(3ª PESSOA)
O relógio não marcava nem cinco da manhã quando Brian abriu depressa a porta de casa. Um sorriso iluminou seu rosto ao ver quem lhe esperava encostado na cerca da casa, ostentando um sorriso tão radiante quanto o seu. Ele não queria pensar que aquele era seu último dia em Huntington Beach e que, ao anoitecer, embarcaria para a desconhecida Jersey.
Aquele era um dia onde até a hora do almoço teria somente Zachary em sua vida. Sem dar explicações a ninguém, sem problemas.
– Chegou cedo, gordo. - sorriu travesso enquanto se aproximava do outro rapaz - Veio rolando, Baker?
Zachary limitou-se a rir, balançando a cabeça para os lados enquanto esticava a mão na direção de Brian, puxando-o para perto. Aproximou os rostos dos dois, tencionando beijá-lo. Sorriu quando os olhos castanhos se esconderam no momento em que Brian deixou suas pálpebras descansarem.
– E você? - sorriu maldoso, encaminhando suas mãos para o fim da coluna do namorado - Começando o expediente cedo, Haner?
Ele piscou, confuso, percebendo que não, o outro não lhe beijaria. Corou, afastando-se dele com um sorriso nos lábios.
– E pra você eu não faço ponto, nem de graça, Bolota.
– Por que? A mocinha não dá conta? - provocou.
– Não é isso. Eu só não gosto de peitos. - apontou para o tórax do outro, contendo um riso.
Zachary apenas abriu a boca, em uma expressão indignada.
– Mas o quê...?
– Good old times... - deu de ombros, sorrindo de canto.
– Babaca.
– Gordo.
– Minha gordice some com regime. - Zachary deu tapinhas na barriga, orgulhoso.
– É, um regime baseado em ar e luz solar. - debochou, arrancando uma careta do outro.
– Tá magoando meus sentimentos.
– Tá, desculpa Bolinha...
– Ok, dá pra parar com as piadas de gordura? - o garoto forçou um bico de desaprovação - Se você continuar assim eu ficar mesmo pra baixo.
– E o que eu posso fazer pra moça de acalmar?
– Me colocar pra cima.
– Tá, eu sei disso, mas o que eu posso fazer por você?
– Extamente isso. - Zachary abriu um sorriso sacana.
– Exatamente isso o quê?
– Me colocar pra cima. - alargou o sorriso - Eu estou pra baixo, lembra?
Brian piscou, demorando alguns segundos para processar aquilo. Abriu um sorriso divertido, balançando a cabeça para os lados.
– Você quer que eu faça isso mesmo?
– Aham. - assentiu, entusiasmado.
– Tá, toma as chaves do carro. - sorriu, jogando um chaveiro para Zachary - E comece a dirigir.
– No carro? - o tom de Zachary hesitava enquanto ele entrava no veículo - Se a gente sujar os estofados seu pai nos mata.
– Não no carro, idiota. Eu quero que você me leve a um lugar.
– Você é menor de idade, não podemos ir pra um motel, Brian.
– Não é motel, gordo! - riu, dando um beliscão de leve no braço de Zachary - Quero que você conheça umas pessoas.
– Que pessoas? - soou curioso enquanto dava partida no carro.
– Duas garotas.
****
Ele mal entrou na casa e o maior o puxou depressa, fechando a porta na mesma velocidade. Parecia nervoso, bastante agitado. O menor começou a se preocupar.
– O que é tão urgente? Aconteceu alguma coisa?
– Minha mãe...
– O que aconteceu com a sua mãe, Matt? - o coração do garoto de olhos azuis começou a bater acelerado, enquanto sentia um gosto amargo na boca.
– Não tá em casa...
– Você acha que ela sofreu algum aciden...
– Ela tá trabalhando. Liguei pra ela agora.
Tuck franziu o cenho, levemente irritado.
– Você me preocupou a toa, seu animal. - resmugou - Me chama do nada, me faz sair do trabalho, me dá um susto sobre a sua mãe sendo que ela tá bem!
– Desculpa... - corou, evitando o olhar do outro.
– Então, o que você quer? Alguém pra te dar papinha já que a mamãe não tá em casa?
Sanders não respondeu, levando a mão ao bolso do short que usava. Ao abrir a palma notou o olhar indagador do menor, que lhe encarou confuso.
– Pega.
Tuck pegou o que ele lhe esticava e tornou a olhar para Sanders. Arregalou os olhos azuis na mesma hora.
As bochechas do grandão estavam rubras.
– Matthew...
– Logo Zac vai começar com o drama dele, vai ficar todo depressivo por aí. Não que eu não queira ajudá-lo ou me irrite por ter que fazer isso... Eu gosto dele, ele é meu amigo. Mas já que ele vai ficar todo sensível e tal, eu não vou poder deixar ele sozinho e... Não vai dar pra... Você sabe... Então...
Tuck tinha o cenho franzido e um sorriso de canto, ao mesmo tempo curioso e divertido. Ele molhou os lábios e alargou o sorriso.
– E por isso você quer transar logo tudo o que tem pra transar antes que Brian se mande e Zachary comece a chorar pelos cantos, hm?
– É...
– Tá, mas eu não tenho nenhuma camisinha do seu tamanho aqui e...
– Não vai precisar.
– Eu não faço sem, você sabe.
– Você não entendeu...
Tuck arregalou os olhos azuis quando um pensamento passou por sua cabeça.
– Você... - hesitou, dando uma olhadela para o tubo de lubrificante em sua mão antes de encarar o maior - Vai querer que... vai me deixar...
– Vou. - respondeu simples, ainda que imensamente constrangido.
– Matt... - o mais velho sentia um arrepio correr por sua coluna com a mera possibilidade daquilo acontecer - Por quê...?
– Você não quer?
– NÃO! Espera, sim! Sim, eu quero! - corou - Eu só quero saber o motivo de você decidir isso agora.
– Por que eu gosto de você e confio em você?
– Você pode ser mais direto e contar o motivo de verdade. - sorriu
– Tá, - as covinhas apareceram enquanto ele sorria travesso - Eu fiquei com vontade... Curiosidade...
– Oh, alguém está com fogo.
– Para de debochar.
– Desculpa. Mas... Sabe, isso vai doer, você sabe, né? - observou o outro assentir - Ainda mais porque eu nunca fiz isso e eu não garanto que vou conseguir me controlar e não meter tudo de uma vez. - tentou ficar sério, embora essa mesma afirmação tivesse feito algo pulsar de leve no meio de suas pernas.
– Eu tava treinando...
– Treinando o quê?
Sanders apontou para o tubo de lubrificante que o outro tinha nas mãos. Tuck observou ele puxar a barra do elástico do short para baixo, revelando um pouco mais das entradas de sua virilha. E ele pode perceber que Shadows estava sem cueca. Um arrepio correu por seu corpo e mordeu os lábios ao que um grunhido lhe escapou.
