KONOHA — CAPITAL:
A princesa mexe os olhos com força, em um leve pulo ela se levanta da cama, os olhos arregalados e assustados, o suor escorrendo de sua testa e seu pescoço, as mãos apertando com firmeza os lençóis da cama. Ofegando e respirando fundo ela olha ao seu redor.
Aquele não é seu quarto.
Ao perceber o despertar da princesa, Kurenai, Hanare e Tenten cercam a cama de Sakura. Kurenai põe a mão em sua testa e sibila nome de medicamentos ás criadas, Hanare se senta ao lado de Sakura e gesticula para a princesa respirar fundo.
Tenten sorri ao ver finalmente a amiga acordada após longas e torturantes 7 luas.
7 Dias e 7 noites em que Sakura ficou desacordada, após o ataque em seu quarto. Ela estava gravemente ferida, ensanguentada e quase fora de si. Sakura abre a boca para falar, mas sua garganta se fecha em seu pescoço, uma das criadas surge com um copo de água e Kurenai dá a princesa, ela bebe todo o conteúdo com desespero quase se molhando.
(Hanare) Sakura. — Segura as mãos trêmulas da princesa. — Você está bem? Como está se sentindo? O que houve?
(Kurenai) Não a encha de tantas perguntas assim de uma vez Hanare.
Uma das criadas pega o copo das mãos de Sakura, outra coloca uma bandeja com ervas e outros medicamentos e remédios que Lady Kurenai pediu, com um aceno da consorte real e de Lady Hatake, todas saem dos aposentos deixando as três com as recente acordada.
(Tenten) Sakura…
Sakura tenta assimilar tudo ao seu redor, aquele não era seu quarto, mas ainda estava definitivamente no palácio de Konoha, apenas não entendia o porquê. Assassinos, vários e vários assassinos invadiram seu quarto, a espancaram, ela os espancou, tem a certeza de que matou alguns deles. Ainda pode sentir o quente sangue deles entre seus dedos… Mas eles também a mataram.
Sakura corre as mãos por debaixo de sua camisola — Essa diferente da que estava usando — Suas mãos percorrem seus seios, seu tórax e seu abdômen, mas nada. Não a nenhum ferimento, nenhuma cicatriz, nenhum buraco… Nada.
Impossível.
Com aquele ferimento, com aquele golpe de espada ela deveria estar morta, como?
(Sakura) Eu… Estou viva…
(Hanare) Graças aos céus.
(Sakura) Eu pensei que tinha morrido...
(Tenten) Sakura, por pouco, muito, mas muito pouco você não morreu. — Ela encara os olhos lacrimejantes de Tenten. — Pensei que você ia morrer...
(Sakura) Quem me curou? Não tem nenhuma cicatriz sequer no meu corpo, eu lembro. Tinha cortes no meu pescoço, pernas, no meu rosto e no peito. Foi Karin?
(Kurenai) Sakura, ninguém lhe curou. Nenhum de nós precisou tocar em você.
(Sakura) O… O que? — Seus olhos perdidos vão para Hanare.
(Hanare) Sakura, quando fomos ao seu quarto… Você estava coberta de manchas, mas não de sangue… Era listras, símbolos de uma cor mais escura do que a cor de sangue. Quando você caiu e o príncipe Uchiha lhe pegou, as manchas desapareçam assim como seus ferimentos.
(Kurenai) Você já estava respirando normalmente, mas dormindo profundamente.
(Tenten) Fiquei tão assustada… Na verdade todo mundo. O que aconteceu naquele quarto Sakura?
A princesa baixa o olhar, não gostaria de lembrar, mas os gritos e a imagem dos homens que matara tomam conta da sua mente. Foi legitima defesa, isso não tornou dela uma assassina, certo? Ela não deveria se culpar por isso certo, então por que sentia culpada?
Tantas vidas tiradas pelas suas mãos… Não! Ou era ela, ou era eles.
Sakura inspira fundo e olha par as próprias mãos, como ela poderia se curar sozinha? O que estava acontecendo consigo?
(Kurenai) De qualquer forma, você terá que dar seu testemunho no julgamento, as investigações para saber quem mandou aqueles assassinos até você já começaram.
(Sakura) Meu testemunho… Mas alguém foi atacado ou se feriu naquela noite?
(Hanare) Não, mas Sakura, eu não queria apressar o seu tratamento, nem lhe impedir de descansar, mas…
(Kurenai) Não Hanare. Ela não deve se preocupar com isso agora. — Corta a fala da Lady. As duas trocam olhares severos e Tenten mantêm o olhar baixo, temendo que Sakura a encare.
(Sakura) Com o que eu não devo me preocupar agora?
(Kurenai) Não é nada. Mas de qualquer forma Sakura, as manchas que surgiram em você, junto do símbolo em sua testa… Eram semelhantes aos símbolos de guerra que já vi na general Senju.
(Sakura) Na minha tia?
No andar superior do palácio, Kizashi coçava sua testa com agonia, o suor descendo por suas têmporas. O Rei se senta de forma desconfortável no trono e observa de forma irritada e nervosa toda a corte abaixo de si.
Sentados nos bancos laterais da direita, estava a família Uchiha e Karin. E em frente aos mesmos estava a corte de Sunagakure, o primeiro-ministro e parte de sua própria corte.
(Sasuke) É um absurdo que em um palácio rodeado de guardas como este, algo assim acontecer. — O príncipe se levanta questionando o chefe da guarda real.
(Kimimaro) Nossos guardas foram emboscados, temos testemunhos disso.
(Sasuke) Mas como tantos assassinos podem ter entrado no palácio assim? E por que não houve o pedido de reforço desses guardas.
(Kizashi) Uchiha Sasuke. — O Rei fala pela primeira vez desde o início da reunião. — Falando dessa forma, está insinuando que a nossa guarda não foi forte ou capaz o suficiente para impedir assassinos extremamente treinados.
(Sasuke) O que estou insinuando Majestade e de que a sua guarda, estava compactuando com a invasão. — Os membros da corte se mexem em choque.
