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História Pokécoffee - Interativa - Histórias e Discussões, de Novo! - Festa do pijama - Parte 2 - História escrita por Xukulate - Spirit Fanfics e Histórias
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História Pokécoffee - Interativa - Histórias e Discussões, de Novo! - Festa do pijama - Parte 2


Escrita por: Xukulate

Notas do Autor


YAY, FINALMENTE SAIU ESSA BAGAÇA. Desculpa se o desenho não ficou tão bom quanto o outro, e esse demorou pq eu estraguei o Zero e tive que refazer ele, sem falar que perdi o final umas 3 vezes e isso me frustrou ;-;

Edit: PQ Q A QUALIDADE TÁ TÃO RUIM VSF, ALGUÉM ME DÁ PIXELS 😭

A referência da história do Kaito eu nem vou explicar, tampouco da Lili. Agora, a do Zero, tu tem que lembrar de uma certa época de certas músicas cantadas por uma mina de cabelo azul e longas marias chiquinhas... (AHEM Hatsune Miku AHEM AHEM). A referência da história dele, é de uma música chamada "Fear Garden". Peguei até cenários dessa poha de música pra fazer o pessoal morrendo kkkkkkk-

Enfim, espero que gostem! Tem certas revelações da Avila por ele e uma pequena briguinha um pouco "séria".

• Boa leitura!

Capítulo 21 - Histórias e Discussões, de Novo! - Festa do pijama - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Pokécoffee - Interativa - Histórias e Discussões, de Novo! - Festa do pijama - Parte 2

É a minha vez de escolher agora! Aura Erisen, a Lucario que odeia vocês, morram — foi mal, tô de TPM. Não vou falar muita coisa sobre minha introdução, apenas citarei que, após Lilian criar a história da Vivi — a qual estava recebendo apoio do Zero por conta do AVC que ela teve, era a minha vez de caminhar até a caixinha e tirar o nome do indivíduo que vai sofrer nas minhas patas. E eu saí com...

O Kaito.

Eu não troco muito papo com ele, por conta dele ser meio tímido e introvertido, além de ser mais na dele. Mas se tem uma coisa, que não me segurei em sorrir de maneira diabólica enquanto fitava seus olhos, foi o fato dele ter um laço com a Serene. 

Essa viada vai se ARREPENDER por quase criar um hentai meu com o Sota — E-Eu nem sou mais amiga dele... Quero dizer... Faz tanto tempo... Sinto falta dele.

— Kaito, Kaito~ — Falei cantarolando — Tenho uma surpresinha pra você, ou melhor, vocês.

***

Kaito tinha uma vida muito desgraçada. Quando seu pai morreu, ele passou a morar com a madrasta e a meia-irmã, as quais eram a Soraya e a Cosmo. O pobre Greninja não tinha descanso, passava a vida inteira lavando roupa, esfregando o chão, lavando a louça, preparando jantar, penteando os pêlos de suas mestras feiosas, e tudo qualquer disgrama possível.

Um dia, o rei de seu estado tinha feito um convite para um baile. E Kaito, obviamente queria ir pra ter um mínimo de paz. Ele vestiu o único terno que tinha em seu armário: De tecido fino, coloração rosa e uma elegante gravata borboleta. Era bonito! Mas quando desceu as escadas e se deu de cara com a Loputa e Gardetrouxa...

— EWWWW — Fizeram cara de nojo ao mesmo tempo.

— O-O que foi?? — O sapinho falou confuso, e logo, foi correspondido por um tapa na cara das duas.

— QUE ROUPA NOJENTA! ROSA É COR DE MULHER! — Soraya rasgou as mangas do terno com um bounce.

— VOCÊ É GAY POR ACASO?? EU ODEIO GAY!! — Cosmo fez o mesmo, destroçando toda a sua roupa bela com um play rough.

Após baterem no coitadinho e cuspirem no mesmo, ambas sairam da casa rindo e o deixando ali. Kaito se levantou chorando, e foi fazer drama no banco da pracinha da esquina.

— Odeio essas putas, odeio, odeio!! — Chorava — Arceus, por favor, me ajude... — Assim que falou, logo a ficha caiu — Se bem que eu sou ateu, então nem adiant-

BOOM! Em uma explosão, o Arceus tinha aparecido ali. Só que ele estava... Diferente. O Arceus estava com uma asa de fada, maquiagem retocada, batom rosa, seus cascos estavam com glitter, e o "cabelo" dele parecia o da Ariana Grande.

— Oxi, que caraio é isso? — Kaito falou, olhando pro bicho em sua frente.

— Sou sua fada madrinha — Falou com uma voz grossa, mas logo se auto-corrigiu — Quero dizer, sou a mãe da sua fada madrinha. Só apareci pra dar carona pra ela.

Em uma outra explosão, uma elegante Sylveon havia surgido ao lado de Kaito dentro de uma limusine. Era Lilian, a fada dos desejos dos pokémons que se fodem a vida toda.

— Oh, pobre anjo... Eu posso transformar sua vida em uma completa chuva de riquezas! Só me traga um rato e um pequeno e simples tecido branco.

Kaito fez isso, sequestrando o safado do Den e pedindo o tal tecido para seus velhos amigos: Zero e Aura. Após tudo isso, Lilian balançou uma varinha mágica, e com um fairy wind, tudo mudou em um passe de mágica! O rato safado virou uma gravata borboleta e o tecido lhe presenteou com um belo casaco e fivela. Agradecendo os dois, o Arceus e a Lilian mandam o Kaito pro castelo através da limusine e evaporaram. 

Chegando lá, ele se dá de cara com o rei em seu altar, o qual se nomeava de Avila. Ele encarava tudo e todos com um olhar sádico, pois estava se deliciando com uma execução pública de uma fada. Por sorte, o Greninja não era da tipagem fada, então não teria problemas.

E no meio de tanto caos, ao lado do rei, um príncipe havia batido seus olhos de encontro com os de Kaito. Naquele breve e rápido momento, ambos... Se apaixonaram à primeira vista. O príncipe era um Braixen, baixinho, batendo na cintura do Greninja.

— Qual o seu nome, vossa maravilha azulada? — Falou cringemente.

— Kaito.

— Me chamo Sereno. Podemos ter uma noite agitada, caso você quiser... — O pequeno príncipe olhava safado para Kaito, o qual retribuiu com as bochechas completamente vermelhas. 

Obviamente ele aceitou, não é todo dia que temos a chance de molhar o biscoito.

