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História Pétalas pintadas de sol - Parte dois: Cartas para Minho - História escrita por yiza - Spirit Fanfics e Histórias
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História Pétalas pintadas de sol - Parte dois: Cartas para Minho


Escrita por: yiza
e stayinlove

Notas do Autor


Uma passadinha rápida só pra dizer que amo você e agradeço imensamente o amor que já deram pra essa fanfic, oka?
Tenhan uma boa leitura e um bom fim de semana ❤❤❤

Capítulo 2 - Parte dois: Cartas para Minho



Há muito dissabor e amargor em Minho agora, serpenteando seus dedos e ladeando suas palavras, escapando com a tinta preta diretamente para suas folhas. O destinatário de mais uma carta é ele mesmo, a sua mente, o seu coração. Ele o faz pela noite como em todas as outras vezes, despeja lá mais horas do que pode contar no relógio, mais frustrações do que consegue contar nos dedos. Às vezes suas palavras desenham poesias, outras vezes, contos. Ele nunca planeja ou se detém a pensar muito sobre isso. É sobre outra coisa. É sobre fugir, enfim, e tomar um único gole de ar puro e fresco como faz um pássaro a voar pelo horizonte. Um livramento ilusório e temporário.

As palavras o ajudam, apesar de nunca em definitivo, e ele sente escapando de seus nervos cada nó de tensão atado a seu corpo, às suas roupas e a seus penteados. Minho precisa disso quando o sol se vai, quando se recolhe e pode livrar os pés das botas pesadas, deixar seus ombros caírem por um momento e usar um conjunto de roupas leves e confortáveis. É quando sente que pode escrever, quando sente que faz sentido e é pertinente de fato se libertar. E ele queria que fosse assim o dia inteiro, queria queimar sob o sol ardente e se sentir de verdade sem tudo o que o molda e o escreve como um príncipe deve ser. 

Agora, porém, os dias se enchem de tarefas diplomáticas e ensinamentos de Vincenzo sobre como ser um Rei exemplar e, muito mais do que antes, Minho se sente cansado e saudoso de algo que soasse verdadeiramente como um lar. O seu é o palácio agora e ele teme diariamente por um futuro que não escolheu ter, um que veio quando sua mãe partiu para além das estrelas e pintou um universo onde não consegue alcançá-la. Minho pertence à Florença como nunca antes, como jamais foi pensado durante todos os anos de infância vibrando sob o sol toscano feito a alma livre que deveria ser. E ele queria ter podido ser criança por muito mais tempo do que consegue imaginar.

Minho pensa sobre isso hoje, quando seus dedos deambulam para um punhado de cristais de cera vermelho bordô e colocam alguns dentro de uma pequenina colher de derretimento — um talher refinado e impróprio para o uso que roubou da coleção guardada na cozinha apenas para ter o sentimento de que há algo bonito, brilhante e ornamentado em suas mãos enquanto aguarda o derretimento. Um divertimento tolo, realisticamente falando, mas ele gosta da ideia de furtar algo que já é seu por direito como se fosse de fato uma atitude rebelde. Coisas da liberdade —, sobre como sua vida mudou drasticamente e agora ele não é mais dono de si mesmo.

Minho tem um sorriso amargo curvando seus lábios, um que não alcança seus olhos ou irradia em sua pele. Christopher percebe, silencioso e analítico como é, mas não diz nada sobre isso porque parece demais e o príncipe não deu indícios de que queria que o fizesse. O general se mantém ao lado da escrivaninha desde que chegou, minutos atrás — mesmo que Minho tivesse lhe pedido para ocupar o sofá ou a beirada de sua cama, ele não fez —, e espera, silenciosamente, que ele finalize sua carta. Ao lado da vela que aquece a cera dentro da colher dourada presa aos dedos do príncipe, ele vê que já foram três delas e se pergunta, em mente, quantas mais irão ser escritas até que ele adormeça.

— Você escreveria uma carta para mim, General? — Minho irrompe o silêncio, a voz vacilante e fraca, o queixo apoiado na mão livre enquanto um esquema suave de luzes laranja serpenteia todos os ângulos de seu rosto.

Christopher ergue os olhos para ele; um pouco impressionado, um pouco curioso. Há algo lá, pairando em sua voz e deambulando por seus traços em um entristecimento óbvio do qual ambos gostariam de se livrar. Ele respira fundo, baixa as íris para a cera liquidificando da mesma forma que o príncipe faz e se detém a pensar por um momento.

— A nossa distância é pequena suficiente para que não precisemos disso, Alteza. — É o que ele murmura, cheio de um receio que pouco se vê.

Minho solta um riso frouxo e mau-humorado, meneia a cabeça e morde o lábio enquanto averigua suas coisas dispostas sobre a escrivaninha.

