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História Please don't say you love me - Em revisão - A love that never ends - História escrita por crazybbhlover - Spirit Fanfics e Histórias
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História Please don't say you love me - Em revisão - A love that never ends


Escrita por: crazybbhlover

Notas do Autor


Boa noite, meus pequenos lírios

À pedidos (que não foram poucos) aqui está o capítulo tão ansiado por muitas de vocês.
Espero que esteja do jeitinho que vocês imaginavam.

Até as notas finais!

Capítulo 30 - A love that never ends


Fanfic / Fanfiction Please don't say you love me - Em revisão - A love that never ends

Flashback on

 

Junho de 2012

 

Estávamos comemorando nosso aniversário de namoro. Apesar de estarmos juntos a tanto tempo eu ainda era completamente apaixonada pelo meu namorado. E estava ansiosa pelo nosso passeio.

 Fazia 5 anos que estávamos juntos, Kibum foi o primeiro homem da minha vida e eu queria que fosse o único. Éramos jovens para pensar em um futuro, então não nos preocupávamos com isso, até porque não havia motivo para pensarmos em nada já que nossa relação era extremamente tranquila e tudo acontecia conforme o seu tempo.

 

 

*

 

 

- Lembra de como nos conhecemos? – Key me perguntou enquanto me abraçava por trás. Fazíamos um passeio de barco pelo Rio Han, um momento como esse nem sempre era fácil por conta da nossa rotina. Então só conversávamos enquanto apreciávamos a vista.

- Mas que pergunta! É claro que me lembro.

- Passava pela sua cabeça que aquele moleque franzino ia ser seu namorado um dia?

- Franzino você ainda é – comentei, o fazendo rir  – Não era difícil prever que ficaríamos juntos algum dia. Eu sempre gostei de você. - Key ficou pensativo por alguns instantes, sentia sua respiração pesada em meu ombro.

- Por que você se apaixonou por mim, S/N? - ele perguntou de repente - Quero dizer... eu não sou bem o tipo másculo de homem que as garotas procuram.

- Está mesmo me perguntando por quê eu me apaixonei por você, Kim Kibum? - perguntei e ele assentiu mostrando-se um pouco nervoso perante a resposta que eu daria, suspirei como se fosse cansativo falar tudo aquilo que ele já sabia - Tenho vivido em um mundo confuso desde criança, e desde que eu te conheci todos os meus problemas passaram a não importar mais. Você consegue despertar o melhor em mim, e me faz ter autoconfiança. Você me deu forças para me tornar uma mulher de verdade. - me virei para ele e o  enlacei em meus braços - Me apaixonei pelo menino Kibum, o engraçado e escandaloso, mas também pelo homem sensato e inteligente que você me mostrou ser. E não me fale sobre masculinidade. Você pode não possuir o tipo físico de um típico machão, mas se tem algo que torna você mais homem do que qualquer um é a sua personalidade, você é sincero, carinhoso, humilde e educado, e isso te faz um homem extremamente viril. Além disso, você me atrai de tantas formas que eu não poderia explicar.

- Eu poderia dizer que estou um pouco tímido com tanto elogio, mas como eu sei que você tem razão em tudo, então eu... – o interrompi dando um tapa leve em seu ombro, fazendo-o rir e então me virei novamente para olhar o rio, após alguns segundos de silêncio admirando a vista, ele tornou a falar - Agora que estamos juntos há tanto tempo, eu posso dizer que não desejo mais nada na minha vida, ela está completa porque eu tenho você comigo. Obrigada por ficar ao meu lado em todos os momentos, por me apoiar em tudo, me incentivar a realizar meus sonhos e por me acalmar quando eu perco a cabeça, não sei o que seria de mim se não encontrasse seus braços para me aquecer. Obrigada por me amar, S/N.

Dessa vez, virei-me novamente para olhar em seus olhos. Como ele podia ser tão lindo? Seu rosto tinha uma composição simétrica perfeita, tudo nele combinava, olhos, boca, nariz... Tá bom, eu era uma namorada babona.

- Eu te amo, Bummie. – falei em um tom baixo, porém audível para ele.

- Eu também te amo, maluquinha – ainda na mesma posição, nossos lábios se encontraram. Toda vez que nos beijávamos eu sentia aquelas ondas elétricas percorrendo o meu corpo, e aquele frio na barriga tão conhecido por mim. Era mágico, era intenso e fofo ao mesmo tempo. Vivíamos algo que podia ser facilmente comparado com um conto de fadas. Nos conhecíamos tão bem que era como se fôssemos um só. E nossa química era devastadora. Seus beijos me despertavam para a vida, sempre encontrava paz nas sensações que me causa.

Ele se afastou e sorriu meigo para mim, me trazendo de volta à Terra.

