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História Qual sua lembrança feliz? (Imagine George Weasley) - Osprey - História escrita por ImaginesLand - Spirit Fanfics e Histórias
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História Qual sua lembrança feliz? (Imagine George Weasley) - Osprey


Escrita por: ImaginesLand
e Nanahoshi

Notas do Autor


CHEGUEEEEEEEEEEEMO NO CAPÍTULO FINAL AAAAAAAAAAAAAA
E aí linda/lindo/linde? Tudo bem com você?
Espero que esteja preparada/o/e para EMOÇÕES pq esse capítulo tá AAAAAAAAAAAAAAA
Queria agradecer mais uma vez à @Ttyeol pela betagem FANTÁSTICA E CHEINHA DE AMOR e à @xher pela CAPA MARAVILHOSA MEU DEUS EU NUNCA VOU ME CANSAR DE ELOGIAR ESSA CAPA AAAA
Boa leitura!

Capítulo 3 - Osprey


Fred e George desaparataram na frente da Costrast Wigs Studio. A Hight Street de Dragonby, um pequeno vilarejo trouxa do interior da Inglaterra, estava totalmente deserta. E mesmo para uma noite de verão, um vento frio agourento soprava do leste. George sinalizou para que Fred o seguisse através das casas para alcançarem o campo. Os dois deslizaram pelas campinas utilizando a luz de suas varinhas para se orientarem no escuro. Não muito longe dali, havia um pequeno rancho abandonado. De longe, era possível ver as silhuetas da casa da sede, do cata-vento, de um curral e de um celeiro graças à luz da lua cheia. Quando estavam a menos de cem metros da sede do rancho, George sentiu a temperatura cair drasticamente. Ele apontou a luz da varinha para o chão e percebeu que havia dois rastros de relva congelada. Seu coração pulou em seu peito e ele acelerou o passo. Fred o imitou, mas foi mais rápido para que pudesse correr lado a lado com o irmão. A respiração dos dois já se condensava no ar noturno e uma intensa sensação de solidão e desamparo tomou o coração dos gêmeos Weasley.

— George... — sussurrou Fred claramente alarmado. — Eles estão aqui!

Nesse instante, os dois viram. Sob a luz pálida do luar, dois vultos negros fantasmagóricos flutuavam na direção da entrada do celeiro. A visão era tão tenebrosa que, por instinto, os dois estacaram. Com os olhos fixos nos terríveis guardas de Azkaban, os gêmeos Weasley sentiram uma sensação horrível tomando conta de seus corações travessos, drenando toda a felicidade. O coração de George esmurrava suas costelas, o que o mantinha ainda desperto o suficiente para lutar contra a tristeza crescente. Ele apertou o cabo de sua varinha ainda acesa e apertou os olhos, focando toda a sua concentração em reconstruir mentalmente o rosto de [Nome]. Imaginou-a sorrindo, e lembrou-se de como era insuportável não vê-la assim pelo menos uma vez ao dia. Ele ergueu os olhos para o celeiro e viu que os dementadores forçavam entrada. [Nome] estava lá dentro. Tinha certeza disso. E se não fizesse nada...

Nunca mais a veria sorrir.

 

Ela ouviu claramente o som do gelo subindo da porta para as paredes. Um rangido alto denunciou que alguma coisa forçava a porta velha, que ainda permanecia no lugar sustentada apenas pelos feitiços de proteção de [Nome]. Sua respiração agora se condensava no ar, e a ponta de seus dedos já começara a adormecer por causa do frio. A garota apertou sua varinha enquanto lutava contra a onda de tristeza e desesperança que a invadia.

“São os dementadores”, repetia ela mentalmente. “Essa tristeza não é minha. Ela não me define. Ela não me controla.”

Contudo, os pensamentos ruins se adensavam e se amontoavam formando um bicho-papão em sua cabeça. Como veneno, eles começaram a corroer cada resquício de felicidade e esperança de [Nome]. O monstro que se formava em sua mente estendeu uma das patas horrendas e agarrou seu coração, espremendo-o. A garota puxou o ar, mas não era de oxigênio que precisava. Então, lentamente, começou a sufocar. [Nome] largou a varinha e agarrou o próprio pescoço tomada pela necessidade urgente de acabar logo com aqueles sensação horrível. E se ela se entregasse? Seria tudo mais fácil, não seria? Haveria dor, mas depois...

Tudo acabaria.

