(BRIAN’S POV)
Eu já estava um pouco alto. Embriagado o bastante para não me importar com a forma desleixada com a qual meus quadris se moviam, sóbrio o bastante para não ter coragem de ir até o dono daqueles olhos tão verdes que teimavam em grudar em mim.
Ele se mantinha distante, escorado na parede com a garrafa segura entre os dedos, imóvel e atento a mim. Eu permanecia no meio da sala, balançando o corpo no ritmo da música, uma garrafa idêntica à dele presa em meus dedos.
Sentia arrepios se propagando por cada nervo do meu corpo, assim como uma sensação gelada na boca do estômago. Eu queria ir até ele, queria dar em cima dele descaradamente, como as garotas faziam ao meu redor, atirando-se sobre os rapazes.
Mas havia algo naqueles olhos verdes que me impedia de fazer isso. Um magnetismo diferente, que pareciam me alertar que se, por um acaso, mergulhasse neles, não poderia mais sair dali. Era excitante, mas dava medo.
– Vou pegar mais bebida, quer mais? – Gena tocou em meu ombro, sorrindo largo. A resistência dela ao álcool me impressionava.
– Não, já tô no meu limite. – ri bobamente – Se eu beber mais perco a noção das coisas.
– Incluindo Zachary? – aumentou o sorriso e eu assenti – É bom que você o pegue de jeito, caso contrário não me importo em catar suas migalhas. – ri e ela riu junto, pegando a garrafa vazia de minha mão e se afastando.
A ausência do frasco de vidro fez com que me sentisse deslocado. Acho que a garrafa me servia de suporte, não sei.
Continuei dançando, agora um pouco mais tímido. Eu sentia os olhos dele abrindo um buraco em minha nuca e aquilo me deixava mais sóbrio do que eu gostaria. Até pensei que não conseguiria por o plano em prático, quando senti uma mão tocar em minha cintura, o que me fez pular de susto.
– Vamos pra casa? – era Zachary, perguntando com a boca próxima demais do meu ouvido. E a música não estava tão alta assim para que ele precisasse daquele tipo de aproximação.
– Mas não passou nem uma hora...
– Uma hora e meia, Brian. – sorriu – É, eu contei.
– Ninguém conta tempo em uma festa, Zacky. – ri e ele me acompanhou – Não tá se divertindo?
– Claro que sim. – seus olhos me encararam de modo sugestivo e eu estremeci – Mas eu tô cansado... Se você não quiser ir...
– Eu quero! – “Isso, Brian, da próxima vez seja tão sutil quanto agora!”
– Pois então vamos... – pegou em minha mão, me puxando dali.
– Não vamos nem ao menos nos despedirmos de Thomas?
– Quem precisa do Thomas, Brian? – piscou pra mim, me conduzindo até a porta.
Oh, meu Deus!!!
Nós saímos dali sem nos despedirmos de ninguém. Ao alcançarmos a calçada, ele soltou minha mão, enterrando as suas no bolso da calça. Minha calça não tinha lugar para que eu escondesse minhas mãos e, como com a garrafa, me senti deslocado, sem onde me apoiar.
– Se divertiu? – ele perguntou do nada, olhando para frente.
– Yeah.
– Você pareceu se divertir muito com Gena e Michelle. – havia algo de diferente na voz dele, algo que eu não consegui captar.
– Falando em amigos, não vi seus amigos lá. Pelo menos não vi Sanders... – ele não me respondeu com palavras, apenas um sorriso – E James... O que houve entre vocês?
– Divergência de opiniões. Só isso. – seus olhos verdes brilharam pra mim e ele passou a mão sobre meus ombros – Cansado?
– Não...
– Também não. – sorriu, voltando a olhar para a frente. Aproveitei e coloquei meu braço em sua cintura. Ele não pareceu se incomodar.
– Tô com vontade de cantar.
– Cantar o que?
– Não sei... Algo divertido. – ri de sua expressão e mordi o lábio... Eu ia mesmo dizer aquilo? – “True Colors”.
– Cindy Lauper? – arqueou a sobrancelha, exibindo um ar divertido.
– Você conhece essa música? – Tá, eu me surpreendi.
– Se quiser a minha companhia pra cantar, saiba que eu só sei o refrão.
O encarei e ele sorriu. Meu estômago se revirou. Andando lado a lado, a mão dele em meu ombro, a minha em sua cintura, fomos cantando o percurso todo até em casa.
