handporn.net
História Percy e CIA Lendo A Filha das Profundezas - Percy ganhou um livro e não foi da Annie..pera..ele vai ler? - História escrita por GabihsMiranda - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Percy e CIA Lendo A Filha das Profundezas >
  3. Percy ganhou um livro e não foi da Annie..pera..ele vai ler?

História Percy e CIA Lendo A Filha das Profundezas - Percy ganhou um livro e não foi da Annie..pera..ele vai ler?


Escrita por: GabihsMiranda

Capítulo 2 - Percy ganhou um livro e não foi da Annie..pera..ele vai ler?


Fanfic / Fanfiction Percy e CIA Lendo A Filha das Profundezas - Percy ganhou um livro e não foi da Annie..pera..ele vai ler?

 

- pelo vigézima vez - Leo parecia perdido - voce ganhou um livro? E não foi da Annie? E vai ler mesmo assim?

- pela vigézima vez Léo - disse Percy ja com dores de cabeça - sim, eu vou ler.Meu pai mandou o livro e disse que poderia ser legal se lesemos todos juntos.

- e qual é o livro?- perguntou Carter 

- algo com mar sem duvidas - disse Magnus dando de ombros

- A Filha das Profundezas - disse Annabeth - é, 10 pontos para o Magnus. Sentem em seus pufs que eu vou começar.

 

OS DIAS QUE DESTROEM A nossa vida têm uma coisa em comum. 

- começamos maravilhosamente bem - disse Leo - mas é verdade

Eles começam iguais a qualquer outro. Não percebemos que o nosso mundo está prestes a explodir em um milhão de pedacinhos horríveis até ser tarde demais. 

- entendemos o sentimento - disseram todos

Na última sexta-feira do meu segundo ano, acordo no dormitório às cinco da manhã, como sempre. Eu me levanto com cuidado para não incomodar minhas colegas de quarto, visto o biquíni e vou para o mar.  Adoro o campus de manhã cedo. No nascer do sol, as fachadas de concreto branco dos prédios ficam cor-de-rosa e turquesa. O gramado do pátio central está vazio, exceto por gaivotas e esquilos que continuam sua guerra eterna pelas migalhas que deixamos. O ar cheira a maresia, eucalipto e rolinhos de canela frescos assando no refeitório. A brisa fresca do sul da Califórnia me dá um arrepio nos braços e nas pernas. Em momentos assim, não acredito que tenho a sorte de estudar na Academia Harding-Pencroft.  Isso se eu sobreviver às provas do meio de semana, é claro. Posso ser carregada pelo mar de maneira humilhante, ou morrer embolada em uma rede no fundo de algum obstáculo submarino… Mas, ei, ainda é melhor do que fechar o período com cinco milhões de questões de múltipla escolha em uma prova padronizada.  Sigo o caminho de cascalho que leva até o mar.  A pouco menos de cem metros do prédio de guerra naval, os penhascos mergulham no Pacifico. Lá embaixo, espuma branca corta o mar azul-aço. Ondas ribombam e reverberam em torno da curva da baía, parecendo o ronco de um gigante. 

deve ser um som horrivel - disse Hazel fazendo careta

- e é - assentiu Nico se lembrando da época que ficou preso em um jarro

Meu irmão Dev está me esperando na beira do penhasco.

— Está atrasada, Ana Banana. 

Ele sabe que eu odeio esse apelido. 

— Eu te empurro sem pensar duas vezes — ameaço. 

— Bom, você pode tentar. 

- eles me lembram alguém - disse Annabeth de olho nos Kane 

- a banana é o Carter no caso - disse Sandie antes de levar uma almofada da cara

 

Quando Dev sorri, ele aperta um olho mais do que o outro, como se não conseguisse equalizar a pressão nos ouvidos. As meninas dizem que é fofo. Não tenho tanta certeza disso. Seu cabelo escuro é arrepiado na frente como um ouriço-do-mar. Ele fala que é seu “estilo”. Eu acho que é só porque ele dorme com um travesseiro na cara. 

- tipo a Sandie as vezes - comentou Carter fazendo Sandie devolver a almofada

Como de costume, ele está usando sua roupa de mergulho preta da HP, com o brasão prateado dos Tubarões na frente, indicando sua casa. Dev acha que sou doida por mergulhar de biquíni. Em geral, ele é um cara durão. Mas, quando se trata de frio, ele é meio fracote. 

- todo mundo aqui é meio fracote para frio sejamos sinceros - disse Frank rindo

Começamos nosso alongamento pré-mergulho. Esse é um dos poucos pontos na costa da Califórnia de onde podemos pular sem rachar a cabeça nas pedras. Os penhascos são íngremes e se lançam diretamente para as profundezas da baía.  É quieto e tranquilo a essa hora da manhã. Apesar das responsabilidades de Dev como capitão da casa, ele nunca está ocupado demais para o nosso ritual matutino. Eu amo isso nele. 