[Nome] se levantou, os braços pendendo debilmente ao lado do corpo. Naquele instante, a porta do celeiro foi escancarada, e os dois dementadores se arrastaram para dentro.

A garota deu um passo na direção deles, e o movimento atraiu sua atenção. [Nome] baixou a cabeça, fechou os olhos e esperou. Um dos dementadores se aproximou primeiro, e o som horripilante de sucção chegou aos ouvidos de [Nome]. Porém, de súbito, um grito alto ressoou no celeiro. Ela deu um pulo onde estava como se tivesse levado um tapa e deu dois passos para trás. Quando ergueu os olhos, viu George parado no vão da porta, os olhos fixos nela. Os dois dementadores se voltaram para ele e, depois de alguns instantes em que pareceram avaliar a situação, um deles avançou. O outro tornou a se virar para sua presa original.

[Nome], a sua varinha! — berrou George.

O grito ressoou até o fundo da mente da garota, arrancando-a de seu torpor mórbido. Quando percebeu o que estivera prestes a fazer, o horror tomou bruscamente o lugar de toda a desesperança que sentia. Ela cambaleou para trás e correu até onde estava sua varinha. Ao erguê-la, viu o outro dementador avançando na direção de George perigosamente. De súbito, o rosto de sua mãe inundou seus pensamentos. Sua expressão misturava alegria, orgulho e seriedade. Aquela lembrança...

Era do dia em que [Nome] conseguira conjurar seu primeiro Patrono.

A voz de sua mãe soou clara em sua mente, como se ela estivesse naquele exato momento ao seu lado.

“Conjurar o feitiço do Patrono”, dissera ela, “não te torna capaz apenas de se defender. Conjurá-lo também te torna capaz de proteger as pessoas que ama, não só dos dementadores, mas do maior mal do mundo: a falta de esperança.”

De repente, uma torrente de lembranças invadiu a mente de [Nome]. Lembrou-se de sua família sentada à mesa, rindo e conversando alto num domingo. Lembrou-se do dia que ensinara Mathew a andar de vassoura e ele conseguira ficar preso na cerca viva do vizinho de cabeça pra baixo. Lembrou-se de quando fora para a plataforma 93/4 pela primeira vez com os Weasley. Ouviu as risadas dos gêmeos, lembrou-se de suas pegadinhas, os três andando pelos corredores de Hogwarts rodeados de amigos, os bilhetinhos trocados nas aulas, os verões passados na Toca, e do último, quando George a levara até o London Eye de madrugada.

“Não gosto de te ver assim”.

“É muito ruim ficar tantos dias sem ver você sorrir. Faz falta.”

“Tá tudo bem agora. Eu tô aqui.”

Expecto Patronum!

Uma explosão de luz inundou o celeiro. Da ponta da varinha de [Nome], um raio denso de magia se precipitou na direção dos dementadores. No meio do caminho, contudo, ele se espalhou, esticando-se para os lados e assumindo a forma, primeiramente, de duas asas. Em seguida, a ponta se alongou criando o bico, a cabeça e, depois, o tronco e as penas compridas da cauda. A última parte a se formar foram suas enormes garras afiadas, que a majestosa ave esticou para frente para agarrar a cabeça do dementador. A criatura guinchou enquanto a águia pesqueira afundava suas garras na carne putrefata. Ela bateu as asas com força, e várias ondas de magia encheram o celeiro. Os dois dementadores soltaram um urro horroroso ao serem arremessados contra as vidraças, que se espatifaram com o impacto. Aturdidos, os terríveis guardas de Azkaban voaram noite adentro para bem longe dali.

O Patrono de [Nome] esvoaçou pelo celeiro como se estivesse se certificando de que não havia mais nenhum dementador encolhido nas sombras. Depois, com ar majestoso, voou até as caixas amontoadas que estavam ao lado de [Nome] e pousou. As duas se encararam por longos segundos. Contudo, ao tentar focalizar os olhos de seu Patrono, tudo o que a garota viu foram flashes da noite que passara com George no London Eye. Lágrimas de alegria e alívio escorreram do canto dos olhos de [Nome]. Por instinto, ela ergueu a mão para acariciar a cabeça da águia, mas a ave abriu as asas e desapareceu.