Eles foram para o quarto. O pequeno Braixen se encontrava por cima do corpo do maior, rolando seus olhos lentamente para cada parte do corpo do Greninja. Suas patas deslizaram-se pelo seu corpo, passeando pelo seu pescoço e parando em suas bochechas, exercendo um breve carinho por ali.

— Você é tão fofo e tão tímido... — Falou. E logo, o beijou de maneira feroz, sedento por sugar cada parte de seu corpo. Suas patas apertaram suas coxas, puxando seu corpo mais perto do seu — Mas será que continuará assim?

— S-Sereno~ — Murmurou, e logo ficou de joelhos em sua frente, pronto para mamar seu gross-

***

— PARAAAAAAA!!! — Serena gritou, estrovando a minha história — Chega, Aura! Já basta!

— Para de ser estraga prazeres, o Kaito tá adorando! Hueheuheuehe! — Ri, olhando para o Greninja e... Meu Arceus, tadinho dele. Ele cobria sua face com um travesseiro de tanta vergonha. Acho que peguei pesado — Você fez a mesma coisa. Não gostou não?

— E-Eu fiz, mas não foi tão longe! — Rebateu hipócritamente. Eu apenas ria mais e mais.

— Que história estranha... Mas curti — Zero falava.

Lilian estava com as bochechas levemente vermelhas, mas com certeza que estava adorando, embora ela provavelmente iria me chamar de pervertida assim como fez com a Serene. E a Avila... Queria mais. Essas brotheragens dela são sus.

Como eu sou filha da puta, resolvi provocar:

— Eae, Kai? Quer ouvir mais ou não? — Serene o olhou de maneira nervosa, rezando para ele negar.

— N-Não, já basta. Foi uma ótima história — E essa puta conseguiu, toma no cu. Cruzei meus braços emburrada. Pelo menos ele gostou, o que faz minhas deduções dele ser um taradão serem certas! Ninguém é santinho aqui~

— A sua foi bem mais grande que as outras. Mas tá, esquecendo isso, é a minha vez! — Zero dizia animado. O mesmo pulou na rodinha e levou suas patas na caixinha, pronto parar tirar o nome do indivíduo. Se bem que é bem provável que ele caia com a Lilian, já que ela é a única que não foi a prota de nenhuma fica agora, e é bem provável que o Kaito caia com o... — Caí com a Lilian — Isso! Minhas deduções estão certas!


Troca de pov • Zero


Tá, uma história da Lilian. Não faço a menor ideia do que criar, pois eu jurava que ia cair com o Kaito, ou até comigo mesmo. Não tenho criatividade para criar algo cômico, tampouco algo improvisado e na hora, sempre demoro bastante tempo para criar algo perfeito, afinal, sou o melhor de uma certa escola.

Vejamos: Lilian é minha amiga, e parece ter se tornado a de Serene também e, principalmente, a de Lanny... Hmmm... Oh, sei o que vou fazer. Lembrei de um anime esquizito envolvendo telefones, diários do futuro, ultra-beasts e uma yandere Clefairy doidona por um Furret. Era legal? Até, ao mesmo tempo que dava raiva. Enfim, o ponto que quero chegar é...

Transformar a Lilian numa yandere.

— Se você criar uma história minha, namorando essa coisa feia — Apontou para a Zoroark, a qual começou a gritar abafada e espernear de raiva, pois Serene tampou sua boca e a lhe segurou — Eu te mato!

— Oh, não se preocupe. Você não vai namorar ele — Ri — Bom, a história começa na acadêmia de Gewalts, em um belo e seco dia para uma certa Eeveelution...

***

A manhã havia acabado de se iniciar. Lilian, a eevee que não continha nenhum tipo de sentimento se alastrando pelo seu interior, caminhava pelos corredores com uma feição neutra. Se perguntava por quê era assim, por quê não sentia nada além de mínimas coisas — como a pena e a confusão — e por que tudo era tão... Cinza. Era como se um buraco estivesse em seu peito, sugando mais e mais de si.

No meio da melancolia, ela acabou se esbarrando com alguém. Quando seus olhos foram levados de encontro com o indivíduo, ela... Sentiu algo novo, sentiu os sentimentos crescer dentro de si, sentiu... Seu mundo se tornando colorido. Lilian havia se apaixonado, e havia sido justo pela garota mais doce que tantos falavam: Lanny. Por conta do amor, ela evoluiu para uma Sylveon.

Lilian pensou em segui-la assim que ela se desculpou e se afastou, mas quando se deparou com a mesma, levando esporro e gritos de uma Lopunny, além de empurros e tapas. Ela sentiu raiva, ódio e rancor. Como ela ousava gritar com sua amada? Como ela ousava machucá-la? Como ela… OUSAVA a tirar seu raio de sol de si!??

Não pensou duas vezes em seguir a coelha quando ela se afastou. Lilian havia apanhado um bastão de baseball, fazendo questão de o arrastar pelo chão em uma tentativa de chamar aua atenção, e conseguiu.

— Hm? — A Lopunny a olhou com uma sobrancelha arqueada — O que você qu-

PÁ! Só uma na cabeça dela. Lilian sorriu, e rapidamente, a levou para a casa com um fairy wind em um passe de mágica. Quando a Lopunny estava acordando, se deparou com um cômodo cinza, escuro e abafado. A mesma estava em uma cadeira, com as mãos e pés amarrados.

— O-Onde eu estou?? — Perguntou confusa

— Oh, não se preocupe queridinha~ — A voz de Lilian soou no meio das sombras, e quando ela apareceu, estava com um alicate em seus laços — Você adora pisar nos outros como se fossem vermes, né?

— N-Não, da onde você tirou isso?? E-Eu não faço isso — Sim, ela fazia. E com um sorriso maníaco, a Sylveon caminhava lentamente em sua direção — O q-que você vai fazer? P-Por favor, não me machuque, eu quero ir embora!! ALGUÉM ME AJUDA!!!

— Gritar não vai adiantar nada, ninguém liga pra você, fuhuhuhuhuhu~

Lilian havia torturado a pokémon. Com o alicate, arrancou seus dentes um por um, comentando e rindo de seu estado. Fez o mesmo com suas unhas, das mãos e dos pés, e quando se cansou, a incendiou viva na cadeira.

Pronto, agora ninguém ia roubar e machucar sua Oricorio mais. Ou será que não?

No dia seguinte, ela viu Aura, uma Lucario forte e conhecida da academia, obrigando ela a lavar seus pratos de comida, senão, iria a moer na pohada. Lilian ficou zangada, e obviamente foi acabar com esse parasita também.

