Capítulo 16
Um dia especial
A manhã de sábado estava encantadoramente ensolarada. Eram oito e meia, e Saori despertava na cama de Shion, envolta no edredom quentinho. Antes mesmo de abrir os olhos, lembrou-se da maravilhosa noite de amor que teve com seu amado, nas piscinas aquecidas do templo, e sorriu. Lânguida, espreguiçou-se e passou a mão no lugar onde deveria estar seu amado. Porém, o ariano não estava ali.
- Shion? Amor, onde você está?
Mas ele não estava no quarto. Então, Saori resolveu tirar a camiseta que ele lhe emprestara, e vestir o roupão da noite anterior. Depois de vestida, ouviu batidas na porta e teve receio de ser alguma das servas... Felizmente era sua querida amiga Thusa, que trazia seu café.
- Bom dia, Athena! – disse, e colocou a bandeja em uma mesa. – Acho que essa presilha é sua... – mostrou o objeto brilhante, com um sorrisinho nos lábios...
- Bom dia, minha amiga! – Saori correu para onde a morena estava, e deu-lhe um abraço apertado! – Lindo dia!
- Ei, minha querida... Nem preciso perguntar como foi a noite, não é? Aliás, preciso sim! E então?!
- Ah, Thusa... Foi tão... Nem sei como começar! Shion foi maravilhoso! Estou tão feliz, tão feliz, que acho que poderia explodir! Só queria ter acordado ao lado dele...
- Não vai explodir não, porque ainda tem muito pra me contar! – as duas riram – Athena, eu... Encontrei o Grande Mestre há uma meia hora, e... Ele, bem... Iria conversar pessoalmente com Shura e com Albiore. Já deve estar voltando para tomar o... O café com você.
- Thusa, está me escondendo algo? Você está esquisita!
- E-eeeu? Não, claro que não, é... Não é nada! – e, para desviar o rumo da conversa, perguntou à queima-roupa: - E a pílula, está em dia?
- Arethusa!!!
Nesse instante, a porta se abre, dando passagem ao patriarca do Santuário, mais feliz que o costume. Ele entra e vai direto ao encontro da sua amada.
- Vou deixá-los a sós, com licença. – declarou aliviada, e saiu, deixando o casal a contemplar-se mutuamente, com os olhos brilhando, apaixonados... Shion tomou o rosto da jovem entre as mãos depositando um beijo em seus lábios.
- Bom dia, meu amor... Desculpe ter deixado você sozinha. Quando acordei e vi você dormindo, tão linda, tive pena de acordá-la. Falei com Shura e também precisei atender Albiore a respeito de uma contenda dos Cavaleiros de Prata.
- Bom dia, amor! Não tem problema. Vem, vamos comer alguma coisa, estou faminta!
Os dois enamorados sentaram-se lado a lado, e, entre palavras doces, risos e selinhos, tomaram o café. Carinhoso, o muviano levou Saori a sentar-se em seu colo; passaram longos momentos se olhando e trocando beijos e carícias delicadas. Estavam totalmente embevecidos um no outro, encantados, entregues àqueles momentos de puro amor.
Até que a curiosidade da virginiana falou mais alto:
- Shion... Por que foi falar com Shura?
- Com Shura? Ah, sim... Eu pedi para que ele ficasse aqui no Templo, enquanto eu a acompanhava em um compromisso inadiável em Atenas.
Ela arregalou os olhos, e depois sorriu, faceira, enquanto retirava uma mecha da franja que caía sobre os olhos do seu amado.
- Huummm... O Grande Mestre do Santuário, contando mentirinhas por aí? Eu não tenho nenhum compromisso inadiável agendado para hoje! O que está tramando, belo patriarca?
- Não menti não... A senhorita tem um compromisso inadiável sim, comigo! Vou levar você para um passeio especial e romântico, longe desse bendito Santuário. Aceita passar o sábado inteiro comigo, Saori?
- Um... Um passeio romântico? Nós dois? M-mas... Podem nos ver e...
- Psiu... Confie em mim. Tenho certeza que você vai adorar!
- Mas por que chamou o Shura para ficar de prontidão aqui? Sempre escolhe o Dohko!
- Porque dei o dia de descanso para aquele tigre velho. E como eu sei que a Arethusa tira folga aos fins de semana, sugeri aos dois que fossem aproveitar o sábado também! Eu falei com ela hoje de manhãzinha, e pedi para que não dissesse nada a você, pois eu mesmo queria lhe contar. Gostou?
- Shion! – ela riu, felicíssima, enlaçando o pescoço masculino com força – Isso é fantástico! Eu adorei! Vou agora mesmo me arrumar e...
