa briga entre a Condessa e o imperador, A Condessa finalmente voltou a França para ficar ao lado do marido e do filho.
Leopoldina ficou completamente contente quando soube da saída da precptora, era algo completamente evidente que a menina não gostava da professora. Isabel por outro lado, ficou chateada com a saída da precptora, já que possuía uma admiração e um carinho pela Condessa, mas aceitou a saída da mulher.
A gravidez de Teresa evoluía a cada semana, a Imperatriz já se encontrava no 5 mês de gestação e possuía uma barriga tão bonita aos olhos do imperador. Pedro e Teresa voltaram a dormir no mesmo quarto, uma decisão que partiu completamente dele, já que viu que não aguentaria nem mais um minuto longe dela.
— CHUTOU...Eu senti – Leopoldina deu um grito no momento em que sentiu o bebê se mexendo
— Ele só mexe quando você fala – Isabel disse com um certo ciúmes
As duas princesas possuíam as mãos na barriga da mãe, tentando saber o momento exato que sentiriam o bebê chutando, descobriram o fato no jantar da noite passada.
Todos na mesa conversavam alegres com as novas notícias, Leopoldina fazia suas perguntas difíceis e Isabel apenas ria da tentativa dos pais de responder às perguntas da irmã.
Teresa que ria, rapidamente parou e fez uma cara estranha, algo que na hora preocupou o marido e as filhas
— Mamma? – Isabel foi a primeira a chamar a atenção da mãe, que se mantinha quieta e com uma cara assustada.
— Está tudo bem meu amor? – Pedro disse e rapidamente se levantou de sua cadeira indo para mais perto da esposa
— o bebê....
— Você está sentindo dor? Quer que eu chame o médico? É....– Rapidamente Pedro foi interrompido
— Ele está se mexendo, olhe – Teresa rapidamente pegou a mão do esposo e colocou em sua barriga, Leopoldina e Isabel também se levantaram de suas cadeiras indo para perto dos pais
— Eu senti...– Pedro disse após sentir um chute no local onde sua mão estava, Leopoldina e Isabel rapidamente colocaram a mão na barriga de Teresa
— Por que os bebês fazem isso? – após a pergunta ser feita mais um chute foi sentido, Leopoldina olhou assustada para os pais
— acho que o bebê gostou da sua voz Dina – Isabel disse rindo da cara de assustada da irmã
— tenham paciência bambinas, ele vai mexer novamente Bel – Disse e sentiu um chute forte – sentiu bambina? – Disse com um pouco ofegante pelo chute forte desferido pelo bebê
— O que as mulheres da minha vida estão fazendo? – Pedro disse entrando na sala
— Estamos vendo o bebê se mexer – Leopoldina disse animada — Bel, está chateada porquê o bebê não mexe para ela
— Tenham paciência, vocês também não mexiam tão facilmente – Pedro disse se lembrando das gravidezes de Teresa — Você Bel, era bem mais quietinha, mas se mexia bastante depois de uma sobremesa de maracujá
— Falando em sobremesa de maracujá, seria um bom pedido não é? – Teresa disse sentindo sua boca salivar de desejo pelas sobremesas
— Espero que os seus desejos só fiquem nessa sobremesa mesmo, que não seja como na de Dina – Disse levantando as mãos e arrancando alguns risos das filhas
— A mamma teve muitos desejos na minha gravidez ? – Dina pergunta curiosa com aquela revelação
— Diversos e principalmente de madrugada, teve uma vez...– Pedro rapidamente foi interrompido pela voz da esposa
— Io ainda quero minha sobremesa Pedro – Teresa disse autoritária olhando fixamente para Pedro
— Já estou indo imperatriz – Pedro disse saindo atrás da sobremesa da esposa, as princesas logo riram da forma como o pai disse.
...
Aos sete meses, a barriga de Teresa crescia ainda mais, algo que deixava a mulher ainda mais radiante.