(Kizashi) Como?
(Karin) Sasuke...
(Sasuke) Esse ataque foi apenas com a intenção de matar a princesa regente. Ou seja, foi alguém de dentro do palácio que planejou e colocou tudo em prática.
Os olhos afiados de Sasuke desafiam o olhar irritado de Kizashi, o príncipe sabe muito bem que há dedo do Rei em tudo o que aconteceu com Sakura, na verdade é obvio e claro como o dia tudo isso para todos, de que foi alguém de dentro da corte que queria se livrar de Sakura.
E não a ninguém mais que o Rei, que queira ver morta.
(Kizashi) Isso é um ultraje príncipe.
(Itachi) Pode parecer um ultraje, mas faz bastante sentido.
(Kimimaro) Isso é um absurdo. Somos leais ao reino e a princesa, jamais faríamos algo que a machucasse. Exijo que retire essa acusação.
(Guy) Devemos nos aprofundar nas investigações, interrogar os guardas também, principalmente aqueles que eram para estar no corredor do quarto da princesa. — O ministro também se levanta, Kizashi ri fraco.
Maito Guy estava a cada dia mais longe do seu controle, jamais pensou que o ministro iria contrariá-lo e que tão pouco iria fazer um pedido desses. Interrogar os guardas? Isso só podia ser um absurdo, nem todos os guardas faziam parte do seu cerco, tinha que parar aquilo.
(Kizashi) Os guardas responsáveis pelo corredor da princesa regente, são Seishou Sai, Akimichi Chouji e Inuzuka Kiba certo? Eles devem os primeiros a serem interrogados.
(Kimimaro) É o que farei Majestade. — Os dois trocam olhares, que faz Sasuke suspirar desconfiado.
(Sasori) Uma coisa é certa. — O príncipe de Suna se levanta chamando a atenção dos demais. — A segurança da princesa regente está ameaçada aqui em Konoha. Essa não a primeira vez que uma corte se reúne para discutir sobre algo relacionada a ela.
(Deidara) A hostilidade com a princesa regente é bastante obvia. — O mensageiro de Iwagakure se junta a Sasori.
(Karin) Isso é um grande engano. Sakura cresceu nesse palácio. Ela é tão amada e auxiliada quanto eu. Ninguém aqui jamais faria algo de ruim a ela.
(Kizashi) Karin tem toda razão. Sakura é minha filha, por que aqui teria hostilidade com ela.
(Sasori) Por favor Majestade, não tente encobrir todos os podres que ocorrem entre essas torres, todos os reinos aliados já sabem. — Ele aponta para a fileira dos príncipes de Akatsuki.
(Sasuke) Seu tratamento com a princesa regente é totalmente diferente. Não tem como negar.
(Karin) Querido. — Tenta segurar o braço de Sasuke, mas ele recua, é obvio nos olhos de Karin, o controle mental de Kizashi agindo mais forte do que nunca.
(Kizashi) Posso não ser o mais amoroso dos pais, mas desde a morte de minha esposa, as coisas têm estado tensas dentro de nossa família. — O conselho tem os olhos atentos em Kizashi e ele usa ao seu favor. — A princesa também tem se mostrado bastante resistente e ferida emocionalmente.
(Sasori) Não tente usar a morte da terceira Rainha como desculpa pelo seu comportamento.
(Sasuke) Estamos falando agora da princesa regente do seu Reino, o prestígio, honra e principalmente a segurança dela deve se igualar a de Karin.
(Sasori) E é por isso que venho levantar novamente o meu pedido de casamento a Haruno Sakura.
Sasuke encara Sasori. O pesar ameaçado seu peito, mas ele se esforça para não demonstrar nada em sua feição, se desconfiarem de seus sentimentos por Sakura, podem descartar o seu apoio.
Sasori já tentou noivar com Sakura antes, mas graças a Kirigakure foi revogado. Se Sasori estava disposto a tentar o mesmo acordo novamente, Sasuke então dessa vez poderia impedir… Ou não.
Não, ele não tinha esse direito, Sakura deveria ser feliz. Ela merecia.
(Kizashi) O-O que? Quer pedir novamente Sakura em noivado?
(Sasori) Sim. Quero fazer dela a princesa de Suna. Konoha terá um Uchiha de Akatsuki como próximo rei, portanto as princesas desse reino irão servir Konoha. Sendo assim posso levar Sakura comigo, como minha princesa.
(Kizashi) Isso não irá acontecer.
(Sasori) Além de dar garantia de que ela ser bem tratada lá, também afirmo que isso melhorará os tratados de Suna com Konoha, posso impedir a invasão de Namikaze neste reino.
(Guy) Esse é um bom tratado Majestade.
(Kizashi) Já temos um acordo matrimonial com Akatsuki, justamente para evitar qualquer contratempo nesta guerra envolvendo Akatsuki e Namikaze. Não vejo como podemos nos beneficiar de sua proposta Príncipe Akasuna. — O nervosismo de Kizashi era mais que visível e isso apenas faz a tensão, insistência e alerta de Sasori aumentarem. — Não posso mandar uma de minhas filhas para o outro lado do mundo assim.
(Sasuke) E pode mantê-la em um lugar a ela pode morrer a qualquer passo? Não tente disfarçar sua imprudência com preocupação Alteza.
(Kizashi) Por que está querendo tanto que ela vá Príncipe Uchiha. Há tempos vem defendendo a princesa regente de forma claro a todos da corte. — Os nobres encaram o príncipe de vestes pretas. — São descritos como bastante íntimos, por que a mudança repentina?
(Sasuke) Como Vossa Majestade bem afirmou, eu quero a defender. E a maneira mais certa de se fazer isso é enviando-a para longe deste palácio.
(Guy) Há tempos a princesa regente vem sofrendo agressões, acusações e outros maus agouros e incidentes dentro da corte real, Vossa Majestade, esse é o melhor a se fazer.
O desespero no olhar de Kizashi faz Sasori sorrir, Sasuke olha d ecanto de olho para o príncipe de Suna. Estaria tudo bem mesmo deixar Sakura ir com ele?
