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História Polaroid Effect - Aquele das ações lentas com requintes de crueldade - História escrita por Bpirro - Spirit Fanfics e Histórias
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História Polaroid Effect - Aquele das ações lentas com requintes de crueldade


Escrita por: Bpirro

Notas do Autor


Como prometido, fui breve!

Só um aviso, antes de começar:
Galera, eu edito o texto no Wattpad e por alguma razão ele anda juntando as palavras. Reviso, leio algumas vezes, mas como eu já tenho as frases quase decoradas e o cérebro da gente meio que subentende as palavras, acaba uma ou outra passando despercebido por mim. Então ignorem elas. Ou me avisem para eu corrigir. Valeu!

Sem mais,
Boa leitura ♡

Capítulo 25 - Aquele das ações lentas com requintes de crueldade


Fanfic / Fanfiction Polaroid Effect - Aquele das ações lentas com requintes de crueldade

 

Na sexta, Lisa acordou tarde. 

Além de ter ido dormir de madrugada, estava praticamente de férias. Ainda esperava os resultados de algumas notas, mas a tailandesa possuía ciência do seu ótimo desempenho nas avaliações, incluindo a matéria da Miranda. 

Então meio que podia se dar o luxo de ficar na cama e enrolar o máximo possível o acordar. 

Com os movimentos contidos e preguiçosos, acomodou as costas na cabeceira da cama. Procurou os óculos de grau ao lado no criado mudo junto ao seu celular. Depois de checar suas redes sociais, finalmente decidiu se levantar.

Sem pressa, tratou de fazer sua higiene matinal e tomar banho. Pretendia passar o resto do dia em casa, e a tarde, depois do ensaio, sairia com suas amigas – haviam combinado de ir ao shopping comprar algumas coisas para a viagem a Jeju. 

Mas antes que desse meio dia, escutou batidas na porta e viu Dah abrir e entrar – assim que recebeu sua permissão. 

"Magrela, sua mãe está chamando na sala."

A afirmação fez sua testa enrugar e girou a cadeira soltando algumas polaroids na sua bancada, e estreitou os olhos redondos na direção da governanta parada diante da porta, estranhando aquele convite. 

"Aconteceu alguma coisa?" Ela perguntou aquilo, mas tinha uma ideia do que sua mãe queria conversar, por essa razão, sentiu seu estômago embrulhando. 

Por mais que a empresária bem-sucedida passasse mais tempo fora do que dentro de casa, isso não significava que ela era alheia aos assuntos da família, principalmente quando envolvia seus filhos. Além de quê... Lisa tinha certeza que Dah passava a fita de tudo o que acontecia. 

E não era de hoje que Lalisa e Jongin pareciam... diferentes. Esquivando da presença um do outro e evitando conversar. Era fácil perceber que existia alguma coisa errada só levando em consideração o silêncio tenso que vinha predominando o almoço. 

Lisa sabia que a mãe poderia entender seus motivos... mas não era por isso que se sentia ansiosa exatamente... e sim porque nem sabia direito por onde começar sem decepcioná-la. 

Como ela diria para a mãe que estava com a ex namorada do irmão? E que Jennie havia o usado da maneira mais escrota possível para apenas provocá-la e chamar atenção? E claro! O pior! Que tudo isso havia funcionando de uma certa forma?!

"Ela quer conversa com você e seu irmão." O semblante da governanta era indecifrável, não dando nenhuma pista do que se tratava, deixando Lalisa ainda mais desorientada, e, antes de deixar o cômodo, acrescentou: "Não demore." 

Lisa desceu pelas escadas sentindo seus cabelos úmidos roçarem na pele alva dos seus ombros nus, por conta da regata branca. Atravessou o corredor e o peso do mormaço – trazido pelas portas que davam ao terraço atingiu seu corpo em cheio.

Havia acabado de tomar banho, mas já deseja outro. 

Estava, insuportavelmente, quente! 

Lisa foi encontrá-los sentados, quase de frente um para outro na sala de TV. A tailandesa mais nova mordeu o lábio por um momento, observando atentamente o rosto do seu irmão.

Pela primeira vez na vida, não fazia ideia do que estava se passando na mente dele. Os olhos estavam encobertos por uma sombra, sua expressão estava neutra e sua postura permanecia calma. De uma maneira quase... assustadora.