Acabou com um... Dois... Três... Quatro... Cinco... Todos que estavam machucando seu amor. Havia esfaqueado Aura na cozinha; Estrangulado Avila com as cordas de uma guitarra no clube de música; Enforcado Kaito com sua própria língua no meio da madrugada; Afogando Serene na piscina da quadra e enterrado Zero vivo no jardim da escola — Sim, eu me matei na minha própria história, tenho um certo probleminha.

Quando finalmente achou que tudo estava perfeito, ela foi confessar seu amor para Lanny, a qual estava indo para casa no meio da noite, ela apareceu em sua tras.

— Lan — A voz de Lilian soou, chamando a atenção da Oricorio. Por estar de noite e, certas aves não enxergarem muito bem, a silhueta de Lilian estava preta.

— Oh, Lilian! É você? — Foi correspondida por um "uhum" — Não imaginava que estivesse aqui, o que está... Uhhh... Fazendo aqui?

Silêncio. Nada havia sido respondido de volta além de uma risada baixa, claramente deixando a Oricorio confusa. A risada se intensificava, ficando mais alta, longa e louca.

— Eu vim te confessar meu amor!!! — Quando Lilian aproximou-se, sua silhueta ganhou cor, revelando uma Sylveon com o corpo inteiro cheio de sangue. Em sua pata, a cabeça de uma Gardevoir se encontrava ali. Lanny recuou para trás, com os olhos arregalados e horrorizada com a cena.

— M-Mas o quê é isso!?? — Proferiu alto — Puta que pariu, isso só pode ser uma pegadinha do Sylveon Santos.

— Oh, não é pegadinha, minha querida~ — Começou a caminhar em voltas de si — Desde a primeira vez que bati meus olhos em você, você coloriu o meu mundo! Coloriu a minha vida! Você me deu a razão de viver, Lanny. Você… Eu… Eu te amo muito! — A Oricorio não sabia como reagir na situação, muito menos o que fazer. Estava de frente com uma psicopata maníaca, ensanguentada e capaz de cometer assassinato.

— Lilian, olha a merda que você fez! Você acha mesmo que eu vou ficar com você? VOCÊ MATOU ALGUÉM! — Gritou, a sua fala fez a Sylveon abaixar as orelhas e se encolher.

— E-Eu fiz isso por você, eu... Tirei todos os problemas da sua vida! A Soraya, a Aura, a Serene...

— Eu não me importo com a vaca da Soraya mesmo. Mas... A Aura... A Serene... Os meus amigos... — Começou a chorar, encarando o chão. E quando olhou de volta, fitando no fundo dos olhos da outra, disse com maior vontade — EU TE ODEIO! VOCÊ É UM MONSTRO! EU NÃO QUERO FICAR COM UMA MANÍACA IGUAL A VOCÊ!

Silêncio. Lilian tentava raciocinar o que seu amor havia falado. Ela a odiava... A temia... Mas mesmo assim, resultou em fazê-la rir novamente, alto e longo.

— Oh, que fofo — Conforme caminhava, a Oricorio se afastava — Não se irrite atoa, meu amor. Pois... — De repente, ela havia colado seu corpo contra o de Lanny, lhe prendendo na parede. Ambas fizeram um breve contato, e antes que a Oricorio pudesse reagir, gritou de dor: Lilian havia fincado uma faca em seu coração — Se eu não posso te ter, ninguém poderá então. Sonhe eternamente comigo, pequena~

***

— Cabô — Todos me olhavam perplexos, principalmente Lilian.

— Caramba, cê me pegou de supresa — Aura dizia com os olhos arregalados — E tu não passa de um fuyuri, Zero!! Tu puxou sua mãe!! — Corei com a fala brincalhona de Aura, pois era verdade… Eu adoro yuri, mas não sou ao ponto igual o da minha mãe com os yaoi.

— Essa sim seria uma Lilian que eu gostaria que fosse! Sem ser essa coisa chata do quinto dos infernos — O Zoroark encarou mortalmente a Sylveon, ambos grunhindo de raiva e se segurando para não caírem na pohada.

— É a sua vez, Kai! — Serene dizia, e o Greninja ficou estático por alguns segundos até se levantar e ir ao meio. O único que havia sobrado para ser prota de alguma fic, era eu.


Troca de pov • Kaito


Okay, uma história envolvendo o Zero? Minha nossa, nada me vem à cabeça. Todas as histórias foram tão aleatórias e boas, improvisamento na escrita nunca foi o meu caso, se fosse algo envolvendo música, eu com certeza arranjaria algo.

Eu acabei de conhecer ele, não tivemos muito contato além de um breve cumprimento até agora e, quando estávamos na cozinha preparando as comidas. Mas sei que ele gosta de jardim e flores, e me parece ser um grande ponto forte. Pensei, fiquei um bom tempo pensativo na rodinha entre amigos, e os olhares de cada um estão me deixando aflito!!

Vejamos... Música... Histórias... Jardim... Amigos... Já sei!! Talvez ela seja bem estranha e aleatória, mas é baseada em uma música que, um de meus "colegas" do orfanato me mostraram uma vez. Pigarreando, eu profiro:

— A história, assim como a do Zero, se trata de mais um maníaco! Mas dessa vez, não é só por uma pessoa ou uma coisa…

***

Na cidadezinha de Hau'Oli, Zero se encontrava em seu quintal com um belo e radiante sorriso estampado em seu rosto. Estava cutucando violentamente o solo, o qual repousavam muitos vasos de plantas por ali e aqui. A lua brilhava em um tom belo e amarelo, dando um belo brilho ao seu belo e magnífico, jardim de mãos.

Sim, mãos. Variadas de unhas pintadas de azul, amarelo, laranja, arco-íris, ou até mesmo sem nada! Zero cortava e arrancava as mãos dos pokémons que julgavam serem belas, plantando-as em seu jardim e criando uma assustadora cultivação de mãos. O Zeraora era conhecido como…

O tarado das mãos.

— Tão sereno, tão bonito~ — O felino dizia, observando maníacamente o seu jardim — Não há uma que seja igual a outra, tantas formas e texturas diferentes~

Quando Zero foi a escola, se deparou com o grupo de seus amigos, o qual era composto por: Serene, a Braixen fofa do grupo; Lanny, a Oricorio pom-pom tagarela; Avila, o Zoroark emo; Aura, a Lucario valente; Lilian, a Sylveon artista; Kaito, o Greninja gostoso — foi mau, autoestima subiu — E Wela, o Torracat melhor amigo do Zero. E naquele dia, o mesmo estava decidido: Aquelas mãos de cada um seriam as mais belas que iria cultivar em sua vida. Sete amigos, sete dias, uma semana para cada mão ser cultivada.