(Sasori) Não quero que ache que estamos tratando a princesa como um objeto, que pode ser levado de lá para cá Majestade, mas sim como uma pessoa que, se ela quiser, precisa de proteção e tratamentos especiais e é claro, que pode crescer muito na realeza.
(Guy) Certo. — Ele não espera Kizashi se declarar sobre a situação. O primeiro-ministro sob em seu palanque real e encara a todos da corte real. Kizashi troca olhares com Karin. — Vamos começar a votação, se a princesa aceitar, mandá-la á corte de Sunagakure No Sato.
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NAMIKAZE — COSTA OESTE:
Terumi Uchiha Mei entra no grande barracão e joga as pilhas de cartas sob o mezanino do exército de Konoha. Tsunade levanta o olhar para a princesa regente de Kirigakure, então encara os papéis. Havia cinco dias em que eles tinha recuado da capital de Namikaze.
Esse confronto direto acabou com milhões de baixas para ambos os lados. Tsunade com um olhar dispensa seus sargentos e coroneus e olha fixamente para os envelopes com as cartas.
(Mei) Parece que souberam da nossa “trégua”.Os mensageiros trouxeram sacolas e mais sacolas com cartas para nós.
(Tsunade) Eles sabem que vamos atacar Namikaze novamente?
(Mei) Não, por isso devem achar que os ataques acabaram. — Ela se senta em um dos bancos ao lado de Tsunade.
Esses dias a fio e seguidos de batalhas, acabou com ambas. Aquela que já foi o auge da corte real de Kirigakure, se encontra com o rosto sujo, o seu lábio inferior está queimado por causa de sua graça, as mãos calejadas e o cabelo cortado pelas espadas inimigas, mas Mei não se arrepende.
Foi uma honra e prazer servir nas linhas de frente, mesmo não sendo nenhum soldado. Ainda mais por poder representar a realeza de seu país — Já que Hanzou não o faz — além de é claro, poder lutar ao lado de seu marido.
Uchiha Madara teve um de seus olhos quase arrancados por Senju Hashirama, este que também quase teve sua cabeça arrancada pelas mãos do general de Akatsuki. Suigetsu por pouco não perdeu seu braço esquerdo, Han se recupera no barracão de Iwagakure, ele recebeu um ferimento da graça do general Killer Bee de Kumogakure. O general de Suna também foi ferido na perna e se trata no barracão de seu reino. Suigetsu havia partido para Kirigakure pela madrugada.
Tsunade também possui ferimentos. A grande mulher de cabelos loiros está com uma cicatriz bem em sua bochecha direita. Tsunade tem graças regenerativas e Mei agradece a ela por isso. Graças a graça de Tsunade, a maioria dos soldados da aliança puderam voltarem sem maiores complicações.
As lesmas sob o comando da general ainda estavam circulando por toda a extensão do acampamento militar. As mãos de Tsunade também estavam calejadas e principalmente com um dedão ao menos. Este que ela perdeu na batalha contra seu irmão.
O general de Otsutsuki foi morto por Han. Os principais líderes políticos de Namikaze foram mortos por Suigetsu e Madara liderou o arrastão na capital do reino. Podem-se dizer que saíram em vantagem, já que mataram uma força a menos de Namikaze, mas ainda não podem comemorar “vitória”, já que as forças de Namikaze, Suna e Kumogakure os puseram para quase fora do Reino.
Estavam se abrigando as presas naquela região a onde invadiram de início, prontos para irem embora o mais rápido possível e planejar as defesas contra os ataques inimigos, que, com certeza, viriam,
(Tsunade) Irá voltar para Akatsuki? — Ela pergunta a Mei, enquanto pega o envelope que lhe chamou a atenção, a carta de Dan.
(Mei) Claro, preciso ver minha filha e além do mais monitorar o noivo de Konan.
(Tsunade) Uchiha Itachi certo…
Ela abre a carta as pressas e corre os olhos pela letra feita as presas de seu marido, as palavras amorosas esquentam seu coração e por um momento ela esquece que está cercada de planos militares, soldados e armas.
Dan… Como se sentia mal por partir para a guerra sem se despedir dele. E ainda mais por não lhe escrever nem responder sua última carta, ela sentia que não o merecia.
(Mei) Seu sorriso é entregador general. — A princesa sorri de lado. — Também fico assim com as cartas de Mira, meus sobrinhos e de Madara. Seu marido deve ser um homem de sorte.
(Tsunade) Ele é sim. — Fecha a carta e a guarda com cuidado no seu uniforme. — Mas ele me distrai muito, além de destetar violência e outros tipos de conflitos. Ele é um Lorde fraco.
(Mei) Um homem pacífico casado com uma mulher que com apenas um soco, destruiu a catedral de Namikaze… Isso é divertido. Vocês possuem filhos?
(Tsunade) É divertido sim. E não, não temos filhos, mas temos sobrinhas que consideramos filhas. Além de um afilhado.
(Mei) Essas seriam as princesas de Konoha?
(Tsunade) Sim.
Dito isso Tsunade pega mais uma das cartas na pilha de envelopes, sorri ao ver o nome: Haruno Sakura, estampado de vermelho na mesma. Ela a abre com pressa, precisava saber se sua sobrinha estava bem.
(Mei) Uma de suas sobrinhas é filha de Senju Tobirama. A Sakura certo? Ela ser filha do seu irmão é o a torna sua sobrinha de sangue. — Tsunade desvia os olhos para Mei e os cerra. — Ele foi um inimigo jurado de Akatsuki.
(Tsunade) Ele foi, mas Akatsuki teve sua vingança. Meu irmão morreu de forma lenta e dolorosa a muito tempo.
(Mei) E agora você enfrenta outro irmão disposta a matá-lo, você tinha capacidade de matar Hashirama, Tsunade. Por que não o fez?
(Tsunade) Da mesma forma que você teve capacidade e oportunidade de matar Uzumaki Mito e o general de Suna, mas não conseguiu. Se está insinuando que eu tenha fraquejado ou optado por não matar Hashirama, está enganada Mei.
