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História Pokémon Cobre - Central - História escrita por nightbeams - Spirit Fanfics e Histórias
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História Pokémon Cobre - Central


Escrita por: nightbeams

Capítulo 28 - Central


Fanfic / Fanfiction Pokémon Cobre - Central

Beth emergiu no meio de uma rua afastada. 

Olhando para os lados, ela começou a se situar no local ao qual estava. Notou que, por todo o seu redor, a paisagem era engolida por uma imensidão de prédios corporativos e lojas de luxo. Chegou a conclusão que deveria estar na parte central da cidade. 

"Butterfree, volte", chamara seu Butterfree para dentro da pokébola. 

O súbito soar do som de uma buzina a pegou de surpresa. Ela virou a tempo apenas para ver um veículo em alta velocidade vir a seu encontro.

Beth fechou os olhos.

"Ei, garota. Presta atenção por onde você anda, quase atropelo você", ouviu uma voz falar.

Beth abrira os olhos novamente e vira um carro vermelho parado na sua frente. Um homem berrava pelas janelas entre-abertas do veiculo. 

"De-de-desculpa", respondeu Beth.

"Na próxima ande pela faixa de pedestres, essa juventude de hoje em dia está perdida...". Ele fechou a vidraça do carro enquanto resmungava consigo mesmo.

Beth saiu do meio da rua e fora para a calçada.

O carro logo voltou a seguir seu caminho pela avenida da cidade.

Enquanto ela caminhava pela calçada, Beth admirava a intimidante metrópole de Johto, a qual se expandia a sua frente. Os arranha-céus rasgavam os céus, carros transitavam por todo lado e pessoas adentravam e saiam de lojas das mais variadas espécies. 

Goldenrod, pensou ela. Lembrara que seu sonho de infância era morar na cidade. Porém, seu pai sempre fazera questão de a cortar quando falava sobre o assunto:

"Larga de bobagem menina, nós nunca iremos morar em Goldenrod. O custo de vida de se viver lá é muito caro", dizia ele. "Além disso, a pesca é a nossa única fonte de renda. Quero ver alguém conseguir fazer dinheiro pescando Magikarps lá, hehe. Só os granfinos conseguem ascender na vida. "

Apesar disso, Beth não podia deixar de sonhar acordada com o dia em que conheceria a cidade.

E esse dia finalmente chegara.

Ela voltou a prestar atenção no caminho. 

Várias pessoas, das mais variadas aparências, caminhavam pelas calçadas de Goldenrod.

Beth vira uma luxuosa senhora trajando um elegante vestido passear com o seu Snubbull. Um artista de rua tocava uma melancólica música em um violino enquanto um bando de pessoas o circundava, apreciando a música. Um piromante demonstrava a sua habilidade soprando fogo de sua boca junto com seu Magmar. 

Ela percebeu que as pessoas a olhavam com uma cara estranha. Uma mistura de nojo e repulsa.

Preconceituosos.

Foi ai que ela finalmente percebera o motivo pelo qual daquelas expressões.

Sua roupa estava encardida de sujeira que a acompanhara dos esgotos de Goldenrod. Além disso, estava cheirando a um cheiro podre que a lembrara da vez que a sua mãe esquecera de armazenar um Magikarp no congelador na geladeira de sua casa. O resultado não fora nenhum pouco agradável.

Ela viu um banquinho de praça posicionado na beira da rua. Fora se sentar lá. Pegou sua DexGear e começara a digitar no aparelho o número de Freddy. 

O som mudara para o bipe chamada.

"Alô?"

"Alô."

"Quem fala?" 

Beth revirou os olhos.

"Sou eu. Beth."

"Beth... Você está aqui em Goldenrod. Então quer dizer que o plano deu certo!?"

"Mais ou menos... mas de certa forma deu sim."

"Aonde você está?"

"Não sei. Estou meio perdida. Acho que é no centro da cidade, porque tem várias lojas por aqui por perto..."

"Espera ai..."

O som da chamada ficou estático. O menino voltou a falar: "Você consegue ver a torre de rádio dai?"

Beth levantou e forçou a visão para o alto. Ela viu a grande torre que aparentava ser um transmissor de ondas de rádio.

"Consigo. Porém está bem longe."

"Ótimo. Siga o caminho da torre e, quando chegar na avenida principal, siga direto. Quando estiver perto você conseguirá achar o Centro Pokémon. Eu já estou indo para lá."

Beth anotou mentalmente a informação.

"Beleza!"

"Tudo bem."

Ela desligou o telefone e o enfiou no bolso de sua bermuda. Ainda não sabia como o aparelho não havia pifado com a sua queda na água.

Deve ser a prova d'água. 

Após a indagação, tomou o seu rumo em direção da torre de rádio.

✳️✳️✳️

O sol começava a se pôr.

Beth estava atenta enquanto caminhava, de vez em quando vigiando as suas costas para se certificar de que não estava sozinha.

Essa cidade é perigosa, lembrou. Sempre assistia no jornal da manhã com seu pai a notícia sobre os crimes que ocorriam na cidade. Roubos, assassinatos, sequestros, e outros os quais preferia nem lembrar.

Preciso chegar logo.

A cidade começara a escurecer e ser dominada pelas luzes urbanas advindas das janelas dos edifícios e os faróis dos carros que se acumulavam nas ruas asfaltadas da cidade.

Ela dobrou um beco e seguiu caminho. 

O silêncio começara a ficar perturbador a medida que seguia pela frente. 

Não devia ter seguido esse caminho..., pensou, apreensiva. 

Beth sentiu uma mão tocar as suas costas.

