História Problemas de família (hiatus) - A verdade

 Pov's Ana 

_OKAY! _ gritei para que Felps parasse com as perguntas e os demais se afastasse um pouco.

Antes de abaixar a cabeça para pensar na melhor forma de explicar isso, meus olhos se encontraram com os de Calango que me encaravam com certo receio.

Levei uma de minhas mãos a cabeça, massageando entre meus olhos com as pontas dos dedos e soltei um suspiro.

_Eu sou uma mestiça. _ todos me olhavam confusos então segui com os esclarecimentos _ Eu sou filha de um demônio e de uma celestial... _ uma tensão se instalou no local e fez com que todos ali, exceto Pk, me olhassem assustados.

_Excuse-me, mas... Você é da família daqueles caras que tavam tentando matar a gente? _ Luba perguntou enquanto apontava para mim e depois pra esquerda.

_Você escondeu isso da gente todo esse tempo? A gente é amigo a uns 5 anos! _ dizia Cauê, quase que em desespero.

_Você tá com eles? Como os conhece? _ Pac me enchia de perguntas enquanto Calango apenas ficava calado esperando a minha resposta.

Antes que eu abrisse minha boca Pk se colocou entre os outros e eu.

_Ta, chega né?! Vocês não acham que se ela quisesse o nosso mal ela ja não teria feito? Poha cinco anos né povo, cinco anos que ela sempre protegeu a gente disso e vocês tão achando que ela ta do lado deles? Para né... _ Todos ficaram calados e abaixaram os olhares enquanto Matheus veio até mim e se colocou ao meu lado.

_Você sabia? _ se pronunciou Thiago, pela primeira vez, para Pk, que balançou a cabeça em afirmativo antes de Calango sair com um semblante de raiva enquanto todos ficavam sem entender a situação. 

_Posso começar a explicar ou vocês querem me fazer mais perguntas repetitivas? _ eles assentiram com a cabeça e eu prossegui _ Bom, meu pai é o rei do inferno, Edge ou Alan. E minha mãe, sua prisioneira, é a rainha dos celestiais, Maethe. _ eles me olhavam atentamente em cada palavra que eu dizia _ Por muitos e muitos anos, Alan mandou as tropas sequestrarem mulheres celestiais, pois ele queria um mestiço perfeito, ele queria criar a arma perfeita ja que os demônios e os celestiais são os que tem as maiores reservas de poder de todos os reinos. Ele imaginou que se juntasse os dois, seria imbatível... Bom e dessas tentativas surgiram meus irmaos: Marco, João Vitor, Teddy e Rodrigo, mestiços que não tem 100% de compatibilidade no sangue, eles não são exatamente metade demônio e metade anjo, as vezes pode ser 70% demônio e 30% anjo e por aí vai. Depois disso, Edge, cansado de tantos erros, invadiu o Castelo dos céus e sequestrou a rainha e eu nasci, a que ele tanto esperava, a criança perfeita, a arma perfeita... Eu vivi lá durante meus 1800 anos antes de fugir com guaxi, que era um prisioneiro e em todos esses anos eu fui treinada pra usar meus poderes para matar, treinada para usar meu corpo como uma arma. Eu era a general mais temida de todos os reinos, matava meus inimigos sem dó nem piedade e nunca levava uma derrota pra casa _ nesse momento, sinto um meio sorriso se formar em meu rosto, mas logo o tiro de lá e Pk aperta minha mão discretamente, como de percebe-se o que se passa _ Bom, apesar de tudo eu sempre tive a consciência de que Alan só queria usar meu poder e é por isso que ele está atras de mim agora, ele quer fazer uma translocação, tirar minha energia vital, juntamente com minhas habilidades e tranferir pra ele para que ele possa dominar o mundo... _  eles me olhavam chocados.

Um silêncio se instalou entre nós até que Pac perguntou

_Mas e o que nos atacou? _ disse se referindo a quando tudo começou.

_Mike? A sim, Mikahel veio depois de mim, aparentemente Alan tentou de novo, mas não obteve sucesso. _ disse e dei de ombros.

_E quanto ao outro, o de olhos azuis? _ a pergunta de Felps me fez correr um arrepio, a história de Lange era bem mais complicada...

_Bom, Rafael Lange é o primogênito de Edge, ele é puramente demônio... _ é só o que eles precisam saber...

Logo o medo de seus olhos sumiram e deram espaço para as dúvidas, mas eu ja estava cansada e realmente não gostava de relembrar esse meu passado então apenas os disse que teriamos essa conversa outro dia.

Chateados e emburrados, subiram para seus quartos. 

Quando passei pelo quarto de Calango, a porta estava fechada e não conseguia ouvir nada de lá de dentro, pensei em bater na porta e conversar com ele, mas mudei de ideia e segui meu caminho até meu quarto.