— Z-Zero!? O q-que você está fazendo!??

A Braixen gritou horrorizada, com as pupilas dilatadas em completo horror, o Zeraora havia fincado uma faca no cotovelo da pequena. Oh, que sortuda ela é, foi a primeira amiga na lista em ser a primeira coleção alcançada com sucesso. As garras brancas de Serene eram suas agora.

*Snif* E-Eu quero ir embora!!

A Oricorio chorava com a asa e a perna sangrando, enquanto tentava abrir a porta da escola pateticamente. Zero trancou a amiga na biblioteca, no escuro, sem nenhum pingo de luz ou uma alma viva por ali. As penas amarelas e fofas de Lanny também eram suas agora, levando o Zeraora sorrir.

— AI MEU OLHO, DISGRAÇAAAAAA!

No terceiro dia, no terraço da escola, Zero havia esfaqueado os olhos de Avila primeiramente. O Zoroark não quis cooperar em lhe ajudar em sua doce coleção, então, usar uma segunda técnica era uma opção. As garras vermelhas foram conquistadas como o esperado.

— Z-Zero, para!! E-Eu sou... A sua... ami... ga...

A voz da Lucario falhava aos poucos conforme Zero lhe asfixiava. Aura também não quis cooperar, deixando o Zeraora sem opção novamente. As mãos da Lucario eram com certeza as mais macias e fortes, com garras metálicas tão brilhantes quanto um diamante.

— Hm? Zero? O que foi?

A Sylveon questionou confusa o amigo no quinto dia, tirando sua atenção de um belo quadro em sua frente. O felino lhe encarava com um sorriso puro e inocente, com um machado em suas patas, pronto para conquistar mais uma bela semente. As mãos de Lilian continham um belo toque delicado, com unhas rosadas e pintadas em francesinhas.

— Kaitoooo~ Cadê você?~

O amarelado cantarolou o nome do greninja, com uma katana em suas patas. Havia acertado o amigo em cheio, todavia, ele fugiu. Mas por conta do rastro de sangue, Zero conseguiu lhe alcançar a tempo em um beco sem saída. Eram mãos diferenciadas, mas sem sombra de dúvidas vão estar em sua estranha coleção.

— Z-Zero... Por quê...?

Foi a última coisa que Wela havia dito no sétimo e, último dia, além da última imagem do Zeraora sorrindo com um de seus braços em suas patas e um doce sorriso. As mãos quentes de Wela eram suas agora também, fechando sua coleção com chave de ouro.

Seu jardim estava completo agora, pois seus amigos o ajudaram a construí-lo e criar a melhor experiência de plantações de mãos.

Afinal, amigos são para isso~

***

— Acabou! — Sorri. Se na história do Zero todos o olharam perplexo, imaginem na minha — O-O que foi, gente? Fui criativo demais? — Perguntei com vergonha, arrancando algumas risadas de cada um.

— Criativo é pouco, tu pegou metade das ervas dos Sprigatito! — Aura dizia.

— Eu entendi a referência! Já vi esse video quando eu era pequena — Serene dizia, o que me fez ficar animado por ela conseguir captar a inspiração — Ah, boas e traumáticas épocas…

— Eu nunca vi, como é? — Zero havia questionado em um tom curioso.

Ficamos batendo um bom papo após isso, navegando pela pokenet, mostrando o vídeo da minha referência pro Zero, e se conhecendo mais — Ah, a gente segurava Avila e Lilian uma hora ou outra, essas duas não param de se farpar nem um segundo… Acho a briga das duas ridícula. O mesmo tempo que, na hora das farpas, uma hora ou outra conseguiam arrancar um sorriso meu de tão criativa e engraçada que foi.

É meio aleatório isso, mas... Vejo a gente como uma família divertida... E isso me deixa bastante feliz.

Lilian havia sugerido em assistirmos um filme, e todos nós concordamos positivamente, então descemos as escadas e fomos para a sala de estar. O problema, era a parte de decidir algum. Aura queria assistir um filme de anime; Zero estava mais para o lado faroeste e ação; Avila obviamente queria o de terror; Lilian insistia em um de romance dramático; Serene queria um de comédia; E eu... Tanto faz, contanto que tenha uma boa trilha sonora e seja bem feito.

Lilian havia feito uma votação, colocando todas as categorias pedidas dentro da mesma caixinha dos nossos nomes. Deu uma boa sacudida, levou suas fitas ali dentro, e tirou o papel que iria decidir. Quando retirou o papel, vi a mesma exercendo uma expressão desapontada.

— Terror... — A fala da Eeveelution fez Avila comemorar alto — Que droga.

— Está com medinho? — O Zoroark a provocou, vi Serene lhe dando uma cotovelada para fechar a boca.

— Não estou com medo — Sua voz soou levemente irritada, e logo caminhou com o nariz empinado e os olhos fechados para longe. Lilian havia apanhado o primeiro filme que havia visto na frente, sem se importar se era bom ou não, e jogou na TV.

Eu e Serene nos acomodamos um ao lado do outro, Zero ficou ao lado de Lilian com a goiabada nas patas que havia feito, Aura e Avila resolveram se sentar no carpete que estava no chão, seja pelo espaço no sofá ter acabado ou por conta de uma certa alguém não querer sentar no mesmo sofá que uma fada…

O filme que estava sendo transmitido na TV, se chamava EEeEE — sim, é esse o nome: Cheio de "e" maiúsculo e com um único minúsculo no meio. Se trata de uma lenda urbana, a qual conta a história de um Eevee que continha ayvolve — uma síndrome que impede os pokémons de evoluírem para suas devidas formas. 

Eu nunca conversei com alguém que possui essa síndrome, mas imagino o quão complicado deve ser suas vidas — e então, por conta da inveja, ódio e seus problemas mentais, o Eevee acaba assassinando brutalmente uma Espeon shiny, arrancando suas orelhas, cauda e a pedrinha em sua testa enquanto ela estava viva. Ele as costurou em si mesmo, pois em sua cabeça, ele estava evoluído. 

Isso é... Bizarro. O motivo desse filme dar um certo medo, é por saber que ele foi baseado em fatos reais e isso aconteceu na realidade. Olhei para Serene, e a vi esboçar uma feição de tédio enquanto fitava o filme em sua frente. O assassino podia estar ali, matando, esfaqueando, torturando, que ela permanecia sua feição do mesmo jeito.