- O que vamos fazer hoje a noite? – sorri maliciosamente em resposta, e ele entendeu o recado.

 

 

Entramos no apartamento que o Key havia locado por uma noite. Era um lugar simples e exótico, com uma decoração típica dele. Até parecia que o apartamento o pertencia.

- Você pensou em tudo – sorri ao ver alguns buquês de lírios espalhados pela casa.

- Tenho que agradar a minha namorada de vez em quando – Key me abraçou por trás e depositou um beijo na curvatura do meu pescoço.

- De vez em quando? – o olhei de lado e ele deu sua risada escandalosa se afastando de mim com receio de levar uns tapas.

- Foi uma brincadeira, não me bata. Você sabe que eu faço tudo por você!

 Corri em sua direção e pulei em cima dele, passando minhas pernas ao redor da sua cintura.

- Por que você é assim, Kibummie? – perguntei de maneira manhosa, e ouvi mais uma vez o som da risada que eu amava.

- Porque eu quero ver esse sorriso em seu rosto sempre. Nada mais importa pra mim do que ver você feliz. E eu vou lutar por isso a minha vida toda.

Não pude mais controlar a vontade que eu tinha em beijá-lo naquele momento.  Cada célula do meu corpo respondia aos toques daquele homem como ninguém nunca ousaria fazer. Key era meu e seria para sempre. Nunca pensei em ter nenhuma outra pessoa em minha vida. O meu mundo inteiro estava ali em meus braços.

Ele me colocou no chão e apertou minha cintura mais forte e eu arfei com aquilo, enlacei o pescoço dele me colando ainda mais ao seu corpo. Queria senti-lo em mim, queria sentir seu calor.

Sua mão trafegou o caminho até um dos meus seios, acariciando-o. Seus dedos brincaram gentilmente com o mamilo rígido que ansiava por aquele toque, me fazendo suspirar.

- Bummie... me torne sua outra vez essa noite. – eu praticamente implorei, ele tomou meus lábios em resposta e não demorou a me obedecer. Seguimos as cegas para o quarto, onde fui deitada carinhosamente na cama. Ele logo se deitou sobre mim e ali estávamos juntos outra vez. Seus beijos doces me deixavam com borboletas no estômago. Sensações que somente Kim Kibum causava em mim.

Ele abriu a minha blusa tocando meus seios por cima do sutiã e eu arqueei as costas em resposta. Logo ele se livrou dessa peça e parte do meu corpo já estava exposto a suas mãos.  Sua boca trilho o caminho do pescoço até um dos mamilos, onde fez alguns movimentos circulares com a língua antes de sugá-lo completamente. Entrelacei minhas mãos em seus cabelos enquanto ele se deliciava ali. Key moveu-se para cima alcançando minha boca para beijar-me de modo mais duro.  Como resposta, me movimentei sensualmente e senti sua excitação crescente ainda escondida em suas roupas.

- Tira isso... – falei em um fio de voz me referindo às suas roupas. Nos erguemos juntos para arrancar as peças que cobriam seu corpo. Logo após tirar cada peça rapidamente, Key deitou-se sobre a cama comigo por cima. Meu namorado não era o tipo de homem musculoso, com abs definido... Ele era magro, esguio, mas exalava uma sensualidade que muitos homens com dobro do seu tamanho não conseguiram demonstrar. Tudo o que sabíamos sobre sexo, aprendemos um com o outro, e por mais ingênuo que fosse no começo, fomos nos aperfeiçoando cada vez mais de forma que quando estávamos juntos era puro êxtase.

Deixei alguns chupões em seu pescoço, até descer os beijos até onde seu membro estava latejando ansiosamente por mim. Ele gemeu alto quando sentiu meus lábios passarem pela extremidade do seu sexo. Ouvir seus gemidos me deixavam enlouquecida e eu só chupava-o com ainda mais vontade. Fiquei embevecida ao mirar sua face e ver sua expressão de prazer. Continuei acariciando seu membro com a boca em movimento de vai e vem, até sentir sua mão puxar meu cabelo de forma um pouco mais dura.

- Eu adoro a sua boca, S/N... Mas sabe o que eu amo ainda mais? – fiz que não com a cabeça me aproximando do seu rosto com um sorriso sacana nos lábios – Sentir o seu gostinho.

Ele me olhou sugestivo e eu sabia exatamente o que ele queria. Me posicionei sob sua boca e naquela posição, Key me enlouqueceu com sua língua ferina provocando minha feminilidade sensualmente. Enquanto ele sugava o clitóris duramente senti dois de seus dedos adentrarem o espaço úmido. Estava completamente dominada, e zonza de tanto prazer. Ele continuou massageando meu sexo com a língua e estocando seus dedos dentro de mim, enquanto eu arfava em deleite e tocava meus seios simultaneamente.