Por outro lado, Lisa não conseguia ver a expressão da mulher de meia idade. A empresária estava com roupas formais e os sapatos alto de bico fino, sentada com as pernas cruzadas elegantemente, no centro do sofá em formato de L, quase de perfil para ela. 

Quando a tailandesa se aproximou, a voz firme e dura da sua mãe cortou o silêncio do ambiente. 

"Querida, venha, sente-se aqui. Quero conversar com vocês dois." Disse ela, dando algumas tapinhas no estofado confortável ao lado. 

O coração de Lisa gelou momentaneamente, mas fez exatamente o que a mais velha pediu, embora se sentou um pouco distante, na ponta do sofá. 

Sra Manoban uniu as mãos e entrelaçou os dedos em cima do próprio colo. Em seguida, alternou os olhos entre os filhos, e com um suspiro carregado, quebrou mais uma vez o silêncio desconfortável que girava em torno deles. 

"Quem quer começar?"

O coração de Lisa acelerou por um instante, mas franziu o cenho. "Como assim?"

A bem-sucedida empresária negou com a cabeça impaciente. "O que está acontecendo entre vocês dois?" Perguntou ela, depois olhou no fundo dos olhos castanhos de Lisa antes de acrescentar. "Vocês acham mesmo que eu não iria perceber esse clima estranho?"

O seu estômago afundou dentro da sua barriga, como acontecia quando se andava em uma montanha russa. E engoliu em seco. 

"Mãe..." Lisa começou, mas a voz morreu no ar. 

"Mãe, isso é ridículo! Você está tratando a gente como se tivéssemos 13 anos." Disse Jongin. 

As sobrancelhas da Sra Manoban se ergueram no rosto maquiado e preservado, e ela alternou os olhos com um olhar acusador. 

O silêncio foi suficiente. 

Ela suspirou e arrumou o cabelo meio impaciente. "Ah, é? Então me diga o porquê estão se comportando feito duas crianças?"

"Não é bem assim... É uma situação complicada..." Lisa murmurou. 

"Ok. Estou escutando. Pode começar a explicar."

Será que havia alguma maneira fácil de falar sobre aquilo? 

Lalisa respirou fundo, antes de falar: "Eu me apaixonei pela Jennie e estamos meio que juntas agora". 

Sra Manoban inclinou o rosto, unindo a sobrancelha, mas ela não parecia chocada, parecia... confusa. "A namorada do seu irmão?"

"Não estamos mais juntos, mãe. Basicamente... a Jennie me usou para se aproximar da Lisa, mesmo sabendo que eu tinha sentimentos por ela. Mas, ainda assim, a Lisa acha que é uma boa ideia ficar com a Jennie." Kai explicou chamando atenção dela para ele. 

Lisa abriu a boca para rebater, mas fechou rapidamente quando parou para pensar melhor. 

Não se tinha muito mais o que dizer. 

De fato... essencialmente... era aquilo. 

A expressão da sua mãe mantinha uma linha séria. Lisa viu os olhos da empresária passarem de Kai para ela, e tudo que a mais nova conseguiu fazer foi olhar de volta com uma expressão triste no rosto.

"Isso é verdade, Lalisa?"

Lisa fechou os seus olhos ligeiramente, embora confirmou com a cabeça. 

"Muito bem." Disse ela com um suspiro longo. "Eu não estou acreditando que vocês estão assim por causa de uma garota!" Suas palavras soaram duras. "Estou um tanto decepcionada com os dois! Vocês sempre tiveram uma relação maravilhosa. Por acaso esqueceram?! Família vem sempre em primeiro lugar." 

"Mas mãe... eu..." Lisa tentou protestar, mas Sra Manoban lhe lançou um olhar severo. 

"Não vou tolerar esse tipo de coisa, mocinha!" Acrescentou em um tom mais alto. "Vou precisar viajar, alguns dias para resolver um contrato importante para a empresa. Nesse tempo, acho bom resolverem isso feito dois adultos e principalmente feito dois irmãos! Quando eu voltar, espero ver um tipo diferente de clima aqui em casa." Sra Manoban olhou para ambos uma última vez, com uma expressão incrivelmente decepcionada no rosto, e então estava fora da sala, indo embora pelo corredor.

