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História Pro nosso bem - Capítulo 25. - História escrita por goldensxul - Spirit Fanfics e Histórias
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História Pro nosso bem - Capítulo 25.


Escrita por: goldensxul

Capítulo 25 - Capítulo 25.


No caminho eles foram me explicando que o evento de hoje ia ser em um lar de adoção que eles faziam ação social todo mês, e hoje iam abrir pra comunidade também, a tia Regina falava com um amor lindo, era toda dedicada, a coisa mais linda. Chegamos lá já dava pra perceber que estava bem cheio, estacionamos e saimos, entramos, estava tudo decoradinho, cheio de palhaço, musica, brinquedos tipo pula pula, cama elástica, um pessoal fazendo aquelas pinturas no rosto, distribuição de brinquedo/comida/roupa, assim que o David chegou as crianças vieram correndo abraçar ele, ele ficou ali na porta e eu segui com a tia Regina e assim fiquei grudada nela, gente, aquela mulher era Deus, ela não parava um segundo, quero ser que nem ela quando eu crescer. Ela foi me apresentando pra todo mundo ali, vi que na parte que distribuía os brinquedos só tinha um pessoa, e eram duas sacolas, os brinquedos das meninas e os dos meninos, fui até lá.

- Oi, é... eu posso ajudar? - disse pra "palhacinha" que estava distribuindo

- Nossa, por favor - riu e me deu um espaço, eu comecei a entregar os brinquedinhos pras meninas, gente, a carinha delas de felicidade quando pegavam os brinquedos era fora do normal. Eu estava com vontade de apertar todas.

- Como que você se chama mesmo? - ela perguntou

- Carol - sorri - e você?

- Juliana - sorriu também - você veio com a Dona Regina né?

- Isso

- Daqui a pouco a outra menina que vai ajudar na distribuição chega ta? Não se preocupa

- Magina, eu to amando - ri - É muito gostoso né?

- Muito!! A carinha de gratidão delas é maravilhosa, é a primeira vez que você vem com eles na ação social?

- Com eles é a primeira vez sim, já participei em algumas lá de Salvador, eu gosto muito.

- Aaaah você é de Salvador, esse sotaque maravilhoso não me era estranho - rimos - Quando a dona Regina comentou que o David ia trazer uma amiga eu estranhei, ele nunca trouxe ninguém aqui. E entre nós? Jurava que seria aquelas garotas frescas, que nesse exato momento estaria com o celular na mão filmando tudo, mas que fazer mesmo, não ia. Mas assim que você entrou com esse sorrrisão percebi que era uma pessoa especial. - Olhei pra ele, ele tava me olhando, com um sorriso bobo no rosto, sorri de volta e voltei a prestar atenção no que estava fazendo.

- Aah não, longe de mim - ri - eu amo, gostaria de participar mais inclusive, mas não tenho tempo nenhum - Ainda estava raciocinando a parte do "ele nunca trouxe ninguém aqui", porra, ele ficou um bom tempo com a tal Sara, como assim ele nunca trouxe ela aqui? Se eu to me sentindo especial? Amores, eu to me sentindo a ultima coxinha da caixa, não vou negar. Nós ficamos conversando, ela era um amor, pelo o que eu entendi eles se conheceram quando a Dona Regina foi fazer uma ação social na comunidade dela, ela como sempre teve vontade de participar, já se juntou no time e esta até hoje, logo a parceira dela chegou e acabou com a minha onda, eu estava gostando real, de verdade mesmo, procurei a tia Regina com os olhos mas não achei, então encostei na parede e fiquei observando, as crianças estavam se divertindo no pula pula como se não houvesse amanhã, logo parei os olhos no David, ele estava sentado no chão, todo rabiscado, acho eu que o objetivo das crianças ali com ele era transformar ele em um palhaço também, já que o nariz dele tava com a pontinha pintada de vermelha, ele brincava com elas como se não houvesse amanhã também, cagando se estava todo cagado, já falei que amo isso nele? Que homão da porra, ele me olhou, deu risada e juntou as crianças como se fosse falar um segredo, elas me olharam, voltaram a olhar pra ele, e me olharam de novo, dessa vez com caras de sapecas, eu não tive nem tempo de pensar, elas já vieram correndo, pulando em cima de mim e me dando beijinhos, precisava falar que eu morri de amores? Tava com vontade de esmagar todas de tanto abraçar, logo o chefe da quadrilha a.k.a David veio também, nem precisa falar que em menos de 15 minutos eu já estava amiga deles né? Não sei o que acontece mas eu pego uma amizade com criança muito fácil, mais fácil do que com adulto na verdade. Ficamos ali no chão brincando e conversando, eles eram "grandinhos" já, tinham entre 6 e 8 anos, em pouco tempo eu já estava toda rabiscada também.