— Acha que este vestido está bom mesmo ? Non pareço uma bola? – Teresa perguntou a Julieta, que colocava algumas flores no cabelo de Teresa
— Você está perfeita Teresa – Julieta disse vendo as bochechas da amiga ficarem vermelhas — Não fique nervosa, é apenas o seu segundo casamento
— A senhora fala de uma forma tão calma, dona Julieta – Celestina disse impressionada com a forma calma que Julieta falava
— Relaxa Teresa, Pedro te ama e a coisa que ele mais quer é fazer isso ao seu lado – Julieta disse passando segurança a amiga — Eu falei que ele era lento, mas não burro – as três mulheres logo riram.
Nas últimas semanas, Pedro começou a pensar em um segundo casamento. Mais precisamente uma renovação de votos com Teresa, Ele tinha quebrado tantas promessas a mulher e só queria fazer novamente aquele momento, só que dessa vez da forma certa.
Pedro fazia carinho no braço da esposa, que estava deitada em seu peito. Os dois tinham acabado de fazer amor, Pedro já estava certo que faria ali o pedido
— Você aceitaria casar comigo novamente ? – Pedro perguntou fazendo imediatamente Teresa levantar a cabeça e olhar para o marido
— Por que está pergunta Pedro?
— como diz a Dina, não se responde uma pergunta fazendo outra
— Sì Pedro, io aceitaria casar novamente com você, mas por que essa pergunta? – Disse curiosa
— Nós iremos nos casar novamente – Teresa que já estava confusa ficou ainda mais — iremos renovar nosso votos, se estamos recomeçando eu quero fazer do jeito certo e do jeito que a minha imperatriz merece
Teresa sorriu com a afirmação do marido e rapidamente envolveu os lábios do marido em um beijo.
— Sì, io aceito casar novamente com você Pedro – Disse dando um sorriso — Io sempre aceitarei casar com você...sempre.
Pedro se sentia nervoso enquanto ajeitava o terno, parecia que se casava pela primeira vez novamente. Aquele friozinho na barriga o dominava por completo.
— Já está tudo pronto Majestade – Lurdes disse entrando no Gabinete — mesmo que faça anos, você nunca saberá ajeitar essa gravata, aqui meu filho – Lurdes disse ajeitando a gravata — Agora sim
— Obrigada minha Lurdes – Disse sorrindo para a Baronesa — As minhas filhas já estão no jardim ?
— Sim, está tudo preparado – Lurdes disse sorrindo — Faça o que ele não fez, ame essa mulher assim como ela te ama e a faça feliz – Pedro pegou nas mãos de Lurdes e desferiu um beijo, agradecendo pelas palavras.
O jardim estava completamente decorando, possuía um arco e um pequeno palanque onde o padre ficaria. O arco estava decorado com algumas rosas azuis, só a família e alguns amigos íntimos participariam daquela pequena cerimônia.
Leopoldina e Isabel estavam carregadas de serem as daminhas de honra juntamente com Dolores, A pequena Aurora era a encarregada de trazer a nova aliança do casal. Os padrinhos eram dois casais, Julieta e Aurélio eram os de Teresa e o Duque de Caxias e Ana Luísa os de Pedro.
Além dos casais de Padrinhos, Celestina e Pilar também tinham sido escolhidas para serem madrinhas de Teresa. A renovação seria a forma de casamento como os dois sempre quisseram lá no fundo, sem um contrato de reinos pro trás, apenas a escolha do amor deles.
Pedro já estava em frente ao arco, o Imperador respirava ansioso pela chegada da imperatriz, nem parecia que já era caso com ela.
— Você irá cavar um buraco nesse chão logo logo desse jeito – Julieta disse olhando a agitação de Pedro — Fique calmo, o pior dos casos é ela fugir de ti – Pedro na mesma hora olhou assustado para Julieta que riu em seguida da cara do homem — Estou brincando, Teresa é apaixonada por ti e não fugiria
— Obrigada Julieta
— De nada, apenas não roube mais rosas de minha casa, senhor imperador – Julieta disse e se retirou indo para o lado de Aurélio
Rapidamente todos se arrumaram em seus locais, Teresa finalmente viria. Leopoldina, Isabel e Dolores entraram ao som da música que Samuel tocava, as três meninas jogavam algumas pétalas de rosas azuis e brancas pela passagem enquanto Teresa vinha atrás.