E Zachary sabia bem mais que o refrão.
****
(ZACKY’S POV)
Chegamos em casa em menos de dez minutos. Assim que abri a porta, os filhotes vieram correndo até nós. Pinkly pulando ao redor de Haner, Ichabod cravando os dentes no tecido da minha calça. Cão dos infernos.
– Eles chegam em dois dias. – peguei o pequeno demônio no colo – Como vamos convencer seu pai?
– Maria cuida disso. – ele riu, tentando fazer a cachorrinha se acalmar em seu colo. – Os Baker tem poder sobre os Haner.
– Todos eles?
– Talvez. – mordeu o lábio, dando as contas para mim. Não pude evitar secá-lo – Venha, você precisa alimentar Icky.
Seguimos para a cozinha e demos comida para os dois diabinhos, trancando-os na área de serviço. Encarei Brian e ele retribuiu o olhar. Ficamos algum tempo sem dizer nada, até que ele riu espontaneamente, divertido.
– Vamos tirar toda essa coisa branca do seu rosto?
– Ah, mas eu tava gostando. – fiz bico e ele riu.
– Pare com isso. – andou até onde eu estava, pegando em minha mão e me puxando para a escada.
O caminho todo não consegui deixar de secar as partes traseiras de Haner. Ele me levou até o banheiro, meu pensamento a mil. Quando pensei em passar meus braços por sua cintura e prendê-lo entre meu corpo e a pia, ele se afastou. Deixou-me só no cômodo, mas logo voltou com um frasco em uma mão e um pacotinho na outra.
– O que é isso?
– Um treco pra tirar maquiagem. – sorriu, erguendo a outra mão – E isso é algodão.
Dei de ombros, deixando que ele tirasse a tintura branca do meu rosto. E eu não pensei que aquilo fosse tão difícil de remover. Eu já estava ficando agoniado e ele se limitava a rir.
– Ah, droga, vai ficar assim mesmo! – me irritei, tentando sair dali, mas ele não deixou.
– Só tenha um pouco mais de calma, pra dizer a verdade só falta a testa. – molhou mais um pedaço de algodão e levou até o meu rosto.
Impaciente, fechei os olhos. Haner continuou esfregando meu rosto, as vezes seus dedos esbarrando na minha pele. Lembrei-me de como ele passou aquilo na minha cara antes de irmos para a festa. Arrepiei.
– Você não devia fechar os olhos. – sua voz me fez despertar e o encarei sem entender – A cor deles é bonita.
Não respondi, apenas observando suas bochechas ganharem um tom avermelhado. Ele pareceu sem graça e não falou mais nada. Fechou o frasco ao terminar de tirar a minha maquiagem.
– Não tem mais nada?
– Não. Livre da maquiagem. – sorriu desconfortável – Eu acho que eu vou...
Não permiti que ele completasse a frase, muito menos que saísse daquele banheiro. O empurrei contra a parede, tomando seus lábios para mim. Ele se limitou a gemer abafado contra minha boca.
(BRIAN’S POV)
Eu era quem deveria tê-lo agarrado, não o contrário. Eu deveria estar no comando da situação, não prensado contra a parede. Mas eu não me importava muito, afinal Zachary estava atacando meus lábios e aquilo era tudo que eu precisava no momento.
Suas mãos grandes desceram pelas laterais do meu corpo, apertando forte por cima da camisa da minha fantasia. Levei minhas próprias mãos até seus cabelos, puxando-os sem delicadeza, o que o fez quase arrancar o tecido que me cobria, tamanha a força com a qual puxou a camisa.
Separamos nossos lábios e ele ficou ofegando contra o meu rosto. Deslizou a ponta de seu nariz por minha bochecha, parando com a boca no lóbulo da minha orelha.
– Dessa vez eu quero ir até o fim, Haner.
– Tem certeza? – estremeci, arranhando sua nuca e escutando um som de aprovação partir de seus lábios.
– Tenho. E eu quero ficar por cima. – completou, rindo pelo nariz.
– Então tenha cuidado...
Ele afastou o rosto do meu para poder me olhar nos olhos. Parecia que ele esperava uma resposta negativa da minha parte. Caramba, será que ele não tá sentindo alguma coisa o cutucando lá embaixo?!