- Sim, vai, minha linda. Eu vou esperá-la daqui a uma hora, na porta do Templo! – beijaram-se, e a deidade foi correndo ao seu quarto, radiante pela expectativa de viver um dia especial de mulher comum ao lado do homem amado, como sempre sonhou fazer.
***
- Bom dia, princesa! – disse Dohko a Arethusa, enquanto ela terminava de acondicionar algumas delícias em uma cesta de piquenique de tamanho médio, na cozinha do Décimo Terceiro Templo.
- Bom dia, cavaleiro! – respondeu feliz, e depositou um beijinho nos lábios carnudos do libriano. Reparou em como ele estava bonito, vestindo jeans e sapatênis preto, completando com uma camiseta branca que ressaltava seu tórax trabalhado. “Pelos deuses... Que lindo!” – Já terminei aqui. Acha que eles vão gostar?
- Claro que vão. Você é perfeita... – admirou-a, não apenas pelo capricho em que realizava sua doce tarefa, como em sua beleza radiante naquela manhã, em que substituíra o longo vestido branco de estilo grego por um jeans skinny claro, blusinha e sapatilhas em tons diferentes de azul. Maquiagem leve, brincos pequenos e uma pulseira completavam seu visual. – Está belíssima!
- Você me deixa sem jeito! – disse encabulada. Ainda se acostumava aos elogios sinceros e todo o carinho de Dohko. “Quem poderia imaginar que eu me apaixonaria novamente!”
- Vamos descer? Deixa que eu levo a cesta. – enquanto desciam, conversavam baixinho: - Acha que Athena percebeu as intenções do carneirão?
- Não... Mas ela vai ficar tão feliz, tenho certeza! Ah, Dohko... Você não se incomodou mesmo por eu ter sugerido que passeássemos no Parque de Diversões de Atenas? Eu sempre quis conhecê-lo, eu era criança quando fui a um parque pela última vez...
- Se eu me incomodei? Mas é claro que não, eu adorei a ideia! Vamos nos divertir muito, pode apostar!
***
Assim que Shura assumiu seu posto no Salão Principal, Shion e Saori também iniciaram a descida das escadarias. Ele procurava andar devagar, um gesto de atenção para com sua amada; apesar de todo o cuidado que tivera ao fazê-la mulher, ele sabia da possibilidade de ela talvez sentir uma dorzinha incômoda... Por isso, desciam lentamente, suspendendo também momentaneamente a troca apaixonada de olhares.
Já no enorme galpão que servia como garagem aos veículos dos cavaleiros, o casal encontrou Dohko e Arethusa, próximos à Mercedes do muviano, os quais sorriam abertamente à sua chegada.
- E aí, poderoso chefão do Santuário... Obrigado por não me obrigar a passar o sábado naquele salão. Aquilo é um tédio em tempos de paz! Só você para aguentar!
- Dohko!
- Tô falando sério, Thusa!
Todos riram, descontraídos. Então, a serva foi ao encontro de sua amiga:
- Aqui tem um lanche gostoso que preparei para vocês. Aproveitem o dia de passeio!
- Obrigada por tudo, minha querida... Você é muito especial para mim! Muito! Obrigada... – abraçaram-se, e logo o libriano foi convidado a se juntar no “abraço triplo” – Eu amo vocês! Divirtam-se!
Assim que o abraço foi desfeito, Shion tomou a iniciativa de abraçar Arethusa, gesto que a surpreendeu um pouco, pois ele nunca fora dado a esse tipo de contato com ela – Eu te agradeço, Arethusa. Obrigado por tudo o que fez e faz por Saori... E por nós.
A morena agradeceu, comovida. O ariano, então, foi até seu melhor amigo.
- Tigre de bengala...
- Carneiro velho... – e se abraçaram também, muito emocionados.
- Meu amigo... Obrigado, obrigado...
- Que isso, carneirão... Acho que nós merecemos a felicidade, não é mesmo?
- Sim, merecemos, Dohko!
As duas mulheres não contiveram as lágrimas... “Que amizade mais linda!”
Após se despedirem, Shion acomodou Saori na sua Mercedes, e logo partiram dali. Dohko foi buscar sua linda moto, uma Harley-Davidson Road King preta. Entregou um dos capacetes a ela, colocou o seu e a ajudou a montar.
- Já andou de moto, princesa?
- Não!
- Então se prepare! Vamos lá! – e logo pegaram a rodovia rumo a Atenas.
***
Saori e Shion também foram a Atenas. Ele estava trajado de maneira semelhante a Dohko, porém optou por uma polo branca ao invés de camiseta. Ela estava muito bonita com um vestido mais delicado, pêssego de alças finas e saia rodada, cujo comprimento ia um pouco acima dos joelhos. Nos pés, rasteirinhas nude com pedrarias. Depois de algum tempo rodando pelas avenidas, ele viu um grande shopping e entrou no estacionamento, o que surpreendeu a moça:
- Eu não estou entendendo... Thusa arrumou uma cesta de piquenique, mas viemos a um shopping? Por quê?