Se apertasse mais o tubo em suas mãos tinha perigo de estourá-lo e deixar que o líquido derramasse. Mas estava sem ar, quase sendo arrancado da realidade, sem ter onde se segurar. E o homem que lhe encarava não hesitava em retirar a peça que cobria a pele de sua cintura para baixo.
Rugas surgiram na testa de Tuck enquanto sua expressão se contraia em leve desespero, um gemido manhoso deixando seus lábios.
Ele não sabia se olhava para o membro já consideravelmente ereto de Sanders ou se olhava para os olhos esverdeados e decididos que lhe encaravam, a medida que o maior caminhava tranquilamente em sua direção.
Sanders parou de frente para o menor, encarando os ansiosos olhos azuis do parceiro. Sorriu ao ver que ele tentava espiar seu membro.
– Até parece que é você quem vai dar algo aqui pela primeira vez, pelo jeito que você me olha. - sorriu, levando sua mão até o cabelo escuro do menor, embrenhando os dedos ali e segurando com força. Fez questão de pressionar seu órgão contra o corpo do outro.
Tuck gemeu baixo, sentindo seu próprio membro pulsar confinado dentro dos jeans. Acompanhou com o olhar o momento em que Shadows, usando a mão livre, segurou seu pulso e direcionou sua mão a um dos lados do quadril dele. Tuck não sabia se o que estava mais quente era sua palma ou a pele do outro.
– A outra mão. - o mais novo lhe orientou.
Devagar, levou a outra mão até o outro lado do quadril despido do parceiro. Buscou seus olhos e, depois de um aperto firme em seu cabelo, teve os lábios beijados.
Ele demorou a processar que também poderia dominar aquele beijo até fazê-lo. E brigar por espaço na boca de Sanders era ainda melhor quando tinha a possibilidade de apertar as nádegas fartas dele ao mesmo tempo.
Hesitou no começo, mas deixou que suas mãos escorressem para a parte posterior do corpo grande junto ao seu. Era macio, quente. E uma puta grande bunda. Ele sentia Matthew grunhir contra seus lábios à medida que suas mãos atrevidas se enchiam daquela carne quente, só para apertá-la com o máximo de força que conseguia.
Apertava o corpo maior contra o seu e precisava, desesperadamente, entrar dentro do outro.
– Ok... - arfou, recuperando o ar, os olhos grudados em Sanders - No chão. Agora.
O maior sorriu, enlaçando o pulso de Tuck e puxando os dois para baixo, o que levou ambos os corpos a atingirem o tapete da sala em um choque um tanto doloroso. Com as costas coladas ao chão e as pernas abertas, Sanders ajeitou o companheiro entre seu corpo, pressionando o quadril dele com as coxas grossas, enquanto o beijava.
Tuck respondeu cravando as unhas na carne das pernas musculosas do maior, raspando as unhas curtas e gastas ali, aproveitando para mordiscar a boca que o beijava. O membro duro e úmido do parceiro roçava em sua camiseta, o que lhe levou a se agoniar com seu próprio órgão confinado nas calças apertadas.
– Espera aí, grandão. - riu ao tentar se libertar do aperto das pernas do outro e ver que ele lhe impedia. Sorriu ao finalmente poder ficar de joelhos entre o corpo de Sanders, contemplando suas pernas abertas.
Depressa, Tuck levou as mãos até o zíper da calça, que parecia estranhamente complicado de descer. Não sabia até que ponto era culpa da calça ou da sua agonia. Xingando e aplicando uma força maior que a usual, ele finalmente conseguiu baixar a peça metálica, tombando para trás e batendo com as costas no chão.
– Matt? - escutou a voz do maior, acima de sua cabeça - O que você tá fazendo?
Ele abriu os olhos, que não se lembrava de ter fechado, e contemplou o outro, em pé ao seu lado.
E como diabos Sanders estava vestido?
–Hm? - ele piscou, sentindo o lado esquerdo de seu rosto úmido. Provavelmente saliva.
–Você tá bem? - Sanders inclinou a cabeça em sua direção - Acho que tomou um belo tombo do sofá. Tava dormindo?
–Eu... - Tuck apoiou os cotovelos no chão, ganhando impulso para se sentar. Sentiu seu baixo ventre pulsar e piscou, atordoado - Acho que sim...
– Você trabalha e estuda, eu devia ter deixado você dormir e não ter te chamado pra cá.
– O que eu tô fazendo aqui?
– Eu te chamei pra ficar aqui comigo... Mãe tá trabalhando e Zacky vai ficar grudado em Brian o dia todo, porque, bem, você sabe. - suspirou, um tanto triste, encarando o menor - Você está bem?
– Uhum. - esticou a mão, pedindo ajuda para levantar. - Onde você estava?
– Fui comprar algumas coisas no mercado - segurou a mão do outro, puxando-o para cima. Aproveitou para conduzí-lo até a cozinha, onde depositou uma sacola em cima da mesa - Vai querer o que?
Seu cérebro sonolento não aguentou o duplo sentido que aquela frase tivera. Para o menor foi inevitável não encarar a parte traseira da anatomia de Sanders. Grudou os olhos na carne oculta pelos jeans. Sentia sua cueca molhada.
Surpreendendo Shadows, que estava de costas, Tuck não hesitou em apertar a bunda do grandão.
– MAS O QUÊ...!?
Ele pulou, batendo a cintura na mesa. Praguejando, Sanders fuzilou o outro com o olhar.
– Mas o que você acha que tava fazendo?!
Tuck não respondeu nada, puxando o rosto do maior e o beijando sem a menor calma. Sua falta de paciência era tamanha que apertou os dentes no lábio inferior do outro quando este demorou a correspondê-lo.
Sanders passou a corresponder, mas foi impedido a meio caminho de colocar as mãos nos quadris do menor. Teve os lábios libertos e os olhos azuis grudados em seu rosto, sérios.
– O quê?
– Mais pra cima.
– Mais pra cima o quê?
– Coloque as mãos mais pra cima. - orientou, impaciente - Nos meus ombros, vamos.
Ele não entendeu a razão da impaciência do outro, mas fez o que ele lhe dizia. O beijo foi retomado e as mãos de Tuck cravaram-se na cintura do maior. O ritmo era tão ou mais sedento do que antes e quando colou os corpos, Sanders sentiu a ereção do menor contra sua perna.
Podia até se "animar" com aquilo, não fosse os alisamentos estranhos em sua bunda que, do nada, lhe renderam o segundo apertão do dia.
– Mas o que deu em você? - afastou-se novamente, incomodado.
Tuck permaneceu apertando de neve as nádegas do outro, passando a língua pelos lábios.
– Você me perguntou o que eu queria. E eu quero o seu apertado e virgem buraquinho.
Os olhos verdes quase saltaram nas órbitas quando, depois de alguns segundos de choque, Sanders conseguiu entender o que aquilo significava. Afastou-se depressa do outro, o encarando com medo.
