CAPÍTULO 9 VOCÊ QUER DANÇAR? (PARTE 2)
Eram cerca de seis da manhã quando Lena decidiu que não conseguia mais ficar deitada. Quando Angela foi embora, na noite anterior, Lena ficou a maior parte do tempo observando a vista do apartamento, enquanto permanecia sentada no sofá. Foi quando as dores no corpo começaram a aumentar ao ponto de ficar insuportável. Quando Angela retornou para a sua primeira “visita”, Lena estava praticamente implorando que a mulher lhe desse algum remédio ou fizesse algo para aliviar as suas dores. Embora relutante, Angela entregou a garota alguns analgésicos, e ficou algumas horas com Lena. As duas jantaram juntas, e logo depois, Angela foi embora novamente. Lena até mesmo chegou a sugerir que a doutora ficasse, mas a amiga se recusou. Depois disso, a britânica resolveu tomar outro banho e se deitar na cama de Amélie. Desse momento em diante, Lena teve raros momentos de descanso, onde ela descansava por alguns minutos dormindo, e depois acordava quando as dores se intensificavam. Depois das três da madrugada, entretanto, a garota não conseguiu mais dormir, e ficou se remexendo por horas na cama, até concluir que não conseguiria mais adormecer. Foi então que Lena se levantou e partiu para a cozinha, para fazer alguma coisa para comer.
Angela ainda não havia vindo visita-la no domingo, então Lena esperava que ela aparecesse a qualquer momento, por isso, aproveitou para fazer comida suficiente para duas pessoas, já que provavelmente a doutora também comeria junto com ela. Enquanto preparava um chá, Lena pode ouvir chaves destrancando a porta, e nem se virou, já que tinha certeza se tratar de Angela.
—Lena?
Foi como se o mundo inteiro tivesse parado quando Lena escutou aquela voz. A garota não precisava perguntar para saber quem era. Somente uma pessoa dizia seu nome daquele jeito, com o sotaque francês belíssimo que encantou a britânica desde o primeiro encontro das duas mulheres. Aquela voz que agora chamava seu nome pertencia a mulher que roubou seu coração. Lena deixou tudo o que estava fazendo, e correu até a porta, pulando nos braços de Amélie.
—Senti sua falta. —disse Lena, quase em um sussurro, e a garota pode sentir a namorada apertar ainda mais o abraço, como se tentasse diminuir ainda mais a distância quase inexistente entre as duas.
—Eu também, chérie. —respondeu Amélie, enquanto afagava os cabelos da mulher mais jovens. Como sempre, eles tinham uma rebeldia encantadora, que seduzia a ex-bailarina. Lena se aconchegou ainda mais no abraço, deixando que suas mãos percorressem as costas da mulher mais velha numa tentativa de retribuir o carinho.
—Então... você vai me deixar entrar? —perguntou Amélie. A francesa se afastou da namorada a tempo de conseguir ver um leve rubor se formando no rosto da garota.
—C-claro. —respondeu Lena, claramente constrangida com a situação. Pela primeira vez, Amélie pode reparar no que a garota estava usando: uma camisola branca de mangas curtas e um shortinho vermelho que atraiu a atenção de Amélie para certas partes do corpo da namorada. Fora isso, a francesa percebeu que Lena não estava usando mais nada, nem mesmo sandálias. Talvez fosse um sinal de que a garota estava se acostumando com o apartamento, embora Amélie não entendesse como alguém conseguiria ficar descalço no chão frio de seu apartamento.
Depois dessa rápida avaliação das vestimentas da namorada, Amélie calmamente entrou no apartamento e trancou a porta, enquanto percebia pelo canto do olho que a namorada estava correndo para cozinha com certa pressa. A francesa não pode deixar de sorrir com a imagem. Havia algo ligeiramente reconfortante em ver Lena correndo pela sua casa, uma sensação de paz, muito embora Amélie soubesse que “paz” e “Lena” nem sempre eram palavras que combinavam. Não que Amélie achasse isso ruim, obviamente.