Senti algo quente vindo dentro de mim até o primeiro choque me fazer tremer em cima dos seus lábios. Mais algumas estocadas e chupadas eu já tinha deixado escorrer todo o meu liquido na boca do meu namorado, que não demorou a me deitar sob a cama e se posicionar no meio das minhas pernas, penetrando-me devagar. Eu mal tinha recuperado o fôlego quando o senti me invadi e gemi alto com o contato. Key fechou os olhos e arfou quando sentiu sem membro ser pressionado pelo espaço pequeno em que ele havia entrado. Logo que se moveu pela primeira vez, um fogo queimou todo o meu corpo por dentro. Me agarrei ainda mais a ele, contudo Key não demorou a se erguer e estocar com mais voracidade em mim. Ele não tinha piedade, e prolongou o quanto pôde aquela tortura. Aquilo era imperdoável, Kim Kibum. Quando eu estava perto de alcançar o clímax, aquele homem diminuía a velocidade dos seus movimentos, me torturando lentamente. Ele queria me fazer implorar por mais e eu o faria.

- Kibummie, por favor! – gemi de maneira manhosa e todo autocontrole do mais velho se dissipou por completo com aquele pedido e juntos alcançamos o ápice do nosso desejo.

Exaustos e ofegantes, era assim que nos permitimos cair lado à lado na cama. CAMA. O lugar onde eu só faria amor se fosse com o meu Key. Nunca outro homem dividiria esses momentos comigo nesse lugar. Aquele espaço ao meu lado pertencia ao único homem da minha vida.

- Hey, doçura – Key murmurou me fazendo mirá-lo. Seus olhos tinham tanta ternura que eu quase chorei de tanta emoção – No que está pensando?

- No quanto eu sou sortuda por ter você – me virei para ele e deitei em seu peito, sentindo seus braços me prenderem ali.

- Não é sorte, S/N. Nunca foi. É amor. O amor que me une a você. E mesmo que mil anos se passem, eu ainda irei dedicar minha vida a te fazer feliz. – ele sorriu ternamente – Eu vivo pela sua felicidade. Isso é que me motiva todos os dias.

Beijei seus lábios docemente. E ali ficamos juntos pelo resto da noite. Deitados. Juntos. Na cama.

 

 

 

 

*

 

2 meses depois

 

 

- Como assim, Kibum? Eu não entendo. O que aconteceu? – meus olhos carregavam as lágrimas que eu teimava em segurar.

- Não aconteceu nada.

- Nada? Então está terminando comigo sem motivo? – perguntei incrédula.

- S/N, por favor, não torne isso mais difícil. – ele também tinha lágrimas nos olhos, eu era incapaz de entender o que estava acontecendo.

- Você quer que seja fácil? Você volta de viagem pedindo para terminar comigo e eu tenho que facilitar? Sem nem sequer ouvir uma justificativa?

- Eu só preciso resolver algumas coisas na minha vida. – ele virou o rosto para não me encarar, sabia que estava mentindo.

- Me fala quem é a vagabunda! – coloquei as mãos na cintura e disse de maneira exigente – Eu vou dar na cara dela!

- S/N, não tem ninguém! Você é a única na minha vida, e sabe disso. - não segurei mais o choro, permiti que as lágrimas escorressem pelo meu rosto.

- Só me diz por quê. – pedi de forma manhosa, e Key parecia ter se sentindo tocado com aquilo, pois se aproximou de mim e acariciou meu rosto, aquilo só me fez chorar ainda mais.

- Eu não posso explicar agora, mas eu prometo que nunca vou sair do seu lado. Serei seu melhor amigo. – ele também chorava, provavelmente sentia pena de mim.

- Não... – repliquei quase em um sussurro. Foda-se essa amizade. Eu não queria aquilo. Não podia ser somente amiga do homem que eu amava. Me afastei de sua mão que afagava meus cabelos na tentativa de me confortar e fui em direção a porta em silêncio.

- S/N... – parei ao ouvir sua voz, mas não me virei – Não haverá um dia sequer que deixarei de te amar. – ainda de costas eu respirei fundo e tomei coragem de dizer aquilo que senti vontade.

- Desculpe se não fui o suficiente para completar a sua vida como esperava. Fique longe de mim, Kim Kibum! – murmurei e saí dali o mais rápido possível para me afogar nas lágrimas que saiam descontroladamente dos meus olhos.

Demorei meses para conseguir olhar em seus olhos outra vez, e mesmo ele respeitou minha vontade de me afastar. Eu realmente não consegui seguir em frente e não havia um dia em que eu não quisesse tê-lo de volta. Me perguntava por quê... Por que ele me deixou? O que eu fiz de errado?

