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História Plane Crash - O Acidente - História escrita por SulkinPettyfer - Spirit Fanfics e Histórias
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História Plane Crash - O Acidente


Escrita por: SulkinPettyfer e VitoriaWolf

Notas do Autor


Olaaaa gente!!!! Volteeeeei como vao vices? Era pra eu ter postado ontem mas eu esqueci kkkkk desculpaaa mas estou aqui agora. Espero que gostem! Muito obrigada pelos favoritos e pelos comentarios!!!!!

Capítulo 3 - O Acidente


Fanfic / Fanfiction Plane Crash - O Acidente

Pov América

_Amérrica! Amérrica! Acorda!- alguém grita desesperado em algum lugar. A pessoa me sacode desesperadamente, me fazendo acordar dos meus sonhos. Alguma horas já se passaram desde que embarcamos na França, passamos um tempo conversando, mas o cansaço tomou conta de mim e dormi. Até agora.

Alex ainda grita por mim, assustado. O que aconteceu para ele estar assim? Meus olhos se demorar para abrir e tento me mexer em um sinal de que já estou desperta, que ele pode parar de me sacudir e gritar por mim, mas ele continua. Ele tem que ficar com a mão no volante, ou o que for que seja necessário para se pilotar, não se preocupar em me acordar!

_Estamos caindo! Acorrde logo! O avion vai cairr!- ele grita novamente e acordo instantaneamente. Como assim o avião está caindo? Olho para seus olhos em busca de uma pista de que ele está brincando, mas a única coisa que vejo é o medo. Não foi necessário mais do que dois segundos para entender o que eu deveria fazer. Rezar e esperar que o resto de sorte que ainda temos nos salve.

Já de cinto, olho pela janela e no meio das nuvens brancas, a fumaça cinza se expande cada vez mais longe. Não entendo de aviões, mas tenho certeza que a fumaça vem do avião. O veículo fica trêmulo e não para xaqualhar. Meus músculos tensionam e me agarro na poltrona com toda a força que tenho.

_Como isso aconteceu?- grito para Alex.

_Non sei! Estava no piloto automático! De rrepente ouvi barrulhos e sinti un cheirro. A turrbina estrragou. Non sei.- ele grita de volta enquanto tenta controlar o avião que parece ter vida própria.

_Não tem como consertar?

_Se quiserr irr lá forra e conserrtar un ventiladorr gigante, faça o favorr de irr rrápido! Acha que já non terria feito algo se tivesse como?

_Não precisa ser grosso- digo mais para mim mesma.

_Estamos em rrumo de nossa morrte e você querr que eu non seja grrosso? Me desculpe, mas estou tentando salvarr a gente.- ele responde ríspido sem tirar os olhos do ar.

Segundos se passaram, segundos que mais se pareciam anos. Nesse meio tempo o avião diminuía altitude cada vez mais. Quando saímos das nuvens foi possível ver uma ilha, não muito distante. Uma fagulha de esperança cresce em mim, não vamos morrer, os habitantes vão nos ajudar. Mas ela rapidamente apaga. Quanto mais perto chegávamos do mar, melhor é a visão da ilha e já não tenho mais tanta certeza se haverá ajuda.

_As coisas estão voando! Temos que pegar!- grito devido ao som ensurdecedor do vento do lado de fora. Uma porta na parte de trás foi arrebentada e saiu voando. Junto com ela a maioria dos suprimentos e das caixas que Alex trouxe.

_Prefirro viverr sen minha mala do que morrerr com ela.- ele grita devolta.- Non vá lá! Aperrte os cintos!

Claro porque depois de um acidente de avião eu com certeza estava sem cinto. Mas faço o que ele manda, nessa hora não precisamos de brigas e discussões.

_O que pretende fazer?

_Pousarr na ilha. O resgate nos acharrá depois!

_Não seria melhor pular?

_Non! Non! Pularr é ruim. Vai cairr no marr e no marr non ai chegarr na ilha!

A fumaça que antes se restringia ao lado de fora entra no avião e fico com dificuldade em respirar. Tusso, mas nada adianta. A poeira tampa minha visão e a única coisa que consigo pensar é que por favor fumaça, venha toda para mim e deixe Alex com visão clara para nos tirar daqui. Mas a fumaça não conseguiu me ouvir e tampa nossos campos de visão e empoeira o vidro inteiro. Como se as coisas não pudessem piorar, há uma explosão na parte de trás e começamos a cair em queda livre.