Zacky voltou a me beijar, tateando a parede até achar a porta. Me fez andar de costas, conduzindo nos dois às cegas de volta ao quarto. Dessa vez não tentou rasgar a minha camisa, apenas enrolou os dedos na borda da peça, puxando-a para cima. Levantei os braços, permitindo que ele me livrasse do tecido.
Eu tentei tirar a dele, mas a criatura me impediu, apertando meu membro dolorido por sobre a calça. Golpe baixo da parte dele. Voltou sua atenção para o zíper, descendo-o e puxando a peça depressa, fazendo o tecido ir parar na metade das minhas coxas.
Estava quase nu e Zachary ainda com suas roupas. Eu quis reclamar disso, mas ele me empurrou contra a parede próxima, quase me fazendo cair por conta da calça enroscada em meus pés. Livrou-se da peça, me deixando apenas de cueca. Olhei para baixo e ele sorriu.
– Lembra-se do dia do sofá, Haner?
– Lembro...
– Quando você me viu assim... – puxou a cueca para baixo em uma velocidade que me assustou. Gemi baixo ao ter meu membro liberto e Zacky ficou encarando-o por muito tempo, até que lambeu os lábios e me fez sentir vergonha por isso – No que você pensou?
– Eu... – engoli em seco, mas incapaz de desviar minha atenção das esferas brilhantes que me encaravam – Eu quis... te enl... Ah, Zachary, não me faça dizer isso!
– “Enlouquecer”? – concordei, me sentindo altamente vulnerável ali – Não sei por que a vergonha... Você está nu. E duro.
– Você não vai me fazer pedir, vai!?
Ele alargou o sorriso e eu estava prestes a mandá-lo para o inferno, mas o infeliz foi mais rápido. Seus lábios cheios fecharam-se em torno da minha ereção e eu pude ver estrelas na hora.
Não sei qual era o seu limite, mas ele me permitiu afundar todo em sua boca, deixando minhas pernas fracas e moles. Tateei a parede, arranhando-a inutilmente e sem encontrar nenhum lugar para me segurar. As duas argolas geladas roçavam pela carne quente do meu pênis, piorando o meu equilíbrio.
– Zacky... – consegui apoiar uma mão em um de seus ombros e percebi que eu tremia. Ele entendeu, segurando minhas coxas com força.
E sua boca fez todo o resto.
Eu sentia o vai-e-vem de sua boca, as paredes internas de suas bochechas acariciando meu membro que queimava, aquela língua úmida esfregando com força as veias dilatadas e pulsantes. Ele parecia não precisar de ar, nem ao menos se incomodar em ter todo o meu volume em sua boca.
Olhava para baixo e via meu membro sumindo dentro da cavidade quente, seus lábios cada vez mais vermelhos apertados contra o órgão. Quando ele me libertou do confinamento de sua boca, a língua rosada passou a acariciar minha glande.
Eu sabia, pelo pré-gozo que sujava seus lábios, que se não desse um basta naquilo (por mais gostoso que fosse), Zachary iria ter o completo controle de todo o ato.
Minha intenção só era ser passivo na hora de levar. Só isso.
Puxei seus cabelos, fazendo-o parar com a sucção e me encarar. Com a pouca força que me restava, o alcei, deixando-o de pé para que pudesse atacar seus lábios. Gemi ao sentir meu gosto em sua boca e ele me apertou contra si, gemendo junto.
– Tire isso.
Ele me obedeceu, arrancando o terno e a camisa sem a mínima delicadeza. Fez o mesmo com a calça, me arrancando outro grunhido quando parou, totalmente nu a minha frente. Tá, eu sempre impliquei com seu peso, mas Zacky é muito, muito gostoso.
Sua pele é clara e leitosa, como se pedisse marcas roxas. As coxas são grossas, são membro é avantajado e o peito largo, assim como os braços fortes. Zacky é todo grande, se é que me entendem.
– Vire-se. – ele me encarou confuso, arqueando a sobrancelha, me fazendo rir – Não vou te comer, fica frio. Agora vira.
E ele o fez. E lá estava uma das minhas partes preferidas do corpo de Zacky. Suas costas.
O abracei por trás e percebi que ele realmente tinha medo que eu o penetrasse, uma vez que paralisou quando meu membro roçou em suas nádegas. Acariciei sua barriga com os dedos, sentindo ela se contrair ao meu toque. Deslizei o nariz por sua pele, cravando de leve os dentes na cútis, sendo brindado com um suspiro.