Como o perdoei? No enterro do meu avô. Key largou TUDO pra ficar comigo. Largou show, fansigh... Todo e qualquer compromisso. Ele simplesmente ficou ao meu lado quando eu gritava por socorro internamente.

Depois dali, difícil mesmo foi ser a mesma pessoa de antes. Me tornei insegura e covarde. Aquela mulher determinada havia desaparecido. E só piorou quando Yunho entrou em minha vida.

Minha amizade com Key, obviamente, não era a mesma coisa. No começo ele ainda tentou, mas quando soube que estava saindo com Yunho, Kibum se tornou satírico comigo. Sempre me tratava como uma criança, e discutir virou um hábito frequente entre nós, porque nossas opiniões jamais coincidiam, mas não era como se ele ou eu tivéssemos mudado, e sim porque implicar comigo era como se fosse uma barreira para ele. Uma barreira para me manter longe de seu coração. E bem... ele conseguiu. Tenho certeza que o lugar que ocupo em seu peito é bem pequeno agora.

Essa é a realidade que eu tive que aprender a lidar!

 

 

Flashback off

 

 

 

Taemin POV’s on

 

 

- Acho que não preciso ser seu amigo para dizer que vocês dois estão cometendo um erro.  – Kai e eu estávamos naquele restaurante há algum tempo. Ele me contou tudo o que aconteceu na SM quando Yunho o viu com S/N.. – Se Yunho está cercando S/N dessa forma, o mínimo que você pode fazer é ficar longe dela para evitar que ele tenha motivos para prejudicá-la.

- Ás vezes eu não entendo porque você nunca apóia a minha relação com a S/N.

- Jongin-ah, não dá pra apoiar algo que além de causar problemas à carreira de S/N, ainda vai acabar com a amizade de vocês. Isso só vai acabar em mágoa no futuro, não é possível que você não perceba isso. Vocês dois são meus amigos, e eu não quero vê-los sofrer.

- Ou será que tudo isso é por que você gosta dela? – meu Deus! Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo.

- Não diga asneiras, Jongin! Eu nunca olhei para S/N de outro jeito.

- Ah pára! Esqueceu daquele dia no banheiro? Acha que eu não vi que queria beijá-la?

- Eu estava bêbado. – justifiquei e sorvi mais um gole do vinho.

- Se aproveitou da bebida para fazer o que sempre quis. - ele retrucou enraivecido.

-  Você fica insuportável no que diz respeito a S/N. Só você não percebe isso.

- Não estou dizendo nenhuma mentira. Olhe pra si mesmo, acabou de fugir do assunto.

- Eu nunca faria nada com S/N. Primeiramente, pela nossa amizade porque, diferente de você, eu tenho noção do quanto um envolvimento poderia afetar o que nós temos. E segundo por respeito ao Key.

- Key?  Por acaso ele ainda é namorado dela? – ele falou em tom de chacota.

- Não, mas não sou idiota a ponto de ignorar o passado dos dois.

- Meu caro, o Key perdeu a chance dele com aquela aposta. - senti seu ar debochado ainda mais visível, e não dava para ignorar o que ele estava dizendo agora.

- Aposta? Como sabe da aposta? – Kai parecia assustado por ter dito aquilo, pois de imediato tomou uma expressão chocada, e olhou para o prato nervosamente, como se buscasse as palavras.

- S/N me contou. – ele deu de ombros.

- Hum – entortei a boca – De qualquer forma eu já te falei que é importante que você dê um tempo até que as coisas se ajeitem. Enquanto S/N e Baekhyun estiverem envolvidos nesse namoro falso, vocês não podem se expôr.

- Eu vou tomar cuidado, obrigado – ele respondeu friamente e eu fiquei ainda mais preocupado. Kai estava cego assim como a própria S/N estava com Yunho há pouco tempo atrás. Aquilo só ia piorar, eu já estava prevendo.

Meu celular começou a tocar e vi pelo visor que se tratava do Key.

-  Preciso atender, Kai-ssi – me afastei um pouco para falar com o mais velho – Hyung, pode falar!

- Eu preciso da sua ajuda – ele falava embolado e por isso percebi que devia estar completamente alcoolizado.

- Onde você está?

- Em Hongdae. Naquele bar que fomos no seu aniversário – ele desligou antes mesmo que eu respondesse.

 Ainda estava um tanto cedo para Kibum estar bêbado daquele jeito. Para ele ter chegado naquele estado algo ruim deveria ter acontecido. Voltei para a mesa para me despedir do Jongin que estava no celular sem prestar atenção em nada a sua volta.

- Kai, eu tenho que ir a um lugar. Você se importa?

- Aconteceu algo grave? – ele perguntou muito interessado, provavelmente pensava que fosse alguma coisa com S/N.

-Não. Na verdade, eu não sei exatamente. Mas fique tranquilo, ela não está envolvida – notei o seu alivio.