–SEM CHANCE!
– Sem chance o caramba! – deu alguns passos na direção dele, que continuava recuando – Eu sempre te deixo usar e abusar de mim, eu tenho meus direitos agora! E eu quero o seu traseiro!
– Você não tem direito nenhum aqui!
– Tenho sim! – retrucou, soltando o botão da calça e baixando o zíper – Direitos iguais! Você me parte em dois com essa sequoia e eu não posso nem provar um pouquinho da sua intimidade?
– Não pode não! E pare de tirar a porra da roupa!
– Paro nada! – sorriu, baixando as calças junto com a cueca, fazendo questão de gemer em um volume suficientemente audível para o outro, enquanto fechava os olhos e mordia os lábios. Era deliciosa a sensação de deixar seu órgão livre do aperto das roupas.
– Matt...
– Deixa de ser frouxo. – sorriu, malicioso – Eu sou uma briófita.
Sanders voltou seus olhos para o membro de Tuck e só parou de olhar quando escutou uma risadinha vinda do garoto semi despido.
– Ah, não é não.
– Matt... - ele mordeu os lábios, lascivo - Você não quer saber como é? Acha que se fosse ruim eu teria sido passivo a minha vida inteira?
– Dói...
– Quando eu te cortei no parque também doeu e você gostou.
– É diferente!
– Não é não, eu te abri lá e quero abrir aqui agora!
– Vai doer...
– Eu te dou umas pancadas e faço com você desmaiado, você não vai nem sentir.
– MATTHEW!
– Tá, então deixa só eu colocar um dedinho! Por favoooor!
O grandão mordeu os lábios. Era horrível de admitir, mas estava ficando arrepiado com as coisas que aquele maluco cabeludo estava lhe propondo.
– Você vai me estuprar.
– Não vou não, coloco só um dedinho, eu juro...
– E depois eu como você.
– Isso quer dizer que você deixa?!
– Isso quer dizer que o único que vai comer alguém aqui sou eu, ok?!
Tuck abriu um sorriso largo.
– Que seja, agora arranja um lugar pra gente fazer isso, porque eu não vejo a hora de dar umas dedas nessa bunda gostosa.
Sanders revirou os olhos, seus intestinos dando um nó a medida que o nervosismo lhe atacava.
****
– Eu te perguntei se você queria fazer sexo em público e você me disse que não.
– Aham, e? - sorriu, observando a expressão assustada do outro
– Mas é isso que você vai fazer!
– Não é não. Eu não te trouxe aqui pra te atacar no meio do shopping, gordo idiota.
– Ah é? - voltou os olhos verdes para o parceiro - E entrar ali não é a mesma coisa que transar na frente de todo mundo?!
– Se você for lá nu... - deu de ombros - Quem sabe você possa entender como a mesma coisa.
– Brian, eu não quero!
– Não tem nada demais, nós só vamos comprar algumas coisinhas!
– É, em uma sex shop com neon por todo o lado! - choramingou - E se alguém que me conhece acabar vendo que eu estou entrando em um lugar assim?
– Vergonha de mim? - estreitou os olhos.
– Não é isso, seu idiota, mas... Tem manequins de bondage ali!
– E...? -provocou, sorrindo.
– Brian...
O garoto ignorou os apelos do namorado, puxando ele pela mão na direção da espalhafatosa e brilhante loja. Algumas pessoas os encaravam com olhares estranhos, no que Zachary julgou ser devido as mãos entrelaçadas dos dois.
Brian tinha um sorriso enorme quando finalmente entraram na loja, ainda que ele tivesse que puxar Baker, que empacara na entrada.
Os olhos verdes voaram pelas paredes do lugar. Zachary observa curioso os objetos ali, alguns chegando até a ficar com medo ao imaginar a forma como eles seriam usados.
– Vic? Sarah?
Zachary voltou-se para o balcão assim que escutou a voz de Brian chamando por alguém, que ele julgou serem as atendentes do lugar.
Logo duas meninas apareceram ali, com aparências tão estranhas que Zachary se perguntou se aquele sex shop era uma passagem para o outro mundo.
Uma das garotas, de cabelo completamente brancos, sorriu discreta. A outra, de cabelos multicoloridos e ligeiramente menor que a primeira, os observava com os olhos arregalados, tão grandes quanto dois pires. Ela parecia chocada.
– ESSE É O CARA QUE TÁ COMENDO VOCÊ, BRIAN?!
Zachary corou imediatamente, enquanto a reação de Brian foi apenas o riso. Vic, a garota de cabelos multicoloridos, continuava a encarar Zachary com os olhos arregalados, enquanto Sarah tinha a mão na testa, os olhos fechados e um meio sorriso nos lábios carmim.
– Você continua escandalosa, né?
– Ah, ela não muda, Brian, acredite. - o tom de Sarah misturava o sarcasmo com uma pitada de diversão.
– Nota-se. - o moreno alargou o sorriso.
– Mas e aí? É esse o cara? - a garota de cabelos brancos apontou para Zachary, que encarava os próprios pés, ainda imensamente constrangido.
– É. - Brian sorriu quando seus olhos se encontraram com os de Zac e ele desviou o olhar - Para de se encolher, Baker.
– Eu não tiro a razão dele, olha o jeito que esse animal tá olhando pra ele. - indicou a outra garota com o queixo - Victoria, você tá assustando ele.
– Zachary Baker. - foi o que ela murmurou, ainda sem tirar os olhos dele.
– Matt também mandou roteiros pra vocês dessa vez? - Haner provocou, sorrindo.
– Não. - pela primeira vez Victoria desviou a atenção de Zachary, encarando Brian - Eu conheço ele. - apontou para Baker, que finalmente a encarou, surpreso.
– Hã? - Sarah franziu o cenho - Como assim?
– Zachary James Baker. É isso, né? - olhou diretamente para Zachary, que agora era o destino também dos olhares de Brian e Sarah - Zee, você não lembra de mim!?
Brian já tinha o cenho franzido e uma expressão desgostosa enquanto Zachary olhava fixamente para a garota, as sobrancelhas subindo e descendo enquanto ele parecia tentar puxar algo da memória.
– Vic? - murmurou - Vic de Victoria?
– É, paspalho. - a garota sorriu - Victoria Mitchell.
– Victoria Mitchell... Eu já ouvi esse sobrenome antes...
– Claro que já ouviu. Newport Beach, seu idiota!
– Você é de Newport Beach?! - Zac arregalou os olhos - Eu morei lá!
– Sim, morou, até os sete anos. Casa azul, flamingo rosa do lado da caixa de correio, vizinha velha que tinha treze gatos...
– Como você sabe tudo isso da vida dele? - Brian intrometeu-se, enciumado.
– Eu era a vizinha dele! - Vic sorriu, revezando seu olhar entre os garotos e fixando-os em Zachary - Eu quebrava as janelas dos vizinhos com você, lembra?
