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História Prison Break - Tempestades - História escrita por HellzJay - Spirit Fanfics e Histórias
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História Prison Break - Tempestades


Escrita por: HellzJay

Capítulo 41 - Tempestades


Fanfic / Fanfiction Prison Break - Tempestades

Justin Bieber


— Como está se sentindo? – a doutora perguntou. Estávamos na primeira consulta de ultrassom do nosso bebê.


— Ótima. – Alika respondeu e estávamos bem ansiosos para ver nosso bebê pela primeira vez. 


— Que bom! Prontos para verem seu bebê? – perguntou sorrindo enquanto pegava o gel e passava na barriga de Alika. Concordamos também sorrindo animados. – Muito bem. Olhe aí. – eu encarei atento o monitor, vendo o rostinho do nosso bebê em 3D. – É uma linda menininha. – olhei pra minha mulher e a beijei com ternura. 


— Vamos ter uma garotinha. – disse e, eu só sabia sorrir e enchê-la de beijos.


[...]


— Eu vou ajudar muito como pai. – comentei enquanto andávamos pela praia depois de sair pelo ultrassom. – Se a bebê quiser mamar no meio da noite eu vou manter seu lado da cama bem quentinho até você voltar. – disse sorrindo e ela gargalhou.


— Bobo. – falou me dando um leve empurrão.


— Acho que vamos ter que comprar um livro sobre bebês. Eu pretendo ser um pai muito bem informado.


— Eu estou muito feliz. – disse parando de andar e me olhando fixamente. Ela tinha um lindo sorriso no rosto.


— Eu também. – dei um beijo em seus lábios e encostei nossas festas sorrindo enquanto acariciava sua barriga. – Estava pensando no nome da nossa bebê… E eu gosto de Hazel. 


— Hazel. Significa castanho claro, como seus lindos olhos que eu sou apaixonada. Eu amei. 


— Hazel Bianchi Bieber. – falei gostando de como soava o nome da nossa filha. Era perfeito. Alika entrelaçou nossas mãos e continuamos a andar pela praia enquanto o sol se põe. 


[...]


4 meses depois...


— Ai meu Deus do céu. – falei atônito ao lado de Alika enquanto a mesma gritava e apertava minha mão com muita força. – Eu vou ser pai, nós vamos ser pais. – eu falava todo nervoso e tentando manter calma. 


— Aqui vem ela. – a doutora falou e eu olhei atento. – Mais um pouco de força, mamãe. – Alika fez o que a médica pediu e pude ouvir o chorinho da bebê. 


— A gente tem um bebê. – beijei os lábios de Alika e fui até a doutora. Ajudei a cortar o cordão umbilical e depois embrulharam meu pacotinho em uma manta com estampa de bichinhos e uma touquinha branca. Peguei a neném e levei até Alika. – Acho que vou explodir de emoção. – comentei não me aguentando ver aquela coisinha linda e chorando emocionado.


— Ela é linda. Nossa Bibi. – Alika sussurrou acariciando a nossa filha. E eu balancei a cabeça concordando. – Avise o Lincoln. – falou e fui até a sala de espera.


— Nasceu! Minha filha nasceu! – gritei e Lincoln veio me dar um abraço. 


— Parabéns cara! Como elas estão? – perguntou.


— Estão bem, as duas. – respondi animado. – Logo você pode vê-las.


— Tudo bem, vou aproveitar e trazer algumas coisas pra vocês. – falou saindo e voltei até a sala de parto. As enfermeiras já estavam transferindo Alika para o quarto e Hazel para o berçário. 


— Ei, eu tenho algo pra você. – disse pra Alika enquanto ela se ajeitava na cama. Abri a caixinha e mostrei o colar que comprei com o nome da nossa filha. 


— Que lindo, amor. Obrigada. – falou olhando o mesmo.


— Deixa eu colocar em você. – falei e coloquei nela. 


— Você ainda vai ter que trocar fraldas. – disse rindo.


— Desde que eles prometam trocas as minhas quando eu ficar velho, eu estou de boa. 


— Te amo. – falou me dando um beijo e me sentei do seu lado.


— Também te amo, meu amor. Como você está? – perguntei analisando ela.


— Estou um pouco cansada. 