Eu sabia que preliminares longas podiam deixar o sexo melhor, mas eu não consegui enrolar muito e logo fiz o que eu tanto queria fazer com suas costas. Estiquei a língua e toquei na pele quente, deslizando o músculo molhado por ali.
– Céus, Haner... – ele ofegou, esticando a mão para trás e apertando meu quadril.
Apertava seus mamilos enquanto mordia e lambia suas costas, acompanhado por seus gemidos baixos. Cravei meus dentes em seu ombro e notei a pele das nádegas de Zacky suja com meu pré-gozo. Foi quando ele me virou de frente, roubando um beijo.
E eu não sabia que existia sensação tão boa como o roçar de nossos sexos eretos.
Eu sentia o meu suor grudando nele, sua boca colada na minha, a língua disputando espaço com a minha, enrolando-se nela e tentando convencê-la a ceder o controle da brincadeira. O corpo de Zachary fervia e era como se eu tivesse consciência de cada partezinha dele, desde as pulsações desesperadas em seu membro até as minúsculas gotas de suor que escorriam por sua nuca. Achava isso maravilhoso.
Ele jogou-se na cama, me levando com ele. O espaço era diminuto e ele se ajeitou em cima de mim, me fazendo abrir as pernas. Nossos sexos tiveram mais contato e deixamos gemidos gêmeos abandonarem nossas gargantas.
– Você é muito gostoso, Brian. – resmungou enquanto beijava o meu pescoço, me arrancando suspiros.
– Digo o mesmo... – ouvi sua risada – Mas eu não quero que isso acabe tão rápido.
– Eu tô quase explodindo...
– Senta. – ignorei sua reclamação e ele me encarou confuso – Vai, senta.
Ele saiu de cima de mim, com uma expressão de poucos amigos. Ajeitou-se na cama como podia, sentando de acordo com o meu pedido. Tratei de levantar e me aproximar dele.
– Pronto, sentei, o que... Merda, Brian! – senti suas mãos em mim e me permiti rir.
Apertando sua cintura entre as minhas pernas, sentei em seu colo, deixando seu membro abaixo das minhas nádegas, roçando ali. Zachary me puxou para um beijo violento e aquilo somado ao seu tamanho... É, o lubrificante tinha que ser muito bom.
Nós dois fazíamos o possível para morder um ao outro, eu em seu pescoço, ele em meu ombro. Remexia meus quadris para atiçá-lo, mostrando o quanto eu queria aquilo, exigindo que ele também me mostrasse o quanto me desejava para si. Zacky me apertava e me impulsionava para baixo, dando-me a prova que eu queria.
Ele jogou-se para trás, deitando-se na cama e me deixando inclinado sobre ele. Continuei a mordê-lo e senti suas mãos em minha bunda, apertando o local. Elas desceram para minhas coxas, arranhando beliscando a carne. Queria bater nele por me deixar tão quente e fora de órbita.
Eu iria transar com ele. Oh, Deus, ia mesmo!
Separei meus lábios de seu pescoço quando notei um de seus dedos roçando na minha entrada. Aquilo me fez ter um misto de medo e ansiedade. Zacky sorria malicioso, friccionando o dedo com mais força.
– Na gaveta da cômoda tem lubrificante. – soltei entre ofegos e ele abriu um sorriso – Talvez isso possa te ajudar um pouco.
Zacky me tirou de cima de seu corpo e eu quase reclamei. Mas eu sabia que ele não havia levantando por levantar, muito menos para se exibir pra mim e me fazer comê-lo com os olhos. Ele iria até a cômoda, pegaria o tubo de lubrificante e iria rir ao vê-lo, me lançando um sorriso maroto. Exatamente como estava fazendo nesse exato momento.
– Você teve coragem de comprar uma coisa assim? – ainda olhava para o lubrificante com ar divertido enquanto sentava ao meu lado.
– Seguinte, você não acha que isso iria entrar em mim normalmente, acha? – apontei para seu membro inchado e ele riu.
– Então você já sabia que eu iria te comer?
– Você me deixaria te foder, Zachary? – ele negou com a cabeça – Pois então.
– Nós só temos um problema aqui, Brian. – foi se aproximando de mim, fazendo eu me inclinar até que estivesse deitado com ele por cima do meu corpo.
– E qual é?
– Não tenho ideia de por onde começar... – seu tom de voz era manhoso enquanto ele beijava minha garganta – Pode me ajudar?
– Suja o dedo... E enfia devagar...