– Espera... Vic!? - um sorriso de canto retorcia os lábios de Zac - Vic do aparelho que parecia uma coleira de cachorro?!
– Aham, Zac das gravatas borboleta em dia de Domingo. - ela retribuiu o sorriso.
– Então vocês realmente se conhecem. - Sarah cruzou os braços, um sorriso divertido enquanto observava o casal de amigos e um carrancudo Brian Haner.
– Claro, a gente espiava a senhora Monroe tomar banho. - Vic sorriu travessa.
– A velha dos gatos. - Zackary logo explicou, compartilhando um sorriso enigmático com a amiga.
– Vocês espiavam uma velha tomar banho!? - Sarah riu, balaçando a cabeça para os lados - Mas pra que isso?
– Zachary e eu tinhamos uma tara por vovós... - a menina suspirou - Mas nós superamos isso, né.
– Com certeza. - ele sorriu para ela, notando a cara fechada de Brian e alargando ainda mais o sorriso - Mas então, você trabalha aqui agora?
– Aham. Eu e Sarah somos viciadas nesse lugar. Principalmente nas luzes de neon.
– Fale isso por si só. - a outra revirou os olhos- São essas malditas luzes que assustam as pessoas e as impedem de virem aqui. E quando elas entram se assustam com os manequins...
– Zachary também estava um pouco assustado, então é melhor nós irm...
– Mas eu adorei os manequins. Isso é bem a sua cara, Vic.
– Obrigada, Zackie. - ela lhe sorriu - Mas então, o que as garotas vão querer, hm?
– Eu só passei para apresentar ele pra vocês. - Brian sorriu forçado, mentindo - A gente já vai...
– Ah, não, eu quero ficar. Você não disse que nós precisavamos de alguma coisa? - Zachary sorriu largo para o namorado, controlando-se para não rir.
– E do que precisam? - os olhos de Victoria brilhavam - Eu posso ajudar!
– Vic, não precisa... - Brian desconversou.
– Mas é claro que precisa! O que tem aí?
Victoria sorriu, estendendo a mão para Zachary, que a segurou e foi arrastado até o balcão, onde os dois começaram a folhear um catálogo. Brian cruzou os braços, emburrado. Sarah andou até ele, colocando uma mão em seu ombro, sorrindo travessa.
– Por que todas as suas visitas até aqui não acontecem do jeito que você planeja?
– Fica quieta, Sarah.
– Relaxa, você não precisa ter ciúmes dela. Você tem algo que Vic não tem.
– O quê? Um pênis? - soou irônico.
– Também. - ela riu, descendo suas mãos para as nádegas de Brian, onde depositou um tapinha - Mas eu estava sendo mais específica.
– Victoria também tem uma bunda, idiota. - tentou não sorrir.
– É, mas você já reparou no tamanho da sua? - sorriu, vendo ele corar.
****
Ele resmungou mais uma vez enquanto ajeitava a cabeça no travesseiro, de modo que seu nariz não fosse totalmente pressionado e não pudesse respirar. Ainda mais agora. Deitado ali, com o traseiro voltado para aquele cabeludo sádico dos infernos que brincava com o elástico da sua boxer.
– Eu vou chutar a sua cara.
– Eu prefiro que você bata na minha cara com a sua bunda. - riu baixinho, debochado.
Sanders resmungou, fazendo menção de se levantar, mas Tuck o impediu.
– Faça logo!
– Ansioso?
– É, pra enfiar o meu pau na sua bunda até ele sair pela sua garganta. - rosnou, os dedos apertando o lençol - Faça logo o que você quer fazer e me deixe te comer de uma vez!
Tuck sorriu, voltando-se para o enorme pedaço de carne que era o traseiro de Shadows, coberto pela boxer preta. Ele mordeu os lábios, os dedos enganchados no tecido. Finalmente retirando-o dali.
Shadows sabia que era impossível ter uma brisa fria ali, considerando que o quarto tinha todas as janelas fechadas. Mas ele sentiu frio na sua pele recém descoberta, ainda mais depois de ouvir o grunhido que partira dos lábios do menor. E talvez esse frio estivesse, sorrateiro, espalhando-se pela extensão de sua espinha.
Ele se remexeu desconfortável, o rosto colado no travesseiro. Fixava os olhos em um ponto qualquer da parede, os dentes pressionando os lábios. E o outro nem estava lhe tocando.
Tuck olhava fixamente para a pele do mais novo, o próprio membro pulsando dentro da calça. Apertava as unhas nas palmas das mãos. Do contrário, perderia todo o resquício de sanidade que lhe restava e atacaria o outro.
Passando a língua pelos lábios, levou, hesitante, uma mão até o garoto. Quando o tocou, sentiu o corpo dele tremelicar. Parecia tão ou mais nervoso do que Tuck. O cabeludo deixou sua palma correr por uma das nádegas de Sanders, levemente. Sorriu maldoso e apertou de leve.
– Cara... Parece ainda maior com você sem nada.
Esperou qualquer resposta grosseira por parte do outro, mas ele apenas choramingou, puxando um travesseiro para esconder seus olhos. Ele estava com medo.
Tuck riu, dando leves tapinhas na bunda do outro. Levou a outra mão até o corpo do garoto e deixou que ambas deslizassem para os quadris dele. Apertou de leve, puxando ligeiramente o outro para trás.
– Oh, Shadz...
Shadows choramingou baixinho, os olhos cerrados. As mãos dele deslizavam por seu quadril, apertando ocasionalmente enquanto continuava a mover seu corpo de leve, para frente e para trás. Estranhou quando perdeu o contato com as palmas quentes de Tuck.
– Eu vou pegar um lubrificante, tá? Pra não te machucar. - o cabeludo sorriu, no que o outro balançou de leve a cabeça. Tuck sorriu malvado, debruçando-se por cima do corpo de Sanders, que se sobressaltou - Calma, calma. Eu só vou pegar o lubrificante. - estendeu a mão para o criado-mudo.
Sim, ele podia ter se debruçado para o móvel sem ser por cima do corpo de Matthew.
Sim, o garoto estava assustado por causa de seu membro duro roçando na bunda dele.
Sim, os olhos dele diziam que ele estava morrendo de medo do mais velho.
E, sim, aquilo estava atiçando muito a libido de Tuck.
Com o tubo já em mãos e as costas retas, ele sorriu, sádico. Tencionou abrir o lubrificante, mas uma ideia passou por sua cabeça. Certo, era difícil não ser perverso com aquele cara metido a machão todo vulnerável a sua frente.
O mais velho deixou o tubo de lubrificante em cima do colchão, recuando no mesmo. Segurou novamente com uma das mãos na nádega do maior, enquanto apoiava a outra na cama. Inclinando o tronco para frente, roçou seu nariz na pele do outro.
– O que...
– Quieto.
