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História Quando a Chuva Encontra o Mar - Capítulo 14: POV Beatriz Biersack - História escrita por slimdevil - Spirit Fanfics e Histórias
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História Quando a Chuva Encontra o Mar - Capítulo 14: POV Beatriz Biersack


Escrita por: slimdevil

Capítulo 14 - Capítulo 14: POV Beatriz Biersack


Fanfic / Fanfiction Quando a Chuva Encontra o Mar - Capítulo 14: POV Beatriz Biersack

Minhas pernas andavam até o príncipe sentado no sofá no meio do Grande Salão. Mas minha cabeça estava em um lugar completamente diferente. A última coisa que eu queria era estar pensando em Noah. A ÚLTIMA. Mas não podia evitar. Tudo naquele momento me lembrava o dia em que minha vida tinha desabado. 
Tudo se repassou em câmera lenta na minha cabeça. O medo que senti quando li o bilhete deixado à minha porta; eu sentindo o chão fugindo de meus pés quando o vi com aquela garota; a raiva que me fez chegar até ele; a expressão de culpa no rosto dele enquanto eu gritava com toda a minha força. Parecia que estava acontecendo de novo, e de novo, e de novo. Sentia como se eu estivesse lá outra vez, assistindo enquanto tudo que eu acreditava caía por terra. Todos os sonhos que tinha dividido com ele, todas as palavras que eu nunca diria, problemas que nunca resolveríamos juntos. Todos os segundos de uma vida que tinha planejado ao seu lado se despedaçaram como vidro à minha volta. E seus olhos presos ao meu, ele sem dizer nada.
Mas não tinha o que dizer mesmo. Não existiam palavras no mundo que pudesse consertar sua traição. E já não existiam forças em mim para acreditar nele.
Me sentei com cuidado à frente de Charles, sentindo que quebraria se me mexesse demais. Seus olhos esperançosos pousaram em mim, um sorriso ao seu rosto. Tentei lhe sorrir de volta, mas acho que ele podia ver o que estava pensando, porque a primeira coisa que me perguntou era se eu estava bem.
"Já estive melhor," eu disse, não querendo contar tudo, mas tampouco querendo fingir que estava bem.
"Aconteceu alguma coisa?" Ele perguntou, todo preocupado.
Meu sorriso cresceu com sua simpatia. "Não aqui," expliquei. "Antes de vir, eu acabei com o meu noivado."
Um olhar de surpresa passou pelos seus olhos, mas desapareceu na mesma rapidez que tinha aparecido.
"É uma longa história," eu disse, "algum dia eu te conto."
"Quando quiser," ele falou, educado. "Se precisar de qualquer coisa, é só me falar."
"Falarei," prometi, começando a me sentir mais animada com tudo aquilo.
"Você faz o que?" Ele perguntou.
"A mesma coisa que sua mãe fazia," eu disse, sorrindo. "Sou apaixonada por violino, apesar de tocar mais violão."
"Eu também," ele falou. "Ela me ensinou quando eu era muito pequeno. No começo, eu tive muitos problemas, não conseguia por nada tocar direito. Mas fui melhorando. E agora é um dos amores da minha vida."
"Lembro de vê-la tocando o hino no seu aniversário de dez anos," falei. "Foi quando eu soube que eu queria tocar o violo. Meus pais preferiam piano, mas eu não tinha dúvida."
"Fico feliz," ele disse, me observando. 
"Eu sou uma cinco," expliquei, apesar de não ter necessidade.
"Aqui, vocês não são nenhuma casta," ele falou, quase me cortando. Mas tinha uma certa bondade na sua voz. "Aqui dentro vocês são vocês e isso é tudo que vou levar em consideração. Ainda vai demorar para meus pais conseguirem acabar com esse sistema, mas não quero que vocês se classifiquem assim. Prefiro que se identifiquem pelas suas paixões e seus interesses."
A cada palavra que ele falava, eu ficava mais feliz. Não tinha problemas em ser uma Cinco, pelo menos não mais do que qualquer outra pessoa da minha casta. Assistir a Rainha America chegar aonde tinha chegado tinha dado a todos os Cinco muita esperança de mudança. 
"Beatriz," ele falou, lendo meu button, "acho melhor a gente terminar por aqui," ele se levantou. "Não quero deixar vocês sem café da manhã por mais um minuto."
Eu sorri e me levantei também. 
"Você poderia ficar aqui depois que eu mandar as outras para a Sala de Jantar?"
E com aquelas simples palavras, eu senti de novo o chão desabando embaixo de mim. 



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