Deixando seu casaco preto em cima do sofá, Amélie caminhou até o quarto, onde jogou sua mala em cima da cama e começou a desfazê-la. A francesa notou, ao lado da cama, a mala de Lena, e ficou muito feliz ao se dar conta de que a garota realmente iria passar um bom tempo com ela naquele apartamento. Não pode evitar o sorriso que surgiu em seus lábios, principalmente ao imaginar as coisas que as duas poderiam fazer naquela cama de casal. Amélie estava curiosa para testar os limites da sua criatividade, e a possibilidade de Lena passar um bom tempo morando com a francesa estimulava ainda mais a mente da ex-bailarina.
Depois de alguns minutos, Amélie finalmente tinha todas as suas roupas e pertences fora da mala. Arrumar tudo no closet, porém, demandou bem mais tempo do que a francesa esperava, mas ainda era cedo, e Amélie sabia que seria melhor arrumar tudo aquilo enquanto ainda tinha alguma disposição. A francesa ainda aproveitou a oportunidade para trocar para uma roupa mais confortável, trocando o seu jeans e a sua camisa social por um pijama cinza, com calça e uma camisa de mangas longas. Embora não gostasse, Amélie decidiu usar pantufas para aquecer os pés. Por mais que amasse o clima frio, a francesa estava começando a ficar um pouco incomodada com o clima de Londres.
Andando de volta para a cozinha, Amélie sentiu o estômago roncar com o cheiro de um café da manhã delicioso. A mulher se animou ao perceber que Lena havia feito panquecas para o café da manhã, um dos pratos que ela amava e que não comia há um bom tempo. A francesa não perdeu tempo em se sentar em uma das cadeiras e esperar até que a namorada lhe servisse. Amélie ficou maravilhada com o cheiro maravilhoso da comida, mas o que mais chamou sua atenção foi o rosto da namorada. Lena tinha um sorriso feliz enquanto servia a namorada, mas Amélie não conseguia se concentrar em outra coisa que não fosse o hematoma roxo na lateral do rosto da britânica. O mais assustador, entretanto, era que Amélie só havia percebido aquele ferimento agora, mesmo depois de ter estado tão perto da garota quando havia chegado.
—Lena, você está bem? —perguntou Amélie, claramente preocupada com a situação da britânica. Por um segundo, Lena pareceu não entender a pergunta, mas assim que Amélie gesticulou para o rosto da mulher, a britânica pareceu entender o significado de suas palavras.
—Não se preocupe, não é nada demais. Ainda está um pouco dolorido, mas já está bem melhor do que antes, e eu quase não sinto mais nada. —tranquilizou Lena, e Amélie se sentiu aliviada.
—Bem, se é o que você diz, vamos comer, então. Bom appétit, madeimoselle. —disse Amélie, e logo as duas começaram a comer as panquecas. Lena ofereceu um pouco de chá a namorada, mas Amélie educadamente recusou. Vez ou outra, Amélie aproveitava a distração da namorada para tocar as mãos da britânica, e em outros momentos, a francesa era um pouco mais indecente, esfregando as pernas da namorada com seus pés ou cutucando a cintura e os braços de Lena com suas mãos. Cada toque causava uma reação diferente na britânica: podia ser um sorriso caloroso, uma careta bem humorada, uma risada tímida ou um olhar malicioso. Amélie tinha uma queda por esse último, e continuou a tocar na garota até que ela lhe desse outro olhar assim.
Para a infelicidade de Amélie, seus planos foram por água abaixo assim que Lena afastou sua cadeira da francesa para que conseguisse terminar de tomar o seu café da manhã. Amélie entendeu o recado, e voltou a comer as panquecas que estavam no seu prato. Durante todo o processo, as duas se encaravam. Seus olhos pareciam estar travando uma discussão silenciosa naquele momento. O olhar desafiador e cheio de provocação de Lena atiçava cada vez mais a fera que existia em Amélie, e a francesa não hesitava em deixar transparecer toda a sua luxúria no seu olhar. Amélie tinha fome, mas não era mais sobre as panquecas, e a francesa esperava que Lena estivesse entendendo a mensagem.