Roçando a bochecha pela carne do parceiro, Tuck suspirou baixinho, esfregando os lábios entreabertos ali. Percebia o maior se remexer, desconfortável e, no auge de seu sadismo, permitiu que sua língua tocasse ali.
– Matthew...
– Calma, tô só tirando uma casquinha. – riu-se, para depois puxar um pedaço de pele com os dentes.
Tuck ora mordia, ora chupava a pele das nádegas do outro, a mão firme no quadril dele. Só escutava os murmúrios chorosos do mais velho, que ainda tinha o rosto escondido em um travesseiro. Descendo o rosto, o garoto deu um forte chupão no final da bunda de Sanders, já na ligação das nádegas com as coxas. E foi o primeiro gemido verdadeiramente prazeroso que ganhou do outro.
– Gostou, bichinha? – debochou.
– Cala essa boca! – o mais novo, completamente ruborizado, tentou se erguer, mas as mãos do parceiro se espalmaram em suas costas, forçando-o para baixo – Já chega!
– Já chega nada! Eu ainda nem coloquei meu dedinho aí dentro!
– Então para de enrolação e vai logo!
– Ansioso? – sorriu largo.
– É, pra você parar com isso e me deixar te comer de uma vez!
– Aham, claro, acredito. – rolou os olhos – E já que você quer ser violado logo, empina essa bunda aí.
– Violado? – virou seu rosto como podia, para olhar para o outro – Como assim?!
– Invadido, penetrado. – suspirou – Sinônimos.
– O jeito que você falou pareceu que...
– Eu não vou te estuprar. Por mais que eu queira. – completou, sorrindo. – Agora ajeita essa melância aí.
O mais novo bufou, ajeitando a cabeça de lado no travesseiro. O som de seu gemido passou por sua cabeça, o que o fez corar ainda mais. Escutou o som das mãos de Tuck se esfregando umas nas outras. Engoliu em seco quando ele lhe tocou.
Tuck mordeu os lábios, apertando a carne macia do parceiro. Afastou as nádegas dele, grunhindo baixo ao olhar para a entrada virgem.
– O que você vai fazer?!
– Te lamber, ué.
– O QUÊ?! – ele se levantou de vez, fazendo o outro cambalear e cair sentado no colchão – Lamber onde!?
– A porta de entrada pra felicidade. – sorriu – Vai, se deita.
– Mas de jeito nenhum que eu vou te deixar fazer isso!
– E por que não!?
– Porque eu não quero! – rosnou, o rosto vermelho.
– Ah, é? E eu posso saber a razão do seu pau estar duro e pingando?
Os olhos do mais velho quase saltaram das órbitas e ele imediatamente olhou para baixo, cobrindo o membro com as mãos.
– Ah, fala sério, num vem com essa que você não sentiu. Eu tô com o meu feito uma pedra aqui e é IMPOSSÍVEL esquecer disso. E tira essa mãozinha dai que eu já vi.
– Pra mim chega!
– Ah, pra você chega uma pinoia! – moveu-se, de modo a agarrar-se ao tronco do outro, abraçando-o por trás – Você me prometeu!
– Você é um sádico do demônio! – tentou desvencilhar-se dele – Não quero mais!
– Eu vou ser bonzinho, eu juro! – choramingou, tratando de descer depressa uma das mãos até o membro do garoto, apertando-o. O mais novo gemeu – Eu só quero te lubrificar mais pra não doer...
– Tem lubrificante pra isso. – resmungou, o cenho se franzindo enquanto sentia os dedos dele em seu pênis.
– Mas você é virgem, vai doer mais se não for assim. – murmurou próximo a orelha do outro, os dedos ainda subindo e descendo na ereção dele – Vai, Mattie, deita aí.
– Você é sádico... – mordeu os lábios, voltando seus olhos para os dedos que lhe acariciavam – Vai ter que me deixar fazer o que quiser com você...
– Eu deixo. – roçou o polegar na glande do garoto, arrancando um gemido alto dele – Vai, deita...
O maior resmungou quando o outro parou de lhe tocar, deitando de volta na cama, com o corpo empinado. Sentiu as mãos do outro separando suas nádegas, no mesmo momento em que seu pênis pulsava. Mordeu o travesseiro e ficou esperando para ver o que o outro iria fazer.
Tuck passou a língua pelos lábios, tratando de encostar logo o músculo molhado na entrada do maior, antes que ele voltasse a surtar. Um gemido abafado do outro lhe fez sorrir. Segurando com firmeza nos quadris do parceiro, deslizou a língua na intimidade de Sanders, enquanto este se contraia.
Quando o outro pressionava a ponta da língua contra sua entrada, o maior apertava seus dentes no travesseiro com mais força, abafando os gemidos. Sentia sua nuca molhada de suor e o membro cada vez mais quente. Era uma sensação estranha que sentia quando Tuck lambia sua intimidade, mas não podia negar que aquilo era, de certa forma, excitante.
Somando às lambidas, o cabeludo fazia questão de apertar com força a bunda do parceiro. A medida que o fazia, sentia a entrada de Sanders contraindo-se contra sua língua. Deslizou a mão para a parte interna da coxa grossa do outro e a apertou com força, afastando o rosto de seu corpo. Ao ouvir um muxoxo vindo do mais novo, Tuck sorriu com o sadismo que lhe era típico.
– Calma que a melhor parte vem agora. – mordeu os lábios, tomando nas mãos o tubo de lubrificante.
Sanders ajeitou os joelhos no colchão, fechando os olhos. O mais velho sujou o dedo indicador com o creme pastoso, tocando de leve a entrada do outro rapaz. Sorriu largo ao escutar uma exclamação de surpresa da parte dele, enquanto o mesmo se encolhia.
– Tenha calma... – choramingou
– Eu vou ter, agora relaxe.
Ele assentiu com a cabeça, dando uma olhadela para trás. A expressão maldosa no rosto do outro não o fez se acalmar, muito pelo contrário.
– Me distraia.
– Hm?
– Enquanto você faz... Me distraia... Você entendeu. – virou o rosto, tornando a apoiar a cabeça no travesseiro.
Tuck piscou confuso, mas logo abriu um sorriso. Mordendo os lábios ele pressionou a ponta do indicador na entrada de Sanders, que se afastou assustado.
– Eu disse q...
– Você que que eu te chupe enquanto te penetro? É isso?
O maior abriu e fechou a boca algumas vezes, gemendo surpreso quando o outro voltou a tocar-lhe na intimidade. Assentiu, mordendo os lábios.
Sorrindo, Tuck inclinou-se, apoiando uma das mãos na coxa de Sanders, tocando a base de seu membro com a língua. A outra mão ocupava-se de esfregar delicadamente os dedos na entrada do garoto, espalhando o lubrificante.
Shadows gemia baixinho, apertando as mãos no lençol. Ele tentava mover os quadris de modo que o outro pudesse lhe lamber melhor, o que fazia com que se esfregasse mais contra os dedos que lhe molestavam.
