Genos, o herói Classe S que no momento ocupava o rank 14, considerado um dos mais fortes heróis. O ciborgue, mesmo que estivesse sempre de cara fechada, usava a mesma para esconder o que sentia. Ultimamente, vinha sentindo uns sentimentos em relação ao seu mestre, esse que se chamava Saitama, o herói mais forte na opinião de Genos. Sabia que o que sentia não era apenas admiração, era algo a mais, mas não tinha e nem iria ter coragem de contar para Saitama, pois tinha medo de ser rejeitado. Contar para Saitama, aquilo sim seria a luta mais difícil que iria ter.
Enquanto lavava a louça, o seu mestre se encontrava na sala deitado no chão enquanto jogava algo, e enquanto isso, Genos continuava a pensar sobre o que iria fazer. E se, talvez, deixasse esses sentimentos de lado, e assim eles iriam desaparecendo devagar? É, poderia fazer isso. O jovem ciborgue não entendia o motivo daqueles sentimentos, nem ao menos era um humano, não mais.
Perdido em meio às suas mais novas paranoias, não notou quando seu mestre se aproximou e ficou ao seu lado, o olhando lavar a louça em um modo totalmente automático, passando a esponja com sabão várias vezes no mesmo prato.
-Genos? -Saitama chamou, notando o outro não responder. -Sabe, você meio que está desperdiçando água.
-Ah, sim. Me desculpe, mestre. -Lavou direito o prato e o colocou no lado, desligando a torneira logo em seguida.
-O que está acontecendo? Ultimamente você anda muito distraído. Ontem eu fui ao banheiro e o chão estava só água com sabão, tinha a cesta de roupa suja em cima do sofá e hoje não mudou muita coisa, lavando o mesmo prato por vários minutos. Deu algum problema no seu sistema? -Saitama começou a olhar Genos mais de perto.
-Eu estou bem, mestre, não precisa se preocupar. -Genos respondeu, notando Saitama fazer uma expressão duvidosa e olhar para cima de sua cabeça.
-Aham, mas por que está saindo fumaça da sua cabeça? Eu realmente acho que você está com algum problema, é melhor pedir para que vejam isso. -Saitama sugeriu.
-Sim, eu irei agora mesmo resolver esse problema. -Tirou o avental, o dobrou e colocou em cima da bancada. -Se me der licença, estou indo. -Genos saiu rapidamente.
-Estranho, Genos anda meio diferente do habitual, mas não sei o que é. -Saitama deu de ombros. -Tanto faz, acho que não deve ser nada de muito importante.
E Genos realmente foi ver se tinha algum problema consigo, mas como esperado, não era nada. Voltou para a casa de Saitama, agradeceu pelo mesmo já está dormindo, assim não teria que o encarar tão cedo. Para evitar esses transtornos, resolveu começar a evitar Saitama, todas as vezes que ele chegava no mesmo lugar em que Genos estava, o ciborgue saía, depois de acabar com algum monstro, se Saitama estivesse perto, Genos não tinha coragem de olhar para ele. O jovem ciborgue achava que Saitama não estava desconfiado de nada, só que ele estava bem errado.
Saitama já se encontrava furioso pelo fato do outro estar lhe evitando, não entendia o motivo daquilo tudo, antes o ciborgue ficava em casa praticamente o tempo todo, mas agora ele saia até mesmo quando não tinha nenhum monstro para enfrentar. Certo, Genos era livre para fazer o que bem entendia, mas a mudança de comportamento de uma hora para a outra foi completamente repentina.
Com isso, Saitama passou a observar Genos mais de perto, quando o ciborgue ia lavar louça, Saitama ficava o olhando pela janela que tinha ali, mesmo que Genos sempre evitasse contato visual, começou a o acompanhar em cada missão e todas as vezes que Genos saia, ia atrás deles, as vezes era até sem o consentimento do ciborgue. Genos, sabendo bem o que seu mestre estava fazendo, tentava ao máximo fugir, só que o outro sempre o achava. Aquilo estava enlouquecendo ambos, Saitama querendo saber o que estava acontecendo e Genos com medo de contar.
-Genos, me diga logo o que está acontecendo. -Saitama resolveu perguntar.
Genos estava sentado no chão da sala, com a mesinha a sua frente, anotando algumas coisas em seu caderninho, até que Saitama se sentou na frente do mesmo.
-Não está acontecendo nada, mestre. -Genos falou, ainda sem olhar para o outro.
-Olhe nos meus olhos e diga isso. -Saitama se apoiou mais na mesa, se aproximando de Genos. Mesmo relutando, o ciborgue levantou o olhar e falou.
-Não está acontecendo nada, mestre. -Falou sem dificuldade, notando logo em seguida Saitama se afastar, apoiar o rosto na mão e sorrir.
-Qual é desse novo sistema? Suas bochechas estão vermelhas. -Saitama falou, se divertindo com a situação. Mas logo notou o outro voltar a abaixar a cabeça. -Realmente deve ter algo bem errado. Eu, como seu mestre, não deveria saber para tentar lhe ajudar?
-Acho melhor que não, isso não é um problema que você tenha que se incomodar. -Genos voltou a escrever.
-Isso está me incomodando, não é do seu habitual agir assim. -Saitama deitou o rosto na mesa.
-Mestre, não quero lhe preocupar, mas esse é um assunto meio difícil de ser discutido. -Genos explicou.
-O que? Por acaso você gosta de mim e por isso está com vergonha de dizer? -Falou na brincadeira, rindo logo em seguida, mas quando olhou para o jeito que Genos estava, voltou a ficar sério. O ciborgue tinha parado de escrever e olhava para o caderno nervoso. -Ih rapaz, parece que eu acertei. Tá falando sério?
-Ah, n-não. Está equivocado! -Genos tentou negar.
-É mesmo? Não achei a sua resposta muito convincente. Seguinte, eu não curto muito os homens não, mas eu posso tentar. -Saitama falou despreocupado, notando Genos lhe olhar com esperança. -Eu disse que podemos tentar, quem sabe.
-Está falando sério? Eu jurava que iria ser rejeitado. -Genos sorriu.
-Isso é por causa do que eu falei antes? Ah, esqueça isso. -Balançou a mão. -Eu já meio que desconfiava um pouco de você. Mas não esqueça, eu disse que podemos tentar, não sou tão fácil assim.
-Obrigado, mestre! -Sorriu ainda mais, mostrando o quanto estava satisfeito.
-Então, tudo aquilo de me ignorar foi por esse motivo? Não era mais fácil chegar e falar? -Saitama voltou a perguntar.
-Como eu disse, tinha medo de ser rejeitado. Você é uma pessoa muito importante para mim, não sei o que aconteceria se eu tivesse que me afastar por um motivo besta. -Genos falou sincero.
-Sabe, gosta de alguém, não é algo bobo. Existe sim uma diferença entre os sentimentos, mas quando você sabe que aquilo é realmente verdadeiro, sente medo de contar, e quando a coragem aparece e você finalmente conta para aquele alguém, uma simples palavra pode te machucar, e muito. -Saitama voltou a olhar com aquela cara de besta para Genos. -Mas então, o que vai ser?
-Isso… é uma boa pergunta. -Genos ficou meio decepcionado.
-Nunca saiu com ninguém, né? É assim mesmo. Faça eu me apaixonar por você, acho que me chamar para sair já seria um bom começo. -Saitama sugeriu. -Estou livre todos os dias, escolha um para sairmos.
-Sim, mestre! Irei fazer isso! -Genos concordou empolgado.
-Vamos começar com você parando de me chamar de Mestre. -Saitama apontou para Genos, notando o mesmo assentir.
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