Teresa usava um vestido leve por conta da barriga, um clássico vestido branco com detalhes em renda e que deixava o seu colo um pouco amostra, o cabelo só um pouco preso, mas com algumas rosas no penteado.
No mesmo momento que Pedro viu Teresa vindo até ele, ficou completamente Hipnotizado, eles finalmente fariam do jeito certo.
— Eu prometo te amar a cada batida do meu coração, Prometo recomeçar ao teu lado todos os dias e Prometo ser completamente fiel ao nosso amor – Pedro dizia enquanto olhava para Teresa — Prometo te proteger, te respeitar e prometo te amar até os nossos últimos suspiros juntos.
— Io prometo te guarda a cada minuto em meu coração, Prometo te respeitar e prometo ser fiel a este amor – Teresa fala com algumas lágrimas nos olhos — Prometo recomeçar a teu lado a cada, Prometo estar contigo sempre e prometo amar a ti até o meu último suspiro.
A pequena Aurora logo entrou segurando uma pequena caxinha de madeira, a menina de dois anos andava com um sorriso no rosto, por mais que não estivesse entendendo nada daquela ocasião.
— Obrigada senhorita – Pedro disse ao pegar as alianças dentro da caixinha de madeira — Lhe dou está aliança como a prova de meu amor ti, como a prova de nosso recomeço e a prova que sempre te amarei – Disse colocando a aliança no dedo de Teresa
— lhe entrego está alleanza como o desejo de nosso recomeço e como prova de meu amor por ti – Teresa disse colocando a Aliança no dedo de Pedro
— Pelo poder que é me consentindo, o esposo pode beijar a esposa – Alguns risos saíram dos convidados pela fala do padre
Pedro rapidamente beijou Teresa, o beijo era apaixonado e cheio de emoção. Logo o beijo parou e uma salva de Palmas foi ouvida pelo casal, que sorriam e chorava com aquele momento, Leopoldina e Isabel logo correram em direção aos pais e os abraçaram felizes.
— Uma música para os Casados novamente – Samuel disse e arrancou uma risada de Teresa que logo foi puxada por Pedro para dançar.
— É permitido falar que estou morto de desejo por minha esposa ? – Pedro disse no ouvido de Teresa enquanto os dois dançavam.
— É permitido sì, mio marito – Disse sorrindo — Apenas torça para este pequeno estar dormindo na hora – Pedro rapidamente deixou de dançar e se ajoelhou em frente a barriga de sete meses da esposa
— Durma cedo está noite, meu pequeno bambino – Pedro disse e beijou a barriga de Teresa, que soltou uma gargalhada com as palavras do marido.
Até o fim daquela noite, a gargalhada da imperatriz foi um dos sons em que ele mais escutou, principalmente na madrugada no quarto dos dois.
...
Aos nove meses, Teresa possuía uma barriga ainda maior e mais pesada, a Imperatriz já estava completamente ansiosa para o dia que conheceria o seu pequeno bambino.
— mamma?...– Leopoldina disse entrando no museu da mãe, a pequena princesa possuía algumas lágrimas em seus olhos
— Bambina, o que foi? – Teresa disse preocupada com a menina, Teresa logo de prontidão abriu os braços vendo a menina ter uma certa recusa, mas logo indo de encontro ao abraço da mãe — piccola mia, che cos'è? dillo a mamma (meu bebê o que é? diga a mamãe)
Leopoldina logo saiu do abraço da mãe, Teresa rapidamente limpou algumas lágrimas da filha
— Com a chegada desse novo bebê, a senhora irá me abandonar? – No mesmo momento que Leopoldina disse, Teresa sentiu seu coração doer pelas palavras da filha
— io nunca irei lhe abandonar, nunca – Disse abrancando novamente a filha — Você é o il mio bambino de bochechas gordinhas, de olhos azuis e que me deixa com alguns cabelos brancos – Disse fazendo a filha dar um sorriso pela última afirmação da mãe — Io nunca abandonarei você, nem sua irmã, Io prometo
— Promesa de dedinho da realeza? – Leopoldina disse olhando para mãe e levantando o dedo mindinho
— Promessa de dedinho da realeza – Disse levantando o seu dedo mindinho também — Você sempre será mio bambino e io sempre te amarei – Disse puxando mais uma vez a menina para um abraço
— Eu também mamma.