Assim que terminaram, Lena prontamente recolheu os pratos e os levou até a pia para que pudesse limpá-los. Enquanto isso, Amélie lambia os lábios e observava, de forma descarada, o corpo da namorada. A francesa estava tendo problemas para se controlar com a imagem daquele shortinho justo. Amélie se lembrava de que Angela havia pedido para que a francesa controlasse seu apetite sexual por algum motivo, mas agora, tudo isso era apenas uma vaga lembrança da qual a ex-bailarina não podia recordar com clareza. A única coisa que lhe impedia de pular em cima da namorada naquele momento era a calmaria proporcionada pela visão de ver Lena realizando uma atividade doméstica. Era estranho, mas ver Lena realizando uma atividade tão simples como lavar pratos conseguia trazer paz a francesa, e Amélie não pode deixar de imaginar um futuro onde as duas não precisariam se preocupar com nada. Um futuro onde as duas poderiam desfrutar da vida em paz, onde Lena já teria se aposentado do boxe e as duas mulheres passariam todos os dias juntas. Imaginar tudo isso estava acalmando os instintos de Amélie. A francesa quase desistiu de pular em cima da namorada. Quase.
Talvez tenha sido uma provocação, ou talvez tenha sido apenas um movimento involuntário por parte de Lena enquanto lavava os pratos. Amélie não sabia, e também não se importava. O fato é que a francesa perdeu o controle quando viu Lena rebolar de maneira bem sensual. Sem perder tempo, Amélie se ergueu rapidamente, e enlaçou a cintura da britânica, colando seus quadris no da garota e prendendo-a em um abraço logo em seguida. A francesa aproveitou a oportunidade para beijar a nuca da britânica com todo o seu desejo. A reação foi imediata. Amélie pôde sentir quando o corpo de Lena ficou tenso, mas a francesa não parou. Em vez disso, desceu os beijos para o pescoço, enquanto deixava suas mãos percorrerem o corpo da britânica. Já fazia mais de uma semana desde a última vez em que ela tocou o corpo da namorada, e a ex-bailarina estava mais do que disposta a recuperar o tempo perdido.
Lena, após o choque inicial, voltou a lavar os pratos, dando a entender de que nada daquilo estava lhe afetando. Isso, é claro, atiçou ainda mais Amélie, que dobrou seus esforços perante a provocação da britânica. Felizmente, seu trabalho duro seria recompensado. Assim que Amélie apalpou os seios de Lena, um gemido tímido escapou dos lábios da garota. Sentindo o gosto de vitória, Amélie enfiou as mãos por baixo da camisa da namorada, agarrando os seios da britânica e fazendo a garota gritar de prazer. Amélie teve sérias dificuldades para respirar quando descobriu o verdadeiro motivo daquele grito.
—Você está sem sutiã? —perguntou Amélie, um sorriso malicioso crescendo em seus lábios. A francesa percebeu as orelhas de Lena ficando vermelhas com a pergunta. —Você nunca dorme sem sutiã, a menos que eu o tire de você. O que aconteceu? Você tem sido uma garota má, Lena? —provocou Amélie, e Lena ficou ainda mais vermelha com as palavras da francesa. Uma onda de satisfação atingiu a francesa ao sentir os mamilos da britânica se enrijecerem, e Amélie não perdeu tempo. Com os dedos, a ex-bailarina fez questão de beliscar e puxar, com bastante carinho, os biquinhos dos mamilos da garota. Como se tudo isso já não fosse excitante, Amélie sentiu o calor aumentar ao perceber que Lena mantinha os olhos fechados e mordia os lábios para tentar evitar um gemido. Por um breve momento, a britânica abriu os olhos e virou o rosto apenas para encontrar o olhar repleto de desejo da francesa. A britânica fez questão de passar uma última mensagem silenciosa através de seu olhar: ela queria a francesa tanto quanto a francesa queria ela.