Saí apressadamente para pegar meu carro. Levei algum tempo para chegar em Hongdae, e assim que entrei no bar encontrei Key no balcão do bar, ele sorriu quando me avistou.

- Por que está aqui? O que aconteceu? – perguntei ao me aproximar.

- Me leve para casa. Não quero ficar sozinho. – era impressão minha ou seus olhos estavam cheios de lágrimas?

 Durante todo o percurso ele estava em silêncio. O que era muito raro, porque Kibum e bebida rimavam com falação sem fim e muito aegyo. Ele olhava pela janela com o pensamento distante. Com certeza alguma coisa muito séria tinha acontecido.

Assim que chegamos em sua casa, ele se jogou no sofá. Seus cãezinhos se jogavam por cima dele agitados querendo brincar.

- Quem é o papai? O papai está aqui! – sua voz saía atrapalhada – Vocês amam o papai? Oooooh, vocês são os únicos.

- Não seja assim. Muita gente ama você.

- Não! – ele respondeu e dessa vez já aos prantos – Ela não.

- O que? De quem está falando?

- S/N – ele levantou-se abruptamente e passou a bater em sua própria cabeça – Que droga! Que droga! 

- Hyung, calma! O que houve entre vocês?

- EU AINDA AMO A S/N! – ele se afundou novamente no sofá deitando-se com as mãos sobre os olhos enquanto chorava como uma criança. Me sentei próximo e ri nasalado.

- Só agora que você percebeu? – ele olhou para mim com olhos vermelhos, e riu sem graça.

- Eu sou um idiota. Eu perdi a S/N e agora ela... ela está apaixonada por dois caras. DO-IS... como competir com isso?

- Eu esperava que você fosse acordar mais cedo ou mais tarde. Precisou sentir medo de perdê-la definitivamente para alguém que a mereça de verdade para perceber que seus sentimentos continuam bem vivos aí dentro de você. Antes você ainda tinha a esperança de que ela pudesse descobrir que Yunho não prestava e voltasse para você.

- Agora é tarde – ele levantou-se respirando pesadamente.

- Você ainda pode lutar por ela. Sabe que tem mais chances do que os outros.

- Não. Eu não sou egoísta. S/N já está confusa o suficiente com aqueles dois para eu entrar nessa historia agora. Só vou piorar as coisas. 

- E o que vai fazer?

- O mesmo que eu fiz antes. Ser o melhor amigo, apoiá-la sempre que precisar, cuidar dela e calar o amor que ainda sinto.

 

 

Taemin POV’s off

 

 

*

 

 

S/N POV’s on

 

 

Horas depois....

 

 Senti a brisa fria da noite de Seul que acabara de chegar. A neve está caindo e meu cabelo está repleto de flocos brancos.

Olhei para o prédio em minha frente. O porteiro já me conhecia e sorriu ao me ver no portão dando passagem para que eu passasse. Cheguei no andar que queria e respirei fundo antes de colocar a chave naquela fechadura. Não era certo entrar na casa das pessoas daquele jeito, mas não era qualquer pessoa.

O vi levantar assim que passei pela porta. Seus olhos me encaravam com surpresa e ao mesmo tempo dúvida.

- O que faz aqui? – Key perguntou.

- Precisamos conversar.

- S/N, não acho que seja apropriado. Está ficando tarde e...

- Passei o dia pensando nas coisas que me disse. – o interrompi.

- Eu falei da boca pra fora – ele se justificou tornando a se sentar no sofá, eu fiz o mesmo ao seu lado – Não tenho direito de opinar na sua vida.

- Me diz... -  pedi e ele me encarou confuso – Só me diz por quê. Por que eu não posso ficar com nenhum dos dois?

Nada. Só a respiração ofegante de seus dois cãezinhos era o que podíamos ouvir aquela altura.

- Kibum... me fala! Por favor!

- Por que está insistindo nessa merda? - ele me perguntou rispidamente, mas ao ver que eu continuei o encarando firmemente, suspirou dando-se por vencido - Eu... – sua voz falhou, ele se levantou ficando de costas para mim – Eu só não quero que se machuque!

- É só isso? – me levantei e toquei sem ombro, ele se afastou como se me repugnasse.

- É. – no fundo, eu queria ouvir outra coisa. Algo dentro de mim ansiava por aquela resposta, mas tudo o que eu consegui ali foi só decepção.

- Tudo bem – respondi baixo completamente desapontada, não sei o que estava esperando. Que ele se declarasse pra mim? Que ridícula! Depois de tanto tempo e de tantas bobagens que fiz, duvidava muito que Kibum sentisse o mesmo amor por mim. O próprio me disse que o fato de eu estar em um triângulo não me torna tão irresistível a ponto de que as outras pessoas me amassem também. Ele estava certo. Que papel de trouxa o meu! – Eu vou embora agora.

