*Lucille*
— Você sabe que não precisa ir. — Louis disse enquanto eu calçava a sandália nude em meus pés.
— Eu vou, Louis. — Fiquei de pé, me olhando pelo espelho de corpo inteiro, passado as mãos pelo meu vestido de tule azul turquesa, tentando disfarçar alguns pequenos amassados. — Não quero que o Malik pense que eu estou mal pelo que ele me disse. E também não quero perder o meu emprego.
Comecei a trançar os meus cabelos para disfarçar um pouco os cachos incontroláveis. Não estava com ânimo de alisa-los, então deixei que secassem naturalmente. Deixei eles soltos, mas prendi a franja com uma trança simples, mas bonita. Outra coisa que minha mãe me ensinou.
— Eu estive pensando, Lou. Malik não tem culpa alguma. Eu sei que ele foi rude, mas eu não me incomodei com isso. Me incomodei por ele ter falado dos nossos pais. Mas a questão é: ele não sabia. Sei que foi um amigo de merda por não saber que os seus pais morreram, mas o que eu quero dizer é que talvez o problema não seja as pessoas. — Eu suspirei, e então me virei para o meu irmão. — Talvez o problema seja eu que me ofendo muito facilmente.
— O problema não é você, Lucy. — Ele pareceu ofendido, e caminhou em passos rápidos até mim, segurando o meu rosto e olhando em meus olhos. — Nunca mais fale isso.
— Eu só estive pensando. — Dei de ombros, não dando importância.
— Se o Malik te tratou mal, a culpa é apenas dele, você não tem culpa alguma por isso. — Ele suspirou quando eu assenti, um pouco cabisbaixa. — Por favor, prometa que vai ficar bem.
— Eu vou. Só vou fazer os meus deveres como secretária dele e voltar para casa antes da meia-noite. — Louis sorriu e então beijou a minha testa, assentindo.
— Ótimo, vou te deixar lá. E me ligue para te buscar.
[...]
Deixei um beijinho na bochecha do meu irmão e saí do seu carro, abaixando o meu vestido, logo começando a subir os degraus do local onde estava acontecendo um evento comemorativo da empresa. Apenas o Malik, a família dele e alguns amigos da mesma que trabalham na empresa eram permitidos, e eu estava lá para dar assistência ao meu chefe. Zayn mandou Louis me falar que eu não precisava ir, devido às circunstâncias anteriores, mas eu bati no pé no chão, fiz birra, e aqui estou. Queria que ele me visse com o queixo erguido e de nariz empinado, porque era assim que a minha psicóloga em Londres me ensinou a fazer.
Eu sabia que já estava atrasada, mas mesmo assim, quando os seguranças abriram a porta para mim, fiquei sem graça pela quantidade de olhares lançados em minha direção.
Enquanto caminhava, procurando aquele moreno insuportável, vi que ele era um dos únicos que ainda não havia me visto. Ele estava de costas, conversando com algumas pessoas, que quando viram que eu me aproximava, apontaram com o queixo em minha direção e se retiraram, e ele enfim se virou, notando a minha presença ali.
E pareceu muito surpreso. Sua boca se entreabriu e ele me encarou com seus olhos castanhos por longos segundos enquanto eu me aproximava. Meu chefe me encarou de cima a baixo, não deixando um centímetro meu passar despercebido por ele.
— Lucille...
— Boa noite, senhor Malik. Desculpe-me pelo atraso. Com o que posso ajudá-lo?
Tenho certeza que ele achou que eu iria meter o cacete nele, mas agir normalmente depois do que fez comigo pareceu dez vezes pior. O moreno piscou seus cílios compridos e chamativos várias vezes, um pouco perdido, abrindo e fechando a boca várias vezes.
— Lucille, eu...e.eu gostaria de pedir perdão pela maneira que te tratei...
— Está tudo resolvido. — Eu disse, firme, olhando para o chão.
— Não, não está. Ninguém merece ser tratado daquela forma, muito menos você. Então, por favor, receba o meu perdão.
Voltei a olhar para ele por algum tempo, me perdendo no castanho avelã e levemente esverdeado de seus olhos. Suspirei e olhei para as paredes, e então encarei meus pés.
— Está perdoado. Agora, se não se importa, gostaria de começar o meu trabalho.
— Claro. Primeiro... — Antes que ele continuasse falando, foi interrompido.
— Filho! — Uma mulher se intrometeu entre nós, com a voz carregada de emoção, segurando os ombros do moreno com força. E logo atrás dela, a grande família Malik, que reconheci pela similaridade física com Zayn. Para a minha surpresa, Styles também estava ali, e ele acenou para mim de forma simpática, sorrindo. Eu fiz o mesmo. Acho que ele era amigo da família, por estar bem perto de quem eu julguei ser o pai de Zayn.