– Mas você está em uma posição tããããoooo difícil pra fazer isso. – olhou para mim com ar de criança marota, me deixando confuso – Você não tem pena de mim? Com essa coisa dura e dolorida entre as pernas?
– Onde exatamente você quer chegar?
– Fique de quatro.
Era compreensível.
Matthew ficava um tesão de quatro, assim como as poucas garotas com as quais eu já transei. É realmente excitante ver a sua presa nessa posição, mas a questão era que eu nunca ocupava esse papel. Droga, ele me deixava com vergonha.
Eu tentei retrucar, mas sua expressão era tão decidida que se eu recusasse era capaz dele me comer a seco. Isso seria bem pior do que me expor para ele naquela posição constrangedora. Me ajeitei do jeito que ele queria, evitando olhar para trás, mas não conseguindo cumprir essa última parte quando ouvi um gemido rouco vindo dele.
Voltei meus olhos para o garoto, observando seu olha fixo em minha bunda, assim como os lábios mordidos e sua mão acariciando o próprio pênis. Voltei depressa meu olhar para frente, encarando a fronha do travesseiro. Eu sabia que aqueles orbes verdes não desgrudavam o olhar da minha entrada.
Ouvi o barulho do tubinho sendo aberto e estremeci.
– Pare de me provocar, Brian.
– Hm?
– Você tá se contraindo bem na minha frente. Não me faça ter vontade de enfiar a seco.
Corei e ele riu. Não sei se queria me torturar ou o que, mas ele demorou muito para aproximar o dedo. Tanto que quando o fez eu quase pulei de susto, mas ele segurou firme meu quadril com a mão livre.
– Devagar? – assenti e logo senti o digito melecado roçar na minha entrada.
Não consegui evitar um gemido longo quando o senti fazendo aquilo. Ele respondeu forçando um pouco mais o dedo, entrando com o digito até a metade. Tive de agradecer por ir treinando antes, porque o dedo de Zacky era quase da grossura de seu pênis.
– Um só tá bom? – notei sua voz falha. Pensar que a visão que tinha era o motivo para aquilo... Meu membro pulsou.
– Ainda gosto muito do meu rabo, cale a boca e enfie esse dedo. – resmunguei e ele prontamente me obedeceu. Comecei a rebolar os quadris para auxiliá-lo.
Eu gemia baixo e escutava seus grunhidos. O dedo grosso estava enterrado em mim, friccionando-se contra as paredes e entrando com força. Meu quadril doía tamanha era a força com a qual Zacky o apertava. Devia estar se controlando muito, fato que agradeci.
– Enfia outro... com cuidado...
Ele tirou o dedo que estava em mim, me fazendo estranhar a sensação de vazio. Mas logo senti dois dedos juntos roçando lá atrás, o que me deixou verdadeiramente assustado. E Zacky fez uma coisa que me surpreendeu, considerando seu estado.
Ao mesmo tempo em que sentia os dedos entrando em mim, recebi beijos molhados na pele. Os dígitos entrando juntos causaram uma dor considerável, mas só o fato de ele estar inclinado sobre mim e beijando minhas costas foi o suficiente para que eu aguentasse, deixando ele me alargar.
Seus dedos se afastavam dentro de mim, como no movimento de uma tesoura, buscando aumentar o espaço no meu... Er, pra caber ali. Comecei a rebolar mais rápido e ele girava os dedos, me obrigando a morder o travesseiro para não gemer tão alto. Eu estava dolorido e Zacky também. Minha entrada estava dormente, mas não era o bastante... Ainda assim mandei tudo para o inferno.
– Zacky... – recebi um gemido em troca – Tira isso daí e me fode de uma vez!
O som que saiu da boca dele foi inexplicável. Arrepiou até o menor dos pelos do meu corpo, me fazendo sentir tão vulnerável que eu me encolhi. Ouvi um resmungo e entendi que ele se atrapalhara para passar o lubrificante no membro ereto. Escondi meu rosto no travesseiro, empinando-me mais para ele.
Logo o senti ali. Quente, molhado, pulsando. Duro. Absurdamente duro, roçando na minha entrada.
Zacky entrou devagar, mas eu me senti rasgado. Ele era enorme e doía pra caralho. Grunhi de dor e acho que ele ouviu, já que parou de se forçar contra mim, deixando apenas a glande ali dentro. E, considerando seus gemidos, devia ser extremamente torturante ter meu interior apertando a parte mais sensível de seu membro.