— Olá. – a enfermeira entrou com a bebê no colo. – Hora da pequena mamar. 


— Estava doida para ver a Hazel. – Alika comentou sorrindo e a enfermeira lhe entregou nossa Bibi. 


— O queixo do bebê tem que tocar na mama e o nariz tem que estar mais livre para respirar. A barriga dela tem que tocar na sua barriga e a boquinha deve está bem aberta, toda envolta da aréola com lábio inferior virado para fora, como um peixinho. – a enfermeira começou a instruí-la. Então Alika tirou seu peito para fora, fez como a moça orientou e Hazel foi ligeira, começou a suga-lo. – Bebê esperta, pegou direitinho. – falou rindo. Enquanto a neném mamava, Alika fazia carinho levemente na cabecinha dela e eu encarava a cena todo bobo. – Daqui a pouco eu volto para levá-la ao berçário. Então babem bastante, papais. – disse saindo do quarto. 


— Ela é muito linda. – comentou pegando na mãozinha da bebê. Peguei meu celular e tirei algumas fotos. Momentos para recordações. Ficamos ali curtindo nossa filha até a enfermeira voltar e levá-la de volta para o berçário.


— Acho que a mamãe agora vai querer um bom banho. Certo? – a enfermeira disse se aproximando e Alika concordou, se levantou e ficou parada por um tempo segurando na enfermeira.


— Eu estou tonta. – disse e fraquejou, quase caindo. Segurei ela e ajudei a enfermeira a colocá-la na cama. Alika tentava buscar ar. 


— Ela está com dificuldade para respirar. – falei colocando o travesseiro debaixo dela tentando ajudar. A enfermeira foi até a porta.


— Emergência médica! – gritou e uma equipe correu até o quarto. – Você precisa sair. – ela disse me puxando e fechou a porta na minha cara. Fiquei no corredor, andando de um lado pro outro em longos minutos preocupado com ela. Orando para que ela ficasse bem. 


Eu precisava dela. 


Eu queria que ela aguentasse firme.


— Senhor Bieber. – o médico disse saindo do quarto.


— O que aconteceu? Como ela está? – perguntei atordoado.


— Sua esposa teve embolia pulmonar, um coágulo de sangue se deslocou pro pulmão dela. – fiquei alguns segundos o encarando e vi a enfermeira sair do quarto cabisbaixa. Fui da imensa alegria à tristeza mais profunda em questão de minutos. Caí de joelhos no chão e só sabia chorar. – Eu sinto muito mesmo. – o doutor falou se agachando na minha frente e segurando no meu ombro, se levantou e saiu.


Meu mundo inteiro tinha caído. 


Eu já não sentia o chão. 


Eu sei que não sou tão forte assim.


Eu só queria levá-la para casa, com a nossa filha. 


[...]


— Eu trocaria tudo por mais um dia com você. – falei e era como se eu estivesse vendo Alika ali na minha frente. Toda linda, com um vestido lindo e me encarando. Eu pisquei e ela desapareceu. Olhei todas aquelas pessoas, famílias e amigos. Todos vestidos de preto. Prossegui com meu discurso – Hoje o sol não brilhou, os pássaros não cantaram, tudo se calou e as lágrimas rolaram em meu rosto. Meu coração está sofrendo em silêncio. Mas sei que seus dias de luta terminaram, seus dias de glória chegaram e agora o céu azul é todo seu, meu amor. – falei sentindo as lágrimas descerem quente do meu rosto e escutei o chorinho da minha neném. – Você me deixou o presente mais valioso de todos, Alika Bianchi. – logo tratei de dar o fora dali, eu não aguentava mais tanta dor. Eu estava péssimo.


— Oi, cara. – Chaz, um amigo de infância, falou vindo até mim.


— Oi. 


— Olha, fique longe daquela caçarola. – apontou pra mesma em cima da mesa. – Tem um gosto de bunda. – falou tentando me animar um pouquinho.


— Foi minha tia que fez. – ele arregalou os olhos


— É muito boa. Muito boa. 


— Tá tudo bem. – respondi.


— Ah, vem cá. – Ryan, outro amigo de infância, pareceu me puxando pra um abraço. – Você precisa disso. Coloca tudo pra fora. – desfez o abraço e me encarou. – Você foi bem lá, fiquei emocionado. 