— O que você trouxe hoje para o Sócrates? — pergunto. Dev faz um gesto para o lado. Duas lulas mortas brilham no gramado. Por estar no último ano, Dev tem acesso ao estoque de comida do aquário. Isso significa que pode roubar uns presentinhos para o nosso amigo da baía. As lulas têm mais ou menos trinta centímetros da cauda aos tentáculos — melequentas, prateadas e marrons como alumínio enferrujado. Loligo opalescens. Lula-da-Califórnia. Tempo de vida: seis a nove meses. 

Percy ergueu as sobrancelhas

Não consigo desligar o fluxo de informação. Nossa professora de biologia marinha, dra. Farez, nos treinou bem até demais. A gente aprende a decorar os detalhes porque tudo, literalmente tudo, cai nos testes dela. 

- entendo, parece as provas do Quiron - disse Percy fazendo caretas 

- e voce estudava para as provas dele?- Piper perguntou

- é claro que não - respondeu Annabeth por ele

- e os professores da faculdade de Nova Roma - disse Reyna pensando nas provas que ja testemunhou serem dadas - também tinham o hábito de fazer isso

Sócrates tem outro nome para as Loligo opalescens. Ele chama de café da manhã. 

— Maneiro. — Pego as lulas, ainda geladas do freezer, e entrego uma para Dev. — Está pronto? 

— Ei, antes de mergulhar… — A expressão dele estava séria. — Eu queria te dar uma coisa. 

Não sei se ele está falando a verdade ou não, mas sempre caio nas distrações dele. Logo que prende a minha atenção, ele se vira e pula do penhasco. 

Solto um palavrão. 

— Ah, seu… 

Quem larga na frente tem mais chance de encontrar Sócrates primeiro. 

Inspiro fundo e pulo atrás dele. 

Saltar de penhascos provoca uma sensação incrível. Caio de uma altura de dez andares, o vento e a adrenalina gritando nos meus ouvidos, então atravesso a água gelada. 

O choque no meu sistema é bem-vindo: o frio repentino, o ardor do sal nos meus cortes e arranhões. (Se você não fica com cortes e arranhões quando estuda na HP, não está fazendo os exercícios de combate direito.)

- não, eu dispenso - disse Magnus fazendo caretas 

Passo no meio de um cardume de cantarilhos-cobre — dezenas de brutamontes plissados em laranja e branco, que parecem carpas punks. Mas o jeito marrento é só fachada, porque eles se dispersam imediatamente com uma explosão de ! Dez metros abaixo de mim, vejo o redemoinho cintilante de bolhas que Dev deixou para trás. Vou atrás dele. 

Meu recorde de apneia estática é de cinco minutos. É óbvio que não consigo prender a respiração por tanto tempo quando estou me movendo, mas, mesmo assim, essa é minha especialidade. Na superfície, Dev tem a vantagem da força e da velocidade. Debaixo d’água, tenho a resistência e a agilidade. Pelo menos é o que o digo a mim mesma. 

- ja é um começo - disse Percy - e 5 minutos é um ótimo tempo

Meu irmão flutua sobre a areia do fundo do mar, as pernas cruzadas como se estivesse meditando há horas. Ele está escondendo a lula atrás das costas, porque Sócrates apareceu e está cutucando seu peito como quem diz: Anda logo, eu sei o que você trouxe para mim. 

Sócrates é um animal lindo. E não digo isso só porque minha casa é a Golfinho. Ele é um golfinho-nariz-de-garrafa macho e jovem, de quase três metros de comprimento, com a pele cinza-azulada e uma faixa escura proeminente na nadadeira dorsal. Eu sei que ele não está sorrindo de verdade. Sua boca comprida só tem esse formato. Mesmo assim, é absurdamente fofo. 

- golfinhos em geral são fofos - disse Percy - perigosos as vezes mas fofos

- como um golfinho pode ser perigoso?- perguntou Leo descrente

- não incentive Valdez - Annabeth tapou a boca de Percy

Dev mostra a lula. Sócrates a arranca da mão dele e engole de uma vez só. Dev sorri para mim, uma bolha de ar escapando dos seus lábios. Sua expressão diz: Haha, o golfinho gosta mais de mim. 

Ofereço a minha lula para Sócrates. Ele fica feliz da vida de repetir a refeição. Até me deixa fazer carinho na sua cabeça, que é lisa e retesada como um balão de água, e depois esfrego suas nadadeiras peitorais. (Golfinhos não resistem a um cafuné nas nadadeiras peitorais.)

Percy assentiu 

Então Sócrates faz uma coisa que me pega de surpresa. Ele se agita, empurrando minha mão com o bico em um gesto que passei a ler como Vamos! ou Rápido! Então gira e nada para longe, a força de sua cauda empurrando a água contra o meu rosto. 

Percy franze o cenho

- ele quer te avisar de algo - disse ele

Acompanho com os olhos até ele desaparecer na escuridão do mar. Espero seu retorno. Ele não volta. 

- acho...isso é ruim - disse Percy - na verdade é péssimo

Não consigo entender. 

Em geral, Sócrates não come e foge. Gosta de brincar com a gente. Golfinhos são naturalmente sociáveis. Na maioria das vezes, ele nos acompanha até a superfície e pula por cima da nossa cabeça, ou brinca de esconde-esconde, ou nos bombardeia com estalos e guinchos que sempre parecem perguntas. Foi por isso que o batizamos de Sócrates. Ele nunca dá respostas — só faz perguntas. 