Gemendo baixo, Tuck conduziu um dos testículos do maior para dentro de sua boca, sugando-o ao mesmo tempo em que pressionava a ponta do dedo contra a entrada do garoto. Escutou um resmungo vindo deste e, para distraí-lo, esfregou com força a língua em seu testículo.
Ele tentava fazer seu dedo entrar devagar ali, mas os músculos de Shadows não pareciam muito dispostos a deixar que a entrada fosse penetrada. Bufando, Tuck deixou de chupar o mais velho, mordendo com força sua nádegas, arrancando um choramingo do garoto.
– Facilita aí!
– É esquisito...
– Eu só vou colocar um dedinho! Não precisa ter tanto medo assim. – acariciou a pele mordida com a mão – Vai relaxa.
Ao nota-lo calado, o garoto debruçou-se sobre as costas do parceiro, distribuindo beijos e mordidas ali. Com uma mão acariciava o pênis dele e com a outra continuava a forçar passagem para dentro do namorado.
Em movimentos circulares com a ponta do dedo ele conseguia relaxar o maior, o que lhe fez finalmente penetrar a pontinha do dedo ali, para logo tirá-la. Shadows contraiu a entrada após a breve invasão, gemendo manhoso.
– Eu posso ficar olhando quando entrar? – o cabeludo murmurou contra as costas do outro, roçando seu dedo na entrada dele quando demorou demais para responder – Hm?
– Uhum... – apertou o travesseiro, respirando rápido.
Endireitando as costas, o cabeludo tomou o tubo de lubrificante nas mãos e melou os dedos, voltando a tocar o parceiro. Acariciou a entrada dele delicadamente, para logo depois forçar o dedo ali. Havia a resistência dos músculos do outro, mas Tuck continuou forçando lentamente o dedo, o que espalhava arrepios pela coluna de Sanders. Seu corpo tentava expulsar aquele intruso a todo custo.
Tuck mordeu os lábios com força, sentindo seu dedo ser apertado por aquelas paredes quentes e aveludadas, a medida que empurrava o digito para dentro. Quando estava com o indicador todo dentro do corpo de Sanders, sentiu a entrada dele se contrair com toda força, lhe fazendo gemer. Manteve o digito dentro do corpo do rapaz, observando a entrada rósea.
– Dói?
– Uhum... – choramingou, o corpo trêmulo – Terminou?
– Tá só no começo. – sorriu, retirando o dedo todo de uma vez, arrancado um grunhido dolorido do outro.
Ardia.
– Você já colocou, não colocou? – o maior protestou – Era isso que você queria. É sua vez de me deixar te comer.
– Tá, mas você só vai entrar em mim, nada de se mexer.
– Mas assim eu não posso gozar!
– Ah, aí é com você. – deu de ombros.
– Esse não foi o nosso trato!
– Não foi mesmo. Porque o nosso trato era que você me deixasse te penetrar com o dedo...
– E eu deixei! – tencionou levantar, mas o outro o impediu.
– Eu coloquei o dedo e tirei! Eu quero colocar e mexer, ué. Ou você só quer colocar o seu pau dentro de mim e ficar parado?
Sanders encarou a expressão inquisidora do outro, rangendo os dentes.
– Certo... Mas eu vou te partir em dois começando pela sua bunda!
Ele só fez rir, observando o maior se ajeitar de novo na cama, bufando de raiva. Tuck tornou a sujar os dedos com lubrificante, mordendo os lábios enquanto aproximava o dígito da entrada do outro. Roçou de leve ali, encontrando a mesma resistência de antes. Forçou o dedo que, lentamente adentrou o canal. Sanders resmungou baixinho, sentindo a forma cilíndrica ser apertada contra suas paredes internas.
O cabeludo introduziu todo o dedo, parando quando se viu todo dentro do outro. Sentia as pulsações do canal de Sanders tentando lhe expulsar. Moveu o dedo como se fosse tirá-lo, voltando um pouquinho para dentro. Sorriu quando o outro se contraiu fortemente contra seu dígito.
– E você mete com tudo em mim... Tsc, que desigualdade.
– Nem pense em se mexer tão rápido!
– Por que? - sorriu, fazendo exatamente o contrário do que ele pedia. O canal dele esmagou seu dedo e Sanders grunhiu dolorido.
– Porque dói, sua anta!
– Desculpa, criança. - acariciou as nádegas dele com a mão livre - Mas pare de se contrair tanto que isso só faz piorar.
– E você quer que eu faça o que então?
– Rebole.
O maior ofegou surpreso e se contraiu. Recebeu um leve beliscão na coxa, seguido de uma risada do outro.
– Quê? Eu rebolo pra você.
– Tuck, você é um demônio!
– Eu só estou tentando facilitar isso pra você! - fingiu-se de inocente - Vai, rebola aí, pode ser devagarzinho. Ou eu posso eu mesmo girar o meu dedo dentro d...
– OK!
O cabeludo sorriu largo, se deliciando com aquilo. O outro estava visivelmente desconcertado.
– Tô esperando.
– Como... eu faço? - choramingou, no que o mais velho revirou os olhos - Eu nunca fiz isso, dá um desconto!
– Tá bom, tá bom. Eu te conduzo.
Segurando em um dos lados dos quadris do mais novo, começou a movê-lo de modo que a bunda dele fizesse movimentos circulares. Seu dedo, devido ao movimento, alargava o outro, que gemia dolorido.
– Shhh, já passa.
Os movimentos, antes desastrados, tornaram-se mais regulares. Tuck afastou a mão dos quadris de Sanders e este prosseguiu sozinho, um pouco mais devagar. O indicador do cabeludo entrava e saia lentamente de dentro do maior. Ele gemeu, mordendo os lábios. Com a mão livre, acariciou seu próprio membro confinado nas calças.
Shadows voltou seu olhar como podia para olhar as reações do outro. Gemeu baixo ao vê-lo se tocar, o que lhe fez apertar a entrada. Os olhos azuis do mais velho grudaram nos seus e a medida que se contraia, sugava o dedo dele mais para dentro.
– Ai, caralho... - ele resmungou enquanto tirava e colocava seu dedo dentro do outro, observando os olhos esverdeados do garoto e sua boca vermelha, mordida pelos dentes dele.
Shadows começou a mover o corpo para frente e para trás, seu quadril indo de encontro ao dedo do outro. Seus olhos estavam fixos no aperto que Tuck exercia sobre o próprio membro, os ouvidos absorvendo os sons baixinhos que deixavam a garganta dele.
Segurando o quadril do maior, sentindo o osso da bacia, Tuck começou a mover o próprio corpo, para frente e para trás, como se o penetrasse com o próprio membro. Shadows afastou os joelhos no colchão abrindo mais as pernas.