- Tava pensando aqui e quero ser que nem a tia Carol quando crescer - a Sofia disse e eu ri

- Que nem eu princesa? Você vai ser melhor que eu

- Eu também tia, você é linda, legal, e ainda gosta de brincar com a gente, até deixou a gente te rabiscar - a Mel disse

- Eu já quero ser que nem o tio David, além de jogar na seleção ainda tem o cabelo maneiro - o Lucas disse

- verdade, o tio David é demais, quando crescer vou jogar que nem ele, só que no Barcelona - o Pedro disse

- Iiiiih rapaz ai não vale, tem que ser Chelsea pô - ele disse

- Ah pode ser também - rimos

- E eu também quero ser igual a você tio, mas só que eu vou ser fotografa - A Ana disse

- Aeeee, bate ae Aninha - disse fazendo um hi-five com ela

- Você é fotografa tia?

- Eu sou, amor

- Aiiii que legaaaaal, me chama pra tirar foto com você um dia?

- Claro que chamo, princesa

- Ah tirar foto é mó chato, eu quero é ser médico - o Lucas disse - Ai quando vocês ficarem doentes, eu que vou cuidar

- Nossa, ai sim, vai ser o melhor médico então? - o David perguntou e ele assentiu - Isso mesmo, bate ai - eles bateram lá

- E eu vou tirar as fotos, vou chamar a tia pra ser minha modelo - a Aninha disse

- Foto com a tia Carol vai ficar muito linda - a Mel disse

- Logico que vai, a tia Carol é uma gata - o Lucas disse e eu ri - Não é tio David?

- Mais ou menos né - ele riu - Mentira, a tia Carol é gatona

- E o tio David também é mó gato né tia? - a Julia perguntou

- Ele é lindão também - eu disse olhando pra ele

- Vocês deviam namorar, isso sim - a Mel disse simples, eu ri

- Eu já pedi ela em namoro várias vezes gente, mas ela não quer, fala que eu sou muito chato - disse fazendo carinha de triste

- Nossa tia Carol, o tio David é mó gente boa - o Lucas disse

- É mesmo, vai te tratar igual uma princesa, que nem ele trata a gente

- E ele presta ainda - a Ana disse animada, eu gargalhei

- Adorei o apoio gente, depois todo mundo vai ganhar sorvete - o David disse e eles fizeram corinho de "Oba", nós rimos

- Eu discordo, acho a tia Carol muito bonita pro tio David, mas se você não ligar pra aparência ele é um bom partido - o Pedro disse e eu gargalhei do jeitinho adulto que ele falou.

- Vou ficar me achando desse jeito ein

- iiiih Pedro, tem que me ajudar rapaz

- Tio o senhor falou pra gente não mentir - ele rebateu e nós rimos

- Mas é pra se achar mesmo tia, deixa eu tirar uma foto sua pra você ver - a Ana disse

- Olha só, quero só ver - disse rindo, peguei meu celular e entreguei pra ela, ela tirou

- Olha, a tia parece a Tiana da princesa e o Sapo - o Pedro disse

- Não, ela parece a Tip de Cada um na sua casa - a Ana falou

- A Moana que ela parece - a Julia falou eu ri

- Que oh, a tia é logo a Tempestade só que com o cabelo castanho e cacheado

- Meu Deus, eu sou muita coisa - ri - Agora eu quero tirar foto com vocês - a Ana me entregou meu celular, e ficou eu, o David e elas tirando fotos com caras e bocas, a tarde passou muito rapido, quando vi já tinha acabado e nós já estávamos arrumando as coisas, eu sai de lá completamente apaixonada, por tudo e todos.

