História Please don't say you love me - Em revisão - Two sexy boys

Já estava há mais de uma hora tentando achar uma calça que coubesse em mim. Malditos bolinhos de arroz! Agora a Free Willy aqui não tem mais calças que sirvam. Eu simplesmente odiava vestidos, me sentia desconfortável dentro deles. Premiações e outros eventos importantes me faziam me sentir um patinho feio por não me adequar ao glamour. Naquelas festas eu era a pessoa que pede pra ir embora de vinte em vinte minutos.

- S/N, pela milésima vez – ouvi a voz impaciente do Jongin do outro lado da porta do meu quarto – Você já terminou?

- Cai fora daqui. – joguei um sapato na porta quando vi a maçaneta virar, no mesmo instante ele a fechou.

Tive uma ideia!

Assim que desci, o encontrei encostado na parede perto da escada.

- Desculpa a demora. – eu disse.

Seu olhar desejoso percorreu todo o meu corpo. Raramente tinha me visto de saia e isso com certeza o deixou ainda mais inquieto.

- Você está ótima! - ele olhou para mim como se medisse cada parte do meu corpo, mas deteve seu olhar em um local específico -Bonitas pernas!

- Espero que elas não congelem com esse frio. – rimos juntos – Podemos ir?

- Sim, mas antes... Queria te pedir uma coisa.

 Lá vem bomba!

- O que?

Ele se aproximou de mim com passos lentos, e quando estávamos cara a cara ele me segurou pela nuca.

- Você promete que irá ficar ao meu lado na festa? - Ah pronto! Estou frita!

- Nini, eu vou ficar contigo, mas você sabe que o Baek também é meu amigo e eu não posso ignorá-lo. - tentei sugerir de uma forma sutil que também daria atenção ao Baekhyun.

- Sei... – ele virou o rosto, mas eu o fiz olhar para mim novamente.

 - Não precisa ficar inseguro. – disse de forma doce.

- Você entenderia se estivesse em meu lugar. – Jongin estava começando a ficar irritado e eu não estava gostando do rumo daquela conversa.

- Acho melhor irmos logo, não quero que comecemos a brigar mais uma vez.

- Tá, mas antes de sairmos... – ele mesmo se interrompeu porque agora a sua boca estava ocupada beijando a minha.

Mas não era um beijo selvagem ou coisa do tipo, era carinhoso e pacifico, como se quisesse prolongar o momento.

- Você está tão gostosa com essa roupa. – ele falou com a voz baixa por entre o beijo, mas logo se afastou para me fitar – Eu queria que não precisássemos ir a lugar algum.

Olhei para aquele Kai pervertido na minha frente, e não pude conter um sorriso.

- Mas nós iremos. Você está muito incontrolável ultimamente.

-Sua culpa... – ele roçou seus lábios nos meus – Você está me enlouquecendo!

Aquela provocação me deixou excitada demais e eu não hesitei em depositar uma mordida leve em seu lábio inferior. Aquilo foi como atear fogo em pólvora. Kai respirou fundo e segurou minha nuca me beijando com ainda mais vigor. Enquanto sua língua passeava pela minha boca, minhas mãos caminharam até seu membro já ereto dentro da sua calça que pressionava contra minha barriga, ouvi Kai gemer meu nome quando o apertei por cima do tecido.

- Você não me provoca, S/N! – pediu com a respiração entrecortada com a testa colada na minha.

- Você que começou! – eu me afastei indo ligeiramente em direção à porta, rindo de maneira brincalhona.

- Espera... Você não vai me deixar assim não é? – ele apontou pro próprio membro endurecido por dentro da calça.

- Não... – mordi o lábio e pisquei, dando um passo na sua direção, ele sorriu maliciosamente, provavelmente com mil pensamentos pervertidos em sua mente, mas vi seu semblante cair quando eu falei...  – Vou te dar cinco minutos para você se resolver no banheiro! Te espero no carro!

- MAS O QUE... – eu corri para o mais longe possível dele rindo de uma forma que chegava a doer a barriga, a ultima coisa que ouvi antes de entrar em seu carro foi... – S/N, VOLTA AQUI AGORA!

*

Assim que chegamos no local fui cercada de olhares. Só havia uma outra mulher ali, e ela era uma das staffs dos meninos.
          Alguns dos membros do grupo me avistaram assim que entrei na sala e pareciam surpresos por me ver ali. Kai que vinha logo atrás de mim não estava nada satisfeito pelos olhares que eu estava recebendo.