Ao pegar minha bolsa no sofá meus olhos paralisaram em algo que, eu sempre soube que estava ali, mas evitava olhar. Peguei o porta-retrato que estava na mesinha ao lado do sofá e analisei a foto.

- Sinto falta deles – ele disse por trás de mim, me assustei com sua proximidade e já fui depositando o objeto no lugar de origem. A imagem na foto mostrava eu, Key e meus avós no dia do meu aniversário, no mesmo ano em que eu e ele rompemos nosso namoro.

- É melhor eu ir.

- Espera – ele se colocou em minha frente – Você não pode mais se torturar desse jeito.

- Eu estou bem, Kibum – novamente ele me impediu de seguir em frente segurando o meu pulso quando me desviei dele.

- Posso ir com você até Wonju no natal, se precisar.  Você precisa ver a sua avó, S/N. Já faz...

- Cinco anos. Não preciso me lembrar disso. - a essa altura meus olhos já estavam marejados - Eu não posso ir. Não tenho coragem.

- A culpa não foi sua. O que aconteceu foi uma fatalidade. Você não podia fazer nada. – Key me abraçou e eu deixei minhas lágrimas caírem em um choro guardado por tanto tempo. - Olha pra mim – ele me fez encará-lo – Você perdeu seu passaporte e a passagem, não foi culpa sua. Aconteceu. E seu avô se ofereceu para vir para Seul para te visitar porque queria muito passar o aniversário dele com você. Foi o desejo dele, e você também queria muito vê-lo. Por isso o deixou vir. Isso não quer dizer que você seja culpada pelo acidente que ele sofreu.

- Mas se eu tivesse dito... – fui interrompida por sua mão que fechou minha boca com suavidade.

- Por favor, não faça isso consigo mesma. Eu não posso suportar que se machuque desse jeito. – seus olhos eram os mesmos olhos que me olhavam há anos atrás. Os mesmo sentimentos eu via ali. Pura ilusão! Como eu queria voltar no tempo... Eu queria ter a minha vida de volta. O abracei de novo, mas dessa vez sem chorar. Key me deu a força que eu precisava, como era de costume. Sabia que aquela dor poderia não passar tão fácil, mas estar nos braços dele me reconfortavam pelo tempo que eu precisava. Eu queria aquela paz para sempre.

 

 

Dias depois...

21 de dezembro de 2017

 

 Havia se passado algum tempo desde que eu e Baekhyun começamos a fingir o nosso relacionamento. O natal se aproximava e a temperatura caía cada dia mais. Era véspera do inverno em Seul. Logo Baekhyun viajaria para seus compromissos com o Exo e eu... eu ficaria sozinha mais uma vez, até chegar o dia de viajar com Taeminnie.

Nós tínhamos que encenar o nosso namoro em um passeio romântico, a mando da Nam SoYoung. Baekhyun ainda não tinha me perdoado, mas pelo menos já falava comigo mesmo que friamente. Era melhor do que nada.

 Caminhávamos lado a lado no Parque Yeouido, ele falava sobre qualquer coisa que eu não conseguia sequer prestar atenção tamanho o meu desconforto com tanta gente nos observando e fotografando.

- Como você consegue lidar com isso? – perguntei assim que percebi que ele também estava em silêncio.

- Já estou acostumado – ele deu de ombros.

- Não consigo imaginar como é a vida de um membro do EXO.

- Bom... Até nosso “namoro”... – fez as aspas com as mãos - ...acabar você vai ter que suportar.

- Está contando os dias não é? – o encarei com os olhos semicerrados.

- Na verdade... – ele se interrompeu quando avistou algo que chamou a sua atenção e fez uma cara fofa – Filhotinhos!

Fitei o local onde Baekhyun focava a sua atenção e vi vários cãezinhos em um cercado. Estavam para adoção. Baekhyun correu até eles e eu apenas ri de sua atitude, Baekhyun poderia se assimilar facilmente a uma criança.

- S/N, vem ver – ele me chamou com um filhotinho já em seu colo.  Me aproximei e toquei a cabeça do pequeno e ele se aninhou no colo do Baekhyun – Awn... Ele não é fofo? – assenti olhando o filhote todo encolhido em seu braço – Quer segurar?

Arregalei os olhos surpresa com a pergunta. Eu, definitivamente, não levava jeito com filhotes de qualquer espécie. Mas aceitei segurar o cãozinho. Baekhyun passou ele para mim, e o bichinho começou a lamber meu rosto.

- Ei, seu danadinho! Pare com isso! – Baekhyun riu da minha reação. O filhotinho buscava por carinho e eu afaguei seu pelinho amarelado – Você é muito fofo, rapazinho.

