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História Proposta Indecente (Now United) - Capítulo XVI - História escrita por yoonoah - Spirit Fanfics e Histórias
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História Proposta Indecente (Now United) - Capítulo XVI


Escrita por: yoonoah

Capítulo 17 - Capítulo XVI


Fanfic / Fanfiction Proposta Indecente (Now United) - Capítulo XVI

 

Depois de sábado, veio o domingo e depois dele... a certeza de que veria Noah novamente na segunda-feira. Não fazia ideia de como ia encará-lo após o vexame na casa de Bailey e daquele quase beijo frustrado. As horas de sono em falta e o domingo tedioso a fez pensar inúmeras coisas, e uma delas foi "como teria sido bom trocar mais uns beijinhos". Talvez tenha ficado louca? Talvez, mas não negaria que o americano metido beijava muito bem. Não era lá alguém tão experiente a ponto de notar esse tipo de coisa, então só precisaria testar mais uma vez para ter certeza. Só mais uma vezinha.

A quem ela quer enganar, afinal? Não teria coragem de falar nada disso... Mas bem que podia.

Heyoon abraçou os livros e ultrapassou o portão de entrada do colégio, já conseguindo notar Noah num canto do jardim aparentemente sozinho. Ia dando dois passos na direção dele quando viu uma garota de belíssimos cabelos longos e alaranjados surgir por de trás da árvore grande. Provavelmente ela já estava ali há muito tempo e Heyoon foi a única a não notar antes.

Eles trocaram sorrisos e um pacote. Aquele pacote.

Suspirou.

Por que a cena parecia tão irritante agora?

Decidida a ignorar, a coreana meneou a cabeça e seguiu para o corredor dos armários. Encontrou Josh de passagem por lá, para quem lançou um sorriso, e então Sina apareceu com um semblante preocupado e muito, muito culpado. Heyoon não precisava pensar nem um pouco para adivinhar o motivo.

— Não quero falar com você.

— Amiga!!!!!... — A loira choramingou feito um bebê e agarrou as mãos de Heyoon que fez de tudo para se manter fiel ao personagem bravo. — Me perdoa!

— Você me largou sozinha pra se atracar com o aspirante de Jacob Black e quer que eu te perdoe? — Encarou os olhos chorosos de Sina e a viu "fazer que sim" com a cabeça sutilmente, mostrando um beicinho exagerado e tristonho.

Heyoon suspirou novamente. Por que não conseguia ficar brava com ninguém?

— Tudo bem. Mas-...

— ISSO! — A expressão da loira imediatamente mudou e ela lançou a si mesma na direção de Heyoon para abraçá-la com muita força. — Obrigado, obrigado, obrigado! — repetia entre pulinhos desconfortáveis, que fazia seu coração saltar.

— Tá bom, tá bom, calma! — Com muito esforço conseguiu se soltar dos braços de Sina. — Mas tem uma condição.

— O que é?

— Você tem que admitir gostar dele.

Nem morta!

— Então tá "desperdoada".

Sina moldou uma careta muito feia de desgosto no rosto. As duas trocaram olhares reprovadores por vários segundos, se encararam vigorosamente antes de caírem num riso. Pelo jeito realmente construíram uma amizade única.

— Desculpe não ter te protegido daquela vaca. — Segurou novamente as mãos de Heyoon em um sinal de afeto de consolo. — Na próxima vez eu vou arrastar a cara dela todinha no asfalto até ela precisar fazer uma plástica nova.

— Não se preocupe com isso... — Heyoon falou enquanto pegava os livros das próximas aulas e guardava os materiais excedentes dentro do armário. — Eu já estou acostumada a lidar com esse tipo de pessoa.

— Não comigo aqui! Eu sou a sua protetora!

Elas trocaram outro abraço apertado e, por cima do ombro de Sina, Heyoon viu Noah cruzar o corredor e se encontrar com um cara do último ano. Pareciam bem próximos, e o "pacote" estar no meio não era nenhuma surpresa. Ele anda fazendo trabalhos extras? Duas pessoas no mesmo dia? Pra que tipo de agiota esse garoto tá devendo?

— Vamos, a aula já vai começar.

Pegou na mão de Sina e disparou pelo corredor, pisando duro no chão sem pretensão de esconder o repentino mau humor. Passou ao lado de Noah e sequer falou um "oi" para ele. Já que não passou de uma cliente não havia motivos para serem amigos, certo?