- Calma... Já vai entender.
- Você está muito misterioso.
Shion riu. Então viu uma das poucas vagas restantes no estacionamento, por sorte num local discreto, e estacionou. Estendendo os braços para o banco de trás, alcançou a cesta.
- Coloque a cesta no seu colo, por favor. Agora, vire-se de costas para mim... Assim. – feito isso, ele tapou os olhos de Saori com as grandes mãos.
- Está me deixando nervosa!
O muviano certificou-se de que ninguém estava passando por perto, acendeu seu cosmo, e os teletransportou dali. Em uma fração de segundos, eles estavam muito longe... A jovem precisou ser amparada para não cair, em parte por causa desse ato inesperado do seu amado.
- Pode olhar agora, meu anjo. – retirou as mãos que cobriam os olhos azuis. À frente deles, descortinou-se uma paisagem estonteante. Grandes cordilheiras com neve nos cumes, campos floridos, árvores... E uma torre solitária de vários andares, sem portas, ao final de um caminho estreito.
- S-Shion... Mas aqui... É Jamiel!
- Sim, Jamiel... Um local sagrado para mim e meu povo durante séculos. Eu quero partilhar desse lugar com você, Saori! Gostou da surpresa?
Os olhos da deusa se encheram de lágrimas; ela deixou a cesta no chão e o abraçou forte.
- Eu adorei... Estou tão feliz, meu amor...
- Fala de novo...
- Meu amor!
Shion foi com ela até a torre, e não se furtou de mostrá-la à jovem que permanecia encantada ao seu lado. Lá havia algumas roupas dele, então o ariano colocou uma bata branca de algodão e uma calça leve de cor cáqui, com sandálias de couro. De mãos dadas, começaram a caminhar pelos campos de flores de cores inumeráveis, árvores frondosas e também delicadas...
- Eu imaginava que Jamiel fosse diferente do que vejo aqui... Um lugar mais... Árido e sombrio, talvez.
- Não imaginou errado. Mu e Kiki têm cuidado desse lugar por anos. E um pouco de cosmo também ajuda, não é verdade?
- Tem toda razão! É tudo tão maravilhoso...
Chegaram a um pequeno e estreito riacho, ladeado por árvores repletas de flores e frutos, como macieiras e cerejeiras, as quais ofereciam sua sombra generosa. Saori estendeu sobre a grama a toalha que havia na cesta, e, com ajuda de Shion, sobre ela arrumou os quitutes providenciados por Arethusa: duas tortinhas de legumes, diversos sanduíches salgados, biscoitos de amêndoas, suco de uva (o qual se manteve geladinho num recipiente térmico), morangos e bolinhos de chocolate. Shion apanhou algumas maçãs e cerejas, os quais foram degustados avidamente pela moça.
Sentados na grama, o casal aproveitava aquele piquenique maravilhoso. Saori retirou as sandálias e colocou os pés no riacho, dando gritinhos por causa da água gelada, o que encantou verdadeiramente o muviano. Ela estava ainda mais bela, ali, ineditamente despojada do peso da divindade e do empresariado... Rindo e observando, maravilhada, tudo ao seu redor, mexendo com os peixinhos, permitindo ser banhada pela luz radiante do sol que adentrava por entre as copas das árvores. Uma mulher-menina, simplesmente.
Saori e Shion colhiam as flores multicoloridas que estavam próximas a eles, enfeitando carinhosamente com elas os cabelos um do outro, enquanto trocavam vários beijos, sorrisos e carícias.
Deusa, Grande Mestre, Santuário... Nada disso havia ali.
Sob o céu azul de Jamiel, apenas o intenso amor entre um homem e uma mulher.
***
Em Atenas, Thusa e Dohko também aproveitavam o seu dia de folga no belíssimo parque de diversões. Os dois riam como crianças, andando de mãos dadas. Já haviam brincado, inclusive, nos carrinhos bate-bate, barca viking, chapéu mexicano...
Almoçaram em uma das lanchonetes do local. Dohko viu um estande com fliperamas e ali gastou inúmeras fichas em jogos de combate, acompanhado de perto por ela, que torcia com entusiasmo.
- Parecemos duas crianças, Dohko!
- Ué, e daí? Eu sinceramente acho que nunca me diverti tanto!
- Ah, nem eu! – riram – Vamos ser crianças o dia todo!
O libriano comprou sorvetes, e sentaram-se num banco para aproveitar aquela delícia e descansarem um pouco. Felizes, trocaram beijos com os lábios gelados e saborizados, totalmente cativados um pelo outro...
Em frente, havia um estande de tiro, com bichos de pelúcia como prêmios.