- Parece que eu trouxe comida para os lobos... – disse ele quase em sussurro próximo ao meu ouvido. Me virei pra ele o olhando atravessado.

- Fique quieto! - reclamei como uma mãe reclama com seu filho.

- Aish... – ele olhou para trás de mim e revirou os olhos – Lá vem!

- S/n Kang? – um deles que atendia pelo nome de Jongdae se aproximou de mim eu me virei com um sorriso cativante no rosto  – Que honra tê-la aqui em nossa casa. – ele fez uma reverência e eu retribui o gesto.

- A honra é minha. – olhei o ambiente a minha volta – É uma casa bem grande.

- É sim. Somos 9 não é? – ele riu – Precisamos de espaço.

- Nem imagino como deve ser morar com tantas pessoas.

- É legal... às vezes. – ele deu ênfase no “às vezes”. Ri junto com ele, mas logo meu olhar pairou pelo ambiente e observei a casa dos meninos com uma expressão admirada. Era tudo bonito e organizado. A SM investia mesmo naqueles meninos. O dormitório deles era fantástico! 

 Fitei as pessoas ali e de repente senti meu coração palpitar acelerado. Não podia evitar aquele sentimento que tomava conta de mim naquele momento. Era como borboletas no meu estômago. Eu estava ansiosa e sabia porquê. Meu coração estava procurando alguém naquele lugar.

- S/N! – a voz alegre me fez sorrir instantaneamente, conseguia sentir seu cheiro e aquilo deixou todos os meus sentidos em alerta. Me virei para encarar Baekhyun ao meu lado que tinha o sorriso mais lindo nos lábios.

- Baek-ah! – o abracei e ele me carregou por uns segundos. – Parece que faz séculos que eu não te vejo.

- Sentiu minha falta? – ele perguntou assim que me pôs no chão.

- Muita – toquei seu rosto e foi como se toda a sua face dele se harmonizasse com o brilho dos seus olhos.

 Uma tosse forçada me sobressaltou, só aí eu lembrei que Jongin estava ali observando tudo, então me afastei do Baek.

- Estou feliz que tenha vindo – Baekhyun tornou a falar ignorando completamente a presença do amigo ali.

Naquele momento eu estava paralisada. Era uma situação constrangedora estar diante dos dois homens que mexiam comigo. Sorri fechado para Baekhyun, pensei em responder algo, mas eu não conseguia. Me sentia entre a cruz e a espada.

- O que estão fazendo aí? – Minseok, que surgiu do nada, abraçou a mim e Baekhyun de lado – Vamos ao álcool!

- Então você não é coreana? – Jongdae fez outra pergunta. Estava me sentindo em uma entrevista.

- Ah, não.... – dei outro gole na minha bebida antes de continuar – Só meu pai é coreano. Eu tenho um irmão mais velho do casamento anterior do meu pai que vive em Wonju.  Ele é jornalista e nós nos vemos bem pouco. Mas ele está na cidade escrevendo um artigo sobre os idols da Sm. Vocês irão conhecê-lo em breve.

Estava conversando com alguns dos meninos, enquanto Chanyeol, Sehun e Kyungsoo conversavam com os outros convidados.

- Poxa, que legal! Mas você sempre morou aqui? – foi a vez do Minseok perguntar.

- Sim, eu só fiz nascer no ocidente. Meus pais se separaram quando eu tinha 5 anos, minha mãe voltou para o seu país e meu pai está em Ulsan onde possui um café. Eu e o meu irmão ficamos com nossos avós paternos em Wonju, até que em 2002 eu fui aprovada em uma audição da SM como atriz e me mudei para Seul com uma tia que ficou responsável por mim até atingir a maioridade.

- Você era muito jovem! Quando eu cheguei na SM você já era atriz, eu me lembro de você. – Xiumin se pronunciou outra vez.

- Sim, eu estou lá há muito tempo. Eu já tinha participado de um filme quando o TVXQ debutou, eu era bem novinha na época. – maldita hora para lembrar do TVXQ.

Os meninos fizeram um “OOOH” em uníssono e eu quis rir com a expressão surpresa deles.

- Você trabalhou duro. – Baekhyun, sentado ao meu lado, pegou minha mão e a beijou. – Mas já chega de falar de trabalho. Vamos nos divertir!

 Os meninos se dispersaram, mas um deles continuou com os olhos presos em mim e no Baekhyun, que ainda não soltou a minha mão. Jongin não deu uma palavra depois de que comecei a conversar com os meninos, e eu não estava gostando do seu comportamento. Estava me lembrando o Yunho e aquilo me fazia sentir medo, não queria um segundo Yunho em minha vida.