- Carol do céu, essas crianças te amaram - a tia disse assim que entramos no carro

- Eu que estou apaixonada por elas, vontade de levar todas pra casa comigo

- Rouba minha mãe, depois rouba minhas crianças, quer roubar mais o que? - nós rimos

- Começou a inveja - rimos - Pior que passa rápido né? - eu disse

- Muito, toda vez que venho quero ficar mais, sorte da minha mãe que vem todo mês - nós fomos o caminho todo conversando sobre isso, assim que chegamos vimos o Seu Ladislau tirando as compras do mercado do carro.

- Iiiih olha quem chegou - ele disse assim que me viu

- Veio fazer visita pra gente - a tia disse rindo

- Que saudades menina

- Saudades tio, ta bonitão ein, todo estiloso - disse, que continuava com o mesmo estilinho de sempre, bonezinho pra trás, óculos escuro, na estica.

- Ó quem fala, você ta linda, mais do que já era, vem aqui me da um abraço - eu fui dar um abraço nele, que quase me esmagou como sempre, eu ri.

- Qualquer dia tu ainda me desmonta tio - ri e me afastei

- Tem que ser assim pra matar a saudade né menina - riu

- Você continua me chamando de menina né velhinho? - fuzilei ele com o olhos e rimos, ele sempre me chamou de menina, porque um dia comentei que odiava que me chamassem de menina, pra que? Nunca mais me chamou pelo nome, só de menina.

- Ih cabeça, não deixava ein - o David disse rindo e pegando as sacolas do porta malas do carro

- Olha o respeito ein MENINA - riu

- Não mudam nada mesmo viu - a tia disse rindo

- Verdade, o senhor continua um chato - nós rimos - mentira tio - disse abraçando ele

- E você continua bravinha, essa língua afiada, mudou nada mesmo, baianinha arreta - nós rimos, ele pegou o que restava das sacolas e nós entramos.

- Titiooooooooo - o Abner veio correndo assim que viu o David

- E ai pequeno - disse deixando as sacolas no chão e pegando ele no colo - Ó, deixa eu te apresentar, essa é a amiga do titio, Carol - mal sabe

- Eu sei, ela é a minha namolada - ele disse, a Belle já começou a rir

- Que? - o David disse olhando pra mim e depois pra ele

- É ué - o Abner disse simples, nós sentamos no sofá

- Ta sendo disputada na família ein Carol - o tio disse e eu ri

- Iiih essa não pode rapaz

- Por que? O titio ta pegano a minha namolada? - ele falou como se fosse inacreditável, como se ele tivesse acabado de descobrir uma traição, nós riram, esse menino não daa

- Perdeu pro titio mané - David disse

- Como axim? A gente ela namolado - olhou pra mim indignado, eu ri

- Ainda somos pequeno, é mentira dele - disse pegando ele pra sentar no meu colo, ele deitou a cabecinha no meu ombro

- Ih qual foi? Ela é minha ein Abner, se liga

- Não é titio, fala pa ele namolada

- É verdade, sou sua namorada Abner, dele não

- Nossa, que complô, não tenho moral nenhuma mais nessa familia mesmo - disse fazendo drama, nós rimos.

David On

A Cah estava praticamente em casa, ela era amiga de todo mundo, e agora com o Abner piorou, menino se apaixonou por ela, também não é dificil né? Que mulherão da porra, hoje lá no instituto, ela ajudando, fazendo amizade com as crianças, cada dia que passa eu tenho mais certeza de que é ela. Nós jantamos e eu subi pra tomar banho, tomei um banho, lavei o cabelo, sai com a toalha enrolada na cintura, dando de cara com a minha mãe

- Que susto mulher - ela riu

- Não era minha intenção

- Não tem problema - ri, abri o armário e peguei uma cueca, olhei pra ela

- Que foi?