(Mei) Não estou insinuando anda, apenas intrigada. O clã Senju tem toda uma base, um lugar e um poder em Namikaze, não entendo porque você quis ir para Konoha. Entendo o porquê de Tobirama se esconder lá, mas não o seu.
(Tsunade) Eu lutei a sua guerra certo. Isso já deve ser o suficiente para comprovar de qual lado estou. Nasci e cresci em Namikaze, mas escolhi Konoha e continuarei defendendo o reino que escolhi.
Mei se cala e suspira olhando para frente. A resposta de Tsunade foi clara, mas não o suficiente para ela. Pareceu vaga, ensaiada e quase inventada. Tsunade ignora Uchiha Mei e continua a abrir a carta de Sakura, assim que consegue ela devora cada palavra escrita ali, e o assombro toma conta de seu rosto.
Olá tia.
Se está lendo isso deve significar que sobreviveu a mais uma batalha, fico muito feliz e orgulhosa com isso, espero que fique bem. Tio Dan disse estar muito preocupado com a senhora, então por favor, responda a carta dele o mais rápido possível.
Tia, Sasuke e Karin se casaram oficialmente, estou muito… Tocada com isso, mas decidi seguir em frente e não abaixar a cabeça para Kizashi. Há alguns dias fui atacada em meu próprio recinto no palácio real, eu matei algumas pessoas e isso não deixa de assombrar a minha mente, mas estou bem. De acordo com as palavras de Lady Hanare, Lorde Kakashi e surpreendentemente de Lady Kurenai, eu tenho uma graça a mais… Uma graça herdada da senhora, algo relacionado com o simbolo em sua testa.
Eu não consegui a usar de novo desde o ataque, mas tentarei descobrir e aprimorar no que ela é. Se for realmente uma nova graça ou outra coisa. Tia, também quero informar que talvez quando a senhora voltar a Konoha, eu não estarei mais aqui. Aceitei o pedido de noivado de príncipe Akasuna No Sasori, ele parece ser uma boa pessoa e o melhor será eu sair de Konoha.
Eu já sei de tudo sobre meu pai, sei de toda a verdade pela Rainha Mikoto, fiz um acordo com ela na qual jamais pretendo renunciar. Ela ajudará a senhora em tudo em Konoha, na verdade já está fazendo isso juntamente de príncipe Uchiha. Pode confiar e aceitar a ajuda dela.
Karin continua sob os efeitos da graça do Rei, ela e metade da corte real, mas aos poucos tudo isso irá acabar, já está começado, por favor, tome conta dela quando voltar. Eu sei que jamais irá responder as milhares de perguntas que teno sobre meu pai, minha família no clã Senju e sobre a senhora, por isso decidi descobrir isso a minha maneira.
Estou bem e espero que a senhora também tia. Beijos.
Princesa Regente de Konohagakure No Sato, Haruno Sakura.
Suas mãos amassam as pontas da carta.
(Tsunade) Como ela… Ela não deveria saber disso… Sakura…
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KONOHA — CAPITAL:
Era estranho ter que se despedir de seu local de nascimento, era estranho ter de se mudar para o outro lado do mundo, para um reino estranho, com uma cultura estranha, com um sotaque estranho, com um clima estranho, com pessoas estranhas.
Mas o que mais era estranho para Ino, era banhar de banheiro depois de meses trancafiada sem poder se molhar direito.
A antiga princesa herdeira — Hoje apenas uma princesa exilada — relaxa o corpo esguio dentro da água quente, sentindo cada gota adentrar cada poro em sua pele. Os cabelos de Ino foram escovados por Tenten e agora caem como cascata na água cobrindo seu busto, as rosas e ervas relaxantes na água fazem Ino suspirar e lacrimejar de alegria, mas nada tira por completo sua tensão.
A loira de olhos azuis encara a meia-irmã sentada na beira da banheira, Sakura passa os dedos pelas pétalas de rosa enates de jogá-las na banheira de Ino. Era graças a ela que estava agora tendo o luxo que antes era acostumada.
Pela manhã, Sakura acompanhada de Lady Hanare foram até sua cela. Ino não acreditou quando os guardas que antes forma ordenados a jamais a deixar sair, começaram a abrir a porta da cela. Sakura correu para dentro e abraçou, as duas choraram juntas e Ino quis saber de imediato o que estava acontecendo.
Ainda estava tentando processar todas as informações recebidas:
O palácio foi atacado a uma semana.
Sakura foi atacada e matou todos os que lhe atacaram
Sai e os outros guardas forma feridos e presos em outra cela no palácio.
Sakura estava noiva de Sasori e iria embora com ele para Suna nesta mesma noite, mesmo amando Sasuke.
(Ino) Por que? — É tudo o que consegue dizer.
Tenten que também está no quarto, termina de acender os incensos e fecha as cortinas, deixando o local com um leve tom de laranja o que agrada Ino, mas ela não tira o foco da irmã. Sakura levanta a cabeça e encara a irmã de forma seria.
(Sakura) Estou fazendo o que é preciso.
(Ino) Sasuke já não está ajudando Konoha? Não tem porque de você fazer isso Sakura.
(Sakura) Isso não é apenas por Konoha Ino, é por mim. Por nós. Eu preciso sair deste lugar, tenho tanto o que fazer, o que descobrir…
(Ino) E Sunagakure?
(Sakura) Também…
(Ino) Sakura! Não pode se casar com quem não ama.
(Sakura) E o que devo fazer Ino? Ir no gabinete real e implorar para revogarem o casamento de Karine e então me casar com Sasuke? Não tenho essa opção.
(Ino) Isso que está fazendo é contra tudo o que você já argumentou.
(Sakura) Mas sacrifícios precisam ser feitos, as coisas não estavam mudando com os meus argumentos, então tive que mudá-los, assim como as minhas ações. Eu não posso mais ficar aqui, não consigo. Não será bom, além de que estarei ajudando Konoha estando longe.
(Ino) Me explique exatamente como.
