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História Postmortem - Four - História escrita por LaDanoninha - Spirit Fanfics e Histórias
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História Postmortem - Four


Escrita por: LaDanoninha

Notas do Autor


Demorou? Demorou!
Tá aqui? Tá aqui!
Hotel? Trivago!
Os aceitos estão no envelope, ainda não fiz o jornal, porque o meu computador foi com o caralho, então é kkkkkk
Espero que gostem do cap, o último introdutório, os próximos já são com as vossas personagens!

Capítulo 5 - Four


Fanfic / Fanfiction Postmortem - Four

Um homicídio quádruplo não era, definitivamente, algo que Laurel esperava para a sua noite — e tampouco algo que aquelas pobres almas tinham planeado. Ali, no ambiente ligeiramente azulado que era a morgue do Laboratório, jaziam os corpos inanimados de quatro pessoas. Quatro pessoas que tinham todo o tipo de história e memórias agarradas a eles, que tinham todo o tipo de experiências de vida, que tinham família e amigos, pessoas que chorariam a sua morte… E, no entanto, ali onde estavam, eram apenas corpos. Corpos com uma etiqueta no pé, lívidos e sem expressão.

Bem, agora tinha um trabalho a fazer. Ligou o gravador, pegou numa câmera fotográfica com um cartão de memória novo e começou a tirar fotos à primeira vítima. Dos pés à cabeça, com e sem roupa, tirando fotos aos detalhes que se destacavam e aos que podiam passar despercebidos. Narrando sempre o que fazia, a Dra. Reynolds certificou-se que nada ficava de fora da gravação que, mais tarde, iria usar para o seu relatório.

Com cuidado, raspou o interior das unhas da vítima que estava a analisar, embora com poucas esperanças de ter algo de útil ali. O buraco no torso da pobre rapariga falava por si.

Assim que finalizara o procedimento padrão, passou àquilo que iria, esperava ela, fornecer informações úteis para o caso. Com cuidado, a morena virou o corpo, só o suficiente para poder analisar e medir a ferida de saída. Quando a pousou, disse o que tinha observado.

— O colar de abrasão e a ferida de entrada indicam que o atirador estaria a mais de sessenta centímetros da vítima. A ferida de saída é substancialmente maior que a de entrada, sugerindo uma arma de maior calibre.

Pobre rapariga. Não merecia um fim assim.

Quando acabara de analisar esse corpo, passou para o próximo. E, quando acabou com esse, o seguinte. E, quando finalmente chegou ao fim do último corpo, organizou as provas e as conclusões a que tinha chegado, e chamou os CSI.

Demorou um pouco até que chegassem, mas isso era de esperar. Não importava de onde os investigadores eram, quer fosse Nova Iorque ou Las Vegas, eles sempre iriam demorar a chegar. Não importava sequer quanto tempo ela própria tivesse demorado a realizar a autópsia (que, no caso, tinha sido bastante; Quatro corpos não se analisam num estalar de dedos). Passados cerca de quinze minutos (e após Laur ter não só organizado melhor o que tinha recuperado, mas também enviado algumas das evidências para os devidos técnicos, como também começado a escrever o seu relatório), dois homens entraram na sala, dirigindo-se até à mesa onde o primeiro corpo se encontrava. Um deles, o CSI Sanders, ela reconhecia da cena do crime, embora já não estivesse a usar o seu colete. O outro, no entanto, não sabia quem era.

— Cameron Brogan. CSI — disse ele, estendendo a mão e esboçando um sorriso caloroso.

— Prazer, sou a Dra. Laurel Reynolds — também ela se apresentou, retribuindo o sorriso. Virou depois o olhar para Greg.

— O que tem para nós, Doutora?

Laurel gesticulou para o corpo, mais especificamente para o buraco que a bala havia feito quando penetrara a jovem.

— Bem, obviamente estamos a lidar com um homicídio. Quatro vítimas. Causa da morte é ferida de bala no torso, no caso das vítimas número um, dois e quatro, e ferida de bala no estômago na vítima número três. — Enquanto explicava, apontou para os corpos, onde eram claras as perfurações causadas pelo tiro. — As balas atravessaram o corpo em todos os casos, por isso não recuperei nenhuma. Mas, dado o diâmetro do ferimento de saída, consigo seguramente afirmar que a arma era de um calibre elevado. As impressões digitais das vítimas já foram enviadas para análise.

— Nós recuperamos algumas balas e uns cartuchos, de calibre .41. Poderão ter vindo da arma que os matou? — Brogan questionou, observando o ferimento no corpo da jovem loira.

Ele se moveu para fitar Laurel, que assentiu, observando melhor os olhos azuis que a observavam. Manteve o olhar fixo no dele por apenas algumas milésimas de segundo, antes de se virar para Greg.

— É certamente possível, sim. No entanto, da minha parte, nada pode ser confirmado.

— Algo de estranho nos corpos? — Greg estava, certamente, mais focado que o seu colega, mas não por isso mais determinado. Todos os investigadores tinham uma determinação sem igual, ao ver de Laur. Vinha com o cargo.

— Não é propriamente estranho, mas a vítima número 3, este senhor aqui? Parece que o tiro que levou no estômago foi à queima roupa — caminhando até à mesa onde este se encontrava, apontou para as marcas à volta da ferida — É uma ferida de contacto, e a roupa confirma isso. Por isso, deduzi que ele estaria bastante perto do assassino, talvez até tenha conseguido ferí-lo. Raspei o interior das unhas dele para recolher qualquer DNA que pudesse ter sido transferido. Já foi enviado para o técnico.

Os dois olharam bem para a ferida, querendo ver melhor aquilo a que a médica legista se referia. Aproveitou enquanto eles estudavam as marcas, e foi buscar o cartão SD com a cópia das fotografias que tinha tirado aos corpos. Guardando-o numa caixinha de plástico, para evitar acidentes (perda ou quebra do cartão, estragarem-no porque tinham-no posto nos jeans e de repente já não funcionava… já tinha visto de tudo, e não ia correr riscos), entregou-o ao supervisor.

— É tudo? — perguntou o moreno, guardando a caixa no seu bolso.

— Sim. Enviei tudo o que encontrei para os respetivos departamentos, está tudo no relatório da autópsia, que está... — Procurou o aglomerado de folhas na bancada para lhes entregar. — Aqui mesmo. E é só isso.

— Obrigada, Doutora. Bom trabalho. — E, com isto, ambos os CSIs se retiraram. Laurel permaneceu com os corpos para pôr na sala, onde ficariam até que as famílias as viessem identificar… Se sequer viesse alguém. Não seria incomum não ter ninguém vivo para verificar se a identificação estava correta. Por vezes, até havia. Apenas eram pessoas que não se davam ao trabalho de vir verificar.

Com cuidado e atenção, e um por um, empurrou as macas para a sala gélida que ficava adjacente à sala de autópsias, cobrindo-os com lençóis brancos dos pés à cabeça.

Só mais um caso, só mais uma autópsia.

Só mais uma vítima que passaria a ser um número para o sistema.



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