Em meios aos gritos de desespero e terror, Alex consegue de alguma maneira estabilizar o que sobrou do avião, mas continuamos caindo, mais lentamente, mas ainda caindo.

_O que foi aquilo?

_Non sei! Un passárro atrravessou a turrbina, un destrroço, mas ainda podemos chegarr na ilha!

Juro que se encontrar esse pássaro, eu mato ele. Não tive tempo de admirar toda a beleza da ilha. O avião está caindo em alta velocidade e não parece que o chão conseguirá fazer que ele pare. Fecho meus olhos com força, trinco os dentes, seguro o banco e rezo. As palavras parecem somente sussurros até para mim, mas é a última coisa que me lembro antes da colisão.

A primeira coisa que sinto é a dor. Na cabeça, no estômago, nas minhas pernas. Resumindo, em todos os lugares. Não sei se estou morta, se estou viva, só sei que a dor é escruciante. Ouço o som das ondas batendo na areia, ouço o som do fogo queimando, de metal batendo em metal. Ouço pássaros, o barulho de folhas batendo uma contra as outras. Eu consigo ouvir, mas mesmo assim ainda sinto esse zumbido dentro do meu ouvido. Um zumbido que se junta a todos os outros sons, mas minha orelha parece ser a única que está funcionando, mesmo que parcialmente. Tento mexer minha perna, mas ela parece pesada demais para isso, então começo pelo simples. Meus dedos do pé, funcionando.

Os da mão, também. Respiro fundo e tento pensar no que fazer agora. Não ouço Alex, não sei o que aconteceu com ele, com o avião, com nada.

Só lembro da dor. Permaneço minutos, que mais pareceram horas, deitada, tentando ganhar força para abrir os olhos, mas só vejo o preto. Até que a luz amarela invade minhas pálpebras e arranjo força para abrir meus olhos. A primeira coisa que vejo são árvores. Vários tipos dela, cheias de flores e frutos, com o céu azul no fundo. Levanto minhas costas e permaneço sentada. Estou em uma floresta, perdida nessa ilha maldita. Assim que me mexo a dor volta mais forte. Levanto meu braço e toco minha testa delicadamente. Sangue. Estou sangrando em todos os lugares possíveis. Arranhados por toda a minha perna, concussões e ferimentos em meu rosto. Tento limpar meu rosto, mas a fuligem se mistura com os grãos de areia e ao lado de sangue se tornam uma gosma grudenta.

Não sei poderia chamar minha vestimenta de roupa. Não sei onde meus sapatos foram parar, no meu pé com certeza não estão. Minha calça possui mais rasgados do que tecido e minha blusa está praticamente na metade. Meu cabelo cheio de folhas e galhos. Mais pareço uma mulher das cavernas. Tenho certeza que Celeste me mataria se me visse ainda. Mesmo nessa situação, rio com o pensamento. 

Ainda tonta me levanto e, com a ajuda de troncos e pedras, cambaleio pela mata até a praia, seguindo o som das ondas. Um raiva florece dentro de mim. Um ódio destinado a Alex. Ele é o culpado de tudo isso. Ele não prestou atenção e a primeira explosão aconteceu, ele destruiu o avião, ele nos fez cair aqui. Tudo é culpa dele. Mas antes de brigar com ele, preciso encontra-lo.

O avião está nas areias da praia, em pedaços. Malas e caixas dispersas pelo lugar. Pedaços do avião estão jogados pela praia inteira e na água. O vidro da cabine está todo quebrado, como se dois corpos, mesmo de cinto, tivessem sido arremessados pela janela. O corpo do avião não está intacto, partes foram retiradas e o fogo consumiu partes, mas tirando as asas que não estão mais lá, ele parece até que em bom estado.

Ando lentamente entre os destroços a procura de Alex, mas ele não está aqui.

_Alex! Alex!- começo a gritar na esperança de que ele responderá. Já havia desistido de procurar e já tinha aceitado que ele não estava vivo quando ouço um barulho perto da turbina explodida. Alex está soterrado na areia com uma das asas em cima de sua barriga. Seu estado não é melhor do que o meu. O cabelo moreno está cheio de areia e o rosto está coberto de sangue devido a um ferimento no alto da testa. Não consigo ver seus pés, estão em algum lugar debaixo da areia.