O mais velho lhe encarou durante alguns segundos, tirando o dedo totalmente de dentro do outro. A entrada dele se contraiu diversas vezes, avermelhada e um tanto úmida. Afobado, o cabeludo pegou o tubo de lubrificante e sujou mais os dedos. Shadows apenas engoliu em seco, fechando os dentes no travesseiro.
Com cuidado, Tuck começou a introduzir dois dedos de uma vez. Sanders choramingou, movendo-se dolorido. O outro lhe segurou com firmeza, sentindo ainda mais dificuldade dessa vez.
Gemeu alto ao sentir-se completamente esmagado dentro do garoto.
Ele deixou os dois dedos parados, sentindo-os doerem por terem a circulação quase parada com as contrações que as paredes do canal exerciam sobre os dígitos.
Aproveitou a ausência de movimentos para se aproximar do outro de modo a roçar seu baixo ventre em uma das nádegas dele. Gemeu sofrido com o roçar da carne dele contra seu pênis, ainda preso dentro da calça.
Sanders moveu os quadris contra o membro do outro, surpreendendo-se com a rigidez do órgão. Mover o corpo daquele jeito dóia devido aos dedos estocados em seu canal, mas gostava de sentir os efeitos que provocava no outro rapaz.
Ao passo que se esfregava nele e mantinha os dedos dentro de seu corpo, Tuck corria as mãos pelas costas largas do jogador de futebol, sentindo a tez suada e morna. Um aperto forte contra seus dedos lhe chamou a atenção.
– Tira.
Piscou confuso, retirando os dedos de dentro do outro. Escutou ele grunhir de dor ao se endireitar na cama. O corpo grande se aproximou do seu e Tuck engoliu em seco ao ver o olhar predador do mais novo.
Os pelos de sua nuca se arrepiaram quando ele, em um puxão, abaixou suas calças e cueca.
Ficou observando aqueles olhos esverdeados de pupilas dilatadas. Um sorriso sacana se abriu nos lábios do maior e Tuck mal teve tempo de processar o que aquilo simbolizava, pois logo Sanders abaixou o corpo, abocanhando seu membro ereto.
Seu gemido foi alto e o choque de prazer quase lhe fez cair sentado no colchão. Suas mãos trêmulas seguraram-se nos ombros do rapaz enquanto olhava o que ele fazia. Os lábios vermelhos úmidos devido ao contato com o membro intumescido.
O garoto lhe chupava com afinco, os lábios comprimidos contra sua carne. Sua cabeça subia e descia enquanto ele esfregava com força a língua na carne pulsante. Tuck revirava os olhos, respirando rápido.
Sanders sugou da base até a ponta, finalmente soltando o pênis do outro. Lambeu os lábios e lhe sorriu, onde Tuck conseguiu notar que o líquido que escorrera de seu órgão agora descia, vagaroso, para o queixo de Shadows.
Ele ainda lambeu a glande vermelha, sorrindo largo enquanto se endireitava. Tomou a bisnaga de lubrificante em mãos e despejou uma quantidade generosa na mão. Riu-se quando passou a massagear o pênis de Tuck com as palmas sujas com o líquido cremoso, arrancando um gemido nada discreto do menor.
O líquido que escorria da fenda do órgão misturava-se com o creme lubrificante, a medida que Shadows lhe massageava. Apoiando a testa no ombro do maior, Tuck gemia manhoso.
– Ok, me come de uma vez. - choramingou enquanto as mãos grandes lhe molestavam.
– Não.
– Hm? – resmungou baixinho.
– Não quero te comer. – deu de ombros, dando um forte apertão na glande do mais velho.
– O que... ah, merda... – mordeu os lábios, cravando as unhas na cintura do outro – Mas por quê?
– Hm... Não tô mais com vontade.
Ele tentou abrir a boca para argumentar, mas a massagem em seu membro ficara mais forte, roubando-lhe todo o ar. Shadows ainda inclinou-se sobre seu pescoço, trabalhando com lábios, dentes e língua ali. Os cabelos do mais velho começaram a lhe incomodar devido ao calor.
– Mas você não pode me deixar assim! - cuspiu as palavras, ofegantes - Olha... O meu estado...!
– Eu não só estou olhando como estou sentindo. - riu, mordendo-lhe o lóbulo da orelha - E como estou sentindo! - pontou passando o polegar pela fenda do órgão.
– Mattie... Por favor, eu preciso. - choramingou - Me come...
– Ué, você quer isso? - soou debochado, lambendo-lhe a lateral do rosto.
– Uhum!
– Mas não era você que queria ser o ativo? Não tô te entendendo... - riu.
Uma pontada dolorosa acometeu o membro do menor, que abriu a boca em busca de ar. Olhou para o outro, que lhe sorriu, roubando-lhe um beijo. Sanders segurou com firmeza nos cabelos do parceiro, fazendo questão de roçar os membros eretos dos dois.
Ao soltar a boca do cabeludo, gemeu baixinho contra os lábios dele, se afastando minimamente.
– O que foi? - riu da expressão espantada do outro - Você não quer?
Tuck piscou por alguns instantes, mordendo os lábios ao vê-lo retirar a camisa.
– Claro que quero...
– Pois.
– Vai deixar?
Sanders não disse nada, apenas sorriu largo, exibindo suas covinhas. Deu as costas para o cabeludo, ajeitando-se de quatro na cama, para logo abaixar o tronco, deixando apenas seu traseiro para cima.
– Oh, merda...
Ele tocou nas nádegas do maior, apertando-as entre os dedos. Abaixou-se e passou a língua por elas, mordendo em seguida. Suas mãos tremiam e uma ansiedade louca corria por seus nervos.
– Eu não tenho um preservativo aqui...
– Faça sem.
– Mas eu...
– Quer que eu me vista e vá comprar um? - soou debochado.
– Esquece!
Ele espremeu o que restava da bisnaga de lubrificante, lambuzando seu pênis. Com o dedo sujo, tocou a entrada de Sanders, encontrando um pouco menos de resistência. Assim que o penetrou, o maior começou a rebolar lentamente.
– Gostou disso, né? - riu.
– Cala a boca.
– Mas você não está alargado o suficiente...
– Eu sei.
– E vai doer pra caralho se eu não te prep...
– Cala a boca e enfia isso logo!
Tuck sorriu, arrepiado. Segurou na base de seu membro e esfregou a glande em uma das nádegas de Sanders. Observou o garoto prender a respiração e ficar imóvel.
– O que foi? - perguntou inocente, fazendo movimentos circulares com a glande na bunda dele.
– Varetinha o escambau...
– O que? Você já tinha visto, já tinha chupado...
– Mas vai estar dentro...
– Ué, não era você que nesse instante estava pedindo!?
– Estou pedindo!
– E tá reclamando do que?
– Olha, ou você cala a boca e faz isso de uma vez, ou eu te estupro, desgraçado!
Ele gemeu baixo. Iria mesmo penetrar o outro!
