Mas é hoje que mato um. Isso só pode ser um karma, um universo brincando com a minha cara, ou algum castigo por uma vida antepassada.
Não, não. Talvez eu esteja exagerando. Talvez né. Eu deixaria deixar isso de lado se meus pais não fossem tão assustadores, principalmente minha mãe… se ela tivesse nos visto, com certeza eu não estaria aqui pra contar essa história da minha vida, caros leitores.
Fiquei estática uns quinze segundos encarando o chão enquanto processava que a sensação adormecida entre minhas pernas estava recebendo aquele arzinho quando cê não está usando a bendita peça íntima.
Ah Jimin! Você me paga, de alguma forma que ainda não sei, mas me paga sim.
Precisei voltar pra sala rápido para não causar estranheza lá embaixo, apesar de que já estava atrasada de todo jeito pois os meninos fizeram a graça de descerem sem mim.
Com a minha calcinha!
Ok, ok s/n.
Ninguém vai perceber, é isso mesmo, o vestido é comprido o suficiente para lhe proteger, só lembrar de não andar rápido demais, nem pular. Fico pensando nas possibilidades que me fariam pular uma hora dessas.
Dispersei meus pensamentos confusos e um tanto atordoados e fui até a entrada da porta, esquecendo a porcaria da presilha que foi o motivo de subir ao meu quarto, descendo as escadas degrau por degrau, devagar, e principalmente sem chamar a atenção de ninguém.
Porcaria, claro que eu chamaria a atenção, já que todos praticamente estavam me esperando, incluindo minha mãe que tinha uma taça de vinho em sua mão, conversando com os meninos.
Epa. O que ela está conversando com eles? Minha preocupação gritou, andando mais rápido até eles.
– Opa, do que estão falando? - perguntei, soltando uma risada deveras nervosa, ficando entre eles.
Jimin mordia os lábios para segurar a sua cara risonha, ele parecia estar escutando uma piada que só ele entendia. E eu sabia que ele estava louco para rir da minha cara.
Olhei para ele continuando a sorrir mas meus olhos gritavam para uma única ordem.
“Devolve minha calcinha seu filho de uma p@#$".
– Sua mãe estava nos contando sobre suas aventuras - disse Jungkook, de modo cínico. Só pra mim, porque minha mãe parecia se encantar.
Caia nessa não minha senhora. Esses dois são perigosos.
– Que aventuras? Eu era a criança mais sem graça que tinha na escola e na família - ressaltei, olhando para a matriarca confusa.
– Ora S/n, deixe de coisa. E a vez que você caiu do cavalo? Saiu de casa escondida dizendo que iria estudar com as amigas e voltou toda inchada com alergia a capim - contou minha mãe, tomando um gole de sua bebida.
Tal lembrança veio em minha mente, eu realmente estava um bagaço naquele dia, o rosto estava deformado.
– Primeira e última vez que montei em um cavalo - suspirei
– Não sabe montar S/n? - perguntou Jungkook, a sobrancelha se arqueando. Na mesma hora senti meu rosto esquentar, puta que pariu hein jungkook, não faz isso!
Tentei me manter neutra com sua pergunta e respondi num tom suave.
– Não, e-eu não tive outra oportunidade - disse, gaguejando. Que merda.
– Sério? Então vamos te ensinar. Eu mesmo, sou um ótimo professor - Jimin se ofereceu, piscando para mim. Pronto, outro pra atentar.
Mordi os lábios nervosa, eu não sabia disfarçar por tanto tempo. Então, mantive a risada nervosa e continuei assentindo.
Mas minha mãe, inocente, continuou a conversa para minha total desgraça.
– Vocês sabem? Ora, não me admira a minha filha terem amigos como vocês.
– Voltando para a cidade vamos ensinar ela direitinho, s/n aprende rápido - continuou jimin.
Ok, pode abrir um buraco agora.
– Que ótimo filha, será que vocês podem ajudá-la a encontrar um namorado também?
– Mãe?! Isso é coisa que se peça. A senhora conheceu eles hoje! - minha voz saiu alterada, chamando a atenção dos demais na sala, que passaram a se entreter em nossa conversa.
– S/n, você precisa conhecer mais pessoas, se relacionar, já está na hora - minha mãe falava aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Não consegui olhar para os meninos, tamanha vergonha que estava sentindo. Queria ir embora agora, mas sabia que não poderia até contar o maldito segredo.
Será que devo deixar a porta aberta para fuga?
– Eu não estou desesperada assim, e tenho amigos. E não fico em casa o tempo todo como antes - me defendi, olhando para meus tênis velho, focando em um ponto sujo nele. Não posso deixar minha ansiedade crescer aqui.
– Não se preocupe Senhora, quando menos esperar sua filha vai estar namorando - Jeon falou aquilo sério para minha mãe, mas dando um sorriso torto no final.
Dava para sentir a falta de paciência vindo dele. Não era tão tolerante como Jimin, que mantinha a postura neutra, esse sim sabia controlar bem seus sentimentos.