O que está achando? — Sussurrei, arrancando sua atenção.

Um pouco chatinho — Sussurrou de volta — Mas tem partes interessantes... Já teve gente na rua que achou que eu tinha ayvolve, o que é um pouco burro, já que quem tem isso, não evolui nem pra segunda forma — Riu baixo. Sua fala contínua me fez ficar curioso sobre sua evolução.

Você pretende evoluir? — A vi balançando a cabeça negativamente.

Normalmente, os pokémons que tem três formas, é necessário amadurecer para isso acontecer... Eu não sou madura.

Pra mim você... É... — Voltamos a ficar em silêncio. Para desviar e não ficarmos com o clima meio ruim, eu puxei um assunto — Ei, quer que eu te ensinasse alguns ataques?

Obrigada Kaito, mas eu não quero. Já estou satisfeita com os mínimos truques que sei — Eu sabia que ela não aceitaria. Não sou aquele cara que insiste, mas resolvi continuar:

Nem se eu te ensinasse um que seria supere efetivo nos Oricorios que te atormentam? — Eu sabia do ódio que ela tinha contra esses pássaros por conta da fofoqueira da Aura. A vi arregalar os olhos e abrir a boca, mas nenhum som havia saído pela surpresa por eu saber disso. Serene fechou os olhos e franziu o cenho.

N-Nem por isso.

E se no final delas, eu fizer um suco de limão... Bolo de abacaxi... Pipoca caramelizada... — Sim, usei a mesma tática que Aura usou naquele dia. Serene abaixou as orelhas e virou a cara.

I-Isso não vale...! — Me segurei para não rir de sua fala. Minha mão foi levada de encontro a sua cabeça, fazendo um breve carinho ali.

Vamos, você me ajudou com tanta coisa. Preciso te retribuir em algo que não seja cozinhar ou só ficar ao seu lado.

Mas isso já é o bastante… Ah não ser… — Seu tom de voz teve uma mudança repentina em sua última frase, assim como um sorriso provocador se formando em seus lábios — Que você me toque.

C-Como assim? — Arregalei os olhos, um pouco envergonhado pelo seu pedido. Às vezes me esqueço que Serene não é um anjo por completo…

Depois falamos disso. Estamos em público~ — Como se ela se importasse com isso horas atrás.

Me deixando na curiosidade, voltamos a focar no filme. Às vezes, Avila e Aura davam uns gritos de ódio, taxando as vítimas do EEeEE de burras e idiotas. Zero já havia caído no sono a um bom tempo, faltava pouco para o mesmo começar a roncar. Lilian, pelo contrário, estava vidrada no Instamon, tirando fotos dela com a Avila de costa com legendas cheia de farpas.

A chuva lá fora se intensificou drasticamente, se ela não tivesse feito isso, eu nem me tocaria mais que estava chovendo. QQuandochegou em uma parte boa que, estranhamente havia conseguido captar a minha atenção...

A energia acabou.

— NÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!! — O grito da Avila assustou todos, inclusive acordou Zero em um pulo super alto. O felino usou um bounce, cara — Poha, justo quando esses putos tavam sendo inteligentes!!

— C-Céus, para de ser escandalosa! — Lilian proferiu irritada, ligando o flash de seu celular e iluminando a sala imediatamente. Percebi que suas orelhas estavam abaixadas e seu semblante estava nervoso. Acho que, só acho, que ela tem medo de escuro.

— Escandalosa o caralho, aqueles burros só sabiam se jogar nos braços do capeta — Cruzou os braços.

— Vivi, todo "inocente" nesses filmes são assim — Serene dizia — Se eles fossem inteligentes, o filme acabava nos primeiros segundos.

— Sere, o maluco era a POHA de um Houndom. Era só fazer um churrasco dessa raposa desgracenta logo com um flamethrower, puta que pariu. Até uma ameba é mais inteligente.

Avila e Serene ficaram discutindo sobre quem era mais burro e quem era mais inteligente ali. Eu, Aura e Zero fomos pegar cobertores e travesseiros para a sala de estar. A queda de energia conseguiu trazer um grande frio para dentro da casa, e aquela chuva não estava ajudando muito.

Lilian não saía de perto do celular, e a maneira que a mesma correspondia, abaixando as orelhas com qualquer mínimo barulho e abraçando sua última e única fonte de energia — o celular —, me fazia ter certeza que a mesma tinha medo sim do escuro. Até aí tudo bem...

Até a Avila tomar o celular dela por pura implicância.

— DEVOLVE!!! — Lilian gritou, tentando apanhar o celular de volta com suas fitas. Mas foi em vão.

— Pfff, nem com essas fitas feias cê consegue pegar! — A Eeveelution não respondeu nada, seu semblante raivoso estava mudando aos poucos para um indescritível — O que foi? Tá com medinho do esc...

Avila parou de falar assim que, inesperadamente, viu Lilian começar a chorar, atraindo a atenção de todos, principalmente a de Zero.

— Lili?? — Serene se aproximou da mesma, preocupada, com Aura ao seu lado.

— Oxi, o quê que tá pegando? — A azulada perguntava o mesmo.

— Avila, o que você fez!? — Zero questionou irritado, a Zoroark se assustou com seu tom de voz, baixando as orelhas.

— Eu não fiz nada! — Zero tomou o celular de Lilian de suas patas de maneira brusca, e devolveu para ela.

— Ah, me poupe! Certeza que você fez algo sim com ela! — O felino insistia em discutir.

— Não! Eu juro que não fiz nada! Tanto que eu prometi pra Aura que não ia bater nela! — Seu tom de voz elevava cada vez mais, seu olhar amarelado foi levado de encontro com a Lucario — A-Aura, você sabe que eu nunca ia quebrar uma promessa, né?

— Eu-

— Para de ficar usando os amiguinhos pra se defender! — Zero cortou a possível fala da Lucario para lhe defender.

— Eu não tô usando ninguém pra me defender não! Se enxerga, Zero — Respondeu na mesma altura.

— Se enxerga? — Riu — Acha que eu esqueci daquele dia que você fez com o Mimikyu? Ou quando arrancou as asas do Cutiefly? — As orelhas da Zoroark baixaram, e a fala de Zero atraiu a atenção de todos, inclusive a minha. Mimikyu? Cutiefly? Como assim? — Descobriu que o Mimi era da tipagem fada, e fez a vida dele um inferno. E o Cutie? Nem vou citar, isso me dá nojo, cara. Seu preconceito com alguém só por causa da tipagem, chega a ser pior que a Soraya e a Cosmo! 