Lisa bufou levando as duas mãos à cabeça, recaindo os olhos grandes e redondos para o chão, observando seus pés descalços. 

"Pirralha..."

"O quê?" esbravejou ela, irritada.

Lisa não conseguia se lembrar da última vez em que ela e o Kai haviam brigado de verdade. Como todos os irmãos, eles não eram diferentes, tinha suas desavenças vez ou outra. Mas, nunca daquele jeito. 

Apesar da tailandesa estar irritada em níveis altos, fechou os olhos, buscando se acalmar, não iria adiantar nada gritar com ele, ou ser grossa. Além do mais, Lisa não conseguia ser esse tipo de pessoa. 

Então, resolveu tentar de novo. 

"Eu gosto dela, Jongin. De verdade. Não é só uma paixãozinha boba... eu realmente estou gostando dela. De verdade. E você sabe que eu não sou de me apegar assim." falou erguendo a cabeça, buscando o irmão, quando achou seus olhos, tentou dizer a mesma coisa com seus. "Você nem parece se importar com o que estou sentindo... ou como ela pode estar agindo diferente comigo. Será que você poderia entender que eu e a Jennie podemos dar certo?" Praticamente implorou. 

Kai contraiu a mandíbula a olhando de forma significativa. "É exatamente por isso que eu estou preocupado com você, pirralha. Eu sei o quanto você está na dela. Queria que entendesse que eu só quero proteger você. A Jennie..."

"Isso não é me proteger." Lisa o cortou, aumentando o volume da voz. "Isso é interferir na minha vida, me impedir de tentar ser feliz. Me aconselhe, me avise, me deixe saber o que você pensa... mas não me impeça de querer viver isso, Kai. E se por acaso acabar em merda... fique ao meu lado para me consolar e até me dizer: Falta de aviso não foi ou sei lá... Eu avisei."

"Pirralha..."

Lisa o interrompeu outra vez. "Se você dissesse para mim que é difícil me ver com ela, seria mais fácil de aceitar do que essa merda que você diz ser proteção. Sabe o que está parecendo? Que você só está sendo um egoísta do caralho!"

"O quê? N-não!" Exclamou. "Não, é isso Lisa. Pelo amor de Deus. Eu só..."

Lisa suspirou, mas voltou a falar, tentando ser o máximo calma e transparente possível. "Ela está me fazendo feliz, Kai".

Ele olhou para ela com intensidade, com a testa franzida. "Tem certeza disso?

Lisa confirmou com a cabeça, antes de dizer: 

"Tenho." Sua voz estava um pouco sussurrada, e, por algum motivo, teve dificuldade em conter um sorriso, em seguida balançou a cabeça para tentar apagá-lo. "De várias formas... ela, além de me tratar bem, me deu tantas oportunidades profissionalmente. Você sabe... diferente de você, eu não sabia o que fazer da minha vida. Mas a Jennie me abriu um mundo novo e incrível." 

Lisa Respirou fundo, recordando dela posando para as fotos do catálogo da primavera, dela abrindo o desfile que promoveu uma nova estilista com grande potencial para a indústria da moda e dela fazendo um pequena campanha de uma marca de maquiagem para Chahee e fechou os olhos ligeiramente tentando organizar os pensamentos enquanto o encarava com mais intensidade. 

"Você não faz ideia o quanto eu me senti realizada quando andei naquela passarela... Por mais que as coisas entre a gente pudessem acabar. E que se, realmente, você estiver certo. Pelo menos para mim... Jamais vou poder dizer que a gente não deu certo." 

Jongin, parecendo finalmente compreender seus sentimentos, respondeu a ela, com a voz ligeiramente amarga. "Tudo bem, Lisa."

"Tudo bem mesmo?" Perguntou esperançosa. 

"Aham... tudo bem." Confirmou ele, acenando com a cabeça. "Eu conversei muito sobre isso com a Sorn. E acho que vocês duas estão certas. Eu não posso ir na frente e querer tampar os buracos para você passar. Você precisa cair e aprender a sair deles sozinha." Adicionou e esticou os lábios em um sorriso tímido, mas ao ver o sorriso da irmã, abriu ainda mais o dele, esbanjando aquele sorriso que era capaz de iluminar a sala inteira. "Quero dizer... não exatamente sozinha. Você sempre vai me ter." 