— Você pode escolher uma delas por mim? — O príncipe aponta com o queixo para um pote de louça com suas flores lá dentro.

Elas já estão um pouco secas agora, menos vibrantes do que outrora foram, e o general se pergunta em mente se deveria convidá-lo à buscar mais delas ainda naquela semana ao passo em que apanha uma vermelha em suas mãos. Ele mantém-a sobre o papel dobrado para um Minho quieto, vê-o soprar levemente a cera antes de despejá-la com cuidado sobre o papel e o caule já sem folhas. O príncipe coloca o carimbo sobre o líquido, deixa-o pesar sozinho sobre ele e se afasta de sua nova carta para recostar-se em sua cadeira.

Christopher segura o caule por mais alguns instantes, apenas por garantia, mesmo que ele seja fino e leve demais para mover o carimbo com as iniciais de Minho. E Minho volta seus olhos para ele enquanto cruza as pernas e deixa suas palmas estacionarem sobre o colo de forma despretensiosa. Ele se detém lá, desenhando em sua memória os traços que delineiam o rosto do general, que, de alguma forma, parecem mais soltos e pacíficos naquela noite de todas as outras.

Era de ser, e o príncipe se amargura um pouco mais por um nanossegundo quando pensa. Christopher já não está em seu uniforme, seus cabelos parecem como uma bagunça que apenas acabou de ser seca por uma toalha qualquer, as mãos — que Minho teve o cuidado de averiguar pelo instante em que ele segurou o caule da flor — estavam absolutamente limpas e exalavam o aroma frutado de um hidratante feito por Felix que o príncipe deu a ele semanas atrás. "Eu não o uso, por favor. E não desobedeça um nobre, se é isso que prefere ouvir além da minha gentileza em querer dar-te algo que pode ser mais útil a ti do que a mim", ele disse naquele dia. O general escondeu a pequena lata dentro do bolso em seguida, agradeceu-lhe tão gentilmente quanto podia e Minho, agora, acha que pode gostar um pouco mais da fragrância só porque está nele. Mas estava lá, entretanto, toda uma compostura pedindo silenciosamente para ruir porque já era noite e ele merecia.

De qualquer forma, havia algo a crepitar delicadamente sob a pele de Minho, algo quase inexistente, somente capaz de lembrá-lo sobre como era satisfatório abrir fissuras em sua casca grossa sempre que conseguisse. Ele pensa sobre isso quando se pega olhando por tempo demais os ombros relaxados de Christopher. Estão cobertos por uma camisa especialmente larga em um tecido azul acinzentado, ofuscados por luz laranja e refletindo um calor sutil que Minho gostaria de apanhar nos dedos como espera um dia fazer com o sol brilhando lá fora. Ele parece quente e maleável mesmo numa noite fria de outono e é gigantesca a vontade de mantê-lo ali, daquela forma, por muito mais tempo.

— Eu não esperava que você desistisse tão facilmente de uma pergunta qualquer, General. — Minho torce o nariz e rola os olhos quando se dedica a tirar o carimbo da cera e averiguar a marca deixada lá. Há um rubor suave queimando suas bochechas enquanto o faz, concentrado demais em deixar seu rosto fora da visão do General agora que encarou-o por tanto tempo — Diga-me, se, porventura, eu não estivesse aqui e sim muito distante, não haveria algo que quisesse me dizer numa carta?

Christopher deixa seu olhar estacionar sobre seus cabelos escuros por um instante, sobre o cobertor desordenado na cadeira a cobrir-lhe parte das pernas e da lombar. Ele o faz para não se permitir encarar por tempo demais seus trabalhos, para sua curiosidade efervescente não levá-lo a apreciar por horas a fio todas as linhas que contornam suas mãos enquanto escreve e mancha as pontas dos dedos com tinta preta sem pretensão. É intrusivo e ele não pode fazê-lo apesar que gostar da ideia.

— Há algo que queira ouvir, Alteza? — pergunta-lhe cuidadosamente, a voz baixa e macia demais para os ouvidos tendenciosos do príncipe.

— Oh, há tantas coisas, General — Minho diz, muito mais firme do que parecia no início da noite quando pediu que chamassem-o para tratar de assuntos urgentes

Ele dá um sorriso pequeno que Christopher não pode ver, encaminha sua carta para a pilha junto das outras e então recosta-se novamente contra sua cadeira. O general olha em seus olhos agora, um brilho curioso refletindo em suas íris enquanto vê o príncipe puxar a ponta do cobertor sobre os ombros.