Mexi os quadris devagar, em movimentos circulares, incentivando-o a entrar lentamente. E ele o fez, com as mãos fixas em meus quadris, empurrando seu pênis em uma lentidão absurda, ideal para mim, mas torturante para ele. Zacky gemia desesperado, apertando os dedos em minha pele.
– Você é tão quentinho... E apertado...
Oh, Deus, cale a boca, Zachary!
– N-não diz isso...
– Mas é... hmmm... Você tá me esmagando... – suas mãos desceram para minhas nádegas, separando-as enquanto ele me penetrava – Droga, isso é tão bom!
Eu não conseguia dizer nada, apenas mover meus quadris contra ele e gemer. Gemer como um desesperado. Ele já estava todo dentro de mim, tão duro e quente que eu podia derreter ali mesmo. Sentia toda a sua extensão preenchendo cada mínimo espaço dentro de mim.
Zacky iniciou um vai-e-vem lento, tirando metade de seu membro e voltando a me estocar, aumentando gradativamente a velocidade. Minha entrada ardia como o inferno, mas ele era tão bom fazendo aquilo que eu nem pensava em pedir para ele parar.
– Mais forte... Me fode mais forte, Zacky! – minha voz saiu constrangedoramente pedinte, mas eu não tive tempo de pensar muito nisso.
As mãos grandes seguraram meus quadris com força e ele investiu com tudo, arrancando um som de minha boca que misturava um gemido com um grito.
Oh, merda, como esse homem consegue ser tão bom na cama!?
(ZACKY’S POV)
Merda, ele é muito gostoso.
Principalmente assim, de quatro, completamente empinado para mim, deixando que eu me enterre tão fundo nele a ponto de não saber quem sou eu e quem é ele, tamanha a confusão de peles.
É delicioso violar esse interior apertado, que estrangula meu membro e me faz querer ter vontade de ir cada vez mais forte, só para ver o quão alto ele consegue gemer, até onde ele vai para suplicar por mais.
E eu estou adorando dominá-lo desse jeito.
– Hm... Fuck yeah, Zacky!
Olho para baixo e vejo meu membro sumindo no interior dele, tão inchado que eu tenho medo de explodir. Ele rebola cada vez mais rápido, nitidamente desesperado. E é assim que eu gosto dele: nu, submisso e deixando que eu me enterre nele e o faça gemer.
Eu quero mais. Quero mais gemidos, mais pedidos, mais prazer, que só Brian consegue me proporcionar. Eu quero estar tão fundo dentro dele que se torne difícil sair dali. E, principalmente, quero ele só para mim, sem que ninguém mais o toque.
– Você tá uma delicia assim, mas eu ainda tenho as minhas fantasias, Brian.
Sai de dentro dele, ainda que isso tenha sido extremamente difícil pra mim, já que eu queria ficar ali. Ele virou a cabeça para trás, me encarando com uma expressão tão pedinte que tive vontade de voltar a me enterrar nele o mais depressa possível.
Envolvi seu peito com um braço e o puxei, colando suas costas no meu tórax e mordendo seu pescoço. Ele gemeu longamente, jogando a cabeça para o outro lado.
– Tava tão bom... – grunhiu manhoso – Por que parou?
– Tem uma posição que eu gostaria de tentar. – me encarou como se me incentivasse a prosseguir – Desde aquele oral que eu penso que você também é ótimo controlando... Então... Quer sentar em mim?
(BRIAN’S POV)
Queria, é claro que queria. Qualquer coisa que fizesse ele entrar em mim novamente.
Senti ele me soltar e deitar ao meu lado, me encarando sugestivamente. Recuei um pouco, até que meus quadris estivessem na altura do membro dele. Passei uma perna por cada lado de seu corpo, arrancando um grunhido dele.
Voltei meu olhar para seu membro, vermelho e úmido. Sorri e dei pequenas batidinhas na glande usando a ponta do polegar. Zacky rosnou em meio a um gemido surpreso.
– Para de brincar e senta logo!
Encarei seu corpo abaixo do meu, suado e ansioso. Eu já tinha dado a ele a submissão que ele certamente queria. Agora, sem ele dentro de mim, podia pensar mais claramente. E podia lembrar que eu queria o controle daquilo... É, eu já havia estourado a minha cota de puta submissa.
– Por que eu deveria fazer isso?