Foi quando escutaram um som de alguém fungando e quando os dois olharam incertos para a divisória dos cômodos, encontraram a governanta apoiada no arco da porta, levando o pano do avental ao rosto, enxugando os olhos. 

"Estou tão orgulhosa de vocês dois." 

Então ambos não conseguiram segurar e soltaram uma risada divertida. 

 

*

 

"E este?"

"Esse tem franjas nos peitos, pelo amor de Deus, Sorn!" Rosé disse incrédula. 

A tailandesa deu de ombros, devolvendo o ridículo body de renda para a arara e indo para a próxima peça de lingerie. "Que tal este, então?"

Rosé olhou para sua amiga e companheira de irmandade e ficou boquiaberta.

Lisa teve dificuldade para saber o que estava mais vermelho, se era a pequena peça nas mãos da sua amiga de infância ou se havia sido as bochechas de Park e teve um ataque de riso atrás delas. 

"Meu deus o que é isso?" Disse Chae, colocando as mãos no rosto quente, depois olhou para os lados, verificando se não tinha ninguém prestando atenção e com uma voz sussurrada acrescentou. "Uma calcinha com abertura? Aff, Sorn! Eu quero ficar bonita e não parecendo uma atriz pornográfica!" 

A mais velha devolveu a calcinha para a prateleira, resmungando baixinho: "Eu tenho esse modelo, e não sou nenhuma atriz pornô! Os caras parecem amar essas calcinhas – fácil acesso a qualquer hora, em qualquer lugar! É uma coisa prática, Rosinha!"

Roseanne se jogou sobre o sofá de veludo vermelho da loja de lingerie com decoração extravagante e segurou a cabeça entre as mãos, um tanto desmotivada. 

Lisa soltou as compras que estava segurando e se sentou ao lado dela, empurrando-a com o ombro. "Relaxa, baby. A gente vai achar algo legal..."

Passando as mãos pelo rosto, a loira odonto se virou para ela. "Qual é o problema das minhas roupas íntimas de sempre? Tenho certeza de que, quando finalmente dormir com Jisoo, ela não vai ligar para o que eu estiver usando".

"Também acho! Ela realmente gosta de você. Mas você não acha, pelo menos para a primeira vez, que suas calcinhas de bichinho podem ser meio..." Sorn juntou as sobrancelhas, refletindo melhor sobre quais palavras usar. Mas percebendo que não seria uma boa ideia usá-las, mudou a tática. "Escolha algo com que se sinta confortável. Talvez um robe ou alguma coisa para usar depois?" Ela sorriu com brilho nos olhos. "Você quer se sentir sexy, não quer?

Rosé suspirou. "Sim, eu quero."

"O que acha disto, Rosinha?" A tailandesa mais velha mostrou um robe de seda preto, de comprimento médio. "Tem uma camisolinha combinando. É sexy sem ser... bem..." Ela apontou para um corpete que deixava os seios de fora "Bem, mais simples..." 

Roseanne pareceu se interessar, pois arqueou as sobrancelhas e se levantou para olhar mais de perto. 

Sorn ergueu a peça para que Chae pudesse analisar. Era linda – suave, discreta.

Park assentiu e sorriu, passando as mãos sobre o tecido. "Gostei. Vou levar".

"Isto também." Sorn disse ao entregar três conjuntos de lingerie preta para combinar. 

Depois de rodar e olhar outros itens, foram para o caixa.

Sorn passou por elas, pulando na frente, balançando algemas de pelúcia, um frasco grande de lubrificante e um tubo de tinta comestível sabor chocolate. 

"Eu vou levar isto. Diferentemente da mocinha recatada aqui, gosto de sexo selvagem e apimentado". Disse com um sorriso enorme no rosto bonito e maquiado, animada demais. 

Rosé parecia chocada, olhando fixamente para os objetos na mão da companheira de irmandade e Lisa explodiu em uma gargalhada, daquelas contagiosas – seus ombros se curvaram para frente, os olhos grandes enrugaram nos cantos, e a boca encontrava aberta. 

Sorn era maravilhosa! 

Precisou limpar os olhos, enquanto se recuperava. Depois se questionou se elas estavam realmente em uma loja de lingerie, ou em um sexy shop. 