"Ei...", o som chegou aos seus ouvidos. Ao virar, avistou um homem maltrapilho vestindo roupas sujas com aparência de bêbado. Seu hálito cheirava a bebida alcoólica. "Me dá um dinheiro aí."

Beth soltou do toque dele.

"Não tenho nada. Me deixe em paz." Começou a apressar os passos.

Ele continuava a seguir-la, tentando se equilibrar enquanto caminhava em zigue-zague. 

"Você não me engana sua putinha! Se não me der vou tomar de você", gritou ele.

Beth estava começando a se assustar.

Vira ele tirando algo do bolso.

Uma faca?, pensou, apavorada.

No entanto, era outra coisa... uma pokébola.

Ele chamou para fora um Meowth.

"Meowth, use o Roubar nessa vadiazinha!"

O gato vira correndo em direção dela exibindo suas garras afiadas.

"Tudo bem seu bêbado de merda. Esse é um jogo que dois podem jogar", respondeu Beth pegando a pokébola de seu bolso. A acionou, invocando seu Butterfree para fora. "Butterfree, Corte Aéreo!"

A borboleta balançou suas asas e enviara uma poderosa corrente de ar afiada em direção do Meowth. Ele desviou, agilmente, mostrando para Beth toda a sua habilidade.

Não estou batalhando contra um iniciante, pensou ela. Algo a dizia que aquele Meowth já batalhara contra vários oponentes.

"Hehe, lento demais. Meowth, Garra das Sombras."

O Pokémon saltara do chão e girara pelo ar, até acertar em cheio o Butterfree com a garra fantasmagórica. O Butterfree fora arremessado para longe.

"Droga. Butterfree, se recupere...", falou Beth antes de virar para frente e ver o pokémon vir voando em sua direção.

Ela sentiu a sua pele ser rasgada enquanto as garras afiadas do felino arranhavam a sua face. O sangue escorreu, enchendo a sua boca.

Ela caiu no chão.

"Esse seu Butterfree é um pokémon shiny, não é não? Acabei de mudar de ideia, se você me entregar-lo eu a deixarei em paz", disse ele. "Vou conseguir uma grana preta vendendo ele hehe" 

Não conseguia enxergar nada devido ao líquido vermelho que escorria de sua face.

Beth respondeu rudemente: "Vai à merda seu babaca!"

"Butterfree, me proteje! ", disse ela, esperando que seu Butterfree a socorresse.

Beth sentiu uma corrente de ar raspar perto de si.

Quando finalmente voltou a enxergar, vira seu Butterfree batendo as asas enquanto se punha em sua frente, com o intuito de proteger-la.

"Pó Atordoante", exclamou Beth.

Estava claro que o pokémon era rápido demais e desviaria de todos os golpes lançados, então seu objetivo era o atordoar e conseguir ficar de igual para igual.

O pó sairá voando das asas do Butterfree e fora arremessado em direção do Meowth, o qual não conseguira desviar.

O Meowth começara demonstrar os primeiros sinais de paralisia.

Ótimo.

"Butterfree, Picada!"

"Foge dai seu verme!", ordenou o mendigo.

O felino tentara arrastar-se para longe do campo de alcance do Butterfree, porém, ele estava debilitado devido ao Pó Atordoante. Sua velocidade estava tão lenta que seu Butterfree logo o alcançara.

O Butterfree usou a suas presas de inseto e dara uma profunda mordida no pescoço do Meowth.

O Pokémon soltou um alto grunhido de dor. "MEOWWWWWWWW."

O mendigo mordera os lábios em sinal de reprovação.

"Droga. Daqui a pouco os canas estão aqui. Obrigado por estragar tudo!", disse ele para seu Meowth. O homem chamou o pokémon de volta para a pokébola. "Preste muita atenção por onde anda, vadiazinha. A próxima vez que a ver enfierei uma faca nas suas tripas", disse ele. 

Então, saira correndo.

Beth suspirou de alívio.

"Butterfree... volte", estava com tanta dor que mal conseguia falar. A sensação que tinha era de facas arranhando a sua cara. 

Após retornar o pokémon para pokébola, ela voltou a seguir seu caminho para o centro pokémon. 

✳️✳️✳️

Beth parou em frente a estrutura hospitalar. O símbolo de pokébola pregado em sua frente não a deixava duvidas. Era um centro pokémon.

Ela abriu a porta do estabelecimento e entrou.

A pele de Beth fora acertada em cheio pelo frio do ar condicionado.

Várias pessoas conversavam dentro do estabelecimento. Alguns treinadores usavam os computadores disponíveis no centro, outros recebiam suas pokébolas em uma bandeja entregue por uma das enfermeira Joy que trabalhava no lugar.

Todos olharam direto para ela. Na certa, analisavam aquela figura curiosa que adentrava o recinto.

Beth sabia muito bem o que deveriam estar pensando. O seu cheiro, a sua aparência, sua roupa e as marcas ensanguentadas em sua face na certa a tornava uma criatura de filme de terror.

Ela ignorou o olhar dos curiosos e caminhou em direção da recepção.

"Bem-vinda ao Centro Pokémon, em que posso ajudar?", disse uma enfermeira Joy sorridente. Quando ela a olhou melhor não conseguiu esconder a sua cara de espanto. "Meu deus. O que aconteceu com você?"

Beth respondeu:

"Nada, apenas quero que cuide do meu poké-"

Antes de terminar a última sentença, sentira seus olhos pesarem e escurecem.

Ela desmaiou no chão do Centro Pokémon.

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Essa Beth é azarada mesmo seloko! Deixe seu comentário se estiver gostando da história ;] 



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