"Aqueles que amamos nunca nos deixam de verdade, ate que tenhamos nos esquecido deles."
Anastacya Hêmera nunca foi descrente, a garota sempre teve uma mente aberta, e quando Jasper Witlock entrou pela sua janela naquele dia com intensos olhos vermelhos, ela soube que esteve certa o tempo todo. O sobrenatural era real, e isso não deveria ter sido assustador, mas ver o gentil e cavalheiro major.Witlock como um completo inimigo era cruel, e aquela foi definitivamente, a primeira vez que sentiu medo em todos os seus 16 anos, mas apesar disso, ela não sentiu raiva, não sentiu ódio de Jasper, e foi demonstrando isso que ela deu seu último suspiro.
Anastacya nunca soube o que pensar da morte, nunca foi o tipo de pessoa que temia a chegada dela, mas seja o que fosse, aquilo definitivamente não era nada do que sempre escutou dos religiosos ao seu redor. A fina névoa quase transparente cobria o chão branco e completamente vazio, assim como tudo ao redor, era uma grande e infinita sala inteiramente feita no que parecia mármore, do mais branco e puro que ja tinha visto, e esse vazio cessou imediatamente, após uma jovem de capuz, com um longo vestido negro surgir em meio ao nada, segurando uma enorme foice firmemente. .apesar do olhar frio escondido por baixo da capa, a albina que segurava a foice sorriu, e ao abaixar o capuz, a expressão de Anastacya se tornou incrédula. A dona do longo vestido negro não parecia ter mais de 16 anos .
- você é uma humana estranha, Hêmera D' Laware- ela riu, fazendo a morena franzir o cenho . Eram tantas perguntas.
- ninguém me chama de Hêmera a anos - murmurou encarando a estranha- onde eu estou? E quem é você?
- você está no limbo, o lugar das almas que não vão nem para Gehena, e nem para Ássia, ou inferno e céu, como seu mundo chama - sorriu -e eu sou Arkeydia Gramineay, embora algumas pessoas me chamem de Átlas .
- você é a morte? - perguntou Hêmera, nervosa.
A albina riu
- não é assim que as coisas funcionam Hemy- tocou seu ombro, deixando de lado a expressão surpresa da garota - a morte não é uma pessoa, ela é um elemento, uma força da natureza, e eu sou a responsável por controlá-la .
- mas porque eu estou aqui? Não deveria ter isso para Ássia, ou Gehena ?- balançou a cabeça, confusa.
- sim, deveria- disse Arkeydia- e é ai que eu queria chegar. Você é uma humana diferente, a maioria deles possui uma alma " restrita" que é o que impede sua raça de ter habilidades que vão contra a natureza, como super força, audição elevada e vários outros, é por isso que vampiros não tem alma- destacou- quando um humano é transformado, sua alma precisa ser destruída para que o corpo aceite as mudanças, para que aceite todas as habilidades.
- e o que quer dizer com isso?- perguntou atenta
-ao contrário deles, sua alma é " livre" , quer dizer que você pode aprender a dominar poderes que os outros não podem, o que seu mundo conhece por magia .- esclareceu, fazendo a mais nova arregalar os olhos
- o que?- sussurrou incrédula encarando a albina, ao mesmo tempo em que a ideia a deixava maravilhada
- sim,e isso me chamou a atenção, sabe, estamos precisando de novos dominadores
- nós?- ergueu a sobrancelha
- somos os ômegas, uma irmandade criada para manter a ordem, somos responsáveis por garantir que as leis sagradas da natureza jamais sejam quebradas, e por punir aqueles que as quebram- Átlas a encarou- e você tem potencial para ser uma de nós.
- se eu aceitar...- murmurou
- você seria imortal, poderia agir normalmente como uma garota comum, e ficaria de olho nas pessoas ao seu redor, para nos dizer, ou puni-los você mesma, caso algum deles quebre as regras-disse- mas devo avisar, que se decidir ser uma de nos, não poderá ser humana, e haverá regras que terá que seguir
- quais regras?- Pensou
- existem dois tipos de regras , aquelas que são destinadas a humanos e sobrenaturais, e aquelas que nós ômegas devemos seguir. Você deve se preocupar com 5 delas, são as regras sagradas e qualquer uma delas traz consequências trágicas - frisou a Albina- a primeira delas é que nos não mentimos, jamais. A segunda é sobre traição, qualquer tipo dela é abominável e totalmente condenado por nós. A terceira nunca precisou ser aplicada entre nós, porque é um habito humano- ergueu a sobrancelha
- preconceito- sussurrou Anastacya
- racismo, homofobia, xenofobia, machismo, todas praticas absurdas, e eu nem preciso dizer nada sobre elas, não é?- pendeu a cabeça para o lado
- e quais as outras duas ?- perguntou
- inocentes jamais devem ser feridos, e não devemos manter segredos entre nós, se tem haver com você, então tem o direito de saber. - Átlas a encarou- você saberá disso e muito mais se quiser vir comigo.
- e se eu não aceitar?
- então te levarei a um dos reinos do outro lado- ela sorriu
- antes de dar minha resposta, preciso que me prometa algo- Anastacya mencionou, chamando a atenção da albina
- se eu aceitar, deve me prometer que irá apagar minhas lembranças sobre minha vida humana - aquilo surpreendeu Arkeydia, que arregalou os olhos
- porque ? - a olhou confusa
- eu jamais poderia seguir com a minha vida, sabendo que o homem que eu amo me matou para ficar com outra- sussurrou, sentindo sua cabeça doer com tantas lembranças, e ela sentiu seus olhos arderem
- você sabia!- murmurou, não parecendo surpresa
- eu achei que os sentimentos dele por mim fossem maior do que as mentiras dela- engoliu em seco- mas eu estava errada.
- sabe que ele vai perceber o que fez um dia - falou Atlas a encarando- sabe que ele vai se arrepender, não vai querer ver isso?
- quando isso acontecer, ele terá que me conquistar de novo - disse sem excitar , e a albina sorriu acenando.
- se é o que quer - concordou.
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