Onde diabos ela havia arranjado aqueles negócios?! 

Alguns minutos depois, estavam todas carregadas de compras, rindo e se divertindo pelos corredores do shopping, quando Sorn parou de repente no meio do corredor largo, fazendo as meninas estancarem no caminho. 

Ela se virou para as amigas, parecendo estar em pânico. "E-eu quase iria esquecendo o principal!" 

"O quê, garota? O que você esqueceu?" Rosé resmungou, meio impaciente, já que elas haviam combinado de parar para comer.

Sorn arregalou os olhos, alarmada. 

"Camisinha! Eu preciso ir até a farmácia comprar camisinha. Preciso delas para usar com estas outras coisas". Ela mostrou as compras para evidenciar sua afirmação. "As minhas acabaram ontem à noite. Nós aproveitamos muito, vocês sabem!?" Acrescentou com um olhar meio sugestivo. 

Lisa imediatamente fez uma careta, se recusando a imaginar qualquer coisa que envolvesse seu irmão. 

"Credo, Sorn... me poupe dos detalhes." Disse, e se tremeu, fingindo um arrepio. 

"Ahnn... não. Compra depois! Vamos comer, por favor!" Park fez beicinho. "Estou morrendo de fome." 

"Não, vamos comprar agora. Vai que eu esqueço! Vocês sabem como eu gosto de minhas trepadas diárias. Prevenção em primeiro lugar, Rosinha!"

 

Era finalzinho de tarde quando Lisa e suas amigas passaram pela porta da sua casa, cumprimentaram Dah, se livram das sacolas de compras pelo chão da sala e foram para o terraço. 

Acomodadas nas cadeiras disponíveis perto da piscina. Sorn dava algumas dicas de como Rosé poderia fazer para seduzir a vice-presidente, utilizando a viagem como excelente oportunidade para a loira odonto perder a virgindade, quando o telefone de Lisa vibrou em cima da mesa, chamando atenção delas. 

O nome Jennie aparecia na tela e a tailandesa inconscientemente não conseguiu conter o sorriso. Ele era sincero, genuíno, que mostrava todos os seus dentes, inclusive as pressinhas. 

Ação essa que não passou despercebido pelos olhos astutos das suas melhores amigas. Sentindo o peso do olhar de Sorn e Rosé sobre si, ergueu o rosto, alternando a vista entre elas. 

Ambas possuíam semblantes sugestivos. 

"Para quem odiava chamada..." Roseanne soltou de forma debochada, arqueando as sobrancelhas, enquanto cruzava a pernas por debaixo da mesa e levava a tulipa congelada, cheia de cerveja aos lábios. "Você parece está criando muita expectativa com as ligações dela." Acrescentou depois de um gole, mas Lisa conseguiu notar que o tom de voz da loira odonto mudou ligeiramente. 

Lisa esticou os lábios em um sorriso sacana e levou um dos cotovelos na mesa, segurando o rosto exótico na mão, aproximando-o da loira odonto, enquanto apertava os olhos, analisando as expressões dela. "Não acredito, baby. Você está com ciúmes?"

"Cl-claro que não!" Roseanne riu sem graça. Mas desviou os olhos estreitos para a piscina. "Atende logo essa merda."

Lisa soltou um risinho abafado, mas pegou o aparelho, se erguendo na mesa e logo atendendo ao mesmo tempo que ia para sala para ganhar alguma privacidade. 

A figura de Jennie Kim com sua camisa branca. Os cabelos soltos, meio ondulados surgiu na tela. 

Seu olhar desceu pelo corpo dela para ver sua camisa. Era enorme nela. Parecia um vestido, mas seu peito se aqueceu ao vê-la usando algo seu. 

"Oie, Lili..." Jennie foi a primeira a falar. 

Lisa reparou nela andando por um quarto com as luzes baixas, embora fosse suficiente para iluminar e revelar o ambiente bonito, moderno e refinado, provavelmente um quarto de hotel 5 estrelas, exatamente como a garota da Chanel era, pois mesmo com sua camisa, ela parecia sofisticada e arrumada, como se estivesse indo para uma festa. 

"Oie, Jen..." Lisa sorriu se mantendo firme, tentando esbanjar uma postura no mínimo... descente. 