Me afastei um pouco, apenas de olho, curiosa para saber mais sobre o moreno.
— Tivemos mesmo que vir à América, porque se depender de você, filho, só iremos te ver daqui dez anos. — Eu estava certa, ele era o pai de Zayn.
— Quem sabe até lá você já esteja casado, priminho. — Ouvi o sarcasmo na voz de um homem que parecia ser bem mais novo que Zayn por não possuir a barba que ele tinha, o que fazia com que ele parecesse um garoto. Ele estava acompanhado de uma morena esbelta e de cabelos cacheados lindos, e mesmo que ele não tenha feito nada, parecia que ele usava a simples presença dela para se exibir. — Ou não. Fiquei sabendo que a sua namorada terminou com você. Talvez é para ser assim mesmo, Zayn. Ainda bem que eu e Sharon vamos casar, porque se depender de você, essa família não teria mais descendentes. Mas está tudo bem, não é? Você gosta de ficar sozinho com todos os seus mistérios e arrogâncias, não gosta?
Eles riram baixinho para tentar espantar o clima tenso, mas quando olhei para Zayn, vi que ele estava se segurando para não xingar alguém, com a mandíbula trincada e uma veia do pescoço saltada. Seus ombros também pareciam estar tensos, e quando passei o meu olhar, confusa, por todos eles, vi que Harry também estava da mesma maneira, talvez até um pouco pior que o amigo.
O que está acontecendo?
— Zayn sozinho? É aí que você se engana, Peter. — Harry deu um passo na direção do primo de Zayn, que parou de rir, assim como toda a família.
Styles olhou para Zayn, e percebi que o moreno parecia confuso, e então ele olhou para mim com seus olhos verdes, com a boca entreaberta. E então sorriu, parecendo se divertir com o que acabou de pensar sozinho.
— Sei que queria contar a notícia você mesmo, Zayn, mas eu mesmo não aguento mais esperar para que a sua família saiba. — Quando Malik estava perto de perguntar que merda estava acontecendo, Harry continuou, suspirando antes de falar. — Zayn vai casar, pessoal!
Até eu arregalei os olhos, não sabendo em quem acreditar. Até três dias atrás, Malik estava namorando Amber. Será que eles reataram? E agora iriam casar?!
A família inteira olhou para Zayn, que continuava olhando para Harry.
— Vocês conhecem Lucille? Irmã do Tomlinson? E também secretária do Zayn? — Harry apontou para mim e todos os olhares de viraram em minha direção.
Oh, não.
Styles, o que você está fazendo?!
— É ela a felizarda. Família, agora é só marcar a data. Eles vão casar!
A família de Zayn fez um alvoroço que só, enquanto eu e Zayn encarávamos Harry de olhos arregalados, prontos para pular nele e arrancar o seu pescoço. Mas que merda ele estava pensando?! Empurrar eu para o meu próprio chefe? Mentir para a família dele?
— Zayn! Por que não nos avisou? Isso é verdade?! — A mãe de Zayn perguntou, com os olhos negros brilhantes e um sorriso esperançoso no rosto.
Zayn me olhou, com a boca entreaberta e com o olhar mais perdido que o meu, e por um instante eu lembrei do que o primo dele disse para ele, e odiei aquilo. Parece que a família inteira dele perdeu a fé que um dia ele se case, acho que até mesmo Zayn já não acredita mais, e isso me entristece. A sua família deveria apoiar a decisão dele, e não o crucificar por um término qualquer.
Harry estava com os olhos arregalados para nós dois, como se incentivasse que fizéssemos algo a respeito.
Respirei fundo, vendo que Zayn não falaria nem sairia do lugar, e segurei a mão dele, que estava parada ao lado do corpo. Ele pareceu surpreso, mas não deixou de olhar em meus olhos.
— É, é verdade. Nós iríamos esperar mais um pouco para contar, mas, Harry, valeu por fazer isso por nós. Você é muito prestativo. — Sorri, cínica, para o de olhos verdes, que pareceu aliviado. Fiquei um pouco incomodada quando vi pelo canto do olho que Zayn ainda me olhava. Qual é, ele precisava se manifestar ou iriam desconfiar!
Apertei a mão dele enquanto todos ainda estavam muito surpresos. Entendo que estejam tão felizes porque Zayn claramente tem um gênio difícil de lidar, e talvez seja por isso que aos vinte e seis anos nunca teve uma namorada séria a não ser Amber, mas ele é lindo, e não seria difícil arranjar alguém para ele.
Mas alguém que não fosse eu, de preferência.
Ele pareceu acordar do seu pequeno transe e fechou a boca, desviando o seu olhar do meu. Ele apertou a minha mão com mais convicção.