— Sinceramente — Minho começa, um suspiro leve caindo de seus lábios quando Christopher mantém seu olhar sobre ele —, há muito no mundo que eu gostaria que me dissessem, que me escrevessem. Talvez um amor qualquer, o menor ou mais tolo que fosse — ele ri baixo, um riso fraco e azedo que soa mais como uma lufada de ar trêmula e vacilante — Ou uma carta de alforria, é claro. Eu acho que isso faria mais por mim do que eu acredito piamente que possa… Você acha que pode fazer algum desses por mim? São o meu maior desejo, afinal, mesmo que me sinta grato por quaisquer que sejam suas palavras em quaisquer que sejam os papéis e tinta em que o faça. — O príncipe termina com um dar de ombros, lábios franzidos suavemente.

O general inspira, recolhe as mãos atrás de seu corpo e tenta engolir todas as palavras que lhe foram ditas. 

Minho nunca pareceu absolutamente confortável com a vida que tinha e deixou isso escapar uma vez e outra com uma vontade e permissão que se escondem sob seu humor ácido, mas nunca o fez como naquela noite, com as sobrancelhas tão baixas e íris tão opacas. Em especial, o príncipe nunca o havia chamado para ir até seu quarto e o convite daquela noite tinha sido uma surpresa notável. Eles se encontravam apenas em locais comuns e repletos de todos os empregados que aquele palácio pudesse ter, nunca em espaços íntimos e refém de desculpas tão mentirosas. Minho nunca sentiu qualquer interesse sobre assuntos relacionados à segurança do local e apenas havia se acomodado com a sua presença em seus calcanhares por causa de Vincenzo. 

O instinto genuinamente preocupado de Christopher enquanto ia ao seu encontro, entretanto, morreu assim que pôs os olhos nele, assim que viu-o escrevendo várias e várias folhas e pedindo-lhe que apenas se sentasse e ficasse lá por um tempo porque ele precisava sentir que havia alguém ao seu lado. Sua preocupação deu um giro completo em um nanossegundo, ele pode assegurar. Minho não estava em seu melhor humor, mas hoje, mais do que todos os outros dias, havia algo mais na forma como seus músculos pareciam tensos sob o cobertor que abraçava seu corpo e isso soava desconfortante demais para Christopher engolir sem se interessar verdadeiramente em solucionar.

— Eu gostaria de poder dar-te algum desses, Alteza, mas não tenho tamanho poder — O general disse-lhe, ganhando um pouco mais de seu olhar duro e da tristeza que se escondia neles e tentava escapar pelas bordas. O príncipe meneou a cabeça, cabelos escuros deambulando suavemente com uma brisa fria e particular que atravessou as janelas. Christopher pigarreou — Entretanto, dou-lhe a minha palavra que escreverei alguma carta quando conseguir tempo e material para fazê-lo.

— Porque não aqui, agora, General? — Minho arqueou sua sobrancelha da forma mais sutil, apenas uma pitada de acidez escapando de sua língua em meio ao dissabor de toda a situação em que estava.

Christopher piscou, a boca puxando um sorriso diminuto e quase inexistente. Estava lá ainda, a sua coisa, ele nunca se livraria dela.

— Eu temo em atrapalhar o seu sono. — Foi o que ele respondeu enquanto via-o remexer-se na cadeira para ajustar a postura com um rolar de olhos bastante nítido.

— A sua forma de lembrar-me que está cansado de um dia de trabalho sem fazê-lo de fato é realmente tocante e eu aprecio seu cuidado absoluto, General — o príncipe murmurou ao soltar um suspiro cansado, olhos nos dele — De qualquer forma, obrigada por fazer-me vir à mente que não estou com sono porque passei um dia tedioso e sem grandes esforços. Eu sinto muito por não tê-lo deixado em paz a essa hora, agora. Foi bastante indelicado da minha parte.

— Não sinta, Alteza — Christopher intervém rapidamente —, sua companhia é bem vinda para mim a qualquer hora e eu gostaria de tê-la pelo tempo que quiser-me por perto.

Minho ri, finalmente um riso um pouco contagiante e capaz de reverberar sob suas costelas e o fazer aquecer sob aquele cobertor em seus ombros. O general ergue uma sobrancelha, mas sorri um pouco em troca, inevitavelmente. Ele gosta do som, apesar de nunca verbalizar.

— Eu me pergunto se a sua resposta seria a mesma se eu não fosse o filho do rei. — Minho estreita o olhar, as bochechas macias elevadas enquanto sua boca se mantém refém de sua alegria momentânea — Mas não é como se de fato quisesse descobrir a outra versão disso, é claro. Uma vez que me conheço suficientemente bem para saber que vou torcer o nariz e matutar por horas a fio, essa ideia soa pavorosa. — O príncipe encolhe um pouco os ombros sob o cobertor, um ato que passaria despercebido se não fossem os olhos afiados de Christopher.