- Vira pra lá, né?

- Te vi nascer garoto, corria pelado pela casa, para - eu continuei olhando pra ela - Nossa David - revirou os olhos e virou pra parede, eu ri, coloquei minha cueca e uma bermuda.

- Pronto, flor da minha vida - ela virou com a cara emburrada ainda, eu sentei do lado dela na cama - Algo de especial a trás aqui? - disse com voz galanteadora e ela riu

- Nada demais, só queria conversar mesmo

- Pode falar

- Você me falou por cima, mas não tudo, e você sabe que eu sou curiosa né? Quero saber, o que ta acontecendo entre você e a Cah?

- Ah mãe, eu já te disse, a gente ta... se resolvendo - disse

- Como assim se resolvendo? - olhei pra ela, sabia que ela não ia sossegar enquanto eu não contasse no minimo destalhes, então falei, não nos mínimos detalhes né, fiz um resumão - e é isso, a gente resolveu tentar de novo, mas não é nada oficial, por enquanto, mas... eu to apaixonado por ela mãe, ela mexe pra caramba comigo, sempre mexeu né.

- To vendo, e com razão né, ela é tão especial, pura, meiga, doce, tão... ela. Mulher dos sonhos de qualquer um, você sabe né? - Onde ela ta querendo chegar com esse papo?

- Sei... ela é diferente, e isso me deixa mais louco por ela ainda

- E pelo jeito que ela te olha é bem reciproco. Te olha como olhava quando vocês namoravam, e isso é um privilégio, sabia? Principalmente agora, com tantas interesseiras ou doidas por ai, tipo aquela

- Mãe, não vai começar seu discurso de ódio contra a Sara agora né? - eu disse e ela riu - E ela é demais, eu sei, e é disso que tenho medo.

- Medo? Medo do que?

- De aparecer alguém melhor, de machucar ela de novo, sei lá!

- Isso, esse é o ponto que eu estou querendo chegar. Primeiro que aparecer alguém melhor eu acho dificil, você é maravilhoso filho, e eu não digo isso só porque sou sua mãe não, mas a parte de magoar ela que é o ponto, a Carol é muito forte, mas quando se trata de amor meu filho... nem a pessoa mais forte do mundo aguenta, e você já magoou ela uma vez, na verdade vocês se magoaram, mas você sabe que ela saiu bem mais prejudicada nessa relação que você, então, toma cuidado, ta? Seja cuidadoso com ela.

- Eu vou tomar mãe, dessa vez vai ser diferente, até porque eu mudei né? Não sou mais aquele jovem bobo, sem noção de anos atrás, pode confiar em mim

- Eu confio. Em você e nela. Ela é como se fosse uma filha. Eu adotei essa menina durante dois anos e a amo como se fosse minha filha. Não quero que machuque ela, ia ser demais pro meu coração também - riu

- Relaxa mãe, eu não vou machucar ela, eu... eu amo essa mulher demais, não tem chance.

- Isso, assim que se fala - ela sorriu, me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Cah On

Subi pra tomar banho, encontrei o David no meio do caminho, só de bermuda, medi ele na cara dura mesmo, que homem.

- Tava procurando você mesmo - disse rindo

- Me ama ein, ta louco - eu disse e ele riu

- O que você acha da gente ir dar uma volta? Conhecer por aqui, sei lá - ele disse

- Aaiii vamos, eu tava com vontade mesmo, até porque a gente já vai embora amanhã e eu nem vi nada direito

- Então ta, só vou colocar uma roupa e a gente vai - ele disse rindo, provavelmente da minha animação, eu fui pro quarto, tomei um banho rapidão, fiz um coque, coloquei a roupa (1) porque estava um calorzin gostoso, assim que sai trombei com ele saindo do quarto, que era de frente pro meu

- Nossa, não to entendendo essa nossa sintonia hoje - ele disse rindo, ele estava lindo, com uma camiseta branca, calça jeans, tenis preto, mas com aquele mesmo boné e óculos

- David... - disse rindo

- O que?