- Vem, vamos dançar! – ele se levantou me puxando pela mão.

Não mesmo! Dançar com Baekhyun era um caminho sem volta!

- Ah, oppa! Eu estou tão cansada! – fiz corpo mole e deitei a cabeça encosto do sofá.

- Não acredito que você vai me negar a coisa que mais desejei nesses dias todos longe de você.

 Não consegui segurar o riso. Baekhyun era realmente fofo.

- Vem! Eu juro que vou me comportar dessa vez. – ele pediu com um jeitinho muito mimoso.

Tá, se ele queria me fazer parar de respirar, ele conseguiu. Segurei sua mão e rapidamente fui erguida do sofá.

 O segui até a pista de dança improvisada na sala dos meninos sob o olhar feroz do Jongin, mas eu apenas preferi ignorar. Eu sei que ele vai ficar chateado, mas eu não podia simplesmente ignorar todos pra ficar somente com ele nessa noite. Somente o fato de ter escondido sobre a festa fazia com que ele nem merecesse a minha atenção.
        Começamos a dançar Mr. Simple do Super Junior. Baekhyun fazia várias danças malucas, e eu não consegui segurar o riso. Comecei a imitá-lo e passamos a ser dois retardados naquela pista de dança improvisada.
       A música mudou e nós paramos de dançar. Say it right da Nelly Furtado começou a tocar. A batida daquela canção era sexy demais, eu não conseguiria dançar com o Baek daquele jeito ali. Mas quando pensei em virar as costas ele me puxou de volta, e me colou no corpo dele. Sua respiração quente no meu rosto, suas mãos que deslizaram das minhas costas até a minha cintura enquanto seu corpo se movia lentamente no ritmo da musica, tudo aquilo estava me entorpecendo. Fechei meus olhos e deixei Baekhyun ditar o ritmo da nossa dança, deitei minha cabeça em seu ombro e o abracei ainda mais a meu corpo. Era como se o mundo ao nosso redor não existisse mais! Sua mão tocou minha nuca enquanto a outra passeava em minhas costas. Por que meu coração está tão disparado? Me lembrei de quando estávamos gravando juntos e tínhamos que ter momentos como esse, sempre me senti diferente quando Baekhyun me tocava, mas nunca daquele jeito. Nunca foi daquele jeito.

- S/N! – murmurou com a voz rouca em meu ouvido e eu me arrepiei por completo – Senti sua falta.

Me afastei um pouco pra encará-lo, mas no momento em que abri a boca para respondê-lo a música foi interrompida, mudando para outra animada.  Olhei para o local onde estava o aparelho de som, e vi Jongin lá com os olhos fixos em mim. Ele mudou a música de propósito.

 Ai meu Deus, eu mereço!

- Baekhyun, desculpa – eu olhei para o rapaz a minha frente que também olhava confuso para seu amigo – Eu preciso ir ao banheiro.

- Claro. – ele me soltou com aquele sorriso lindo no rosto – Fica naquele corredor. Penúltima porta á esquerda.

- Certo. Obrigada. – segui o caminho pelo corredor que o Baek indicou. Entrei no banheiro e me tranquei lá dentro.

- Que droga, que droga, que droga! – tá, eu estava surtando no banheiro do dormitório do Exo. Dei vários soquinhos na parede, mas senti a mão doer. – Porra! Ai!

Eu estava com um problema gigante! Baekhyun não gostava de mim, não sentia nenhuma atração e já tinha deixado isso claro. E mesmo assim mexia comigo, mas o que foi aquilo lá fora? Ele abalou todas as minhas estruturas, e eu tinha certeza que ele estava consciente de seus atos. E ainda tinha o Kai, que mesmo sendo um ciumento infantil, me fazia sentir coisas que eu nem sabia ser capaz de sentir. Eu estava cada vez mais apegada á ele, e não queria aquilo.

Me apoiei na pia e fiquei ali olhando para a torneira fechada. Liguei a água e molhei o rosto. Quando me olhei no espelho, vi que borrei toda a minha maquiagem.

- Mas será o Benedito? – tratei de terminar de tirar a pintura do meu rosto. – Agora estou pronta... Pronta pra ir pra casa. Inferno!

Jongin on

- Por que fez isso? – Chanyeol se aproximou de mim quando viu S/N se afastar do Baek.

- Você ainda pergunta?  - respondi friamente, ele me vez virar para ele à força me segurando pelos ombros, mas eu continuei impassível.

