Holland Narrando.
- Eu não gosto de falar sobre isso, mas como você me salvou de uma noite com vários babacas, eu vou te contar o básico. - Ele assentiu, e eu respirei fundo, coloquei a taça na mesinha de centro e me sentei direito. - Minha mãe era uma vadia viciada em drogas, e meu pai eu nunca nem vi. Eu morava com a minha mãe, Kath, tinha treze anos quando ela apareceu grávida em casa, ela teve Alisson minha irmã, eu tinha acabado de fazer quatorze anos quando ela nasceu, e quando fez dois meses ela nos abandonou, e eu não tinha ninguém, e eu tinha que cuidar dela, eu parei de estudar e fui atrás de um emprego, mas ninguém queria uma de menor pra dar trabalho, então eu conheci o Petter, meu chefe, ele disse que ia me da um emprego e eu aceitei, quando eu entrei nessa vida eu ainda era inocente, e virgem, eu tinha sonhos e eles foram arrancados de mim, Petter arrancou tudo de mim, minha pureza, minha adolescência, tudo, mas nada disso foi em vão, nada disso é em vão, tudo vale a pena quando eu olho para Alisson, eu olho pra queles olhinhos, e ouço ela me chamar de mamãe e tudo vale a pena outra vez, eu faria tudo para ver meu pequena feliz. -Dei mais um gole na minha bebida e olhei para o Dylan ele tava com aque olhar, droga! - Não precisa me olhar assim.
-Como?
-Como se tentasse tirar toda minha dor. Você é uma pessoa boa Dylan. -Ele sorri
-Me desculpe por ter te feito falar sobre isso. -Apenas balancei a cabeça.
Olhei para o relogio de parede, nossa já são 02:30 como passou rapido.
-Ta com fome? Vamos uma lanchonete. - Falou sem esperar minha resposta.
- E onde tem uma lanchonete aberta nesse horário? -Arquei as sobrancelha. -Depois da meia noite nada abre em Miami, só as pernas. -Cruzei a minha e ele soltou uma ridasa nasal.
- Vamos. - Me levantei e cambaleei um pouco. - Que tipo de pessoas fica bêbado com vinho? -Ele ri
- Eu não costumo tomar nada com álcool -Falei me recompondo.
Fomos no mesmo carro da boate, ele colocou Ed Sheeran para tocar, ele cantava um pouco baixo e batucava seus dedos no volante.
Eu tava imóvel, vai que eu quebre alguma coisa, não vou ter como pagar.
Seu celular vibrou, ele abriu a mensagem e sorriu.
-Namorada? - Eu falei para ele sobre minha vida era o mínimo que eu podia perguntar. Ele negou
- Minha mãe -Aqueei a sobrancelha, porque a mãe dele mandaria uma mensagem 3horas da manha. -Ela ta no Brasil e la já é umas 7 ou 8 horas.
Apenas dei um sorriso.
-O que você gosta de fazer?
-Como assim?
-Para passar o tempo. -Falou como se fosse óbvio. - Para se divertir, um hobbie, não sei.
- Nada, eu não tenho tempo para isso. -ele me olhou incrédulo. -Eu tenho que trabalhar, cuidar da casa, cozinhar, ensinar o dever da Ali. A lista é longa.
- Você não faz nada para se divertir, não acredito, tem uma coisa que voce deve gostar de fazer.
- Tá eu gosto de cantar e de ler, mas é raro. - lembrei que fazia tempo que eu não lia um bom livro.
-Vai canta ai. -Aumentou o som.
- Eu disse que gosto de cantar, não que eu sei. - Ele revirou os olhos.
- Só um pouco. - Nossa ele tem os olhos parecido com de Alisson, olhos que faz qualquer se jogar da ponte se pedirem.
So don't call me baby
Unless you mean it
Don't tell me you need me
If you don't believe it
Let me know the truth
Before I dive right into you
Before I dive right into you
Before I dive right into you...
Tradução da parte que Hol cantou:
Então não me chame de amor
A menos que você esteja sendo sincera
Não me diga que precisa de mim
Se você não acredita nisso
Então, me deixe saber a verdade
Antes que eu mergulhe de cabeça em você
Antes que eu mergulhe de cabeça em você
Antes que eu mergulhe de cabeça em você
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