Após alguns dias daquela conversa com Leopoldina, Teresa se encontrava no antigo quarto de seus meninos. Por escolha, o quarto continuaria completamente destinado aos seus meninos.
Em um ato involuntariamente, Teresa pegou o bordado de Pedro Afonso e par de meias que Afonso possuía na gaveta. Todas aquelas emoções misturadas eram demais para a imperatriz, em poucas semanas ganharia seu nove bebê, mas também possuía a culpa e o medo ainda ali.
O medo de perder aquele bebê também dominava a imperatriz e a culpa que sentia era assustador para a mulher, a coisa que Teresa mais pensava era em com Pedro Afonso e Afonso se sentia em relação aquele novo bebê.
— Meu amor? – Pedro disse ao entrar no quarto do meninos — Está tudo bem, calma – Pedro disse se aproximando e abraçando a mesma
Pedro logo sentiu sua camisa ficar molhada com as lágrimas da esposa, Pedro tentava passar o máximo de apoio que conseguia nas últimas semanas, sabia que a esposa estava incomodada com algo nos últimos dias.
— Quer me contar o que está acontecendo? Sei que está triste a dias e isso me preocupa – Pedro diz limpando algumas lágrimas de Teresa
— Io tenho medo Pedro – Teresa diz com a voz embargada — Io só queria saber como nossos meninos se sentiriam nessa situação ou se algo me acontecerá ou ao bambino
— Teresa, nossos meninos estão felizes que estamos conseguindo, tenho certeza que Afonso e Pedro estão felizes de saber que ganharam mais um irmão e que a mãe está feliz – Pedro disse limpando mais uma lagrima — E nada te acontecerá, eu prometo, nem que eu tenha que virar o Mundo
Teresa olhou para o marido, nunca imaginou que eles viveriam aquilo de novo e nunca imaginou viver aquele amor novamente com Pedro.
— io te amo – Teresa disse em meio a um soluço e voltou a abraçar o marido
— Eu também te amo – Pedro disse e depositou um beijo na cabeça da esposa.
...
Já de fazia algumas horas que Teresa se sentia estranha, era como se algo fizesse pressão em sua barriga e alguns incômodos no pé da barriga também a deixavam ainda mais desconfortável.
O dia tinha sido cansativo, a gestante tinha visitado escolas juntamente ao marido, mesmo que ele achasse ruim a grávida sair perambulando pelas ruas com aquela enorme barriga.
— Sente-se bem? – Pedro perguntou ao entrar no quarto — Você não comeu nada no jantar
— Me sinto um pouco desconfortável – Teresa disse sentindo um chute atingi-la e suspirando logo em seguida
— Uma massagem à ajudaria? – diz e olha os olhos da esposa brilharem
— sì, por favore – Pedro rapidamente se sentou em frente a esposa e pegou os pés da mesma e logo começou a massagem — Por isso que me casei contigo
— Só se casou comigo por conta de minhas massagens ? – Disse fazendo a massagem nos pés gordinhos da esposa
— Pelo seus beijos também – Teresa disse com um sorriso malicioso — E por teu corpo também
— Dona Teresa Cristina sempre me supriendendo – Disse rindo
Na madrugada daquele mesmo dia, os incômodos voltaram de uma forma diferente, as dores na barriga estavam insuportáveis e rapidamente Teresa sentiu um molhado embaixo de si.