(Sakura) Comigo longe, a influência de Kizashi sobre Karin vai diminuir, Sasuke e ela não precisaram mais ser ameaçados pelas minhas ações, muito menos você. Além de dar mais espaço e liberdade para Akatsuki se mover em Konoha.
(Ino) Como a sua partida pode fazer Akatsuki, que já tem seu príncipe instalado aqui, ter mais poder?
(Tenten) Por causa do acordo dela com a Rainha Mikoto. — A Lady diz com pesar.
(Ino) O que? Que acordo?
(Sakura) Tenten!
(Ino) Que acordo Sakura?
(Tenten) A Rainha tirará Kizashi do poder o mais rápido possível, dará suporte financeiro e auxilio para os afetados pela peste negra, além de aumentar as defesas militares de Konoha, enquanto o príncipe muda as coisas na corte e para o povo.
(Ino) Mas isso é ótimo, certo?
(Tenten) Mas em troca disso, Sakura deve cometer suicídio.
Ino se levanta da banheira e encara Sakura assustada. Aos poucos ela vai escorregando de volta para as águas, ainda em choque, a tristeza começa a inflar no interior das duas meias-irmãs.
(Ino) O… O que? Sakura você não…
(Sakura) Eu fui ao vilarejo ontem… — As lágrimas brotam em seus olhos. — A pequena Sarada, filha de um antigo vizinho meu, morreu, por causa d apeste, ela e mais de 200 crianças na capital. Mais de 153 mulheres forma assassinadas, as pessoas estão passando fome, os mercadores e pescadores em greve e a rebelião está destruindo a capital as vilas do norte. Está tudo um caos Ino…
(Ino) Sakura.
(Sakura) Sarada morreu… A peste negra apenas avança sendo que deveria regredir, Kizashi está matando nosso povo, nosso reino. Mas Sasuke sozinho não pode mudar muita coisa, Kizashi limita tudo o que ele faz, por que ele me usa como consequência de qualquer ato dele. O ministro e Kakashi me disseram… — Ela funga. — Que para qualquer confronto politico que Sasuke vá fazer ao Rei, ele ameaça fazer algo que me afete, e Sasuke não pode mais ficar caindo nos jogos e chantagens do Rei, ele tem seu próprio Reino em guerra para lidar.
(Tenten) Ele apoiou a sua ida a Suna, foi um dos que mais apoiou e votou a favor de acordo com meu pai. Ele fez isso para te proteger e também proteger Akatsuki. São bilhões de vidas na mão dele agora, tanto em seu reino como no nosso.
(Sakura) Ele não tem poder para derrubar Kizashi, tão pouco eu, mas Uchiha Mikoto sim.
(Ino) Eu não entendo, por que ela iria querer você morta.
(Sakura) Meu pai foi o assassino de seu primeiro Rei e cunhado. — Ino engole em seco e abaixa o olhar para a água.
Sempre ouviu Sakura falar de forma animada e carinhosa do pai, o quanto ele amava ler para ela, lhe ensinar coisas novas e principalmente o quão bom homem ele era, até mesmo tentar uma rebelião contra Kizashi ele tentou, mas passar por sua mente que ele chegou a matar alguém… Isso jamais.
(Sakura) Meu pai era um genocida em Namikaze, Akatsuki e outros reinos. Ela não quer que o fruto dele continue vivo e principalmente fazendo seu filho nutrir sentimentos por mim.
(Tenten) Eu já lhe disse milhões de vezes o quão absurdo isso é.
(Ino) Você não tem culpa das ações de seu pai Sakura, jamais deveria ter aceitado algo assim.
(Sakura) E deixar Konoha definhar sem poder fazer anda? Eu estou cansada Ino, de sempre que algo estiver indo bem, algo ruim acontece, estou cansada de toda essa roda louca de emoções, e se for para que Konoha tenha paz, a memoria de minha mãe seja honrada, você, Karin, Tente, e todos aqueles que amo e tenho apreço ficarem bem, então eu faço esse sacrifício.
(Tenten) Você não precisa carregar o peso de um reino todo nas costas Sakura.
(Sakura) E quem fará isso? Karin, vivendo em sua ilusão bela na sua mente controlada por aquele imundo? Kurenai que está tentando livrar a própria vida das garras de Kizashi? Você sendo uma princesa destronada Ino? Você Tenten? Só resta a mim fazer isso. E eu não mudarei de ideia, após tudo estar bem aqui, mesmo em Suna eu cumprirei a minha parte do acordo. Morrerei feliz e com dignidade.
(Ino) Feliz?
(Sakura) E em Suna posso conseguir poder para ajudar mesmo de longe. — Ela ignora a pergunta de Ino e seca seu rosto choroso. — Posso ser útil e acelerar mais as coisas, por isso é tão importante você estar lá comigo. — Segura a mão de Ino, que a aperta de volta.
(Ino) É claro que estarei com você, vamos desvendar Suna juntas.
(Sakura) Tenten, você irá me visitar bastante não é?
(Tenten) Mas é claro, em toda lua minguante chegarei de navio em Suna, você vai enjoar da minha cara. — Ela também funga. — E você irá voltar para o meu casamento certo?
(Ino) Casamento/ — Ri. — Esta noiva Tenten?
(Tenten) Tenho pretendentes. — A morena segura uma mecha de cabelo envergonhada.
(Sakura) Ela pôs na cabeça que um dos eruditos dos exames gosta dela.
(Tenten) Um homem daquele porte, dizendo tais coisas para mim, é bem obvio a intenção dele.
(Ino) Por Kaguya… É quem?
(Tenten) Você não conheceria, ele não é de Konoha, mas é bastante belo, parece um príncipe, julgo dizer que ele é mais bonito que os príncipes Sasuke e Sasori.
(Ino) Agora estou animada para conhecê-lo.
Sakura olha as duas com um sorriso pequeno, sentiria tanta falta de Tenten, tanta saudade de estarem todas reunidas assim, estava faltando Karin, mas ela estava certa de que logo a irmã se juntaria a ela, Konan também poderia estar entre elas.