Não foi preciso outro aviso. Amélie virou Lena para ela, e se inclinou para capturar os lábios da garota. A maciez do beijo contrastava com a intensidade dos movimentos que as duas faziam. Seus braços percorriam o corpo uma da outra com bastante ousadia. Parecia que as duas mulheres tentavam dizer uma para a outra o quanto sentiram saudades. Assim que se separaram, Amélie voltou a apalpar os seios de Lena, invadindo a camisa da garota durante o processo. Em nenhum momento, porém, Amélie deixou de encarar a britânica. Havia algo extremamente excitante em ver a expressão da garota enquanto a ex-bailarina tocava a jovem. O olhar malicioso substituído pela timidez, os lábios fechados tentando desesperadamente suprimir um gemido, as bochechas coradas com a sensualidade do toque.
Bem lentamente, Amélie começou a caminhar em direção ao sofá da sala, enquanto puxava Lena junto com ela. Em nenhum momento as duas se separaram. Entre beijos e carícias, as duas logo chegaram ao destino final, com Amélie jogando a garota de costas no sofá e montando no quadril da britânica e se inclinando desesperadamente para um beijo. Suas línguas se enroscaram em uma briga feroz pelo domínio do beijo, ao mesmo tempo em que Amélie aproveitava a oportunidade para mais uma vez invadir a camisa da namorada e brincar com os seios da britânica. Lena, entretanto, decidiu que não iria deixar toda a diversão para a companheira. Dois podiam jogar aquele jogo, e a britânica queria mostrar para Amélie o quanto ela havia sentido a falta da francesa. Lena moveu suas mãos livres até a cintura da namorada, descendo calmamente até a bunda da francesa e apertando com firmeza o bumbum da ex-bailarina. Lena foi capaz de ouvir o gemido da francesa entre o beijo, e um arrepio percorreu o seu corpo. Lena gostou daquele som, e gostou mais ainda da sensação que lhe causou. A britânica continuou apertando a namorada, puxando o quadril da francesa contra o seu. Amélie, ao sentir o toque da namorada, começou a rebolar no colo da garota, provocando a britânica com o seu corpo. Por falta de ar, as duas tiveram de se separar, e enquanto se encaravam, Amélie aproveitou o momento para soltar os cabelos que até então estavam presos, e retirar sua camisa e jogá-la longe. A visão do sutiã roxo da francesa levou Lena ao delírio, e assim que a namorada começou a retirar a peça, a britânica prendeu a respiração. Quando Amélie simplesmente descartou o sutiã em algum canto da sala, Lena simplesmente sentiu o mundo parar com a imagem daquela deusa francesa seminua sentada no seu quadril.
Os cabelos caindo até a altura dos seios, o olhar cheio de luxúria e os lábios entreabertos sussurrando suavemente o nome de Lena. Eram detalhes simples, mas mais do que suficientes para fazer a britânica se esquecer do próprio nome. Instintivamente, Lena levou as mãos até os seios da namorada, agarrando-os e brincando com eles. Amélie gemeu em aprovação, voltando a rebolar no colo da garota enquanto aproveitava o toque da britânica. A francesa mordeu os lábios quando Lena começou a brincar com os biquinhos dos seios. Sem aviso, Lena se ergueu e levou o seio esquerdo a boca, saboreando-o com a língua. Amélie enrijeceu novamente, um gemido rouco escapando de seus lábios. A língua da britânica começou a circular o mamilo, causando arrepios na francesa. Amélie, instintivamente, levou as mãos aos cabelos de Lena, puxando e afagando com firmeza enquanto implorava por mais. A garota pareceu entender o recado, pois passou a chupar e a morder o seio da ex-bailarina com maior frequência.
Amélie moveu as mãos até a cintura da namorada, puxando a blusa para cima. Apesar do movimento, não foi possível retirar a peça de roupa da namorada, já que Lena estava praticamente grudada no corpo da mulher mais velha. Depois de alguma insistência, Lena resolveu ceder e abrir espaço entre as duas, erguendo os braços para que a Amélie conseguisse retirar a camisa dela. Sem nenhuma dificuldade, a francesa retirou e jogou a peça de roupa para longe, e no momento em que voltou os olhos para a namorada, sentiu o peito apertar com a imagem dos hematomas roxos pelo corpo. Por um momento, Amélie hesitou em continuar.