Ele me encarou em uma mescla de aborrecimento e confusão, mas quando abriu a boca para reclamar, apenas gemeu longamente. Eu não tinha seios para lhe fazer uma espanhola, mas tinha como improvisar.
Acomodei seu membro no espaço entre minhas nádegas, improvisando com elas um par de peitos. Apertei seu sexo ali, roçando-o na minha pele e arrancando mais gemidos dele.
– O que... tá fazendo? – mordeu os lábios, grudando os olhos em mim.
– Inovando um pouco. – ri de sua expressão – Mas você é muito grande e escapa fácil... Pode me ajudar?
– Como...?
– Mantenha o seu pau quieto. Só isso. – sorri – O resto deixa comigo.
Ele demorou, mas assentiu, levando sua mão atrás do meu corpo, mantendo seu pênis entre minhas nádegas com certa dificuldade. Levei uma mão até cada lado da minha bunda, comprimindo o espaço entre minhas nádegas e arrancando um gemido longo de Zachary.
Movia meu corpo para cima e para baixo, como se estivesse com Zacky dentro de mim. Os gemidos dele estavam mais altos e eu sentia o comecinho da minha espinha já sujo com seu pré-gozo.
– Ah, caralho, senta em mim!
– Por que?
– Porque eu quero te foder! – soou desesperado, me arrancando um riso.
– Não sei...
– Senta, droga! – agarrou meu falo e duro e esquecido, me fazendo gemer alto e desequilibrar – Vai, Brian... Senta gostoso...
Eu o fiz.
Ele estava ainda mais duro que antes, se é que isso fosse possível. Aquela posição lhe permitia tocar mais fundo, diretamente na minha próstata. Puxei sua mão e a coloquei em meu membro, lhe encarando sugestivamente. Apoiei minhas mãos em seu peito, me remexendo em seu colo enquanto ele me acariciava.
Nós dois gemíamos alto, sem conseguir distinguir quem sentia mais prazer no ato. O suor que brotava em meu corpo pingava no dele, escorrendo lentamente pela pele em brasa. Eu subia e descia em seu pênis, mas mesmo assim ele jogava seus quadris para cima, como se meus movimentos não fossem suficientes.
Tirei minhas mãos de sua pele, levando-as ao meu próprio peito e acariciando meu tórax. Ouvi seu gemido alto e fechei os olhos, brincando com os dedos em meus mamilos. Minhas mãos subiram por meu pescoço, arranhando a pele suada e adentrando meus cabelos. Senti meus fios molhados e permiti que meus dedos se enrolassem ali.
– Fuck...! Quer me m-matar...?
Abri os olhos e o encarei. O corpo branco esparramado como podia na cama de solteiro. Suado, o rosto vermelho, assim como os lábios. Aqueles malditos olhos verdes, brilhantes como se tivessem luz própria.
Abaixei meu corpo como podia, levando minhas mãos até seus cabelos.
– Senta, Z.
Ele apoiou os cotovelos no colchão, sentando na cama comigo em seu colo, seu membro ainda enterrado dentro de mim. Ataquei seus lábios enquanto fazia movimentos circulares com os quadris. Nossas línguas se enroscavam, assim como nossos gemidos teimosos que atrapalhavam o osculo.
Agarrei-me aos ombros dele, cavalgando em seu colo. Ele abraçou minha cintura, impulsionando meu corpo para cima e para baixo. Meu pênis roçava entre nossos corpos e eu estava quase no meu limite.
Toquei meu membro com uma mão e a outra cravei em seu ombro. Estava tudo tão quente que eu me sentia sufocado. Novamente eu tinha consciência de cada parte de Zacky, até o mais ínfimo pelo eriçado.
Sentia seu corpo tremer com o meu, seu pênis pulsar desesperado, anunciando que não iria durar mais muito tempo. Lambi sua bochecha suada e ele despejou um gemido em meu ouvido.
E foi assim que chegamos ao ápice, cada um presenteando o outro com um gemido alto e desesperado. O líquido dele dentro de mim, o meu sujando nossas barrigas. O orgasmo era incrível, me fazendo desabar sobre ele.
As sensações que tive foram ondas elétricas fortes percorrendo meu corpo, assim como um cansaço enorme. Senti os braços moles dele me abraçarem e minha visão turva captou seu pescoço claro, onde afundei o rosto.
Antes de apagar em um sono merecido, senti o baque suave de nossos corpos contra o colchão, seguido de um grunhido cansado e satisfeito da parte dele.
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