Mesmo tendo pouca convivência com a princesa de Kiri, sentia-se próxima de Konan e sabia que isso era reciproco. Imaginaria qual seria a reação dela ao saber de sua mudança para Suna e ainda mais sobre o ataque, tinha certeza de que Itachi a havia comunicado, já que ela havia voltado para Kirigakure um dia antes do ataque.
O ataque… Tudo sobre aquela noite ainda roda a cabeça de Sakura, os homens que matara, as conversas que ouvira sobre como foi a limpeza dos corpos… Tão brutal, aquela pessoa não poderia ser ela. Levar um golpe tão brutal em seu peito… E não morrer?
O que a fez realmente se curar tão rápido?
Kurenai afirma que fora a mesma graça de sua tia. Sakura jamais soube ou viu Tsunade com uma graça além de sua grande força, sabia do símbolo na testa de sua tia, muitas vezes ela aparecia com ele, outras não, achava que era uma espécie de maquiagem ou acessório que ela usava, jamais pensou que pudesse ser algum tipo de graça.
As listras e manchas que disseram aparecer em seu corpo, o símbolo em sua testa, o fato de ela não morrer naquela noite… Quem realmente foi o mandante daquilo, tantas perguntas sem respostas confirmadas ou concretas apertavam a mente de Sakura como um grande corpete aperta uma cintura.
Até onde sabia, as pessoas podiam possuir até duas graças, mas desde que conheceu Sasuke, soube que os Uchihas possuem bem mais que duas, será que ela era esse tipo de pessoa também. Afinal de contas era um Hatake e pessoas do clã Hatake carregam 10% do sangue Uchiha, isso explicava a graça de olhos vermelhos em um dos olhos de Lorde Kakashi Hatake.
Não, isso já era loucura, estava dando voltas e voltas e viajando em suas teorias demais, estava enlouquecendo.
Ela precisava de respostas e com urgência.
Sobre o ataque, um dia após a reunião com a nobreza, Sai, Chouji e Kiba foram encontrados em uma das celas da ala leste do palácio, estavam amordaçados, desacordados e feridos, foram interrogados e alegaram que alguém atirou um gás nos mesmo que os fez cair e não verem mais nada no corredor do seu quarto.
Para a alegria de Ino, Sai já estava se recuperando na enfermaria, Sakura pretendia levá-lo para Suna consigo, precisava de um guarda de sua confiança, não poderia levar Chouji, pois o mesmo tinha mulher e filhos aqui, tão pouco Kiba, já que o mesmo é filho da líder do clã Inuzuka e ela fazia parte do conselho real.
Levaria consigo Ino, Sai, sua sabedoria e sua esperança.
A porta do quarto reproduz os sons de batida, Ino e Tenten se calam, a princesa de cabelos louros cobre seu busto nu com as mãos. Sakura caminha até a porta e abre apenas uma fresta da mesma para olhar, assim que seus olhos se encontram com os dele ela se vira para as duas.
(Sakura) Esperem um pouco, voltarei logo. Aproveite seu banho Ino.
E antes que elas perguntem algo, Sakura sai do quarto fechando a porta atrás de si, ela suspira e encara firmemente os olhos dele, que a olham com firmeza de volta, analisando cada parte de seu rosto, como se jamais fosse o ver de novo.
E eles ficam assim por um longo tempo, memorizando seus olhares, suas respirações, seus lábios, até mesmo a sua diferença de altura, seus perfumes. Sakura desce o olhar para a gola alta da roupa do príncipe, sempre achou belo a forma como ele usa somente preto.
Ele desce o olhar para o pescoço dela, para seu vestido, adorava as cores vibrantes que ela usava as vezes, também adorava quando ela vestia cores mais escuras, também adorava quando ela vestia roupas com tons mais pastéis. Ele adora todo tipo de roupa ou cor que ela usar. Ele adora tudo nela, sobre ela.
(Sakura) O que… — Respira fundo tirando o olhar dele. — O que o traz aqui, príncipe Uchiha?
(Sasuke) Irá embora esta noite certo? — Ela assente. Sasuke sente o nó em sua garganta se formar. — Queria falar com você antes de ir. Se você quiser é claro.
(Sakura) Certo.
Eles sabiam que seria errado se verem mais uma vez, sabiam que seria doloroso esterem perto do outro mais uma vez, essa poderia ser a última vez em que se veriam… Poderiam ao menos conversarem certo?
Não é fácil se tomar decisões, pensar ou agir estando apaixonados e eles dois, sabiam disso, mas, mesmo assim, seguiram em silêncio para o quarto de Sakura, lá a princesa fechou a porta assim que o príncipe entrou no qual.
Seu quarto não era mais o mesmo do dia do atentado, não conseguiriam dormir naquele lugar, por isso Hanare, Kurenai e Karin prepararam outro quarto para a princesa.
(Sakura) Por que foi tão… Tão a favor da minha ida para Sunagakure?
(Sasuke) Você merece ser feliz Sakura. E se eu não posso te proporcionar isso, vou me esforçar para que ninguém mais tire isso de você.
(Sakura) As coisas não irão avançar mais com karin, comigo fora? — Essa não é a pergunta que ela queria fazer e, ele percebe isso.
(Sasuke) Eu jamais vou amara outra mulher da forma como eu amo você Sakura. Pode ter certeza disso. Me perdoa por causar tantos…
(Sakura) Não peça perdão, a culpa não é sua, da mesma forma que não é minha. — Ela finalmente levanta o olhar para ele e se surpreende com as lágrimas se formando nos cantos dos olhos de Sasuke.
Era um tanto engraçado, Sakura jamais pensou que aquele homem que ela viu na festa de noivado, aquele com a expressão tão seria e postura tão intimidadora, estaria tão… Tão íntimo de si assim.
(Sasuke) Quando eu ouvi os seus gritos e corri para o seu quarto, pelos céus eu fiquei tão assustado quando te vi. — E Sasuke se aproxima de Sakura, os seus braços a envolvem tão rápido e de forma tão firme que ela soluça de surpresa.