_Amerrica! Grraças a Deus está viva!- ele diz aliviado e um sorriso genuíno se instala em seu rosto. Como ele pode estar sorrindo em uma situação dessas? Caio na areia, esgotada, e me sento ao seu lado.- Fico feliz que non está morrta.

_Você está feliz que eu não estou morta? Tudo isso é culpa sua! - grito furiosa- É culpa sua que estamos aqui! Você disse que era um bom piloto! Nicoletta confiou em você e olha onde estamos!

_Podemos brigarr depois que me ajudarr sairr daqui? - ele pede triste.

_Como pretender sair daí? -Ele está soterrado na areia e com uma asa de metal que pesa não sei quantos quilos. -A não ser que um de nós seja o hulk, acho que não será tão fácil assim. Sei que você é do exército e é forte, mas não acho que consiga levantar isso tudo.- digo franca esperando que ele não se ofenda com o que disse. Ele não se ofendeu. Riu como se já esperasse que dissesse isso.

_Non querro usarr forrça. Mente bate músculos.- ele diz simplesmente e continuo não entendendo.- Nós cavamos.- ele responde simplesmente.

_Ah claro!- respondo e começo a cavar a areia que está entre seu corpo soterrado e a placa de metal.

_Cuidado parra a asa non cairr. Temos que cavarr só no meio.-E assim ficamos, durante horas, cavando com nossas mãos. Toda vez que pensava em desistir, Alex me incentivava a continuar. Toda vez que pensava em enfiar minha cara na areia e chorar, ele dizia que as coisas ficariam bem, e tive forças para continuar. Só sabia que o tempo ainda passava porque a luz se diminuía e o sol desapareceu. Não sei se escureceu ou se uma nuvem preta entrou na frente, só sei que em pouco tempo tudo estava.

Quando Alex enfim conseguiu sair do lugar, me deixei cair na areia e ali permaneci, tentando recobrar minha consciência, minha respiração e minha sanidade. Meus ferimentos pararam de sangrar, a chuva chegou, mesmo assim não quis me mover. Simplesmente abro a boca e me alegro com cada gota de água que cai em minha boca.

Consigo ouvir os passos de Alex se movimentando em algum lugar, consigo sentir a dor dos meus ferimentos em contato com a água, mas nada poderia me fazer levantar. A única coisa que quero nesse momento é minha cama no palácio, uma torta de morango e minha família ao meu lado, mas sei que isso não vai acontecer, pelo menos a parte da cama no palácio.

_Encontrrei umas lonas, sacos no avion. Irrei coletarr água da chuva parra nós.- Alex diz chegando perto de mim. Ele não se deita ao meu lado, mas permanece sentado olhando o sol se por. Não respondo, estou ocupada demais bebendo água do céu.- Você está bem? Sem machucados emergências?- ele me pergunta preocupado e eu assinto. - Trrouxe un kit de primeirros socorros para limparr os ferrimentos. Já cuidei dos meus, querr ajuda?

Me levanto e aceito sua mão estendida. Vamos para dentro do que restou do avião. Alex tira algumas coisas de dentro da maletinha branca e começa a fazer o que tem que fazer.

De acordo com ele, meus ferimentos na perna são tão insignificantes que ele se recusa a fazer um curativo, então ele só limpa e começa a olhar meu rosto sangrento. Ele, delicadamente, coloca mexas da minha franja atrás da minha orelha e olha para o corte em cima da minha sobrancelha.

_Ai.- digo assim que ele toca o machucado para limpa-lo.

_Me desculpe. Vai precisarr de pontos, mas porr enquanto isso vaibastarr.- ele diz e continua a jogar um líquido ardido nos outros cortes.

Eu não tinha olhado para ele durante todo o processo, mas assim que olho para seus olhos azuis que me encaram, me perco. Suas mãos ainda trabalham, mas param quando ele percebe que o olho. Permanecemo assim, olhando um para o outro, azul no azul, sem dizer nada.

_Me desculpa por tudo o que disse antes.- digo e abaixo a cabeça envergonhada.- Não foi sua culpa cairmos aqui. Você só tentou nos salvar.

_Estarr tudo bem.- ele me tranquiliza.- Estarr prronto. Pode voltarr parra a chuva agorra.

_Acho que vou ficar aqui.- digo e ele faz um sinal para que eu me sente ao seu lado mais para dentro do avião. Encosto em seu ombro e em pouco tempo sou tomada pelo cansaço e adormeço. O primeiro de trezentos e sessenta e cinco dias aqui.


Notas Finais




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