Não me compara com elas... Você não sabe o que aconteceu naquele dia pra eu ter feito aquilo com eles... — Sua voz havia saído como um murmúrio de maneira trêmula, como se ela estivesse se segurando para não chorar na frente de todos.

— G-Gente, por favor, não briguem! — Serene entrou no meio — Esse é um momento que eu esperava tanto, pra gente se conhecer e se ver de novo...

— Eu não acredito no que-

— Tu não é obrigado a acreditar em mim. Só quero esclarecer que não fiz MERDA nenhuma com ela. QUE INFERNO!!!

Não falando mais nada, e terminando a discussão por ali, a Zoroark dá as costas e abre as portas do fundo, saindo dali e a batendo com força. O som dela se chocando foi tão alto, mais tão alto, que uma lâmpada apagada no teto havia caído no chão e se quebrado. Ela provavelmente foi para a área da casa de Lilian.

Cara... Eu não tenho nenhuma opinião sobre essa briga, além de que, foi desnecessária pra caramba, ainda mais vindo de Zero. Mas... Não vou julgar muito, na hora da raiva, ninguém pensa direito, inclusive eu.

O Zeraora suspirou profundamente, ele parecia um pouco arrependido de dizer tais palavras. Lilian se recomponha aos poucos do acontecimento, e explicou que Avila realmente não havia feito "nada demais". Além de, esclarecer que ela tinha traumas e medos sim do escuro por conta de ocorridos no passado que, preferia não dizer. Ainda mais num momento um tanto quanto sensível para si.

— Kai — Ouvi a voz de Serene me chamando — Dá uma olhada na Avila.

— Por quê eu?

— Acho que você e eu somos os únicos que não fizemos nada demais com ela. Quero dizer... Ao menos eu penso assim, já que a Aura não a "defendeu" e o Zero... Bom, não preciso explicar.

Não falando mais nada, resolvo me levantar e ir atrás da Avila. Okay, confesso que estou com medo dela me espancar de raiva, se bem que eu sei me defender e retribuir na mesma altura.

Enfim, saindo dali, me deparo com uma área escura e fria, com uma única fonte de energia em um pilar logo a frente: O celular de Avila. Me escondendo nas sombras, espio sorrateiramente o que estava em sua tela. 

Havia uma Zorua shiny com um casal de Dittos adultos, esboçando radiantes sorrisos para a câmera. Mas... Ao lado, a imagem parecia ter cortado a imagem de alguém, dando apenas para ver orelhas pontudas e grandes, pintadas de amarelo morto.

— O que você quer, hein? — A voz de Avila me assustou, me fazendo sair das sombras e caminhar em sua direção.

— Oi — Me sentei ao seu lado — Eu... Uhh... — Droga, que difícil — Vim ver se você estava bem...

Ela não me respondeu nada, apenas virou a cara para mim e ficou encarando o nada em sua frente. A chuva estava parando aos poucos, deixando a situação mais calma e, de certa forma, aconchegante para mim. Pensei em algo a dizer para ela, mas a minha introvertidade e timidez gritam mais alto, sem falar que sou péssimo em dar conselhos.

— Eu acredito em você — Minha fala captou um pouco de sua atenção — Foi uma discussão besta, não precisava daquilo.

— O Zero era um babaca comigo às vezes — Suspirou profundamente — Mas o tolero, e gosto da amizade. Mesmo não sendo ao nível da Sere e a Aura.

— Te incomoda se eu perguntar o que aconteceu entre você e... O Mimikyu? — Ela não me respondeu nada, me entregando um olhar frio e seco. Quando resolvi dizer para esquecer, ela diz:

— Não pretende fofocar isso para ninguém, certo? Eu mal te conheço, e se eu souber, vou arrancar sua língua a força e fazer chiclete dela — Ri de sua fala.

— Ela é grande, mas guarda lá no fundo cada segredo.

— Acho bom — Sorriu, e logo pigarreou — É que...

***

 ...Tudo começou na época em que, eu havia "acabado" de conhecer Aura e Serene no jardim de infância. Acabado entre àspas, era na época em que a Aura tinha uma certa briguinha com o Zero por motivos desconhecidos. Eu estava feliz por ter arranjado duas amigas incríveis que me aceitavam pelo o que eu era, mesmo tendo diversos defeitos e pelo meu jeito de demonstrar amor. 

Cole, aquele Nidoran disgraçado, era motivo de eu ir para a coordenação todos os dias. Macetava ele na pohada com o grupinho dele, mas sendo sincera, eu batia mais na Soraya. Eu estranhamente gosto de coelhos, huehue. Mas, em questão as fadas... 

Eu sempre tive ódio. Não é só pelo fato delas serem frufrus ou rosas como eu falo tanto, é por questão de... Eu ser sempre pisoteada no orfanato por elas, antes dos meus pais me adotarem. Sério, era um inferno. Todas, TODAS as fadas daquele lugar fizeram tantas coisas horríveis comigo, seja por conta do medo que elas tinham de mim ou por eu ser diferente. Elas vinham em grupinho me atazanar, mas com o tempo, nem um mero grupo conseguia me segurar de quebrar a cara dessas porcas.

Pra mim, todas elas eram iguais. 

Fadas são traiçoeiras, esnobantes, sempre querendo mais e mais, agindo pelo próprio desejo insaciável, te implicando e te usando como lixo descartável... Isso me irrita, e muito. Enfim...

Um dia, quando Serene e Aura não haviam ido à escola por ter ficado ambas doentes, eu fiquei sozinha. E aquilo havia sido uma chance perfeita para o Nidoran e seu grupinho de bosta aprontarem algo comigo, mas não, estranhamente eles não vieram encher o meu saco. 

Eu havia acabado de sair da diretoria mais uma vez, e naquele dia, havia sido desgastante e problemático demais. Não foi por conta do Cole, o que foi uma surpresa. Um Cutiefly havia começado a me julgar por eu ser adotada, se perguntando onde estava minha mãe e meu pai verdadeiros. Nisso, resultou em me fazer ter uma crise, acabei me descontrolando e... Não me lembro de muita coisa. Pelo o que Zero me falava, eu arranquei suas asas como preço. 