(Sakura) Eu estava mesmo… Assustadora? — Ela se permite aninhar-se no abraço dele. Sasuke deita sua cabeça no pescoço de Sakura e desaba ali mesmo.
(Sasuke) Eu fiquei com tanto medo de te perder, você estava acanhada, sangrando, graças aos céus você está bem. Você ficou bem. — O som dos soluços de Sasuke se sobressai sob os de Sakura.
Ela aperta os braços ao redor dele, com uma das mãos acaricia os fios macios, lisos e espetados do Uchiha. Sasuke a aperta mais contra si, quer sentir cada parte de Sakura, quer sentir que ela é real e que não o deixou, que está bem e ali, com ele.
Se não fosse as coroas em suas cabeças, os emblemas reais em suas vestes, as nacionalidades em suas certidões, as coisas estariam diferentes? Sasuke e Sakura poderiam enfim estarem juntos sem causar tanto alarde ao seu redor?
Eles poderiam ser felizes juntos?
Ele se afasta dela, segura seu rosto com as mãos, os dedos grandes do Uchiha acariciam suas bochechas, ele olha com amor para cada detalhe do rosto dela, desde as raízes baixas de seu cabelo, a forma como ele se alinha em sua cabeça e a deixa com a aparência de um anjo, suas sobrancelhas incrivelmente rosa, o nariz pequeno, as bochechas agora vermelhas e os lábios em mesmo tom.
Tudo nela gritava beleza, delicadeza, paixão.
Sakura passeia seus dedos pelos ombros largos de Sasuke, já o tinha visto sem camisa, era ciente dos músculos que havia por debaixo daquela roupa e isso fazia seu rosto ruborizar mais ainda. Seus dedos sobem pera o rosto dele, as costas de suas mãos passam pelo maxilar definido e sem pelo algum de Sasuke, os olhos negros como a escuridão a observam com cuidado, para ela aqueles olhos possuíam mais luz do que poderia haver em um dia ensolarado.
Ela toma seus lábios com ternura, Sasuke a puxa pela cintura os unindo de forma ainda mais íntima, o salgado de suas lágrimas se unindo ao doce do beijo, eles não querem imaginar que esse poderá ser seu último beijo, seu último contato.
Sakura puxa os cabelos da nuca de Sasuke, ele a beija com desespero, como se quisesse cravar seus lábios nos delas, seus passos se unem em uma caminhada pelo quarto sem se desgrudarem. A beirada da cama encosta nas pernas de Sasuke e os dois caem no amontoado de colchas.
(Sakura) Sasuke… — Sussurra o olhando, os dois sorriem, um sorriso de orelha a orelha, Sasuke põe uma mecha do cabelo de Sakura na frente de seus olhos o que a faz rir e então ele lhe dá um selinho.
(Sasuke) Você é linda. — Outro selinho. — Espetacular, forte, destemida, corajosa e a mulher mais forte e poderosa que eu conheço. Será uma ótima princesa em Suna.
(Sakura) Eu sei. — E eles riem fraco novamente., Sasuke tira parte do seu peso de cima do corpo de Sakura, mas ela o puxo para cima de si de novo. — Você é incrível, lindo, dedicado e atencioso, será o melhor rei que Konoha já teve em milênios.
E então os sorrisos diminuem, ela será a princesa de um reino, ele rei de outro. Ela é noiva de outro príncipe, ele marido de oura princesa. Mal começou seu relacionamento com Sasori e já o traiu assim, mas não podia controlar, precisava de Sasuke, precisava estar perto dela pela última vez.
O beijo retorna, desta vez com mais fervor, as mãos correndo com timidez, mas decididas pelos corpos um do outro. Não queriam pensar em seus títulos, em seus reinos, em suas responsabilidades, pela primeira vez queriam ser apenas Sasuke e Sakura, dois jovens de 22 e 20 anos apaixonados querendo viver.
Não queria pensar nas consequências de viver por essas poucas horas, nos seus pedaços que são constantemente arrancados de si, nos ‘porquês’, nos sacrifícios, apenas naquele momento, apenas por aquele pequeno momento, eles queriam se amar por completo, como se mais anda importasse no mundo.
Como apenas Uchiha Sasuke e Haruno Sakura.
Sakura desabotoa devagar os botões da camisa de Sasuke, ela tateia seu peito magro e firme, passeando pela região delicadamente com a ponta dos dedos, suas mãos vão para os ombros do Uchiha e aperta o local, Sasuke desce os beijos dos lábios — Agora mais vermelhos — de Sakura, beija-lhe seu queixo, sua clavícula, seu maxilar, faz uma trilha de beijos até o pescoço alvo da rosada enchendo-a de arrepios.
Sakura arfa quando o sente apertar sua cintura, Sasuke suspira ou sentir as mãos de Sakura por sua pele. Ele puxa devagar as mangas de seu vestido para baico, tendo a visão de seus ombros e beija o local com gosto fazendo Sakura fechar os olhos e suspirar baixinho seu nome.
Ela levanta uma das pernas envolvendo no quadril dele, apertando ainda mais contra si, Sasuke afasta o rosto um pouco do de Sakura e a olha nos olhos quando sua mão vão para o laço de abertura de seu vestido, Sakura segura delicadamente a lateral do rosto do Uchiha e sorri, ele desfaz o laço folgando o vestido em seu busto, ela retira a sua camisa por completo e para admirado o corpo de seu amado.
Sasuke a ajeita na cama e faz outra trilha de beijos do ombro de Sakura até a parte exposta de seu busto, ele abre mais o laço do vestido e beija o vão entre seus seios ainda cobertos, Sakura morde o ombro dele, arranha suas costas e acaricia seu cabelo, suas pernas se movem ao redor de Sasuke o impulsionando a explorar mais de seu corpo.
É como uma grande explosão de sensações se espalhando por cada parte de seu corpo, Sakura se sente nas nuvens e deseja cada vez mais toques, beijos, carícias de Sasuke, deseja que ele beije cada parte do seu corpo, que ele a tome para si.