Lena seguiu o olhar da namorada, e pareceu entender imediatamente o que se passava na cabeça de Amélie.
—Não se preocupe, eu estou bem. —tranquilizou Lena, colocando uma mão no ombro da francesa. —Além disso, eu confio em você. Eu sei que você jamais me machucaria. —disse, e Amélie não pode deixar de se sentir quente com as palavras da britânica. Não era o tipo de calor que você sente quando está excitado. Não. Era o tipo de sensação que só o amor pode causar.
Amélie moveu as mãos até os seios exposto da namorada. A francesa pode sentir os mamilos rosados se enrijecerem com o toque. Infelizmente, Amélie não pode aproveitar muito, já que Lena fechou a distância entre as duas e puxou a francesa para um beijo apaixonado. Logo, Amélie já havia empurrado a garota em direção ao sofá novamente, deitando-a de costas e pressionando o seu corpo no da britânica. Os seios pressionados, a pele nua e suada das duas mulheres se esfregando. Amélie gentilmente colocou uma das mãos na nuca da garota, enquanto a outra mão começou a passear pelo corpo esbelto e gracioso. A cada toque, Amélie podia sentir Lena gemer no meio do beijo, cada som sendo abafado pelo contato entre as duas bocas. Foi somente quando a francesa tocou a parte superior da barriga, logo abaixo dos seios, que Amélie sentiu Lena gemer de dor. Amélie recuou imediatamente, saindo do beijo apaixonado que dividia com Lena.
—Você está bem? Eu te machuquei? —perguntava a francesa, sentindo sua excitação ser substituída por uma onda de preocupação.
—I’m fine, I’m fine, ok? —disse Lena, movendo as mãos até as costas de Amélie e puxando a ex-bailarina para um beijo apaixonado novamente. Dessa vez, porém, a britânica resolveu assumir o controle, forçando sua língua através da boca de Amélie e saboreando cada espaço da boca da namorada. Lena sorriu ao ouvir o gemido de prazer da francesa.
—Gosta disso, luv? —perguntou Lena, interrompendo o beijo e colando o seu rosto no de Amélie. A britânica podia sentir a respiração pesada e descompassada da ex-bailarina, e somente isso já era uma resposta mais do que suficiente, mas Lena queria ouvir da boca da namorada.
—Você sabe que sim, mon chéri. —respondeu Amélie, um sorriso malicioso se formando em seu rosto. A francesa deixou suas mãos vagarem pelo corpo da namorada, até chegar à parte da frente do short. Amélie gentilmente enfiou a mão por dentro do short da garota, mas antes de prosseguir, buscou o olhar da britânica, apenas para ter certeza de que ela realmente queria o mesmo que Amélie. O olhar de confiança que Amélie recebeu era bem mais do que suficiente para continuar, mas a francesa resolveu esperar uma confirmação verbal.
—Esperando alguma coisa? —provocou Lena, mordiscando a orelha de Amélie.
—Mon Dieu, Lena! Anda logo, ou você vai acabar me matando com essa espera! —respondeu Amélie, impaciente com a falta de resposta de Lena.
—Fine, fine. —disse Lena, um sorriso meigo nos lábios. —Me fode com tudo, Amélie! —implorou Lena. Ouvir essas palavras logo depois de receber um sorriso tão lindo era um contraste um tanto quanto estranho, mas decididamente excitante. Amélie deslizou seus dedos para dentro da calcinha da britânica, penetrando a garota em seguida. Não houve aviso, tão pouco preliminares. Amélie sabia que Lena estava pronta para receber seus dedos. Ela constatou isso pela umidade da calcinha e da intimidade da garota.