[ Três aulas e uma desculpa esfarrapada depois... ]

Queria ficar sozinha no intervalo com o seu suco de caixinha e as batatas fritas do refeitório e por isso preferiu sentar numa das mesas solitárias no jardim, debaixo de uma grande árvore carregada com lembranças do contrato sem graça que assinou a semanas atrás. É, coincidentemente escolheu logo aquela mesa do primeiro longo diálogo que teve com Noah. Ridiculamente nostálgico. Se não fosse uma mentirosa tão boa — ou Sina não fosse ingênua — talvez pudesse se distrair jogando papo fora com ela agora, mas não... inventou que precisava de silêncio para conseguir estudar para a prova da semana que vem.

Hey, — Heyoon olhou para o lado e assistiu Noah pegar um lugar sobre a tampa da mesa, ficando muito próximo — você virou a Cinderela agora? Foi difícil te encontrar hoje.

Heyoon revirou os olhos com a piada ridícula. Não disfarçou a impaciência.

— Por que diabos você queria me encontrar?

— Não sei, falar um oi? — Ele foi rápido na resposta. Parecia genuíno ou só muito cara de pau.

Oi.

— Oi. — Noah riu.

Sem entender qual era a graça, a garota logo retrucou:

— Satisfeito? Agora você pode ir embora.

Ela chegou para o lado e enfiou um punhado de batatas fritas na boca, "criando" um motivo para não precisar respondê-lo na próxima vez. Não fazia ideia do que Noah queria, mas não daria trela para ele hoje e em em dia nenhum. Que ele lidasse com o próprio fardo da vida dupla.

O silêncio repercutiu tanto que qualquer um notaria que havia algo errado. Noah projetou o corpo para a frente e tentou olhar o rosto de Heyoon, mas não havia nada lá a não ser uma carranca e bochechas entupidas de batata. Zero respostas.

— O que foi? — Riu para tentar amenizar o claro clima de tensão que pairava sobre eles. — Aconteceu alguma coisa?

— Você esteve muito ocupado hoje, não é? — Heyoon soltou de repente, dando-lhe tanta atenção que até virou o corpo na direção dele, largando a embalagem de batatas sobre as pernas.

— O que você quer dizer com isso?

— Sei lá — deu de ombros —, alguém com um trabalho tipo o seu não deve ter tempo para nada. — Havia um falso tom de descontração na voz dela. Qualquer um notaria isso e Noah não era bobo nem de longe. Antes que o rapaz pudesse falar algo, Heyoon continuou: — Você pelo menos escovou os dentes?

Noah desfez qualquer tipo de expressão agradável que pudesse ter em seu rosto e deixou o bom humor ir pelo ralo. Burlava a própria cláusula de contrado por causa daquela garota ingrata e agora era tratado com descaso? Sem chance.

— Você só pode estar brincando... — Ele riu novamente, mas não foi um riso divertido ou no mínimo simpático. — Qual é o teu problema?

— Você ganhou dez mil dólares e ainda tá se vendendo para as pessoas? — O jeito como Heyoon falou as palavras, cheia de desdém, tirou o último resquício de paciência de Noah.

Cinco. — O rapaz corrigiu e desceu da mesa de piquenique. — Você ainda tá me devendo.

Então ele deixou o jardim, largando para trás alguém que ficou instantaneamente arrependido da burrice que fez. Assistir Noah se afastar foi uma tortura sem igual para Heyoon e o impulso de que precisava para ir atrás dele na esperança de conseguir alcançá-lo e pedir desculpas. Seguiu pelos corredores, virou a esquina e parou abruptamente para se esconder atrás de uma pilastra assim que deu de cara com um casal cochichando num canto. Conhecia bem a loira.

Sina e Bailey trocavam palavras a sós. Ela não aparentava estar nem um pouco contente com o assunto, pois chacoalhava as mãos e arrancava das dele quando o rapaz arriscava segurá-las. O capitão, por sua vez, provavelmente tentava apaziguar a situação — Heyoon conseguia ver o seu cenho crispado e a expressão apreensiva. Seja qual fosse a notícia, não era nada boa. Aquele era o tipo de "fofoca" que Sina nunca contaria, tinha certeza.

[ No horário de saída... ]

A aula não podia ter sido mais... estranha. Noah não olhou uma única vez para Heyoon e manteve distância de todo e qualquer contato que pudesse ter com ela — e estavam lado a lado, era dia de química com o senhor Fuller. Nem com Josh ele teve um diálogo decente. Se isso fosse algum tipo de castigo pela sua atitude estúpida no intervalo... bem, estava funcionando.