- Ele gostou de você – Baekhyun também acariciou o cachorrinho – Por que não fica com ele?

- Eu? – encarei Baekhyun assustada com aquela proposta – Eu não levo muito jeito com essas coisas. Cuidar de um cãozinho é como cuidar de uma criança.

- E daí? Você não gosta de crianças?

- Eu não levo muito jeito. – desviei o olhar do seu.

- Não pensa em ser mãe um dia?

- Não é que eu não pense... Eu só não tenho instinto materno. – respirei fundo antes completar a frase - Acho que sou como a minha mãe. - nunca havia dito aquilo para ninguém antes. Senti o olhar penoso de Baekhyun sobre mim.

- Você não é como ela – ele tocou meu ombro gentilmente – Tenho certeza que nunca ficaria longe do seu filho.

 Encarei o filhote em meu colo e meu coração aqueceu. Aquela criaturinha precisava de tanto amor e carinho. Eu não sei se sou capaz de dar, mas gostaria de tentar.

- Se quiser eu ajudo a cuidar dele – fitei Baekhyun, poderia dizer que estava surpresa, mas na verdade creio que esperava isso dele, ele sempre foi gentil comigo antes, não tinha porque ser diferente agora. Todavia eu sabia que envolver uma terceira vida nisso pode tornar a nos aproximar ainda mais, e reacender meus sentimentos por ele que até então estavam calados em meu peito. Entretanto, eu já estava tão apaixonada por aquele ser tão pequenino em meus braços. Talvez eu precise ter alguma responsabilidade do tipo, e um cachorro não era um bebê.

- Tudo bem, vou ficar com ele – Baekhyun pegou o filhotinho do meu colo rapidamente com um sorriso de orelha a orelha.

- Vem pro papai! – ele ergueu o filhote para cima – Seu nome será Simba – não pude conter o riso com aquela cena.

- Pára com isso – disse ao retomar o fôlego, dando um tapa leve em seu braço – Tá todo mundo olhando.

 Após adotarmos o cãozinho, andamos por alguns minutos rindo e brincando com o, até então nomeado de Simba. Mas a minha felicidade foi interrompida por um ser desnecessário.

 - S/N unnie, como vai? Olá oppa! – Joy fez uma reverência para mim e para Baekhyun.

- Oi, Joy – respondi sem graça.

- Estou feliz em vê-los juntos.

- Claro que está - cerrei os olhos e disse da forma mais irônica possível, e ela percebeu. Seu sorriso mordaz para mim foi um aviso.

- Que cãozinho fofo. Vocês adotaram?

- Sim – Baekhyun respondeu por mim sorrindo fiando o animalzinho – Somos uma família agora.

- Vocês formam um casal bonito. Tenho certeza que serão felizes juntos – ela piscou sugestiva – Espero que eu e Jonginnie também sejamos assim um dia não é S/N? – mordi o lábio engolindo a seco com a provocação. Ela não estava pra brincadeira.

- Também esperamos isso – Baekhyun respondeu segurando a minha mão – Agora precisamos ir, foi bom revê-la Sooyoung. Vamos, Jagiya. – ela fez uma reverência e seguiu seu caminho. Eu e Baekhyun andamos de mãos dadas por mais um tempo em completo silêncio, até que nos afastamos e ele começou a andar apressadamente.

- Baekhyun-ssi, espera! – o chamei.

- Tudo bem, S/N. Você não precisa mais fingir que gosta de mim.

- Mas eu gosto de você!

- E quanto ao Kai? Gosta dele também? – eu não respondi, abaixei o olhar como se no chão fosse encontrar a solução para todos os meus problemas.

- Seu silêncio diz tudo – ele já ia se afastar, mas eu o contive segurando a manga do seu casaco.

- Por favor, não vamos brigar de novo. Eu não gosto desse clima ruim entre nós. E agora temos o Simba. Você prometeu me ajudar com ele. - tudo o que menos queria era voltar a conviver com o Baekhyun carrancudo de uma semana atrás.

- E vou cumprir. Sempre cumpro com minhas responsabilidades e deveres – ele respondeu grosseiro. Logo, entramos em seu carro e ele me deixou em casa se despedindo apenas do cãozinho. Bem.. eu não podia reclamar de nada. No lugar dele eu também estaria brava.

- Que ódio de mim mesma! – resmunguei antes de entrar em casa.

 

 

S/N POV’ s off

 

 

Jongin POV’s on

 

Entrei em casa depois de mais um dia ocupado em gravações e treinos. Logo mais nosso álbum de inverno seria divulgado e nós viajaríamos para mais shows da turnê. Logo percebi que não estava sozinho, pois Kyungsoo estava sentado no sofá com um livro em mãos.

- Chegou cedo, hyung. Você está bem? – sentei na poltrona próxima a ele.