- Você não vai com esse negocio ai né? - eu disse

- ... Vou ué- disse e nós rimos

- Você fica a cara do tio com isso - ri

- Lindão né? - nós rimos - Não, brincadeira, só queria ver sua cara mesmo - disse tirando o boné, entrando no quarto, pegando aquele lenço que deixa os cachinhos dele pra trás e colocando - Pronto, agora sim, vamos?

- Vamos - sorri, nós descemos, nos despedimos do pessoal que tava na sala e saimos.

- A maioria do caminho a gente vai andando, beleza? - disse assim que entramos no carro

- Bora rapaz - disse, ele riu e nós partimos, fomos de carro até um certo ponto e depois descemos. Fomos caminhando pelas ruas daqui, pelo o que ele foi me explicando estávamos no centro, era tudo muito lindinho, cheio de arvore, umas casinhas fofas, uma graça. Paramos em um restaurante, fui na do David já que não conhecia nada de comida mineira, ele pediu um arroz com pequi e frango, e de sobremesa doce de abobora, e cara... QUE DELICIA!! Sempre falavam que comida mineira era uma das melhoras e olha, tenho que concordar.

- Mando bem até nas escolhas da comida né? Fala ae - disse comendo o doce

- Mais ou menos né - disse - deu sorte que comida mineira é maravilhosa.

- assume filha, o Davizão aqui é foda.

- não - sorri amarelo.

- nossa bicha, que forçada - disse com voz de gay

- ai bi assim você me magoa 

- menina, você viu como aquele jogador, David Luiz, é gostoso? Meu deus, que homem

- você acha, viado? acho ele bem acabadinho

- acabadinho? ele é maravilhoso, um fofo, e aquele cabelo? Meu Deus, passo mal - se abanou

- não sei, muito idiota, otario, palhaço, não gosto, não faz meu tipo.

- nossa, me senti ofendido depois dessa, vou embora - disse com a voz normal, nós rimos

- só falta a coragem né querido?

- você acha que eu não tenho? Vai nessa, fingo que vou no banheiro, vou embora e deixo tudo ai pra você pagar, pode ser ? - riu

- vai, vai mesmo - rimos

- esse seu amor por mim me deixa tão feliz sabia? - disse segurando minha mão

- deixa de ser falso garoto - rimos, nós terminamos de comer lá, ele pagou e nós saimos, fomos andando até chegar em um lugar que parecia um parque, praça, sei lá, fomos caminhando por ali, até que ele começou a subir uma escadaria, eu segui né, subimos, subimos, subimos, e saimos na parte de trás de uma igrejinha.

- Sério que você me fez subir tudo isso pra ver uma igreja? - disse ofegante

- Vem logo garota - disse continuando andando, eu fui andando pra parte de frente da igreja

- Uau - disse assim que vi a vista, fui me aproximando da ponta do mirante, dava pra ver a cidade toda - que lindo - disse olhando pra vista

- aqui é lindo mesmo, da pra ver quase tudo, ali fica o Morro de Cristo, e ali a Igreja da Glória... e só consegui reconhecer isso até agora - rimos - se a gente ficasse mais um dia eu te mostrava os pontos turisticos, são bem bonitos, segundo minha mãe né, porque até hoje eu não fui em muitos.

- Nossa, que sem cultura - rimos

- Eu tenho afazeres ta? Não tenho tempo

- Ótima desculpa - ele riu, ficamos quietos por alguns segundos, a noite pra colaborar estava linda, limpinha, cheia de estrelas e com uma lua linda.

