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História Quando a Chuva Encontra o Mar - Capítulo 66: POV Charles Regen - História escrita por slimdevil - Spirit Fanfics e Histórias
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História Quando a Chuva Encontra o Mar - Capítulo 66: POV Charles Regen


Escrita por: slimdevil

Capítulo 66 - Capítulo 66: POV Charles Regen


Fanfic / Fanfiction Quando a Chuva Encontra o Mar - Capítulo 66: POV Charles Regen

"Entre," falei, sem tirar os olhos do papel em que escrevia, quando ouvi alguém bater à porta.
"Lady Gabrielle pediu para que lhe entregasse, Alteza," uma criada disse, colocando um bilhete na mesa do meu lado.
"Ah, obrigado!" Falei animado.
Ela fez uma reverência e saiu do quarto, enquanto eu desdobrava o bilhete, ansioso pela sua resposta.
Passei meus olhos pelas suas palavras, meu sorrindo diminuindo com cada uma delas. Ela não queria me ver? Mas eu achava que tudo tinha ido tão bem! Será que ela tinha ficado gripada pela chuva? Ou ainda era algum problema com as outras selecionadas?
Amassei o papel de um vez, como se aquilo fosse me fazer me sentir melhor. Mas nem aquilo, nem jogá-lo fora ajudou. O que mais eu precisava fazer? Parecia até que ela gostava de me rejeitar. Ela não estava nunca satisfeita comigo. Ela sempre achava uma razão para me rejeitar.
Aquilo que meu irmão tinha me falado tantas vezes já não era mais verdade. Elas não já estavam conquistadas. Não eram elas que tinham que correr atrás de mim. Era eu que precisava me superar a cada dia para Gabrielle não achar uma coisa nova em mim que a incomodava. Um dia ela gostava de mim, no outro não queria me ver. O que mais eu precisava fazer?
Só de raiva, escrevi o nome dela no final da lista no papel à minha frente. Meninas para eliminar.
Mas dois segundos depois eu o risquei. Não, não iria eliminá-la. Nem de brincadeira. Não gostava nem de ver seu nome ali.
Voltei a me focar na lista. Se ela não queria me ver hoje, não tinha problema. Eu poderia dar outra chance para uma das meninas ali. Não para a Melody. Ela era nova demais para mim, seria melhor eliminá-la antes que ela criasse qualquer tipo de conexão comigo. E Abigail só se importava em aparecer do meu lado, eu não precisava de alguém assim. Passar qualquer dia com a Victoria era tortura. Não queria nem imaginar todas as coisas que a incomodariam no encontro. Se a gente comesse caviar, ela acharia ruim. Champanhe? Não era bom o suficente. Me perguntava se ela reclamaria da coroa, caso ganhasse e fosse coroada.
Estava entre Enny e Jenny, quando ouvi outra batida na porta.
"Entre," falei de novo, dessa vez bem mais irritado.
"Alteza, o rei Maxon solicita a sua presença em seu escritório," um guarda falou e eu concordei com a cabeça.
Deixei a caneta em cima do papel e tudo lá do jeito que estava. 
Quando abri a porta do escritório, meu pai andava de um lado para o outro na frente da janela.
"Charles," ele disse quando me viu, andando até mim. 
"O que aconteceu?" Perguntei, já imaginando mil cenários na minha cabeça.
Uma guerra. Nosso país estava em guerra. Ah, meu deus! Uma guerra civil! Os rebeldes tinham começado de novo a se revoltar e estavam ameaçando a côrte se não providenciássemos o que queriam! Só podia ser isso!
"Seu irmão," ele disse, fazendo todas as minhas hipóteses virarem pó.
"O que ele fez agora?" Perguntei, suspirando.
Desabotoei meu blazer e me sentei na poltrona na frente de sua mesa. Vamos lá, pensei. Mais uma brincadeirinha do Sebastian. Será que ele já tinha estragado tudo com a Nina e teria que sair do país com vergonha? Ou tinha graffitado a parede do castelo de novo? Ele sempre achava que nos enganava, mas era o único aqui que tinha latas e latas de spray de tinta no quarto. Ele podia inventar o pseudônimo que fosse, todos sabíamos que era sempre ele.