Não era possível que todas as vezes que falasse com Jennie iria ficar se sentindo daquele jeito; completamente idiota.

"Como foi seu dia?" Acrescentou, fingindo estar tudo sobre controle e não travando uma batalha interna. 

"Cansativo. Muita coisa para fazer na revista. Não consegui fazer o relatório, precisei organizar algumas coisas." Disse ela antes de soltar um longo suspiro. "Tenho uma notícia meio ruim..."

Lisa sentiu seu coração parar por um instante e, involuntariamente, suspendeu a respiração. 

"Não vou conseguir voltar essa semana... mas volto na próxima! De certeza!"

Lisa soltou um suspiro conformado, havia ficado arrasada, embora um pouco aliviada. Mil coisas bem piores do que aquilo passou na sua cabeça. Inclusive na possibilidade de Jennie permanecer lá para sempre. 

A tailandesa sorriu minimamente, esticando os lábios grossos, sem mostrar os dentes antes de falar: "Tudo bem, Jen... não se preocupe, eu acho que vou estar aqui ainda quando você voltar." Brincou, mas na mesma hora se arrependeu. 

Jennie contraiu o rosto em uma careta assustadora, estreitando um dos olhos de gato. 

"Ei, é brincadeira!" Lisa riu, mas era de nervoso. 

"Acho bom ser, Manoban! Você não sabe do que eu sou capaz". Disse ela séria, embora com uma pitada de divertimento e suavizando o semblante. 

No entanto, Lisa teve dificuldade de saber se aquilo realmente foi uma brincadeira. Então resolveu mudar de assunto. "Você acha que vai conseguir viajar com a gente?"

"Oh, então as meninas te chamaram para Jeju?" Jennie sorriu quando Lisa acenou a cabeça. "Vou me esforçar. Prometo." Olhando atrás da tailandesa, adicionou: "Você está onde, Manoban?"

"Acabei de chegar em casa. Fui ao shopping com as meninas."

"Que meninas?"

"Rosé e a Sorn..."

"Hm...Ok. Agora vai para o seu quarto." Disse de forma autoritária com sempre. 

Lisa contraiu o rosto, confusa. "Para o quarto?"

Jennie revirou os olhos, impacientemente. "É, Manoban. Para o seu quarto. Cheguei agora no hotel. Tomei um banho e estava me preparando para dormir, mas estou morrendo de vontade de relaxar e como você não está aqui para me fazer. Eu quero que você assista."

"Puta merda, Jennie." Lisa soltou arregalando os olhos castanhos. 

Houve alguns segundos de silêncio quando os olhos charmosos de gatinho buscavam os seus. Jennie, sem tirar os olhos da tailandesa, deixou o telefone em algum lugar virado para ela e caminhou de forma lenta e sexy para a ponta da cama, onde se sentou cruzando as pernas magras, torneadas e nuas. 

A coreana jogou a cabeça para o lado, fazendo com que os cabelos longos e escuros acompanhassem o movimento. "Vai logo!"

Lisa esqueceu completamente que as amigas estavam na sua casa e apressou os passos para o quarto. 

Perdeu completamente o fôlego e sentiu uma fisgada abaixo do frente, quando Kim levou as pernas para cima da cama, colocando os pés pequenos sobre o colchão, revelando um pedacinho de calcinha vermelha de renda entre as pernas.

Em um movimento lento, embora para Lisa foi em câmera lenta, a garota da Chanel abriu as pernas ao mesmo tempo que se deixava cair sobre a cama e ficava apoiada sobre os cotovelos.

"O que você faria comigo se estivesse aqui, Manoban?" A pergunta com a voz rouca mais a cena que presenciava fez Lisa perder completamente o juízo.

"Porra, Jennie! Você quer me enlouquecer?!" Esbravejou quase tropeçando no corredor, pois não conseguia tirar os olhos da tela do celular. 

Quando finalmente chegou no quarto, praticamente se jogou na cama, se encostando na cabeceira, e levou a mão para dentro da calcinha. 

Não era surpresa para ninguém que já estava molhada. 

"Queria que fosse seus dedos aqui. Queria estar gemendo no seu ouvido..." Jennie confessou, depois umedeceu os lábios e ficou os dentes pequenos neles enquanto levava os dedos para o sexo, por cima da calcinha, alisando delicadamente a região. 

