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História Prazer (doce tortura) - Família secreta - História escrita por Dreams_Hotsss - Spirit Fanfics e Histórias
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História Prazer (doce tortura) - Família secreta



Capítulo 17 - Família secreta


No meio da floresta inexplorada daquele vilarejo

Jack

Luar moveu a cabeça embaixo do meu toque, batendo com força o casco no chão.

_ Está tudo bem, Luar _ assegurei, insistindo em continuar a escovar o seu pêlo.

Novamente ela sacudiu a cabeça. Relinchou e ficou tensa, as narinas dilatadas, a inquietação do medo. Me afastei apreensiva.

Agora foram os cães. Antes me observavam tranquilamente, mas pularam do seu tapete velho e correram para a porta fechada do estábulo. Latiam ameaçadores e rosnavam para algo lá fora, pela fresta entre a porta e o chão.

_ Vocês enlouqueceram? _ desdenhei.

Olhei pelas frestas da larga porta de madeira, tentando ver algum animal que justificasse aquilo tudo. A floresta estava silenciosa como sempre. A clareira onde ficava a fazenda era um amplo pátio vazio.

Olhei para a casa e percebi a distância que me afastava de sua segurança. Estremeci ao pensar que, se houvesse realmente um problema aqui, eu não estaria segura no caminho até lá. Senti que estaria desprotegida durante o longo percurso.

_ Ahh! _ o susto do repentino baque, do outro lado da porta, bem onde eu estava encostada, me assustou.

Um enorme focinho farejou ali. Parecia o focinho de uma cão. Mas em uma proporção mega. Só o nariz equivalia ao tamanho da minha mão espalmada. Sua respiração era quente, bem no meu rosto, pelas frestas da porta.

Os cachorros estavam loucos. O cavalo empinando dentro da sua baia. Até que ouvi um rosnado baixo na sua respiração, e tudo vivo dentro daquele estábulo estremeceu e se encolheu. Os cachorro grunhiam encolhidos, tremendo. Até a Luar ficou em silêncio, tremendo.

Peguei a foice pendurada num canto e me preparei para o caso de aquilo entrasse. Não sabia se poderia realmente me denfeder, mas pelo menos era uma chance.

Farejou de novo e cavou um pouco em baixo da porta. Depois se levantou e sua respiração pareceu captar o meu cheiro. Uma longa respiração, como se eu fosse uma flor. Foi quando estremeci e o medo me tomou. Ele me sentiu alí.

Paralisada, sabia que agora eu estava perdida. Juntei toda minha força para dar um passo para trás, me afastando da porta. Foi quando aquilo bateu de novo na porta e correu para a floresta. Pude ver onde ele entrou na mata, quando voltei a olhar pelas frestas.

Mas do que urgente, corri para a casa com os cães no meu encalço, logo após trancar o estábulo.

Dentro de casa, e com a porta trancada, observei os cães seguirem para suas vasilhas de comida. Meus pais assistiam tevê, nem me viram ou notaram nada. Apenas a batida da porta fechando.

_ Jack _ ouvi meu pai chamar.

_ Sou eu _ assegurei.

Subi para o meu quarto. Fiquei pensando e especulando sobre, o que seria aquilo? Que animal extraordinário era aquele? E principalmente, o que foi exatamente que aconteceu agora à pouco?

Escola municipal local, onde as parcas notícias deste lugar existem e até fazem sentido para alguém.

_ Um lobo grande foi visto ontem vagando perto da fazenda do velho Ruock _ ouvi uma garota comentar com a amiga quando passei pelo corredor do colégio indo para a diretoria.

Alguém me encarou enquanto eu passava.

_ Quem é ela? _ ouvi quando o me notaram.

_ É uma garota nova _ alguém deduziu certeiramente em um tom enfadonho.

Nunca frequentei qualquer lugar desta cidade. Estudei em casa o tempo todo. Mas se eu quero cursar faculdade, e eu quero. Preciso passar na prova geral. Porém o maior motivo para eu me matricular aqui no último ano do ensino médio é que eu quero sentir o que é uma escola, pelo menos por um ano. Em casa, essa foi uma briga que eu venci.