— Pedro,acorde – Teresa disse cutucando o marido
— Teresa? O que foi? – Pedro disse ainda sonolento, nessas horas Teresa agradecia o sono leve do marido
— O bebê....– Teresa ia continuar, mas uma dor lhe atingiu com tudo e um gemido saiu de seus lábios
— Calma – Pedro disse se levantando da cama — Chamarei Celestina e pedirei para que o médico venha rápido
— Non, fique aqui comigo – Teresa disse sentindo as dores, Pedro se aproximou da esposa e segurou em sua mãe — O nosso bambino está chegando, me prometa algo
— Teresa....
— Se algo acontecer, saiba que io te amo – Teresa disse sentindo mais uma contração à atingir
— Não diga isso meu amor, nada te acontecerá, eu lhe prometo – Pedro disse proferindo um beijo na testa da esposa e á abraçando.
Eles passaram alguns minutos naquele abraço, Pedro alisava as costas de Teresa e tentava passar o máximo de segurança possível.
Após alguns minutos naquela posição, Pedro desfez o abraço e foi atrás de Celestina para chamar logo o médico.
Teresa rezava baixinho sentindo as contrações irem e voltando, pedi a Deus que tudo ocorresse bem naquela madrugada.
— O médico já está vindo Majestade – Celestina disse adentrando no quarto com alguns panos em sua mão — Talvez fosse melhor que a senhora se deitasse
Teresa que estava sentada na cama, decidiu seguir o conselho da ama de companhia e deitou-se na cama. Celestina foi até o banheiro e voltou ao quarto com uma bacia de água.
— acho que Nicolau já está vindo com a água – Celestina disse e olhou para a imperatriz — A senhora....
— Celestina, io peço que me prometa algo – Celestina sentiu a espinha arrepiar e foi mais para perto da mulher — Me prometa que cuidará de minhas meninas
— Teresa – Celestina disse com a voz trêmula, nunca imaginou um pedido daqueles sendo feito e muito menos que perderia a imperatriz — Eu não posso lhe prometer isso Majestade, a senhora ficará bem
— Me prometa por favore – Disse pegando na mão da Baronesa — Cuide dos machucados de Dina após as aventuras e seja uma segunda mãe para Isabel quando ela sentir medo de falar em público e cuide de Pedro, o lembre que ele non pode cair.
Celestina possuía lágrimas em seus olhos, nunca imaginou perder a imperatriz, por mais que soubesse que em algum momento teria que se despedir dela. A forma como as duas tinham se tornado amigas durante os anos era simplesmente a alegria de Celestina.
— Nada lhe acontecerá Teresa, Eu tenho a certeza – Celestina disse tentando engolir o choro — Ainda verei a senhora correndo atrás dessa criança, juntamente a Leopoldina e Isabel
Teresa tinha lágrimas em seus olhos, passou a gravidez assustada com a ideia da chegada do bebê. Sabia que mulheres mais velhas possuíam risco e ainda mais no parto, algo que sempre fora complicado.
Celestina se retirou do quarto, não aguentaria ter que escutar a promessa, a Baronesa rapidamente agarrou o terço e rezou baixinho pela vida da imperatriz, não aguentaria perder alguém que era como sua família ali.
Depois de algum tempo o médico chegou, Pedro correu juntamente á Rômulo para o quarto da esposa. Aquela movimentação toda no corredor fez com que Leopoldina acordasse, a menina logo se levantou de sua cama e foi acordar a irmã
— Dina, o que foi? – Isabel disse com uma voz sonolenta
— Algo está acontecendo no quarto da mamma, tem muito gente andando no corredor – Isabel se sentou na cama e coçou os olhos olhando para a irmã mais nova — Será que é o bebê?
— Talvez ele vá nascer hoje – Isabel disse e se levantou da cama — Quer ir ver a mamma né? – Leopoldina rapidamente assentiu com a cabeça
As duas princesas saíram do quarto e andaram pelo corredor indo em direção ao quarto dos pais, rapidamente Isabel viu o pai e um médico em frente a porta, chamou a irmã com a mão e as duas saíram andando até o pai.
— Algo aconteceu com a Mamma? – Isabel perguntou para o pai, vendo o mesmo nervoso
— Seu irmão vai nascer hoje – Isabel arregalou os olhos e nem percebeu quando Leopoldina sai de trás dela e adentrou no quarto.