- Você foi maravilhosa hoje...não sabia que você tinha essa facilidade de fazer amizade com criança, até porque você é uma antipatica né - disse rindo

- Idiota, eu sou a miss simpatia, ta? - disse dando um soquinho no ombro dele - e eu também não entendo o que eu tenho, não sou nenhum David Luiz da vida, que só de chegar as crianças já vem abraçando, mas digamos que pego intimidade facilmente com elas - rimos

- O tio David é bem legal mesmo - riu e eu revirei os olhos

- Agora sei porque você se acha tanto, elas só te iludem tadinho - ele riu

- Iludem não, falam a verdade.

- Verdade né? Me acharam linda

- Não, ai eles estavam mentindo, eu falei pra eles falarem isso pra você que depois eu pagava um sorvete pra cada um

- Mentiroso - rimos - "você disse que é feio mentir tio David" - imitei o Pedro

- Aé né - riu - esse menino só estraga meus esquemas - rimos

- Ele é um amor, todos são - ele concordou

- Você foi a primeira pessoa que levei lá...

- É, a Juliana me falou - ri um pouco envergonhada - fiquei surpresa, achei que você já tivesse levado a Sara.

- Não, nunca - riu - ela ia odiar, tirando que eu queria levar uma pessoa especial, nós fazemos ações em muitas comunidades, mas esse instituto em especifico é muito importante pra mim, aquelas crianças significam muito pra mim, e... eu só queria levar alguém pra lá se fosse muito especial, que eu tivesse confiança. Com a Sara eu nunca senti isso, já com você eu sinto, e não estava errado, né?- meu coração estava mais balançado, olhei pra ele, vi que ele estava me encarando.

- Cara, você me deixa muito sem reação - rimos - sério, fico me sentindo sei lá, aquelas garotinhas com 15 anos que não sabem o que falar - ele riu

- Confesso que comigo não é muito diferente, e pra mim fica bem mais feio, imagina, 30 anos nas costas metendo essas, mas todo diz que quando você ta apaixonado fica bobão né? - apaixonado? gente, sério, é tiro demais pra pouco dia, eu não to conseguindo assimilar - que foi? - riu, provavelmente da cara de boba que eu to agora

- Você é um lindo sabia? - disse chegando perto dele e passando os braços sobre seus ombros.

- Sabia sim - rimos - você que é linda, maravilhosa! - disse acariciando meu rosto, nós nos beijamos, com aquela nossa sintonia gostosa de sempre, ele encerrou com um selinho e deu um cheiro no meu pescoço e em seguida depositou um chupão que porra, minhas pernas até tremeram, resolvi me afastar se não ia dar pra esse homem aqui na frente da igreja, será que é pecado?

- Vai, tira uma foto antes da gente ir embora - disse me afastando dele, ele riu e pegou o celular, me posicionei ali na beirada do mirante e ele foi tirando as fotos, era só uma mas ele tirou várias, certeza que vai me zuar depois. Em seguida, veio pra perto de mim, me abraçou e começou a tirar fotos nossas, ficamos uns 5 minutos assim, e cheguei a conclusão que realmente não somos normais, já que a maioria estavamos fazendo careta, porém, somos um puta casal bonito.

- Vamos? - estiquei a mão pra ele, ele sorriu

- Vamos pretinha - entrelaçou sua mão na minha e nós fomos voltando pro carro, se minhas pernas não ficarem duras depois dessa caminhada, desse sobe e desce de escadaria, ela não fica nunca mais. Voltamos pra casa da tia Regina, já estava todo mundo dormindo, entramos tentando fazer o minimo de barulho possivel, o que foi um pouco dificil já que os dois são atrapalhados, subimos na pontinha do pé e cada um parou na porta do seu quarto.

- Boa noite pretinha - disse me encarando

- Boa noite jogador, até amanhã

- Até - sorriu e chegou perto de mim, me dando um selinho demorado - ah, e a proposta da fugidinha ainda esta de pé - eu ri

- Vai dormir vai garoto - ele riu e entrou no quarto dele, eu entrei também e fechei a porta, fui pro banheiro, tomei um banho rapido, coloquei meu pijama, deitei e fiquei olhando pro teto lembrando do dia de hoje, que dia meus amigos, que dia.

 

 



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