Direcionou seu pênis para a fenda entre as nádegas do garoto, roçando-o ali. Arrancou um suspiro do maior, que sentia o pênis úmido e quente dele se esfregando em sua intimidade. Tuck respirava com a boca aberta, observando seu membro pressionado contra a entrada do outro.
– É só enfiar...?
– É...
Ele segurou com uma mão nos quadris de Sanders e com a outra segurou o próprio membro, guiando-o para a entrada do outro. A sensação era deliciosa e agoniante... E nem havia penetrado ainda!
Forçando a glande na entrada do parceiro, encontrando uma resistência maior, Tuck começou a forçar-se para dentro, respirando ofegante. Sanders mordia o travesseiro, as mãos agarradas ao lençol. Dóia como o inferno.
Aplicando um pouco mais de força nos quadris e forçando o membro, ele finalmente conseguiu penetrar a glande toda, que foi estrangulada pelas paredes do canal de Sanders.
O mais velho gemeu alto, cravando as unhas no quadril do parceiro.
– Tão quente, tão quente... - choramingou, o cenho franzido e os outros apertados.
Sanders apertou-se contra a glande do outro, gemendo baixo de dor ao ter aquele corpo lhe invadindo.
Ele deslizou as mãos trêmulas para os quadris de Sanders, segurando-se ali, como se aquilo fosse segurar um pouco do juízo que algum dia tivera. Porque sabia que se colocasse tudo de uma vez, aquilo iria doer muito para o parceiro. Mas estava difícil.
As contrações do canal apertado exerciam uma massagem torturante em seu membro. E aquela sensação lhe era tão nova...!
Observava seu membro, a pontinha dele dentro do outro...
– Ai, cacete... - choramingou, apertando as unhas na cintura de Sanders - Eu não aguento... Delícia, Shadz...
Sabendo que era uma imbecilidade fazer aquilo, mas consciente de que o outro estava se segurando ao máximo e não conseguiria fazer aquilo com calma, Sanders empurrou os quadris para trás com força. A dor lhe atingiu todas as terminações nervosas, lhe fazendo urrar.
Tuck também gemeu alto, mas de prazer. Agora um terço de seu pênis já estava ali dentro, sendo apertado violentamente.
O prazer inundava seu corpo por completo, lhe fazendo mover os quadris incoscientemente. Ouviu os choramingos do outro e parou, ainda que aquilo lhe fosse demasiado custoso. Inclionou-se sobre ele, gemendo baixo por ter que mexer os quadris para fazê-lo. Parou por completo, esperando a respiração do outro normalizar. Embora a sua própria fosse um total descompasso.
– Iditota. - resmungou, beijando-lhe as costas - Foi idiotice... Fazer isso...
– O que... Tá sentindo? - murmurou, ofegante, com a voz entrecortada.
– Um tesão dos demônios... - mordeu-lhe as costas - Tá doendo?
– O que você acha?
– Posso esperar...
– Você tá quase derretendo aí. - sorriu, apesar da dor imensa - Vai, enfia mais.
– Pare de...
– Pare você de falar e enfie logo! E se mova.
– Vou te machucar... - replicou, ainda que estivesse tentado a fazer o que o outro lhe pedia.
– Você pode me estuprar se quiser, Mattie...
Ele não aguentou ouvir aquilo sem grunhir deliciado. Amava aquele maldito brutamontes e jamais o machucaria, mas não estava em seu juízo normal... Toda a sanidade de seu corpo havia desaparecido. E o outro estava pedindo...
Endireitou-se, fazendo questão de deslizar as mãos por toda a extensão das costas de Shadows, parando nos quadris do mesmo, onde segurou com força. Mordeu os lábios, fazendo força para que seu pênis deslizasse para dentro do outro garoto.
Ouviu ele grunhir de dor, retesando o corpo. Aquilo estava lhe excitando ainda mais.
Puxou o garoto pelos quadris, penetrando-o sem cerimônias. As paredes do canal dele pulsavam como loucas, exigindo sua retirada. E o próprio Sanders, faltava engolir o travesseiro e rasgar os lençóis tamanha era a dor que sentia.
E tudo que Tuck conseguia sentir era um prazer imenso ali.
Buscou o pênis dele com a mão, mas o outro resmungou.
– Não! Apenas se mova...
– Quer sentir dor? - espantou-se
– Quero...
O maior ficou aguardando a reação do outro, que se converteu em uma bela mordida em suas costas. Logo os quadris dele começaram a se mover, estocando em seu interior. A sensação de ardência e a própria dor dominavam os nervos de Sanders.
Mas seu pênis pulsava mais a cada pontada de sofrimento que era imputada a sua entrada.
Empinou mais os quadris, gemendo dolorido enquanto começava a rebolar devagar. Sentia os testículos do outro chocarem-se contra suas nádegas, os dentes finos cravados em sua pele.
Ele já começava a se mover com vigor contra seu corpo, gemendo coisas sem sentido. Não conseguia ir tão rápido quanto queria, porque ainda encontrava resistência dos músculos do outro. As mãos escorregavam na pele suada dos quadris de Sanders e seus próprios cabelos já pingavam suor.
Era uma sensação deliciosa. Ser esmagado daquele jeito, apertado em um interior tão quente e macio. Sem contar na sensação que era estar no controle. Não conseguia imaginar visão mais erótica e tentadora do que aquela. Aquele corpo grande e musculoso ali, à mercê de suas vontades, exposto de uma forma tão grosseiramente obscena...
Ele era seu.
E aquele pensamento fazia algo animalesco tomar conta de si, lhe impulsionando a ir cada vez mais forte contra o garoto. Seu corpo estava completamente extasiado com aquilo, seus olhos não conseguiam parar de contemplar o momento em que seu membro o violava, bem como a pele bronzeada cada vez mais úmida de suor.
Sanders não se sentia diferente.
No geral, sentia o mesmo êxtase do parceiro. Seu corpo e mente totalmente embriagados daquilo. O mesmo sentimento selvagem tomava conta de si, mas dessa vez de forma contrária. A submissão era o que lhe agradava, o que o fazia apreciar cada centelha de dor que cortava seu corpo.
As pontadas agudas de dor lhe causavam satisfação. Sentia algo quente escorrer por suas coxas, não sabia se era o lubrificante, o liquido que despontava do pênis de Tuck ou mesmo suor. Mas algo em sua cabeça desejava que fosse sangue.
Aquele prazer doloroso lhe deixava trêmulo.
Não demorou muito para que o mais velho sentisse correntes de prazer espalharem-se por seu membro, aumentando as pulsações do mesmo. Agarrou-se como pode à cintura de Sanders, movendo os quadris freneticamente. O maior urrou de prazer, empurrando-se contra o membro que lhe penetrava.
O líquido branco enchia o interior de Sanders à medida que um gemido longo e lânguido arranhava a garganta de Tuck.
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