Todos tinham medo de mim pelo meu jeito violento, exceto Aura e Serene. Mas naquele dia, nenhuma das duas estavam ali pra me dar o devido apoio. No terraço, eu observava os pokémons com suas devidas famílias indo embora... Eles eram tão... Felizes? Satisfeitos? Não sabia ao certo. Sentia que algo estava faltando em meu peito, e isso me levou a acabar chorando pela primeira vez. 

— Oi — A voz em minha trás havia me assustado, e rapidamente, enxuguei as lágrimas. Com meu jeito rude de sempre, o respondi:

— O que você quer!? — Era um Mimikyu, o qual não respondeu nada e apenas se sentou ao meu lado.

— Te ajudar — Sorriu — Eu vi a sua briga com aquele inseto, mas eu entendi o contexto.

— Vai contar pra todo mundo que eu chorei agora, né? — Ele negou imediatamente — Eu não quero nada com você, ainda mais, com uma fadinha.

Sim, eu sabia que ele era do tipo fada. Zero havia citado que eu não sabia, certo? Mas não se preocupem, logo logo vocês entenderão. 

— Por que não? — Eu não o respondi nada — Eu não tenho medo de uma raposa tão fofa! — Sua fala havia me feito ficar com vergonha e corar — Me chame de Whisper.

— Avila... — Aos poucos, eu voltava ao normal. Não queria conversar com ele, mas esse Mimikyu disgramento continuou tagarelando.

— Você tem quantos anos, Avila?

— Tenho dez... E você?

— Onze. Sou o mais velho da minha sala — Ele riu — Eu gosto de rock, e você?

— EU ADORO!! — Meu grito havia o assustado — Ops, desculpa, hehe!

A gente tinha virado grandes amigos desde então. Chegou a rolar até algo a mais, como beijinhos no rosto e abraços super apertados quando não tinha ninguém em público. Eu nem ligava mais pras provocações do bosta do Cole, e parei de frequentar a diretoria devido a isso, o que fez Zero estranhar bastante. Whisper me fazia ficar melosa de uma forma incrível, ele... Tinha sido a primeira fada que conseguiu me cativar tanto, e a primeira que havia conseguido mudar minha visão sobre elas na época...

E eu me arrependo disso.

Quando Serene e Aura se recuperaram, elas perceberam a minha mudança de comportamento repentino.

— O que está rolando entre você e aquele Mimikyu, Vivi? — A feneco me perguntava curiosa.

— Ele é a coisa mais perfeita do mundo~ — Repondi de forma apaixonada, arrancando uma risada alta e irônica da retardada da Aura.

— Você sabe que ele também é fada, né? — Franzi o cenho com sua fala.

— Não fala dele assim não! Mimikyus são 100% full fantasma!

As duas se entreolharam confusas, e logo riram alto.

— De que fanfic cê tirou isso? — A Riolu dizia.

— Vivi, tudo bem ser amiga dele, mas-

— Seja lá o que estão tentando fazer, não quero saber! — Fiz birra — Vocês só estão com ciúmes por que eu tenho um namorado e vocês não, humph! — Saí de perto delas.

Eu negava até a morte sobre Whisper ser do tipo fada para meus amigos, fazendo transparecer que eu estava iludida por ele ser apenas da tipagem fantasma. Mas lá no fundo, eu sabia que ele era uma, e eu tinha vergonha de ser tachada de hipócrita e virar piada entre minhas amigas...

Eu gostava muito do Whisper, de verdade. Mano, eu gostava tanto, mais tanto, que já havia o apresentado para os meus pais e o considerado da minha família. Tiramos fotos juntos, comemos, passeamos, e fizemos diversas outras coisas!

Mas... Quando eu estava caminhando pelos corredores, eu vi Whisper conversando com o... O Cole e o grupinho dele. Eles estavam rindo e comentando coisas em tons altos, e eu, como curiosa e querendo saber o que meu amor estava fazendo, me escondi nas sombras e levantei minhas orelhas para ouvir a conversa. Se eles estivessem batendo e o implicando, eu iria matar esses putos! Mas não foi isso...

— Aqui está o seu pagamento, Whisper — O Nidoran entregou algumas notas para o Mimikyu, eu não estava entendendo o propósito daquilo.

— Ah, por que pagar agora? Está tão divertido ver ele iludindo aquela idiota e fazendo ela se apaixonar pela coisa que ela mais odeia, hihihi — Cosmo comentava dando a risada de puta dela. Como assim, "iludindo?" — Você não se apaixonou de verdade, né? Por que meu Arceus, você deve ser cego pra gostar daquela praga! — Senti vontade de sair das sombras e morder o pescoço dessa quenga, até que ouvi cada palavra que feriram meu coração igual à flechas...

— Não. Sinceramente, foi divertido — Ele ria — Ajudou a distrair meu tempo e cobrir a minha solidão repentina que eu estava sentindo... Mas estou cansado, Cole. Tenho coisas pra fazer, e não quero mais gastar meu tempo com meu brinquedinho.

Eu... Não acreditava no que havia acabado de ouvir... Eu... Fui enganada... Fui feita de palhaça... E virei alvo de piada entre o grupinho nojento daquele Nidoran... Ao invés de pular das sombras e encher cada um de porrada, eu... Saí correndo. Como uma Eevee usando run away dos problemas...

Eu tive uma crise mais forte que o normal, aquela havia sido a minha primeira ilusão amorosa. E eu nunca imaginei que isso doía pra caralho, eu achava que isso era coisa de virjola. MAS NÃO! ESSA POHA DÓI MAIS QUE UM JOELHO RALADO!

Chorei, e muito quando cheguei em casa. Não falei nada para os meus pais, tampouco para minhas amigas. Mas eu estava com bastante certeza em uma coisa: Eu ia fazer da vida dele um inferno, até ele não aguentar mais e se arrepender de ter feito isso comigo. Era maléfico uma criança pensar assim, talvez era pelo fato de eu ter que aprender a viver sozinha durante toda a minha infância naquele orfanato de merda, antes de meus pais me adotarem.

No dia seguinte, minha amizade com Serene e Aura haviam voltado ao normal. Fingi que nada havia acontecido, e tive a brilhante ideia de justificar o motivo de eu ter me separado do Mimikyu:

— Descobri que o Whisper é do tipo fada mesmo... Não gosto mais desse bosta. 

— Uau, descobriu o Brasil — Aura dizia ironizando.

— O que é "Brasil"? — Serene piscou várias vezes confusa, fazendo Aura bufar de raiva — Ah, não importa, e como assim você não gosta mais dele!? — Questionou arregalando os olhos — Vivi, ele era tão legal com você! Você vai jogar esses momentos que ele passou com você só por ele ser do tipo fada!?