Amélie curvou seu dedo dentro da garota algumas vezes, apenas para ver como seria a reação dela. Lena gemeu com o toque, seu corpo se arrepiando cada vez que a francesa intensificava os movimentos ou a puxava para mais um beijo apaixonado. Quando Amélie retirou o dedo, Lena sentiu uma sensação de vazio, mas logo esse sentimento passou, uma vez que a francesa começou a acariciar e massagear a intimidade da garota, pressionando o clitóris da britânica.
—Você vai me torturar desse jeito? —perguntou Lena, em um tom de voz provocador. A britânica moveu os quadris para frente, tentando entrar em mais contato com os dedos da namorada.
—Mon chéri, sempre tão impaciente... —rebateu Amélie, no mesmo tom. Prevendo o argumento da britânica, a francesa introduziu novamente um dedo, arrancando um gemido fofo da namorada, que se calou imediatamente. —Assim está melhor? —perguntou, curvando o dedo dentro da garota, recebendo como resposta um arrepio do corpo da britânica.
Lena começou a rebolar o quadril no dedo de Amélie, implorando de forma silenciosa por mais contato. A francesa pareceu entender, pois começou a entrar e sair da garota, às vezes empurrando o dedo bem fundo na britânica, antes de retirá-lo novamente e brincar com o clitóris da namorada. Lena gemia baixinho em resposta a todos aqueles toques. Ela estava excitada, e estava amando o modo como a namorada a estava possuindo. Mas ela precisava de mais.
—Amélie... —sussurrou Lena, alto o suficiente para que a francesa erguesse os olhos do seio da garota. —M-mais... —implorou Lena, sentindo o rosto corar com o pedido.
Amélie apenas sorriu em resposta, estabelecendo um ritmo lento para os toques. Lena gemeu de desgosto quando a francesa passou a mover de forma ainda mais lenta o dedo que estava dentro dela. A garota moveu um pouco mais os quadris, tentando desesperadamente encontrar o toque, mas Amélie retirou o dedo logo em seguida.
—Mas o que?!—Lena começou a reclamar, mas foi silenciada pelo dedo de Amélie em seus lábios. Era o mesmo dedo que antes estava dentro dela.
—Abra a boca. —ordenou Amélie, e Lena obedeceu. A francesa colocou o dedo dentro da boca da garota, e Lena chupou e saboreou-o de bom grado, sentindo seu próprio gosto.
—Gostou? —perguntou Amélie, embora não fosse necessário. Ela sabia a resposta. Ela sempre sabia a resposta.
—Sim. —murmurou Lena. —Mas eu quero mais—Lena tentou formular seu pedido, mas foi novamente silenciada pela francesa.
—Isso sou eu quem decide. —disse Amélie, em sua voz autoritária. Lena tremeu de excitação ao ouvir a namorada falar com ela desse jeito. —Me parece, mon chéri, que você não foi uma boa garota enquanto eu estava fora. —começou Amélie, e Lena chorou quando a francesa beliscou seu mamilo com os dedos, arrancando um gemido agudo da garota. —Você foi uma garota muito má, chérie, e fez coisas que não deveria. Olhe só pra você. —disse Amélie, tocando os hematomas da britânica.
—Mas eu te contei tudo o que eu fiz! Garotas más não fazem isso! —argumentou Lena, entrando na fantasia. Céus, ela estava tão excitada com toda aquela situação.
Amélie pareceu considerar o argumento de Lena por um momento.
—É verdade. —concordou Amélie. —Garotas más não contam o que fazem... a menos que elas queiram algo em troca. —rebateu Amélie, introduzindo novamente um dedo na intimidade de Lena, que gemeu em resposta.
Amélie brincou com a garota por mais um tempo antes de retirar o dedo novamente.
—Me diga, chérie. —disse Amélie, se aproximando dos lábios da britânica. —O que você quer?
—E-eu já te disse. —Lena gaguejou em sua resposta. Amélie pareceu hesitar por um segundo.
—Ah é? Bem, talvez você possa me dizer de novo. Eu acho que estava um pouco distraída na primeira vez. —disse Amélie, praticamente sussurrando no ouvido de Lena.