A garota permaneceu alguns segundos com os olhos fixos nas caixas carcomidas por cupins enquanto sua visão se acostumava novamente com a escuridão da noite. Seu coração ainda batia rápido no peito, mas a sensação de perigo passara. [Nome] ainda ofegava quando ouviu passos vindo em sua direção. A próxima coisa que percebeu foram braços compridos ao seu redor apertando-a com força.

— Ah, meu Deus, [Nome]! — exclamou George com a voz trêmula. — Você tá bem! Você tá bem! Eu tava tão preocupado!

Despertando do torpor, [Nome] devolveu o abraço.

— Você me salvou, você me salvou! — soluçou ela. — Ai meu Deus, George, obrigada!

Ele a segurou pelos ombros e a afastou para que pudesse olhá-la nos olhos.

— Te salvei!? [Nome] foi você que conjurou o Patrono. Se não fosse por você...

Ela tornou a puxar George para um abraço e enterrou o rosto em seu peito.

— Eu-eu... Eu não ia conjurar o Patrono. Eu estava tão cansada de fugir dos dementadores. Eles me perseguiram por quilômetros feito pesadelos vivos. Eu fui me sentindo triste, vazia e sem esperança. Senti como se toda a felicidade do mundo tivesse deixado de existir. Então eu... Eu desisti. Me levantei pra me entregar aos dementadores. Se tudo acabasse, todos esses sentimentos ruins desapareceriam, mas aí... Você apareceu.

[Nome] agarrou o tecido do casaco de George com força.

— Quando aquele dementador se virou pra você, eu pensei... Não. Eu não podia sucumbir. Eu não podia desistir de tudo. Eu não... podia deixar que... eles tocassem em você.

[Nome] soluçou alto e se aconchegou ainda mais contra o peito de George, que a segurou ainda mais perto. Os dois ficaram abraçados em silêncio por quase um minuto até que [Nome] controlasse os soluços. Por fim, ainda com o rosto escondido, perguntou:

— Você se lembra daquela noite no verão passado quando voamos até Londres?

— Lembro.

— Foi a lembrança que eu usei pra conjurar o Patrono.

[Nome] o empurrou o suficiente para que pudesse olhá-lo fundo nos olhos.

— Foi você que me salvou.

E a próxima coisa que percebeu era que os lábios de George estavam nos seus. O beijo era urgente, mas preenchido de alívio e carinho. Lentamente, [Nome] sentiu os últimos resquícios de tristeza e desesperança se dissolvendo em seu coração, que foi preenchido por uma onda de segurança e calma.

De repente, uma voz vinda da entrada do celeiro trouxe-os bruscamente de volta à realidade.

— Não se preocupem comigo não. Eu tô bem. Não é como se dois dementadores tivessem acabado de ficar a cinco metros de mim. Eu só vou ali... buscar uma vela.

[Nome] começou a rir com os lábios ainda selados contra os de George enquanto ouvia as lamúrias de Fred. Ele também riu, e os dois se separaram.

— Obrigado, irmão, por ter estragado o clima do primeiro beijo.

— Disponha! — respondeu Fred já do lado de fora. — Eu tô aqui pra isso!

[Nome] teve a impressão de ouvir George dizer “empaca-foda” entredentes e abafou uma risadinha. O garoto segurou uma de suas mãos e a puxou na direção da entrada do celeiro.

— Vem — disse passando seu braço esquerdo ao redor dos ombros de [Nome]. — Vamos voltar pra casa.

Alguns passos adiante, George se voltou para ela e perguntou:

— E aí, quando vai me ensinar o feitiço do Patrono?

[Nome] assumiu um ar pensativo girando os olhos para o alto.

— Hm... Você acha que tá pronto?

— Mais do que pronto! — exclamou ele com um sorriso maroto. — Afinal, acabei de ganhar minha lembrança feliz.


Notas Finais


Gostaria de finalizar essa fanfic retomando a icônica frase do Dumbledore:
"A felicidade pode ser encontrada mesmo nas horas mais sombrias... Se você se lembrar de acender a luz"
Às vezes nós sentimos que não há luz em nós. Que nós já não valemos mais a pena.
Mas isso é mentira.
É uma grande mentira.
Você tem uma luz maravilhosa dentro de você. Você vale a pena. Você é único/a/e. Você é amado/a/e. E muito.
Por isso eu te peço.
Escolha conjurar o Patrono. Escolha olhar para o seu melhor e não para o pior. Procure a luz, a esperança. Ela está aí, em alguma gaveta no fundo do seu coração.
Não se esqueça que você é incrível.


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