Não... Não era por isso.

— Você não entende, Serene! — Exclamei — Fadas são nojentas, horrorosas, FEIAS!! ELES MERECEM MORRER!! TODAS ELAS SÃO IGUAIS!! SEMPRE PISAM EM MIM!! — Eu estava começando a ter uma outra crise, fazendo as duas abaixarem as orelhas com um mínimo de medo.

— Aquieta o bumbum — Aura dizia — Calma, bebe uma aguinha, vamos-

— AGUINHA O CARALHO!! — Gritei, não aguentando mais quando bati os olhos no Mimikyu de longe. 

As duas, principalmente Serene, haviam se desesperado quando me viram metendo a pohada naquele puto. Precisaram de mais de dois professores pra me separar daquela praga nojenta, pois eu metia um focus blast neles e os jogava pra puta que pariu. 

Aproveitei e bati no Cole também do nada, sendo que ele nem tinha mexido comigo naquele dia.

Eu transformei a vida do Whisper num inferno. Fiz tudo de ruim no mundo pra esse guri. O humilhei em público, o espanquei atrás da escola, roubei todos os seus bens preciosos, destruí completamente suas chances românticas com uma garota, burlei suas notas no boletim e o fiz repetir de ano, o fiz pegar depressão e um grande trauma!

Eu ria loucamente de seu estado, o fiz me temer, se arrepender profundamente de ter mexido comigo, me tornei o Darkrai de seus doces pesadelos~

Whisper me pedia desculpas e implorava meu perdão a ele, e eu, apenas cuspia e o humilhava como troco. No final... Ele nunca mais voltou a escola, tampouco o vi novamente em algum outro lugar. Ele se suicidou por minha causa, huehuehuehue!~

Eu tinha vários planos para o Cole e o grupinho dele, minha mente estava insana. Mas, eles só fugiram de mim por quê: O Nidoran foi pro quinto dos infernos depois do fire fang do Wela, eles tinham brigado feio e por conta disso, o Cole sumiu da escola; A Cosmo foi pra escola de riquinho; A Chica simplesmente evaporou, tomara que tenha morrido; E a Soraya tinha viajado para Kalos com a irmã mais velha da Cosmo. 

Quando meus pais souberam disso, eles me levaram num psicólogo, pois eu estava agitada demais, além do meu comportamento que não estava os agradando nenhum pouco. E após umas brigas ali e brigas aqui, eu... Descobri que a minha habilidade era incomum. Eu tinha super ilusion, algo muito raro de se acontecer entre os Zoroarks/Zoruas, eu podia copiar tudo, exatamente tudo, seja defeitos, qualidades, gostos, desgostos, qualquer merda aí. 

E foi então, que através de uma pesquisa feita, eu acabei descobrindo que eu tinha uma irmã gêmea. Com as mesmas habilidades que eu, mesmo sobrenome, mesmo sangue, pareceu até cena de filme, cê loko... E infelizmente, a Sal pode ter a mesma idade que a minha, mas a mente dela ainda é de uma criança de dez anos, tanto que ela nem evoluiu exteriormente também... Isso é tão estranho, mas não vou deixar de amar ela por conta disso... ❞

***

— …Aconteceu tanta coisa em torno desse tempo. Eu evoluí para uma Zoroark, fugi de casa, aprendi diversos ataques e me meti em altas tretas, até finalmente achar minha irmã. Foi tudo tão... Doido. Às vezes acho que estou sonhando quando paro pra pensar nas coisas que já passei e... PARA DE DORMIR, POHA!

Me assustei com o grito de Avila, me fazendo acordar do breve cochilo que tive. A vi rir da minha reação exagerada, me fazendo franzir o cenho, mas logo, ri junto com ela. Fiz a coisa que mais odeio quando estou explicando de algo, principalmente se a música estiver no meio: Dormir no meio da explicação.

Bom, eu entendi seu ponto  Falei, me recuperando — Eu entendi o que aconteceu entre você e o Whisper... Principalmente em relação a fadas.

— Que bom. E realmente espero que não abra a boca pra ninguém, tá me ouvindo!? — Dizia em um tom bravo.

— Estou, estou — Virei os olhos, não aguentando mais ela me ameaçando pra não fofocar pra ninguém — Eu também vivi num orfanato.

— Hm... Sério? — Balancei a cabeça positivamente — Caralho, eu achei que você era filho de alguém riquinho. Cê tem cara de burguês safado!

— Como assim? — Não me segurei em rir de sua afirmação repentina e aleatória.

Quando nosso assunto ia continuar, as luzes haviam ligado na mesma hora, acompanhado pela aparição da tia de Lilian. Pela conversa alta na sala, Madalena não havia pagado a energia, por isso, havia saído na chuva e assim do nada.

A chuva então, se cessou por completo. Quando minha atenção foi voltada a Zoroark, a vi ficando em pé no pilar, e em um pulo, no ar, um brilho estranho e branco havia contornado seu corpo, quase me cegando e, me deixando sem palavras quando ele se cessou... Ela... Havia mega-evoluido!

Sua aparência havia mudado um tanto quanto. A cor esbranquiçada se encontrava de sua cintura para baixo, e uma cauda felpuda se encontrava agora em si. Seus pêlos purpurinas haviam ganhando uma segunda esfera vermelha, prendendo uma outra parte e formando um par de maria chiquinhas. Na parte de seu rosto, uma máscara de Kistune branca se encontrava por ali, tampando seu rosto e deixando apenas um par de olhos dourados me encarando.

Estou vazando agora. Foi uma boa conversa e uma festa muito bosta. Dá um boa noite para Serene e Aura por mim... E mande o Zero toma no cu — Sua voz soava como um eco, e em um piscar de olhos, Avila havia desaparecido...

— Ei, vocês do... — A voz de Serene morreu aos poucos quando viu que, apenas eu estava sentado no pilar, sozinho — Ué, cadê o Vivi?

— Ele resolveu ir embora... Mas bem, pelo menos consegui deixar ele melhor antes disso.

Vi Serene sorrindo, ela parecia satisfeita por eu ter deixado um de seus amigos melhor. Não tenho muito o que opinar de Avila... Ele é estranho? É. Perigoso? Pra caramba. Quero ser amigo? Quero, ele parece ser forte.

Espero que não aconteça nada demais nos próximos dias envolvendo ele e Lilian, ainda mais depois desse acontecimento. Por quê, oh, céus...

Avila é mais perigosa do que parece. 


 Continua



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