Dentro na sala de espera da diretoria, eu estava esperando algo. O diretor, no primeiro momento, me olhou como se eu fosse um alien ou uma encrenqueira. Ainda não consegui decidir.

Um rapaz alto e com ombros largos passou direto pela porta da sala de espera, e chegou na mesa do diretor. Eu os via através da porta aberta. O diretor me indicou. O rapaz me encarou por uns instantes, ouvindo as instruções do diretor. Não parecia nada contente. Olhava para mim com uma expressão neutra. Finalmente, o diretor levantou e veio até mim com o seu aluno.

_ Jack, este é o Asrael. Ele vai te mostrar as suas aulas e a escola por esta semana, para você se acostumar com o lugar.

O loiro me estendeu sua mão que eu aceitei em um cumprimento tímido, apesar de eu ter tentado disfarçar.

_ A diretoria _ apontou para trás com o polegar, quando saímos da sala para o corredor _ Corredor principal e os armários ao longo dele. Não são muitos, não há muitos alunos. Ninguém é louco de se mudar para esse fim de mundo... _ parou tentando não me ofender, seu olhar sobre mim era de curiosidade com uma pitada de piedade misericórdiosa _ Por que se mudou para este lugar? 

Olhei bem nos seus olhos muito azuis, e levantei o queixo para encarar o seu rosto, lá no alto _ Nasci aqui.

Levou um tempo para ele analisar a informação, tentando me dar crédito. Evitava me chamar de mentirosa, novamente tentando não me ofender.

_ Nunca te vi por aqui _ parou de andar, me encarando com um ar sério que deu um tom cinza ao seus olhos.

O imitei, encarando de volta sem embargo nenhum _ Nunca saí pela cidade. Moro numa fazenda estratégicamente arquitetada para não ser percebida. Fica literalmente no meio da floresta _ sorri da sua cara abobada e continuei a passada.

_ Como sobreviveram sem sair da fazenda? _ me acompanhou de perto.

_ Mas nós saímos, de helicóptero. Vamos para o centro da capital, vez ou outra.

_ Como vendem o que produzem?

_ Não vendemos. Usamos quase tudo o que produzimos. Se sobra algo, doamos.

_ Porque se manter isolados da sociedade local?

_ Não só dá sociedade local, do mundo. Meus pais são adeptos da teoria da conspiração.

O loiro encolheu os ombros, aceitando o fato afinal. Parou numa quebra do corredor e indicou com a cabeça _ Seguindo por aqui, você chega no refeitório. Mas nós vamos por alí _ apontou com o indicador para o lado oposto, onde começava um novo corredor.

_ Sim.

Seguimos pelo corredor de portas até quase a metade. Ele abriu uma das portas e segurou para mim. Entrei olhando para a sala de jovens que me olharam, e me apressei em escolher um lugar e segui para ele, sentando.

O loiro entregou um papel para a professora, lhe dizendo algo muito baixo. A professora me olhou e sorriu, enquanto Asrael ia sentar-se.

_ Jack é a nova colega de sala  de vocês _ falou para toda sala _ Vocês poderão conhecê-la depois. Agora, de volta a aula.

Respirei aliviada por não ter que me apresentar.

Senti uma pinicada na minha nuca, e ao passar a mão, notei uma pequena bolinha de papel. Levantei o olhar para o lado onde ela viera, e encontrei um par de olhos curiosos e rosto amistoso. Passou um bilhete da última carteira que seguiu por muitas mãos até a minha. Sem muita reação, virei para frente novamente e abri o bilhete para ler. 

"Quer ir ao baile comigo?", dizia. Eu não sabia o que responder, por isso escrevi  "Me pergunte depois", e devolvi o bilhete que seguiu para o garoto parecido com o Shaw Mendes.

Tão logo acabou a aula, Asrael estava de pé ao lado da minha carteira. Guardei o celular usado para fotografar a lousa e fazer anotações.

_ Pronta para a próxima aula? _ pareceu ansioso.

_ Claro, vamos lá.

Seguimos para o corredor.