"Ah, Jennie... eu iria... caralho..." Sua voz morreu, ao observar as ações dela completamente excitante. 

"Ei, você não pode se tocar." Disse ela encarando Lisa de forma feia, ao notar uma movimentação suspeita do braço da tailandesa. 

Percebendo a expressão confusa da morena de franja, acrescentou: "Eu quero que você me deseje tanto que não consiga ficar longe de mim quando eu voltar."

"Mas... eu..."

"Lisa, essa é a regra! Se você continuar, eu vou parar." Disse com um sorrisinho sugestivo. "Quando eu chegar, vou te recompensar. Você não vai se arrepender." Acrescentou com convicção. "Então, você quer que eu continue?"

"Quero..." 

Com um sorriso safado de lado, um tanto satisfeito, levou dois dedos à boca e lambeu de forma sexy para em seguida abaixar o braço, levando a mesma mão de voltar para a boceta. 

"Lisa..." Murmurou, enquanto a os dedos pequenos ágeis se mexiam e iam para dentro da calcinha, colocando o tecido vermelho para o lado, e começava um movimento circular, delicado e gentil. 

"Tira a calcinha, Jennie."

Kim sorriu com o canto da boca, mas fez exatamente o que Lalisa disse. Tirou a peça, arrastando pelas coxas enquanto seu quadril se deslocava da cama para ajudar no processo. 

Faíscas de desejo saltavam de seus olhos castanhos escuros, conforme Lisa presenciava Jennie exposta e uma sensação deliciosa se formava na base da sua coluna.

"Agora se toca para mim." A coreana não criou resistência para obedecer. "Isso... assim..."

Kim, com a mão livre – não deixando de se tocar lá embaixo, foi revelando seu corpo à medida que levantava a barra da camisa branca de Lisa, primeiro a barriga lisinha e de pele clarinha, subindo, até exibir completamente o peito direito; pequeno e empinado, totalmente orgulhoso. 

Lisa estremeceu, retesando todos os músculos do seu corpo. Porque... puta merda! Aquilo só poderia ser uma espécie de tortura! 

Sim! A tailandesa estava se sentindo constrangida, mediante as ações lentas com requintes de crueldade da garota da Chanel. 

Lisa quase gemeu. 

"Imagina..." Sua voz saiu arrastada, por isso precisou limpar a garganta. "Imagina que eu estou encostando nele com a boca, passando minha língua sobre seu mamilo." 

"Ah... Porra..." Jennie deixou um gemido escapar enquanto segurava seu bico rígido com dois dedos, apertando entre eles e intensificando os movimentos no seu ponto de prazer. 

"Jennie você é tão gostosa." Lisa sussurrou. 

Ela não parou, ao mesmo tempo que afundava a cabeça no colchão e arqueava o quadril, que passou a se mover de acordo com os movimentos dos dedos, rebolando, em um movimento rápido e completamente sensual. 

Se a expressão de excitação no rosto de Lisa servisse de parâmetro, Jennie poderia dizer que o plano havia realmente funcionado.

Sabendo que estava sendo observada, somando os movimentos animalescos dos dedos contra o nervo inchado e no mamilo enrijecido, explodiu em um orgasmo lento e delicioso, gemendo de forma rouca e manhosa.

Lisa conseguia ver o peito de Kim subir e descer, ofegando com ardor. 

A mão, que estava antes no peito, desceu para a cama, agarrando com força os lençóis brancos, contorcendo o pano caro entre os dedos, ao mesmo tempo que pressionava o clitóris.

Lisa não conseguia nem piscar, observando as expressões de Jennie de prazer – os olhos felinos fechados, as sobrancelhas flexionadas, a boca apetitosa entreaberta e seca. 

Suas entranhas se contraíam de maneira dolorosa de desejo; um calor arrebatador havia tomado conta de seu corpo e elas estavam a 7283648 Km de distância. 

Em um sussurrou sôfrego, Lisa deixou escapar: "Volta logo..."

Jennie sentiu o coração parar por um segundo em resposta a sua súplica desesperada, mas um sorriso gengival decorou seu rosto bonito e arrogante. 

Com um resfolego respondeu: "Volto."

 

 

 

Referência, Sweet Home - Tillie Cole



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