Mas hoje ele parecia agitado… quase preocupado. 

- ele esta - disse Percy

Pelo canto do olho, vejo a luz azul da grade de segurança se estender pela boca da baía — um padrão de losangos brilhantes com que já me acostumei nos últimos dois anos. Enquanto observo, as luzes piscam, se apagam e logo voltam a acender. Isso nunca tinha acontecido antes.  Olho para Dev. Ele não parece ter notado a mudança na grade. Então aponta para cima: Aposto que chego primeiro.  Ele bate as pernas em direção à superfície, me deixando em meio a uma nuvem de areia.  Não quero sair ainda. Estou curiosa para ver se as luzes vão se apagar de novo, ou se Sócrates vai voltar. Mas meus pulmões estão queimando. A contragosto, vou atrás de Dev.  Depois que nos encontramos na superfície e recupero o fôlego, pergunto se ele viu a grade piscar. 

Ele estreita os olhos.

— Tem certeza de que você não estava só desmaiando? Jogo água na cara dele. 

— Estou falando sério. É melhor a gente falar com alguém.

Dev limpa a água dos olhos. Ainda parece cético. 

Para ser sincera, nunca entendi por que temos uma barreira submarina de última geração na boca da baía. Sei que teoricamente ela está ali para proteger a vida marinha, impedindo a entrada de caçadores, mergulhadores hobbistas e gente do Instituto Land, nossa escola rival, que sempre tenta nos pregar alguma peça. Mesmo assim, parece exagero, até para uma escola que forma os melhores cientistas marinhos e cadetes navais. Não sei exatamente como a grade funciona. Mas sei que ela não deveria piscar. 

- ja viram o Acampamento Jupiter? - disse Leo apontando para os romanos- aquilo é exagero 

- ja viram o návio de guerra do Acampamento Meio Sangue?- retrucou Reyna - aquilo é um exagero

 

Dev percebe que estou preocupada de verdade. 

— Tudo bem — diz ele. — Pode deixar que eu relato o que você viu. — E o Sócrates estava esquisito. 

— Um golfinho estava esquisito. Tá, relato isso também. — Eu poderia falar, mas, como você sempre diz, sou só uma aluna insignficante do segundo ano. Você é o grande e poderoso capitão da Casa Tubarão, então… 

É sua vez de jogar água em mim. 

— Se a conversa paranoica acabou, eu tenho mesmo uma coisa para te dar. — Ele tira uma corrente brilhante do bolso de seu cinto de mergulho. — Feliz aniversário adiantado, Ana. 

Ele me entrega o colar: uma pérola negra engastada em ouro. Levo um segundo para entender o que ele está me dando. Sinto um aperto no peito. 

— É da mamãe? — Mal consigo dizer a palavra.

A pérola era a peça central da mangala sutra da mamãe, seu colar de casamento. Também é a única coisa dela que nos restou. Dev sorri, embora seus olhos revelem uma melancolia familiar.

— Pedi para ajeitarem a pérola. Você vai fazer quinze anos semana que vem. Ela ia querer que você usasse. 

- e os protagonistas são órfãos - Leo fungou - que cliche triste 

É a coisa mais fofa que ele já fez por mim. Estou quase chorando. — Mas… por que você não esperou até a semana que vem?

— Você parte hoje para fazer as provas do segundo ano. Queria que estivesse com a pérola para dar sorte. Só por via das dúvidas, né, para não correr o risco de passar vergonha. 

Ele sabe mesmo como estragar um momento bonito. 

- igual a Sandie - comentou Carter

— Ah, cala a boca. 

- é Carter, cale a boca - disse Sandie 

Ele dá risada. 

— Estou brincando, claro. Você vai mandar muito bem. Você sempre manda muito bem, Ana. Só tome cuidado, viu? 

Sinto meu rosto corar. Não sei o que fazer com tanta afeição e tanto carinho. 

— Bom… O colar é lindo. Obrigada. 

— Disponha. 

Ele encara o horizonte, um ar de preocupação nos olhos castanho escuros. Talvez esteja pensando na grade de segurança, ou talvez esteja de fato nervoso com as minhas provas no m de semana. Ou talvez esteja pensando no que aconteceu dois anos atrás, quando nossos pais voaram nesse horizonte pela última vez. 

— Vamos. — Ele abre outro sorriso reconfortante, como fez tantas vezes por mim nos últimos anos. — A gente vai se atrasar para o café. Sempre com fome, e sempre em movimento — o capitão perfeito dos Tubarões.

Meu irmão nada em direção à praia. 

Olho para a pérola negra da minha mãe. O talismã que deveria lhe garantir vida longa e proteção contra o mal. Infelizmente para ela e para meu pai, a pérola não fez nem uma coisa nem outra. Observo o horizonte, me perguntando para onde Sócrates foi e o que ele estava tentando me dizer. 

Então começo a nadar atrás de Dev, porque de repente não quero ficar sozinha na água.

- entendo - disse Jason limpando os óculos 

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...