Heyoon quase arrancou os cabelos, mordeu o lápis e assistiu o americano rabiscar o caderno a aula inteira. Cogitou falar alguma coisa, mas nada saía. Estava envergonhada.

O sinal tocou e achou que teria a deixa perfeita para falar com Noah, mas o rapaz simplesmente levantou e foi embora primeiro do que todos. Yoon olhou para Josh em busca de auxílio e recebeu apenas um "dar de ombros" como resposta. Se o melhor amigo não sabia de nada, Sina também não teria qualquer solução para dar. É claro que não, eles nem estavam presentes no tal momento. Foi a única culpada por aquilo.

Recolheu os materiais depressa, enfiou tudo na mochila e disparou porta afora, indo para o corredor e reconhecendo o cabelo desgrenhado de Noah acima de outras cabeças agitadas pelo caminho. Era a sua última chance do dia, certo? Não conseguiria dormir direito sem resolver o "mal-entendido". Sendo assim decidiu segui-lo para a calçada, mas parou quando visualizou aquela cena na esquina do colégio. Noah novamente. O que deu nas pessoas hoje? Segunda-feira virou o "dia de trocar segredos"?

O Urrea estava com as mãos nos bolsos do moletom e as costas contra o muro enquanto um rapaz gesticulava na sua frente. Parecia mais alto, era mais musculoso e claramente tinha a idade de alguém que frequentava a universidade. Estava nervoso com alguma coisa e Noah não demonstrava interesse na conversa. Heyoon os assistiu disfarçadamente durante todo o caminho até o carro no qual o motorista já aguardava, pontual como sempre.

Ela chegou a abrir a porta do veículo para entrar, porém desistiu quando o rapaz mais velho começou a agarrar Noah pelos braços e tentar puxá-lo para algum lugar ou sabe-se lá, talvez obrigá-lo a fazer algo? O americano resistiu e passou a falar de um jeito mais agressivo. Eles discutiam, mas ninguém conseguiria ouvir e muitos ignoravam a cena também. Provavelmente estavam com medo — e pudera, o cara estranho tinha uma cara de delinquente — ou achavam que era apenas uma briga "de irmãos". Heyoon não via dessa forma.

Então ela fechou a porta do carro.

— Ei, Will, — "Sim, senhorita?", o motorista respondeu imediatamente e a garota se debruçou na janela do carona para continuar: —  você pode ir para casa. Eu vou mais tarde, ainda tenho coisas para fazer na escola. — "Tem certeza?", ele disse e Heyoon assentiu com um leve balançar de cabeça. "Mas a madame me disse para-..." — Eu sei o que ela disse, Will. — Interrompeu o homem para evitar qualquer explicação desnecessária. Sabia exatamente o que a mãe falava sempre que havia uma oportunidade. — Não se preocupe, eu volto para casa cedo.

Quando o homem finalmente acatou o pedido e partiu, Heyoon se preparou para colocar o seu plano em prática. Sim, um plano. Noah não parecia confortável com aquele cara e se essa fosse a chance que teria para se redimir, ela não desperdiçaria.

Primeiro andou "naturalmente" até o muro mais próximo e espiou a dupla de longe. O rapaz ainda estava sendo reprimido pelo estranho, embora parecesse imponente com os seus braços cruzados sobre o peito. Segundo, Heyoon procurou em volta por qualquer item com o qual pudesse disfarçar a si mesma e acabou olhando para a própria mochila. Ia funcionar. Terceiro, a coragem. Precisava de muita.

Aí o homem segurou Noah pelo colarinho... Sinceramente? Que se dane a coragem.

Heyoon colocou a mochila na frente do rosto e disparou pela calçada na direção deles. Muito rápido, embora os passos fossem curtos e denunciassem o seu nervosismo. Quando perto o suficiente, empurrou o estranho para o lado abruptamente e simplesmente agarrou o pulso de Noah. Ela correu para longe com o garoto por algum tempo, desejando avidamente que não atropelasse alguém pelo caminho, e então precisou parar já que estava sem fôlego. Seu coração quase saltava pela boca com toda aquela adrenalina.

Noah a seguiu sem nem reclamar uma única vez e agora queria rir mesmo mal conseguindo respirar direito. Desde o início sabia quem era. O loiro nas mechas do cabelo, o par de tênis fofo e o pingente idiota na mochila dela eram inconfundíveis. No final das contas a sua chateação nem importava mais.

— E então... — Heyoon se virou para ele, arfando alto e claramente exausta. — Pronto para fazer o trabalho de biologia?



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