Ele vibra e treme com cada toque dela, com cada arranhão e beijo, precisa sentir mais e mais de Sakura, mais de seus toques leves como pluma e de seus beijos vorazes. Que a tomar para tanto quanto quer se entregar inteiramente para ela.
Os dois rolam na cama, Sakura fica por cima e se senta sobre Sasuke, ela põe as mãos em seu peito e se inclina para beijá-lo mais. Ele aperta sua cintura e sobe as mãos por suas costas, até que a realidade os atinge como um balde de água fria.
O som das trombetas do jardim, significa que o rei está passeando pelo local e é esse som que faz Sakura parar de beijar Sasuke e o olhar de forma triste. Esse é o som que os leva de volta ao palácio de Konoha, a onde começou e a onde tudo acabaria.
(Sakura) Por que eu não posso te amar? Por que eu não posso te ter?
(Sasuke) Não chore. — Ele a acolhe em seus braços, Sakura se desmancha em um choro silencioso no peito do Uchiha enquanto ele acaricia seus cabelos. — Por favor não chore. Você vai ficar bem.
(Sakura) Eu queria estar saindo daqui com você. — Ela afasta o rosto lentamente do peito dele e ali que percebe as cicatrizes finas no local, quase curadas, mas ainda a rastros de linhas brancas por todo seu peitoral.
Não reparou nisso da outra vez que o viu sem camisa. Queria saber o que aconteceu para um quarto príncipe de um reino de primeiro mundo, teve que fazer para ganhar tais feridas, mas se conteve, apenas voltou a se aninhar em seu peito, sentindo de sua respiração e de seu calor.
(Sasuke) Eu queria estar te livrando de tudo isso, de levando para Akatsuki, Otsutsuki ou para onde você quisesse ir.
(Sakura) Otogakure. — Ela brinca.
(Sasuke) Destino bem peculiar, mas certo, eu te levaria até Otogakure. — Ele ri, beija a testa dela e encara o teto dourado do local. As pinturas de Konoha eram lindas, falas e mentirosas, porém lindas. — Vou me certificar de que você e Ino fiquem bem em Suna, a guerra deve estar acabando então as coisas irão se acalmar.
(Sakura) Tentarei visitar Karin também…
Seu acordo com Mikoto — Mãe de Sasuke — Lhe vêm a mente, não queria contar a ele que talvez não estivesse viva no final da guerra, ou daqui a poucas ou muitas semanas, deixaria ele sonhar — Assim como ela — Em um mundo que após a guerra eles possam se ver novamente.
Ele sabia que tinha algo a incomodando, sentia apenas de olhá-la, mas não a pressionaria para falar, apenas se focaria em fazer Sakura ficar bem, em ela e as pessoas que ela ama estarem bem e seguras. Tinha um longo caminho pela frente, mas não desistiria.
(Sasuke) Quando enviar documentos para Konoha… Tente descrever um pouco como é Suna, nunca fui lá. — Ele queria dizer na verdade que era para ela mandar cartas. — Descreverei também como está a situação no palácio. — Ela queria dizer que queria que ele mandasse cartas.
Mas isso seria impossível.
(Sakura) Tentarei fazer isso. Por favor, cuide de Karin.
(Sasuke) Farei isso.
(Sakura) Tenten agora é a responsável pelos exames dos eruditos, por favor, se ela precisar a ajuda também.
(Sasuke) Claro, embora eu ache que ela não vá me procurar. — Sakura ri.
(Sakura) Provável, Tenten é orgulhosa.
(Sasuke) Seja feliz com Ino lá, esse tempo longe daqui irá fazer bem a ela.
(Sakura) Ela vá amar Suna.
(Sasuke) Por favor, tente não quebrar a perna de ninguém e nem derrubar nenhuma parede por lá. Trará uma imagem ruim a Konoha. — Ele brinca, Sakura levanta para o encarar e bate d eleve no peito dele. — Ai, está vendo, poderia ter esfarelado meus ossos.
(Sakura) Tentarei não derrubar este palácio quando sair.
(Sasuke) Se for fazer isso, por favor, que faça com Kizashi ainda dentro dele.
A risada de Sakura inunda o quarto e isso faz ele sorrir. Estava disposto a fazer de tudo para manter essa risada intacta, era perfeita demais para ser tão pouco ouvida.
O por do sol passando pela janela os faz se afastar, a hora de ir embora se aproxima cada vez mais. Eles se olham uma última vez, se beijam pela última vez, um toque singelo de lábios transbordando paixão, tristeza e alegria pelo tempo que compartilharam juntos, embora tenha sido turbulento.
Foi bom se apaixonar, foi bom experimentar um pouco dessa paixão, foi bom provar dos beijos dessa paixão. Foi bom.
(Sakura) Adeus Uchiha Sasuke. — Ela encosta sua testa na ele, ele lhe agarra a nuca e lhe dá o último selinho. Com a ponta do dedo indicador e o do meio, Sasuke faz um pequeno poque na testa de Sakura o que faz ela sorrir, mesmo sem saber porque.
(Sasuke) Adeus Senju Sakura.
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SUNAGAKURE — CAPITAL:
Seus pés sentem a diferença do chão, seu pele sente a diferença no ar, os cabelos voam com o vento e as suas bochechas ruborizam pelo sol forte. A areia do cais entra em contato com as sapatilhas de Sakura e ela olha para a vista encantada.
Ino anda mais a frente admirada a tudo o que vê, o vestido até os joelhos e de alças finas dançam ao seu redor, cena que faz Sai — O guarda — Querer desenhar. Sasori desce do navio e encara as costas imóveis de Sakura, ele se aproxima devagar e lhe toca o ombro tirando-a de seu transe.
(Sasori) O que achou?
(Sakura) É tão quente, o céu tão limpo… É lindo. — Ela sorri ainda olhando a paisagem, ao fundo pode-se ver a torre mais alta do palácio real de Suna. Sasori abre um sorriso e olha na mesma direção de Sakura ainda sem a soltar.
(Sasori) Bem-vinda princesa, à Sunagakure No Sato. Seu novo Reino Sakura.
…
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