Os dois eram tão opostos e um equilíbrio para mim.
– Deus te ouça querido.
Segurei a vontade de revirar os olhos, mas voltei minha atenção ao meu pai que me chamara.
– Me desculpem atrapalhar a conversa, mas minha filha, eu estou com saudades daqueles salgadinhos que você fazia aqui em casa, lembra deles?
– Claro pai, tem todos os ingredientes aqui? - perguntei.
– Tem sim, comprei faz um tempo na esperança do seu irmão fazer, mas é seu irmão. Ele não move a bunda dele.
– Epa! Eu ouvi essa - escutei meu irmão no canto da sala, preparando outra dose de whisky para ele e meu pai.
Típico.
– Tudo bem pai- me virei novamente, indo até os meninos e minha mãe, que não saia de perto deles - Mãe, preciso de ajuda, vou levar os meninos esta bem.
Puxei o braço de cada um deles, não dando chance da minha mãe contrapor, indo em direção a coxinha.
Olhei de relance para a sala, não dava para nos ver, mas precisava falar baixo.
Mesmo assim, suspirei aliviada de olhos fechados, buscando forças para aguentar mais um tempo até ter coragem de contar.
Senti dedos desenhar a base da minha coluna, descendo o carinho até o topo da minha bunda. Pulei assustada com aquela carícia, justamente por não estar mais no segundo andar.
O térreo era bem mais perigoso.
Me afastei dos dois o suficiente para ter uma distância de segurança entre nós. Alguns passos porque a cozinha é pequena. Enfim.
Os dois me encaravam, em desafio. Eu me senti enclausurada como no dia que estávamos sozinhos pela primeira vez, naquele banheiro da academia. A sensação de nostalgia era tão traiçoeira que me fez arrepiar meu corpo inteiro, sentindo cada pelo em minha pele se conectar com cada célula do meu corpo.
Novamente, a presa. E ainda não me acostumei com essa sensação.
Mordi meus lábios com força, tentando manter a concentração, e minha respiração. Meu Deus, e eles não fizeram nada, e eu já estava fora de mim.
– Vocês! Os dois! Uma pausa - pedi, sussurrando.
– Não estamos fazendo nada - disse Jungkook, jogando seus cabelos para trás, e amarrando em um nó mal feito.
Porque tinha que ser tão sexy?
Provável que devo ter feito essa pergunta pela milésima vez só hoje.
– Ainda - completou jimin, fazendo um bico em seus lábios, que há minutos atrás estava entre minhas pernas.
Balancei minha cabeça, buscando algum foco, até lembrar do pequeno detalhe ausente.
– Minha calcinha! jimin! Eu estou sem calcinha aqui - apontei para baixo, fazendo os dois rirem.
– Será que não está no seu quarto bebê?
– Não, não está. Você pegou seu safado - apontei agora para ele, acusando-o.
Isso só o fez rir mais ainda. Eu só posso ser uma piada para esses dois.
– Sabe, eu adoro quando você está estressada - continuou ele - e será mais fácil assim
– Fácil? O que será fácil?
– Quando sairmos daqui, e é tão divertido saber que está sem nada por baixo. Um lembrete gostoso - Jeon se aproximou um pouco, o suficiente para chegar perto do meu ouvido, sentindo seu hálito em minha bochecha - E então, quer ajuda ou não?
Aaah que filho da uma mãe sádico do cacete. Xinguei-o mentalmente como todas as minhas forças para conseguir assentir, confirmando em um aceno.
Jimin sorriu para nós, parecia que ele estava se divertindo mais dos três.
Peguei todos os ingredientes que precisaríamos e deixei tudo na bancada. Deleguei algumas tarefas para os dois, o que seria bom já que a comida era fácil de fazer mais ainda melhor com três pessoas ajudando.
E eu tinha prometido a eles que após terminar o lanche, iria contar para meus pais sobre o namoro. Então, preparamos, fingindo que estávamos em nosso apartamento, cozinhando algo para nós, como muitas vezes.
Isso me lembrava que sempre demoravam, já que sempre aparecia um empecilho, difícil de ignorar, digamos assim. Isso me fez rir, chamando a atenção dos dois.
– Qual a graça? - perguntou jeon, empurrando meu quadril para o lado.
– Nada, eu apenas lembrei da gente no apê, quando tentamos fazer almôndegas.
– aquele dia foi um desastre - disse jimin, se lembrando junto - só conseguimos limpar totalmente a cozinha depois de dois dias.
– Isso porque fizemos uma zona - jungkook terminava de cortar os petiscos, colocando tudo na vasilha
– Também né, fizemos muita coisa naquele dia. Tinha molho em quase toda parte do meu corpo.
Jimin caiu na gargalhada, rindo alto. Seus olhos se fechavam, e algumas lágrimas caíram em processo. Eu simplesmente acompanhei junto, agora eram dois se acabando de rir na cozinha.
Jeon tentava ficar sério, mas falhava em conjunto.
– Não devemos mais brincar com a comida daquele jeito.
– Ainda mais almôndegas, nada sexy - jimin continuava rindo, se recuperando aos poucos.
