História Primos - Correndo Atrás.

”Eu não sei de onde vem
Essa força que me leva pra você
Eu só sei que faz bem
Mas confesso que no fundo eu duvidei”

Uma semana após a festa e Sakura ainda não tinha conversado direito com Sasori, tudo bem que a semana foi muito corrida para ambos os plantões não estavam batendo e quando um tinha um tempo livre algo acontecia com o outro, ou era uma cirurgia de emergência ou um plantão extra que era oferecido a Sakura e ela como novata na clínica não recusava nenhum deles, mas longe disso serem desculpas que Sakura vinha usando para não encontrar com Sasori, ela era uma médica recém formada e ainda precisava fazer seu nome como profissional e não ser somente reconhecida por ser a namorada do Dr. Akasuna, porém todos os dias ela foi agraciada por flores, chocolates, entre outros mimos que ele sempre dava um jeito de deixar em sua sala, aquilo só a fazia ficar mais constrangida, pois em vez de ficar feliz com os presentes ela se recriminava  por seus pensamentos só a levavam para um certo moreno, ela queria muito esquecer tudo que ele falou, mas aquelas palavras estavam gravadas em sua mente e todas as vezes que ela se lembrava dele perguntando se ela amava Sasori, ela se respondia que não, que nunca amou Sasori, que apesar dele ser um ótimo homem, ela nunca conseguiu abrir seu coração de verdade para ele, essa constatação estava deixando doente, era isso, só podia ser uma doente; Por que quem e sã consciência não estaria apaixonada por Sasori? Ela devia estar louca isso sim.

Sakura entra em seu consultório e se depara com lindo bonsai de cerejeira repleta de flores, o mais bonito que ela já viu em toda a sua vida, nem pensa em buscar o responsável pelo envio, já que recebeu esses mimos a semana inteira ela imediatamente pega seu celular e liga para Sasori.

- Elas são lindas! Eu nunca vi tão lindas assim.

Sasori de início não entende, mas se lembra do buque de rosas que mandou entregar a pouco na sala dela, como desde a festa eles não estavam conseguindo se encontrar e se sentindo ameaçado por Sasuke mesmo sem saber de todo o rolo que Sakura e o primo tinham achou por bem se fazer presente para a Sakura todos os dias, mesmo que fossem através de pequenas lembranças, mas hoje sexta-feira já estava com saudades, era um homem de 35 anos namorando uma rapariga de 25 anos e mesmo que ela já não fosse mais virgem, estava respeitando seu tempo para avançar na relação, mas isso já estava o deixando de cabelos em pé, se alguns de seus amigos ficassem sabendo disso seria motivo de chacota no meio deles por um bom tempo, então não se importou de mimá-la por toda a semana, pois hoje era o dia, a convidaria para jantar e se tudo corresse bem à noite eles terminariam em seu apartamento e quem sabe ela ficasse até o café da manhã.

- Nossa eles são rápidos na entrega, que bom que gostou, elas me lembram você.

Mesmo que ele não pudesse ver, ele imagina uma Sakura com as maçãs do rosto vermelhas pela vergonha, ela é uma mulher forte, decidida, mas que não consegue esconder sua timidez quando se é elogiada.

- Sakura aproveitando que você gostou das flores, o que acha de sairmos para jantar hoje à noite? Já olhei sua escala e você está com o horário livre, já deixei minha agenda livre também para hoje, tem uma semana que não nos vemos, estou com saudades da minha namorada.

Sakura pensa em recusar o convite, ainda não se sente bem em sair com Sasori, sendo que sua cabeça só pensa em Sasuke, mas ele foi tão carinhoso a semana toda que ela acaba aceitando.

- Não vejo problema algum querido, você pode me pegar as 21:00?

- Perfeito querida, estarei lá as 21:00 em ponto.

Assim que ela encerra a ligação, sua atenção volta para as flores de cerejeiras, mas logo ouve alguém batendo em sua porta, assim que ela abre o entregador lhe estende um lindo buque de rosas Rosa, ela agradece e assim que fecha a porta do consultório ela procura algum cartão de identificação.

                Assim que vi esse tom de rosas me lembrei de você, as rosas tem um significado e essas demostram todo o meu amor e carinho por você.

                        Sasori Akasuna

- Mas se essas são as flores que Sasori me mandou, quem foi que me mandou a cerejeira?

Sakura vai até o arranjo em busca de um cartão, e assim que o encontra ela perde o ar.

As cerejeiras são o símbolo de amor, renovação e esperança, a flor de cerejeira vem ao mundo apenas uma vez por ano e por um período muito curto, cerca de duas semanas, por isso, essas pequenas preciosidades da natureza, em seu pouco tempo de vida, deixam uma mensagem muito bonita. È preciso aproveitar a vida intensamente, pois o tempo passa rápido.

 Ela se tornou um ícone da apreciação da vida, um convite a contemplação e a quietude, sentimentos indispensáveis para nos fazer refletir sobre o estado efêmero de todas as coisas e a necessidade de viver o aqui e agora.

Lembra que quando éramos mais jovens e você me fez te prometer que a levaria ao Japão para conhecer as flores que davam origem ao seu nome?

Hoje quando vi essas flores me lembrei da promessa, lembrei de tudo que vivemos e que  sempre soube que o que tínhamos não era sexo casual, mas também lembrei que fui burro o suficiente para deixar ir aquela que sempre eu quis que ficasse.

Saber da simbologia dessas flores me faz refleti que realmente o tempo passa e que nada volta atrás, mas elas também me dão esperança e nisso que eu vou me agarrar, eu ainda acredito na gente, ainda acredito que temos uma história, mas agora eu quem tenho que lutar por você e eu vou lutar, vou lutar com unhas e dentes pela gente.

Te amo flor.

Sasuke Uchiha

Ao termino da leitura Sakura está chorando, durante anos ela esperou uma demonstração de amor vinda de Sasuke, afinal durante muito tempo acreditou que só ela era quem amava naquela relação, sua cabeça que já estava confusa agora parece que deu um nó, ela não se vê em condições de trabalhar e avisa na direção da clínica que precisa ir embora.

“Tive medo e em segredo
Guardei o sentimento e me sufoquei
Mas agora é à hora
Vou gritar pra todo mundo de uma vez

Eu to apaixonado

Eu to contando tudo

E não to nem ligando pro que vão dizer”