— Obrigado. Mas agora eu preciso ficar sozinho. – dei um tapinha no ombro de cada um e fui até Hazel, a pegando no colo e me afastando de todos. – Agora é apenas eu e você, bebê. – beijei sua testa. Fiquei ali apreciando minha pequena. – Acho que você vai ser inteligente como sua mãe, ela era incrível sabia? – sorri levemente. Sai andando pelo parque que tinha ali perto.


— Que gracinha. – uma mulher falou de repente quando passava por mim e olhou Hazel no meu colo. – Onde a mãe dela está? 


— A mãe dela é astronauta, tá lá na NASA. – respondi e ela me encarou surpresa. Sorri debochado. Continuei andando e me sentei em um banco.


— Onde está a mamãe hoje? – outra moça que estava sentada também no banco me perguntou e eu a encarei com tédio mas logo disfarcei com um sorriso cínico. 


— Na boca de uma baleia, sabe como é… Os dentes das baleias precisam estar limpos. – disse e me levantei saindo dali. Que gente mais chata! 


É tão difícil para as pessoas me ver com um bebê e perceber que eu sou um pai solo, ou que simples não é da conta delas? Acho que vou ter que lidar muito com isso por muito tempo. 


[...]


5 anos depois...


— Acorda papai! Está na hora de acordar, vamos ver a mamãe. – Hazel gritava como louca pulando na cama.


— Okay, já acordei. Já acordei. – falei me levantando e dei um beijo em sua testa. – Troque de roupa. Vai lá. – ela saiu correndo do quarto e foi fazer o que pedi. 


Fui até o banheiro fazer minhas necessidades e escovar os dentes. Depois caminhei até a cozinha e preparei o café da manhã. Bibi se sentou na mesa já com a roupa trocada e eu lhe entreguei seu café da manhã. 


— Come tudo pra gente arrumar o cabelo e ir. – disse e fui até meu closet. 


Troquei de roupa e Hazel já me esperava no banheiro em frente ao espelho. Peguei o aspirador, coloquei a xuxinha na boca do cano do mesmo e "aspirei" o cabelo dela. Depois tirei a xuxinha da boca do aspirador e passo pro cabelo dela fazendo um lindo rabo de cavalo. Fácil e prático. 


— Obrigada, papai. – falou e a peguei no colo para sairmos. – Que ir andando. – desceu do meu colo e pegou na minha mão enquanto andávamos até uma floricultura. – Como minha mãe era? – perguntou de repente e essa pergunta me pegou de surpresa.


— Ela era como uma tempestade. Aparecendo de repente, surgindo no céu e depois desaparecendo rapidamente. – respondi e ela me encarava atenta.


— Tempestades, elas podem voltar, não é? – a encarei sem saber o que dizer, então apenas assenti com a cabeça. 


— Olá. – disse pra atendente. – Eu vou querer um arranjo simples de tulipas vermelhas. – pedi e a moça foi fazer. Tulipas vermelhas significam amor verdadeiro e eterno.


— 35 reais, senhor. – falou me entregando o arranjo. 


— Segura aqui, bebê. – entreguei as flores para Hazel. Peguei o dinheiro na minha carteira e paguei a moça. – Vamos? – segurei a mão dela e fomos andando até o cemitério que tinha perto da praia. 


— Linda! Vem cá no tio. – Lincoln gritou quando nos viu e Hazel foi correndo pulando no colo dele.


— E aí, Lincoln. – dei uns tapinhas nas costas dele.


— E aí, Justin. 


— LJ, Sucre, Mari. – cumprimentei os três. – Oi, Juan. – passei a mão no cabelo do pequeno. Juan era filho de Sucre e Maricruz. – Oi Ryan, oi Chaz. – cumprimentei também meus dois amigos. Andamos até o túmulo de Alika e entreguei as flores para Hazel colocá-las em cima do mesmo. Lincoln pegou um cisne de origami em seu bolso e pôs ao lado das tulipas.


ALIKA S. BIANCHI


☆ 25.3.1988 - † 7.4.2022


Esposa, mãe, irmã, tia, amiga.


Aquela que amamos não se ausenta, se traduz em eternidade e saudade.



FIM!



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