_ Você gosta de Biologia? _ mostrou interesse pelas minhas predileções, dava para ver isso na atenção com a qual mantinha o olhar azul sobre mim.

_ Gostar não é bem a palavra que eu usaria. Você parece gostar.

_ É fascinante! Poder ver seres que eu sequer sabia que existia, através do microscópio, faz pensar que tudo está vivo.

_ Sei lá. Eu diria que é meio assustador.

_ Assustador? _ ficou surpreso com a palavra.

_ É. Pensa bem? Saber que nossos corpos são um tipo de planeta para um ecossistema de bactérias e fungos, internos e externos. E também, que não importa o quanto se limpe, nadar​ nunca estará livre desses microorganismos.

Gargalhou como um tossir _ É sério? Você é uma dessas maníacas por limpeza?

_ Se tenho TOC? Não. Bem longe disso. Só estou mexendo com você. Claro que eu deveria ter, todo mundo desse século tem.

_ O que você curte fazer?

Andávamos de vagar.

_ Tudo. A vida é vida é muito curta para escolher antes de saber. Prefiro experimentar.

_ Vou refazer a pergunta. O que você está fazendo no momento?

_ Minha nova aventura é descobrir os mitos e os fatos sobre o ensino médio.

_ Que terrível! _ gargalhou, mantendo o olhar sempre sobre mim _ Mas acho que posso te ajudar nisso.

_ Que bom que se ofereceu! Obrigada.

_ Disponha. Não seria nada cavalheiro te deixar sozinha nessa furada. 

_ OK. Já tenho uma pergunta para você. Me diz, vai ter um baile? 

Ficou sério de repente, e parou _ Tem. Será no segundo final de semana. Nós podemos ir juntos? _ pareceu nervoso, acho que vi ele engolindo seco.

Analisando a situação, reparei no loiro de cabelo muito liso, num corte um pouco mais comprido e solto. O corpo era como o de um Zeus ten. E ainda assim, ele estava nervoso?!

_ Seria ótimo _ soro natural.

Ele sorriu.

Acho que ir com o rapaz que foi obrigado a me mostrar a escola cortava qualquer ar de romance da situação. Não que isso fosse ruim, mas não seria só isso, já que conversamos antes.

_ Chegamos _ ele passou pela sala aberta, eu o segui.

_ A... Jack _ o professor disse assim que entrei _ Seja bem vinda. Sente-se com o Asrael, por favor? Teremos uma atividade para nota hoje.

_ Obrigada, professor.

Segui para o Asrael em seguida.

_ Lugar pequeno _ o loiro explicou o fato do professor já saber o meu nome.

_ Eu sou a notícia do momento?

_ Ô se é! Concordou​ antes de começar a ajustar as lentes do microscópio sobre a mesa.

O dia na escola seguiu neste ritmo.

Asrael

_ Conheci uma garota diferente hoje _ comentei com meus​ irmãos durante o jantar.

_ Quem pode ser diferente aqui? _ Jonas desdenhou.

_ O que é diferente? _ Kate interviu.

_ Ela é inteligente, antenada... Hoje foi o primeiro dia dela na escola local?

_ É uma criança?

_ Não. Está no terceiro ano comigo.

_ A louca se mudou para cá? _ Jonas censurou.

_ Na verdade, ela sempre morou aqui, mas nunca saiu pela vizinhança.

_ Estranho! _ Kate comentou _ É isso que há de diferente nela?

_ Também _ de repente me vi divagando sobre o que era especial na Jack e pareceu que não havia palavras para descrever _ Deixa pra lá.

_ Acho que o neném tá apaixonado _ Jonas zombou e riu.

_ Não me chama assim _ avisei.

Depois Kate comentou sobre o seu dia. Fizemos nossas tarefas de sempre. Foi minha vez de lavar a louça. Jonas tirou o lixo. Kate havia cozinhado e agora assistia tevê.

O celular vibrou no bolso frontal da minha blusa. Chequei, e era a Jack. Consegui trocar número com ela durante o almoço.

Recebi um convite para conhecer sua fazenda secreta no final de semana. 


Notas Finais


❤️


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