– Até parece que vamos parar, a última vez foi com chocolate, e era uma tarde inocente para fazer brigadeiro - disse jeon.
– Ora, e era inocente mesmo, mas você tinha começado! - me defendi junto com jimin - não tente ser santo não.
– Jamais, e como você queria que não fizesse nada já que a senhorita chupou aquela colher de um jeito tão pervertido.
– Eu? Não queria desperdiçar o doce ora - tentei me concentrar no que faltava em minha frente, mas jeon não deixava.
– Não me culpe completamente, Jimin foi pior.
– Eu? Que audácia - O Park, não satisfeito, deu um tapa em minha bunda, o barulho não foi alto o suficiente, mas me fez despertar.
– Jiminie - o chamei - eles vão escutar!
– vai ser um ótimo jeito de descobrirem, vamos terminar isso aqui logo e ir pra casa - disse, ficando atrás de mim, beijando minha nuca.
Como alguém muda da água para o vinho??
– Vamos - concordei com ele - falta pouco. Posso terminar aqui sozinha
– Não, esperamos você - jeon se posicionou ao nosso lado, bem próximo de nós.
O calor que emanava no corpo dos dois me fazia acelerar mais o preparo, também queria ir para casa.
Uma alça do meu vestido desceu, e jungkook, como um cuidadoso namorado, subiu a alça com seus dentes, os lábios batendo em minha pele, beijando meu ombro.
Aquilo me arrepiou, sentindo uma fisgada em meu íntimo. Tal ato me fez impulsionar meu corpo para trás, um movimento não tão bem calculado, já que Jimin estava atrás de mim, colado ao meu corpo.
Sua risada suave fez carícias em meu ouvido
– Não faz assim bebê - joguei minha cabeça para trás, dando mais acesso ao meu pescoço, tendo seus lábios maia a vontade em minha pele.
Seus lábios sabiam como me deixar sensível, era uma beleza sua que me deixava salivando, literalmente.
– Foi sem querer - disse, em um fio de voz.
Seu quadril empurrou o meu para frente, e nossa altura era perfeita para ele encaixar facilmente seu membro por minhas nádegas, sentindo sua dureza firme em meu encalço. Não pude me controlar o suficiente, meu corpo não me obedecia a tempos, e apenas me entreguei, empinando minha bunda um pouco, ondulando meu quadril ao seu sexo.
Mordi os lábios, suspirando pesadamente e a sua mão que antes estava em minha cintura, desceu para frente, não tendo nada o atrapalhando, tendo total acesso ao tocar meu íntimo, metendo um dedo dentro de mim, sem que eu esperasse.
Larguei a faca a tempo, tampando minha boca para não deixar escapar um gemido em minha garganta.
Olhei para jeon ao nosso lado e ele estava concentrado na mão de jimin, me masturbando. Apertei minhas coxas uma contra a outra, eu estava excitada a muito tempo, mas não o suficiente para ficar satisfeita.
Maldito jantar. Maldito segredo.
Qualquer um poderia nos ver ali, minha mente trabalhava para tentar me afastar de jimin, mas eu não funcionava mais assim.
Park mordeu meu ombro, lambendo-o mais, saboreando o gosto da minha pele em sua língua, deixando um rastro de saliva. Seu dedo continuava a se mover, querendo que eu implorasse para colocar mais outro e ser minha ruína ali mesmo.
– É melhor vocês dois pararem agora - Jeon voltará sua atenção aos nossos rostos, eu e Jimin o olhamos ao mesmo tempo.
Jimin sorria, travesso. Eu gemi mais ainda, sufocada.
– Por que? Ela está tão molhadinha jungkook, não quer provar - insinuou o mais novo, desafiando-o.
A tensão na cozinha era tanta que não se ouvia mais nada na sala, e só existia nós três, em nosso mundo particular.
– Porque falta muito pouco para eu perder o controle aqui, e vocês não querem me ver assim aqui.
Para meu desespero, jimin entendeu aquela frase, retirando sua mão debaixo do meu vestido, sem antes puxar meu cabelo para trás, tomando meus lábios em um beijo molhado, sua língua passeando por minha boca.
– É melhor contar logo S/n. Odeio interromper minha brincadeira - disse, me soltando, chupando seu dedo em minha frente, como provocação para jungkook.
Meu íntimo novamente queimava. Outra tortura que tinha que aguentar, e a sensação molhada crescendo por entre minhas coxas só aumentava o meu alerta.
Jimin pegou o que estava pronto e levou para sala, mesmo estando afetado, sua camisa cobria perfeitamente sua excitação. Mas agora ele não estava mais paciente como antes.
– Não se preocupe amor, vou te recompensar bem hoje - jeon veio até mim, circulando minha cintura até seu corpo, me prendendo em um só braço – Eu sei que dói, mas ou ti distraiamos ou você ficava mais nervosa.
– Bela distração - consegui dizer, ficando na ponta dos pés, me segurando em seus ombros.
– Não, é uma deliciosa distração.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.