—E-eu... eu quero que você me foda! —implorou Lena, moendo os quadris contra os dedos da francesa. Amélie pressionou dois dedos contra a intimidade de Lena, como resposta a ousadia da garota.
—Muito bem. Eu vou te dar a sua punição. —disse Amélie, e antes que Lena pudesse perguntar sobre o que ela estava falando, a francesa introduziu três dedos de uma só vez na intimidade da garota. Lena gritou, tremendo de prazer ao sentir os dedos indo fundo dentro dela. Amélie começou com movimentos lentos, mas aumentou a velocidade quando Lena começou a rebolar contra ela. Salpicando beijos no pescoço e na clavícula da britânica, a francesa se deliciava com o aroma da pele da namorada, bem como do som dos gemidos de Lena.
Quando Amélie sentiu as paredes internas de Lena se apertarem contra os seus dedos, ela rapidamente os retirou, ganhando um olhar confuso da britânica logo em seguida.
—Tire seu short. —disse Amélie, e sem esperar por resposta, se afastou um pouco da britânica, começando a puxar o short. Lena ergueu as pernas para o alto, e Amélie conseguiu retirar a calcinha e o short de uma só vez. Em seguida, a ex-bailarina se levantou do sofá, apenas para retirar sua calça e o que restava de suas roupas íntimas, e voltar para a britânica. Amélie afastou as pernas da garota, erguendo uma sobre o seu ombro e deixando a outra cair de lado no chão. Em seguida, a francesa se acomodou, se encaixando entre as pernas da namorada e unindo suas intimidades. O atrito entre as duas arrancou um gemido involuntário de ambas as mulheres.
—Viu o que você fez comigo? —perguntou Amélie, rebolando e esfregando sua intimidade contra a da garota. —Céus, você me deixou tão molhada... você é uma garota má, mon chéri.
Para sua surpresa, Lena começou a moer os quadris contra os de Amélie, liderando os movimentos e arrancando gemidos da francesa. O toque entre as duas intimidades estava atrapalhando a capacidade de raciocínio da ex-bailarina, que estava um pouco confusa com a situação.
—Lena, o que é isso? —perguntou Amélie, deixando de lado sua voz provocadora.
—N-nada. —gaguejou Lena, em resposta. Isso apenas deixou a mulher ainda mais desconfiada.
—Vamos, me diga o que é. Você geralmente não assume a liderança. —disse Amélie, rebolando de volta. Um gemido escapou de seus lábios quando a britânica aumentou a velocidade. —E-espere! Não vá tão rápido, ou eu vou! —começou Amélie, mas a francesa teve de interromper as próprias palavras para morder os lábios e impedir que outro gemido escapasse.
—T-tudo bem, luv. Eu não quero que você se contenha. —sussurrou Lena, carinhosamente. —Você esteve tão longe durante todo esse tempo... não vê como eu estou com saudades de você? —perguntou Lena, aumentando ainda mais a velocidade dos movimentos. A britânica sentiu o peso do corpo da namorada aumentar, e percebeu que as pernas da francesa começavam a fraquejar. Amélie estava tremendo de excitação.
—E-espere Lena! —argumentou Amélie, tentando se levantar, mas Lena levou as duas mãos a cintura da mulher e a puxou novamente, unindo suas intimidades de novo. —Eu também estou com saudades! Mas se você continuar assim... Lena, eu não sei se posso aguentar... —disse Amélie, praticamente gemendo cada palavra. Lena sentiu a namorada ficando cada vez mais molhada, o que só a incentivou a continuar com os movimentos. A britânica já podia sentir a intimidade das duas pulsando a cada toque.
Desesperada por mais contato, Lena puxou a ex-bailarina para mais um beijo apaixonado, introduzindo sua língua na boca da mulher enquanto continuava a balançar os quadris contra o sexo molhado da francesa. Amélie apenas se contorcia em cima da pequena mulher, completamente dominada pela sua própria luxúria. A parte da mente da francesa que ainda não havia sucumbido totalmente ao desejo registrava o mero detalhe de que a mulher não era possuída dessa forma pela britânica há um bom tempo, e perceber isso só ajudava a aumentar ainda mais a chama da excitação que queimava em Amélie.