"Ele foi para Kent," meu pai falou, se sentando também.
"Como assim, ele foi para Kent?" Perguntei, não entendendo direito o que tava acontecendo. Até que caiu a ficha. "Espera, com a Nina?"
"Sim," meu pai se apoiou na cadeira. "Ele simplesmente entrou no helicóptero e foi com ela."
Franzi as sobrancelhas. "Sebastian em um helicóptero?"
"Pois é."
"Uau," soltei, imaginando a cena. Até me fez rir um pouco. "Acho que ele deve mesmo gostar dela, né?"
Meu pai também deve ter imaginado, pois suas rugas de preocupação foram trocadas por um sorriso de orelha a orelha.
"É, quem diria, não? Logo ele, em um helicóptero por uma menina," disse.
"Menina que deveria estar aqui por mim, né, mas tudo bem," falei, levantando as mãos em rendição.
"Isso na verdade é culpa sua," meu pai falou, apontando para mim.
Ele parecia estar brincando, mas me ofendi um pouco.
"Por que é culpa minha?" Perguntei, inconformado.
"Você não tem jeito de autoritário. Você é legal demais, dá liberdade demais," ele disse, suspirando. "Não que isso seja ruim," continuou. "É bem melhor do que como meu pai era, como me fez ser na minha Seleção."
"Eu não queria que elas pensassem que eu era dono delas," expliquei. "Achava que dando liberdade a elas, só as que realmente gostassem de mim se aproximariam."
Nós ficamos um tempo em silêncio, pensando naquilo. Até que meu pai lembrou porque tinha entrado em pânico.
"De qualquer jeito," ele disse, se levantando e apoiando na mesa. Sua coroa quase caía da cabeça, mas estar inclinada deixava ele com ar de descolado. "Seu irmão foi embora sem avisar e nós precisamos mandar mais alguns guardas atrás deles."
"Quantos já estão lá?"
"Quatro. Mas isso era o suficiente para ela. Estou pensando em mandar mais dez, para ter certeza de que todo o passeio e a casa estejam seguros."
"Okay," falei, sem saber direito porque ele estava me falando aqui.
Mas ele respondeu a minha dúvida antes que eu tivesse chance de perguntá-la.
"Eu te chamei aqui para te perguntar se podemos mandar a mídia atrás deles," ele falou.
"Como assim?"
"Sabe, filmar os dois juntos e tudo," ele explicou. "Acho que seria um bom jeito de fazer a transição dela ser sua selecionada para namorada dele mais fácil."
"Ela ainda não é namorada dele," falei, mas esse pequeno ciúmes em mim não ia levar a nada. "Pode mandar," concordei depois. "É uma boa ideia."
"Está bem," ele disse, se sentando de novo e escrevendo em um papel. Depois de assinar no final, levantou o rosto de novo para mim. "Agora precisamos falar da Irlanda."
"Ainda não estão dando para trás?" Perguntei e ele balançou a cabeça. "Onde está Jack O'Malley? Ele ainda está no castelo?"
"Ele disse que queria aproveitar a semana pelo país," meu pai falou, incomodado com o assunto. Eu sabia que ele não gostava muito de Jack e eu compartilhava essa opinião. "Mas ele volta amanhã. Então se prepare para puxar saco dele para que ele volte para o seu país cantando sobre como nós somos os perfeitos aliados. Vire amigo dele, embebede-o, faça o que tiver que fazer. Vire seu melhor amigo e eu cuido do pai dele."
"Beleza," falei, começando a me levantar.
"E Charles?"
"Sim?" 
"Tente passar um tempo com a realeza francesa. Sebastian fugiu antes que falasse com Amélie e a última coisa da qual precisamos é de outro inimigo."
"Muito legal eu ter que cuidar dos problemas dele enquanto ele viaja com uma das minhas selecionadas," falei, revirando os olhos.
"Quer que eu fale com ela?" Ele ofereceu.
"Não, pode deixar. Eu falo. Sou sempre eu mesmo que tenho que arrumar as coisas enquanto ele atrapalha. Estou acostumado, pode deixar," falei e lhe sorri uma última vez antes de sair do seu escritório. 



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