Leopoldina viu a mãe deitada na cama, a mesma possuía um pano testa e apertava o lençol e suspirava sentido as dores.
— Mamma...– Rapidamente Teresa abriu os olhos vendo Dina
— Dina...– Teresa chamou a menina um pouco ofegante, a menina rapidamente correu para cama onde se deitou ao lado da mãe.
As duas não trocaram mais nenhuma palavra, ficaram ali sentindo a companhia um da outro, de vez em quando Leopoldina pegava a mão da mãe ou sussurrava o quão forte ela era. Pedro tinha explicado nos últimos dias para as filhas que o bebê poderia chegar a qualquer momento e que o apoio das duas ajudaria muito Teresa.
— Eu te amo mamma – Teresa sorriu com a afirmação da filha
— Eu também te amo bambina – Teresa disse e puxou a menina um pouco mais para si
As duas não perceberam na hora em que Pedro adentrou no quarto jutamente ao médico, só perceberam quando Pedro pegou Leopoldina no colo para tirá-la do quarto. A menina não questionou a atitude ou reclamou, sabia que não poderia ficar no quarto na hora que o bebê nascesse
— Eu irei deixar vocês duas aqui com a Lurdes, está bem? – Pedro disse olhando para as filhas — Eu prometo que tudo dará certo, eu prometo – Pedro abraçou as filhas e as deixou ali juntamente com Lurdes
— A senhora já pode começar a empurrar – Pedro olhou para esposa e lhe deu um pequeno beijo na testa, por mais que existissem certas tradições, Pedro ficaria ali ao lado da esposa e do bebê.
— Quando eu falar a senhora empurra, faça o máximo de força que conseguir – Teresa agarrou na mão de Pedro e ele apenas assentiu com a cabeça.
As 5:01 da manhã do dia 8 de março, o pequeno bebê veio ao mundo. O choro estridente ecoava pelo quarto, já mostrando os ótimos pulmões que possuía, tinha sido necessário apenas três empurrões para a criança nascer.
— É uma menina – Rômulo disse e enrolou a pequena bebê — E muito bonita, meus parabéns majestades
Teresa que estava cansada e pálida por todo aquele esforço, sorria com aquela pequena criança que tinha sido colocada em seus braços, A pequena se parecia bastante com Isabel e Leopoldina quando bebês.
— nostra bambina... – Teresa tinha algumas lágrimas caindo pelo seu rosto, assim como Pedro que chorava como uma criança diante daquela cena — Cecília...ela se chamará Cecília
— Bem vinda, Pequena Cecília – Pedro rapidamente proferiu um beijo na testa da filha — Muito obrigado meu amor, obrigado – Pedro disse e deu um beijo rápido na esposa
Depois de alguns minutos, Leopoldina e Isabel entraram no quarto. Isabel se aproximou primeiro vendo a pequena bebê embalada no colo da mãe, Leopoldina tinha se aproximado alguns segundos depois da irmã.
— Como ela se chamará? – Isabel perguntou olhando para a bebê
— Cecília – Pedro disse vendo Leopoldina e Isabel se aproximarem ainda mais da irmã
— Cecília Cristina – Leopoldina disse e os pais olharam para ela — o senhor disse que poderíamos escolher o nome também
— Então está certo, Cecília Cristina – Pedro disso sorrindo para a Leopoldina.
A família mais uma vez estava completa agora, claro, a falta dos meninos sempre estaria ali. Mas eles sempre estariam ali como duas estrelas também, depois de tantos momentos complicados finalmente eles estavam felizes.
— Somos a sua família, Bem vinda – Isabel disse e sorriu enquanto segurava a pequena mãozinha da bebê
— Bem vinda pequena Tina – Leopoldina disse e proferiu um beijo na testa da irmã, que se mexeu, mas continuou quieta.
— Nossa família – Pedro disse olhando para Teresa
— Nostra Família – Teresa disse sorrindo para Pedro que rapidamente depositou um beijo nos lábios da mulher.
Fim.
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