Quando Lena se afastou para buscar um pouco de ar, Amélie finalmente teve a chance de retomar o controle da situação. Agarrando com vigor os seios fartos da garota, Amélie se inclinou, capturando os lábios da morena e não dando chance para a garota recuperar o fôlego. Amélie sorriu nos lábios da namorada quando sentiu a garota gemer de prazer, e se afastou um pouco para contemplar a visão: os lábios molhados e semiabertos, o peito subindo e descendo de maneira descontrolada, a respiração pesada, o olhar daqueles olhos cor de âmbar cheios de desejo, o movimento desesperado dos quadris contra a intimidade de Amélie, e o suor escorrendo por todo o corpo. Amélie ficou extasiada, dividida pela admiração e pela excitação de ver uma imagem tão perfeita como aquela. A francesa aproveitou cada segundo daquele momento, gravando cada detalhe para que nunca esquecesse.
Lena, no entanto, estava mais impaciente do que a francesa imaginava. A britânica investiu várias vezes contra a ex-bailarina, tentando em vão puxá-la para mais um beijo. Vendo que seu esforço não estava dando resultados, a garota decidiu concentrar sua vontade nos movimentos dos quadris. Sentindo o calor aumentar no centro de suas pernas, Lena ficou ainda mais excitada ao receber alguns gemidos provocantes de Amélie, que claramente estava excitada demais com a situação para tentar resistir ou assumir novamente o controle. Lena se aproveitou disso, rebolando e movendo seus quadris contra os da ex-bailarina, causando ainda mais arrepios na outra mulher.
Amélie, entregue totalmente a luxúria, retirou as mãos dos seios da morena e agarrou os próprios seios, brincando com os mamilos enquanto continuava a moer os quadris contra a namorada. A ex-bailarina sabia que não iria aguentar muito mais. Seu corpo tremia de prazer, sua intimidade, completamente molhada, pulsava a cada movimento de Lena, e a francesa já não conseguia mais segurar os próprios gemidos, que escapavam suavemente de sua boca cada vez que seu corpo se chocava com o da britânica.
—Eu vou te punir muito por isso depois, chérie. —provocou Amélie, arrancando arrepios da garota com seu tom de voz sedutor. — Agora, no entanto, eu só quero que você continue.
—O seu pedido é uma ordem, luv. —Lena respondeu, não se importando nem um pouco com as “consequências” de suas ações. Ela só queria Amélie, ali, naquele apartamento e naquele sofá, e ela iria ter isso, de um jeito ou de outro.
Os movimentos das duas mulheres se tornaram mais intensos e inconstantes, e tanto Amélie quanto Lena puderam sentir suas intimidades pulsarem de prazer, o clímax se aproximando.
—Lena, e-eu... eu... —gaguejava Amélie, o prazer tomando conta de seu corpo.
—Eu sei. —disse Lena, erguendo uma mão até a bochecha da namorada, acariciando-a gentilmente. —Apenas... apenas venha quando quiser, ok? —disse Lena, em um tom doce.
Lena sentiu as pernas de Amélie tremerem após dizer isso. A experiência, embora prazerosa, claramente estava sendo bastante exaustiva. Esse problema, é claro, aplicava-se para as duas mulheres. Lena tinha plena consciência de que não poderia manter o ritmo de seus movimentos por muito mais tempo. Suas pernas já estavam um pouco dormentes, e a dor dos seus machucados estava começando a retornar, junto com uma leve dor de cabeça. A única coisa que aliviava um pouco tudo isso era a onda de prazer causada pela francesa. Felizmente, a britânica sabia que isso não seria necessário. Lena já podia sentir o seu orgasmo e o de Amélie chegando.
Seus gritos foram acentuados pelo prazer em seus corpos alcançando o ápice.
—Lena!
—Amélie!
—MAS QUE PORRA É ESSA QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!
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