- Pelo menos uma vez na vida, haja como homem, Jongin! Não percebe que só está a deixando mais confusa? Isso não vai fazer bem a essa garota. – o mais velho falou me olhando com ferocidade – Se você gosta um pouco que seja da S/N, pare de agir como um babaca e faça a coisa certa.

- E qual é a coisa certa? – tirei as mãos dele de mim – Ficar parado vendo-a cair cada vez mais nos braços do Baekhyun?

- Eu esperava que você fosse capaz de entender o que é melhor pra ela.

- O melhor pra ela sou eu.

- Não até você falar a verdade. – Chanyeol disse tocando meu ombro.

- Rapazes... – Sehun se aproximou de nós dois, mas tanto eu quanto o Chanyeol continuávamos encarando um ao outro como se fossemos nos matar a qualquer momento. – Vocês estão brigando de novo?

- Não, Sehun-ah. Não estamos! – Chanyeol se afastou, mas sem tirar os olhos de mim – Não faça nada de que possa se arrepender depois!

- Eu não vou! – disse com fidúcia, e me afastei de imediato indo na mesma direção em que S/N tinha seguido agora a pouco.

Jongin off

Baekhyun on

Estava sentado em um banco perto do balcão esperando S/N voltar, mas sua demora estava me deixando angustiado.

- Será que ela se sentiu mal? – pensei alto, mas alguém que havia se aproximado me respondeu.

- O que? Do que está falando, hyung?

- Sehun-ah... – olhei o mais novo sentando-se no banco ao meu lado – S/N... ela foi ao banheiro e até agora não voltou.

- Ahhh... Só deve ser coisa de mulher mesmo.

- Mas ela está demorando muito. – me levantei do banco disposto a ir atrás dela – Quer saber, eu vou ver o que aconteceu e...

- Hyung! – Sehun se colocou na minha frente e fechou minha passagem, o encarei com uma sobrancelha levantada.

- Sehunnie, o que está havendo? – sua atitude era estranha.

- Nada, eu... – ele suspirou – Queria que fizesse mais daquela batida pra mim!

- Tenho cara de barman agora?? – era nítido que ele estava estranho, eu só não sabia dizer o motivo.

- Por favor, Baekhyunnie hyung.

Eu não podia dizer não para Sehun, na verdade dificilmente dizia não para alguém. Então resolvi fazer o que ele pediu, e tentei ignorar minha preocupação exagerada com S/N.

Baekhyun off

 Mal abri a porta e recebi o impacto de um Kim Jongin me agarrando de volta para o banheiro e fechando a porta atrás de si.

- Achou que ia se livrar de mim hoje, bonequinha? – ao dizer isso seus lábios tomaram os meus com ferocidade. Não demorei a corresponder seu beijo, apesar de surpresa com a sua atitude. Coloquei uma mão em sua nuca o trazendo mais para perto enquanto minha outra mão já passeava pelo seu abdômen por debaixo de sua camisa.  Mas, por sorte, eu caí em mim antes que fizesse besteira.

- Kai, pára com isso! – disse por entre o beijo.

- Você quem começou! – ele repetiu a minha frase e logo começou a distribuir beijinhos por todo o meu pescoço – Não acha que já me provocou o suficiente com aquela cena lá fora?

 Afastei Kai que me olhou com muita frustração.

- Eu não estava provocando você – falei com sinceridade – O mundo não gira ao seu redor sabia?

- Ah não? – ele se aproximou de mim vagarosamente como um tigre pronto para dar o bote. – E se eu disser que você não vai resistir a mim a essa noite?

- Eu duvido. – dei um passo em direção a porta, mas ele segurou meu pulso e me fez olhar para ele outra vez.

- Não duvide. – ele tocou meu nariz com o polegar, falava de forma arrastada o que o deixava ainda mais sexy – Você irá dançar comigo logo mais, e saberá porque eu sou o main dancer dessa porra.

 Falou o homão!

- Odeio quando você age dessa forma.

- E eu odeio ter que ficar sozinho outra vez em uma festa porque o Baekhyun roubou a sua atenção. – ele realmente se sentia afetado com aquilo.

- Você quem está agindo como uma criança mimada. Eu não vou ficar ao seu lado se você não melhorar seu humor, e entender que eu tenho tanto direito de me divertir quanto você.

- Não com o Baekhyun!

- Tente me impedir então! – me libertei dele e saí do banheiro em passos largos. Vi que ele me seguia, mas de forma bem lenta. Logo que alcancei a sala avistei Baekhyun vindo em minha direção.

- S/N, o que acont... – e eu simplesmente não pude deixá-lo concluir a frase.