- Saí antes de todo mundo. – ele deixou o livro de lado – E você... Por que está com essa cara?

- Só estou cansado. Tem muita coisa acontecendo agora.

- Isso tem a ver com ela? – Kyungsoo perguntou e eu sabia exatamente sobre quem ele estava se referindo – Já parou pra pensar que Chanyeol pode estar certo?

- COMO ASSIM? – perguntei exaltado, ainda ontem ele veio conversar comigo e eu acabei contando sobre o meu passado com S/N – Você não entende? Se eu contar pra ela, S/N vai ficar muito brava comigo.

- Mas talvez ela compreenda, afinal você era muito novo e bobo – ele justificou, poderia levar aquilo como uma ofensa, mas ele estava certo.

- Não sei se S/N seria capaz de compreender.

- Jong.... – Kyungsoo falaria mais se não fosse interrompido pelo Chanyeol.

- Estão aí! – ele caminhou até nós dois e se sentou no braço da poltrona em que eu estava sentado – Vão parar de conversar só porque eu cheguei? Estavam falando mal de mim por acaso? – tanto eu quanto Kyungsoo ficamos calados diante da provocação – E você Kim? Já contou a verdade para sua amiga ou está esperando que eu conte? – me levantei abruptamente e o encarei com o olhar feroz.

- Quando você vai parar de se meter na minha vida?

- No dia que você amadurecer e contar para S/N o que você fez.

- Não adianta, eu e S/N estamos juntos e nada que você faça vai mudar isso. Seu plano com o Baekhyun não deu certo – Chanyeol riu alto e fez com que eu e Kyungsoo olhássemos para ele de forma chocada.

- Você é um idiota mesmo, não é? Acha mesmo que eu fiz o Baekhyun ficar com a S/N porque estava com peninha dele por ter sentimentos reprimidos? Eu só queria afastar ela de você, seu imbecil!

O sangue correu pelas minhas veias como se estivesse borbulhando de tanto ódio que sentia, aquele maldito tinha incentivado o Baekhyun a ficar com a S/N só para fazê-la se afastar de mim. Eu confiei nele ao contar-lhe meu segredo, e ele fez isso se virar contra mim.

- Você armou tudo isso para me separar da S/N? Qual é o seu problema? – eu queria socar a cara dele.

- O meu problema é você – seu tom de voz soou debochado, e com isso eu não hesitei em ir em sua direção e acerta-lhe um soco em seu queixo.

- PAREM COM ISSO! – Kyungsoo se colocou entre nós dois – Jongin, pára com essa merda agora! – ele me empurrou no sofá. Eu me reergui rapidamente, respirando fundo para manter a calma novamente. Mirei Chanyeol segurando a parte atingida do seu rosto. Ele me encarava com ódio no olhar.

- Eu vou embora dessa casa. – disse e me apressei em sair dali mesmo com os protestos do Soo.

 

 

Jongin POV’S off

 

 

Chanyeol POV’s on

 

 

- Satisfeito? Tá feliz agora? – Kyungsoo me empurrou de leve, mas eu mantive meu semblante impassível – Por que não pára com essa idiotice? Você vai acabar separando o nosso grupo.

- Seu amigo precisa aprender a respeitar os mais velhos. – respondi seco, e o ouvi rir forçosamente.

- Que ridículo! Deixa o Jongin e a S/N em paz! Você não tem nada a ver com a história deles. Se toca! – sentei no sofá e ele ficou ali em pé me observando com aqueles olhos raivosos – Quando você vai admitir o verdadeiro motivo por trás de tudo isso?

Fitei o mais novo que se mantinha firme em minha frente, óbvio que ele havia entendido tudo e se isso aconteceu eu precisava começar a agir.

 

 

 

 


Notas Finais


O natal está chegando! ksksksks estamos atrasadas, mas é que eu não pensei que a fic fosse durar tanto e como ela começou se passando em novembro, eu não tinha como pular essas datas né?

dois pontos para explicar:
Percebam que nos outros hots da fic a S/N nunca foi para a CAMA com algum outro cara, sempre era em lugares bem improváveis. E mesmo com Yunho a personagem só usava a cama para dormir, breve ela comentará isso.
Segundo ponto, Chanyeol continua sendo uma incógnita. A atitude dele não quer dizer que ele seja vilão (ou talvez sim, vai saber ksksksk)

Espero que tenham gostado do capítulo, meninas! Quando eu escrevi estava viajando em pleno carnaval, e com muita inspiração (praia é um ótimo lugar para escrever, acreditem). Devo demorar um pouco para aparecer e desde já peço desculpas, mas eu prometo que semana que vem estarei de volta com muitos tiros (talvez bombas) KKKKKKKK
Beijinhos, até mais!


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