- Vamos lá, Thusa. Vou ganhar um bichinho para você!
- Não vale, vai ser muito fácil para Dohko de Libra! – falou a moça, sorrindo.
- São as vantagens de ser cavaleiro! Qual bichinho você quer?
- Deixa eu ver... Aquela gatinha de pelos cinzentos, pode ser?
- É pra já! – Dohko entregou a ficha ao responsável e, num único tiro certeiro, ganhou a gatinha para a morena, que batia palmas de contentamento – Para você, princesa!
- Obrigada, meu querido! – agradeceu e o beijou no rosto, abraçando a gata.
“Meu querido... Thusa, você me conquistou, sabia?”, pensou. Talvez fosse hora de assumir de vez aquilo que seu coração nutria pela morena.
Depois de passearem mais um pouco e pararem numa barraca de doces, ele sugeriu que fossem andar na montanha russa, o que ela prontamente recusou. Mas aceitou a sugestão da roda-gigante, a última atração antes de voltarem ao Santuário.
O grande brinquedo iniciou os giros... Foi então que parou, deixando a cabine de Thusa e Dohko no ponto mais alto. Com a gata de pelúcia no colo, ela procurou a mão do cavaleiro, apertando-a forte.
- Está com medo, linda?
- Um pouco... É tão alto aqui!
Ele a abraçou, fazendo-a recostar a cabeça em seu peito. A roda-gigante estava demorando a girar.
- Você mora no Templo Principal e tem medo de altura?
- Ei, não ria de mim! É diferente!
- Não estou rindo, desculpe. – tomou o rosto dela entre as mãos, fazendo-a encará-lo. – Arethusa... Preciso te falar uma coisa importante.
Os olhos negros brilharam, curiosos. Ele continuou:
- Você é uma mulher incrível, encantadora, íntegra, linda... A melhor coisa que já me aconteceu foi você ter permitido que eu estivesse ao seu lado. Cada momento com você é maravilhoso, e confirma o que meu coração já sabe: Eu te amo, Thusa! Te quero comigo, quero ver esse sorriso lindo todos os dias... Thusa, quer ser minha namorada?
A mulher entreabriu os lábios, trêmula de emoção. Seu coração batia acelerado! Tocou também o rosto masculino com ambas as mãos e declarou-se:
- D-Dohko... Você é um homem tão belo, admirável, especial! Saiba que eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida... Você fez morada no meu coração e aqui ficará para sempre! E-eu também te amo... Sim, aceito! Quero ser sua namorada!
Com os olhos marejados e sorrisos de encantamento, Thusa e Dohko se beijaram ardentemente, nas nuvens!
***
Ao cair da tarde, Shion e Saori resolveram que era hora de retornar. Recolheram seus pertences e, abraçados, teletransportaram-se ao estacionamento do shopping, exatamente para dentro do carro do patriarca. Suspiraram enquanto Shion dava a partida rumo ao Santuário.
Durante o trajeto, Saori cochilou ao lado do seu amado; acordou quando chegavam em Rodório. Diante da visão das escadarias dos templos, ambos se deram as mãos:
- Eu sempre estarei ao seu lado, Saori.
- Eu também, Shion... Ficaremos juntos para sempre!
A subida dos templos foi custosa devido ao cansaço. Cumprimentaram alguns cavaleiros que permaneceram em casa naquele sábado; chegando ao seu destino, agradeceram Shura e o dispensaram. O casal despediu-se discretamente, ambos com intenção de tomar um banho relaxante e se aprontarem para o jantar.
Naquela noite, Dohko e Arethusa foram os convidados especiais para a refeição. Como Shion dispensara as servas que estariam de plantão para servi-los, os casais, felizes, puderam compartilhar despreocupadamente as experiências daquele dia inesquecível.
Depois das despedidas aos amigos, Saori e Shion estavam parados no corredor dos aposentos. Ela, coradíssima, enfim perguntou:
- Shion... Você... Gostaria de p-passar a noite comigo?
- Amada minha... Sim, claro que quero... Eu adoraria dormir com você! – respondeu. A moça sorriu e abriu a porta do seu quarto.
Aos abraços sucederam-se os beijos, os quais passaram de ternos a intensos. Mãos sôfregas se ocupavam em retirar as incômodas peças de roupa, abandonando-as pelos tapetes. Carinhoso, o ariano carregou sua amada para a cama de casal coberta por lençóis alvos de seda, depositando suavemente sua adorada ao centro daquele leito perfumado.
Nus, os corpos entrelaçavam-se, pele com pele, dedos e lábios explorando cada ponto de prazer... Com paixão e ternura, Shion e Saori novamente tornaram-se um só, ao sabor da brisa noturna, leve e fresca, a conduzir o bailado suave das cortinas esvoaçantes.
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