Percebi o olhar que seu primo, Peter, lançava para nós dois, em um misto de desconfiança, descrença e inveja, e aquele olhar até me deu um pouco de medo. Me encolhi, e então Zayn soltou a minha mão para abraçar a minha cintura, e acho que prendi a respiração quando os meus braços se arrepiaram.
Eu não gostava de admitir, mas ele mexia comigo, e eu me senti culpada por isso. Me sentia como uma adolescente com seu primeiro namorado, mas não era bem assim. Era apenas fingimento, e logo depois ele voltaria a me tratar como sempre me tratou.
— Ah, eu não acredito! — Uma garota um pouco mais nova que eu gritou, fazendo com que eu me assustasse, mas relaxei quando vi que ela estava sorrindo e era apenas modo de falar. — Zayn vai casar!
— Eu já quero saber tudo sobre você! — Uma outra mulher disse, mais velha que eu e até mesmo Zayn. — Zayn deve ter nos apresentado para você, não é? — Eu olhei para ele de forma assustada, mas ela riu. — É bem típico dele mesmo. Eu sou Doniya, irmã mais velha desse bonitão aqui. — Ela segurou o ombro do meu chefe, e eu vi o pequeno sorriso discreto e envergonhado que ele deu. Desejei internamente ver mais daquilo. — Aquelas são Waliyha e Safaa, nossas irmãs.
Waliyha teclava animadamente no celular, e Safaa a acompanhava.
— Elas estão agora mesmo postando em tudo que é lugar que o irmão delas vai casar. — Doniya diz, revirando os olhos para as irmãs mais novas.
Eu sorri, um pouco preocupada, e enquanto ela não olhava para nós, eu arregalei os meus olhos para Zayn brevemente, que segurou a risada. Só então percebi que ele ainda me abraçava, e que aquilo não me incomodava nem um pouco.
Os pais de Zayn se apresentaram para mim também. A mãe dele veio animadamente falar comigo, me dizendo que seu nome é Trisha e que o marido, Yaser, estava muito orgulhoso do filho por ter me escolhido como noiva. Que pesado.
— Minha nossa, como você é bonita, minha jovem. — Uma senhorinha baixinha tocou a minha mão, sorrindo, simpática, para mim. Ela tinha os mesmos olhos amendoados de Zayn, o que fez com que eu gostasse ainda mais dos dele.
— Muito obrigada. — Eu sorri para ela.
— Belo corpo, bumbum redondo, quadris bem reforçados, seios fartos...Zayn, meu neto, ela vai te dar filhos lindos. — Meu rosto inteiro ficou vermelho, mas eu ouvi a risada de Zayn ao meu lado, enquanto ele me abraçava com mais força ainda, e me senti estranhamente melhor.
Com exceção de algumas perguntas e comentários que me fizeram ficar vermelha, o evento foi bom. Troquei pouquíssimas palavras com Zayn, pois eu sentia que o clima não era o melhor entre nós, apesar do seu braço não sair da minha cintura em nenhum momento, ainda mais diante dos comentários cínicos do primo, que não tirava seus olhos castanhos de cima de mim, e aquilo estava me deixando preocupada. Apesar dos olhos dos dois serem parecidos, os de Zayn me passam certa tranquilidade, mas os de Peter passavam longe disso. O castanho dos dele faziam com que eu quisesse me esconder atrás de Zayn.
E olha que ele também não é uma das pessoas que eu considero mais simpáticas.
Quando disse para o Malik que precisava trabalhar, ele disse que eu estava dispensada aquela noite devido ao que Harry fez. Eu tentei argumentar, mas ele insistiu, e eu não saí do lado dele até que sentisse fome e fosse procurar comida no balcão. Me sentia cansada e quando vi que faltavam dez minutos para a meia-noite, me apressei para para pegar o meu celular e discar o número de Louis, mas antes que fizesse isso, a voz de Zayn me interrompeu.
— Por que está ligando para o Louis? — Ele perguntou, franzindo as sobrancelhas negras.
— Porque preciso ir para casa. Ele disse que vem me buscar.
— Bobagem. Eu te levo para casa. — Zayn fez uma careta, já procurando as chaves no bolso do terno.
— Não precisa. Eu já dei muito trabalho hoje. Louis pode me buscar.
— Você acha que deu trabalho para mim, Lucille? — Ele riu, sarcástico. — Pelo amor de Deus.
— Não entendi. — Foi a minha vez de franzir as sobrancelhas.
— Quem está te dando trabalho sou eu. Tem noção do que vai acontecer depois da mentira que Harry inventou? Minha família não vai sair do seu pé até a volta de Jesus Cristo, Lucille. — Zayn apontou discretamente para a sua família, que ainda conversava de maneira animada. — E tudo isso porque eu sou um filho da mãe que não consegue nem mesmo arranjar uma festa de casamento para a minha família.