— Não se preocupe com isso — Christopher afirma e balança a cabeça — E, se me permite dizer, deveria confiar mais nas palavras de um general. Eu prometi lealdade ao Rei Vincenzo e sua família por toda a minha vida e sob quaisquer circunstâncias, Alteza.

Minho concordou silenciosamente, olhos fechados e lábios crispados como se repetisse esse mesmo mantra dentro de sua própria mente. Todos sabiam da jura que Christopher e sua família tinham feito à Vincenzo assim que chegaram à cidade.

— Eu poderia mandar cortar-lhe a garganta, você deve saber, então pode existir um cuidado genuíno quando se trata de correr o risco de me ofender. — O príncipe estreitou os olhos mais uma vez quando sussurrou como se esse fosse um segredo de estado e ele fosse mesmo bastante ameaçador — Existe uma diferença entre lealdade e mentiras sorrateiras que podem me fazer sorrir, General. 

— De qualquer forma, você não o faria, Alteza. — O general afirmou cuidadosamente, as íris ladeadas de laranja vibrante à mercê do olhar atencioso do príncipe em sua direção — Eu posso afirmar que este não é você — acrescentou.

Minho ergueu as sobrancelhas, a sombra de um sorriso pairando em seu rosto, lábios entreabertos para deixar escapar um riso frouxo que se confundiu com uma lufada de ar. 

Ele inalou baixinho antes de dizer-lhe:

— Se não sou um príncipe que mandaria degolá-lo — Minho sussurrou, lento e com cenho franzido como se estivesse analisando a situação —  e, muito claramente, também não sou apenas um rapaz que gosta de ser bajulado por uma companhia um pouco inusitada ao cair da noite, quem sou eu, Christopher?

Christopher sorriu. O ar escapando-lhe dos lábios e as orelhas aquecendo.

Essa era a coisa. Esse era Minho; a língua afiada e coberta por uma sombra de divertimento bastante densa.

O general balançou a cabeça, as mãos apertando em punho atrás de seu corpo com a simples menção de seu nome. Era diferente e bem vindo de várias formas, mas ele não sabia como reconhecer ou reorganizar as sensações que isso lhe trazia ainda.

— Eu vou dizê-lo numa carta em breve — murmurou, a voz num ruído baixo que soou terrivelmente fraco e covarde para um general —, garanto-lhe. — Christopher pigarreou.

Os lábios de Minho continuaram curvados, os dedos pressionando contra o cobertor amontoado cobre suas pernas. Christopher tinha um bom humor e era bastante perspicaz, ele deveria reconhecê-lo por isso algum dia. O príncipe gostaria de ter uma longa noite ali, com alguém capaz de nutrir a única  fagulha de divertimento que habitava nele e usá-la como resposta em quaisquer que fossem as oportunidades, mas não podia. Minho era o príncipe e haviam algumas regalias que eram apenas suas. Portanto, mesmo a contragosto e cheio de uma vontade absurda de provocá-lo até o amanhecer, ele disse:

— Não sabia que era do seu feitio fazer este tipo de charme. — Seu cenho estava um pouco franzido, pálpebras enrugadas e lábios crispados em direção ao general. Isso fez o homem perder um pouco a compostura e soltar um exalar baixo, um sorriso incomum permanecendo em seu rosto por muito mais tempo do que jamais fez antes. — De qualquer forma, eu não vou atrapalhar seu descanso quando sei que há trabalho para você logo cedo e as meias luas sob seus olhos são ainda mais aparentes do que a que brilha no céu. — Ele foi sensato ao dizer, o bom-humor escapando de seus traços como fumaça se desfaz no ar enquanto a seriedade tomava conta dele novamente. Ele completou, porém, apenas porque podia e se sentiu subitamente subestimado: — Vá dormir, General. Isso é uma ordem, caso não saiba ainda que este sou eu.

Christopher piscou rapidamente, ombros alinhando depressa de volta a sua postura comedida e exemplar. Ele quase bateu continência. Um tolo. Minho era capaz de colocá-lo sob suas garras muito facilmente.

— É claro, Alteza — O general murmurou com um aceno breve — Tenha uma boa noite.

Minho acenou de volta ainda sério, puxando o cobertor para cima de seu corpo com mais vigor enquanto o ouvia dizer.

Christopher deu-lhe seu último e menor sorriso e saiu. O príncipe só sorriu de volta quando a porta bateu.


Notas Finais


Comentários são muito que bem vindos, oka? ❤🧚‍♀️

Pspsps, gatit@ 🐱
Venha ler minhas outras fanfics!
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Au revoir amores c;


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