— Não se atreva a se xingar dessa forma, Zayn. — Eu apontei o dedo para ele, mas mesmo de salto, ele ainda era bem mais alto que eu, e bem mais intimidante. — Eu não ligo, eu posso te ajudar.
Ele ficou quieto por alguns segundos, completamente imóvel, me encarando. Me senti incomodada por isso e desviei o olhar por algum tempo, mas depois voltei a olhar para ele, estranhando o silêncio. E então ele pareceu voltar à realidade.
— Lucille, eu não mereço a sua ajuda.
Ignorei seu comentário o máximo, assim como o peso da intensidade da sua voz.
— Quer parar de me chamar de Lucille? Até a sua família que me conhece há uma hora e meia já está me chamando de Lucy. — Eu revirei os meus olhos e cruzei os meus braços, brava. O Malik sabia mesmo como me tirar do sério. — E eu não quero saber, já estou envolvida demais para cair fora.
Zayn levou as mãos até os cabelos e os puxou, bufando, nervoso. Desviei o meu olhar dele porque até fazendo aquilo o desgraçado ficava lindo, mas vi que a sua família nos encarava de forma preocupada e nada discreta.
Ah, não.
Descruzei os braços e voltei a olhar para Zayn.
— Me abraça agora. — Disse sem pensar, e o moreno me olhou como se eu tivesse acabado de dizer que a Terra é plana. Me segurei para não o xingar e preocupar ainda mais a sua família. — Sua família acha que a gente está brigando. Anda, Malik, me abraça.
Ainda estranhando um pouco, ele se aproximou lentamente e me enlaçou com seus braços, e eu abracei a sua cintura. Zayn beijou os meus cabelos e pousou o queixo em minha cabeça, passando as mãos pelas minhas costas, e enquanto isso eu sentia o quão confortante era o seu abraço. Eu podia sentir o cheiro do seu perfume, e me permiti fechar os olhos estando ali, sentindo o seu coração batendo logo abaixo da minha bochecha.
— Já deu? — Ele perguntou, em um misto de tédio e desconforto.
— Não. — Eu disse, sem nem mesmo abrir os olhos.
Meu Deus.
Eu estou muito carente.
Abri os meus olhos, vendo que eles já haviam voltado a conversar alegremente, lançando apenas alguns olhares sugestivos e curiosos para nós. Me afastei devagar, relutante, e ele me olhou com aqueles olhos castanhos claros, sério.
— Me deixe pelo menos te deixar em casa. É o mínimo que posso fazer depois... — Ele suspirou, levando a mão à nuca e olhando para a sua família. — ...disso.
Eu não disse nada, apenas assenti. Ele sorriu de lado e acenou com a cabeça para que eu me despedisse de todos os Malik.
[...]
Depois de agradecer pela carona, estava quase saindo do Audi preto de Malik quando ele me chamou de volta.
— Lucille? — Ignorei que ele havia ignorado o que eu disse antes sobre me chamar assim.
— Sim?
— Obrigado por ter feito o que fez por mim hoje. Eu não mereço. Não depois do que eu disse e... — Eu desviei o meu olhar ao lembrar do que ele me disse.
— A sua sorte é que eu não sou rancorosa. — Ele riu e foi a sua vez de desviar o olhar. — Está tudo bem, Malik. Eu gosto de saber que posso ajudar.
— É claro. — Ele parecia perdido em seus próprios pensamentos, olhando para frente, e entendi que ali seria a minha deixa.
— Bem, obrigada pela carona mais uma vez. Me mantenha informada sobre tudo quanto a sua família, por favor. Não faça nenhuma besteira de desmentir tudo, Zayn, estou falando sério. — Ele olhou para mim e suspirou, mas logo depois assentiu, de olhos fechados. Não me convenci, e me virei para ele. — Me prometa. De dedinho.
Ofereci meu dedo mindinho para ele, que olhou para mim e logo depois para a minha mão com ar de riso.
— Isso é sério?
— Por que não seria? Anda logo. — Ele suspirou novamente e enlaçou seu mindinho com o meu logo depois de bufar. — Fique ciente de que se descumprir essa promessa, eu vou arrancar esse seu mesmo dedo com um alicate.
— Tá. — Ele disse, indiferente, e então soltamos nossos dedos, mas antes que eu tentasse sair do carro, ele volta a me chamar. — Lucille?
Me virei para ele, esperando ele falar. Ele demorou um pouco para que as palavras finalmente saíssem de sua boca.
— Você vai estar no escritório na segunda, não é?
Parecia haver tanta súplica na voz dele, como se ele precisasse que eu dissesse que estaria lá. Seus olhos estavam semicerrados, como se doesse nele pensar o contrário.
— Eu vou, Zayn.
Seus ombros relaxaram na hora e ele fechou os olhos, aliviado. E depois sorriu. Também sorri de leve para ele e saí do carro.
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