História Quando ficamos tão coloridos? - "O baile da lua azul"- Parte 2

Star ☆

Assim que a música chegou ao seu fim,fiz uma breve referência para Marco que retribuiu do mesmo modo. Nós olhavamos um para o outro sem emitir nenhum som se quer,olhares bastavam naquele pequeno espaço de tempo.Houve uma serie de aplausos assim que terminamos a dança.

Desviei minha atenção de Marco para volta-la a minha mãe e meu pai que vinham a minha direção,ambos sérios e sem mostrar reação alguma para aquele evento.Ví,pelo canto do olho,Marco se distanciar um pouco,ele não parecia confortável e me olhava como se pedisse uma resposta.

Meu pai começou um discurso sobre como era uma honra a presença de todos os príncipes alí,segurando uma de minhas mãos,porém não obtendo minha atenção que voltara a ser destinada a Marco.Minha mãe,ao seu lado,mantinha sua cabeça erguida e nariz empinado,mantando sua pose.

–É honroso poder oferecer a mão de minha única filha,da princesa Star,a um de vocês,meus prestigiados amigos.–Dizia meu pai.

–E acreditamos que para vocês também esta sendo um honra,pois um de vocês será o novo rei de Mewni.–Se pronunciou minha mãe. 

–Divirtam-se,divirtam-se junto a princesa e façam o que preciso para que a lua azul inumine para um de vocês.–Proceguiu meu pai.

–Teremos a noite toda se preciso for.–Minha mãe falou em tom sério.

–Então,aproveite a noite querida... –Disse meu pai,me olhando.Ele beijou minha mão e eu assenti.

O rei e a rainha seguiram a seus tronos e sentaram-se,ambos olhando para mim,diretamente.Me Encolhi um pouco,nervosa com os olhares,mas logo relaxei quando senti alguém pegar uma de minhas mãos.Olhei para a pessoa en questão que sorriu para mim docemente.Era Tom novamente.

–Tom...–Falei em um tom calmo,o olhando,um pouco surpresa.

–O que acha de irmos a sacada admirara as esestrelas?–Perguntei.

–Eu adoraria,mas...–Pensei em algo.–Não posso sair e...–Enrolei. 

–Fique comigo Star,aceite meu amor e ficaremos juntos.–Disse ele.

–Não é assim que as coisas funcionam,Tom...–Disse,recuando.

–O que tenho que fazer para que aceite ficar comigo?–Perguntou.

–Eu não sei,eu...–Gaguejei.

–Preciso te dar presentes? O que quer?–Se aproximou.–Preciso beijá-la?–Ele tocou meu rosto.

–E-espera...–Arregalei os olhos, constrangida e envergonhada.

Ele estava apresando tudo.

No mesmo instante senti alguém segurar minha outra mão e puxá-la sem nenhuma força para si,por um breve momento sentindo também seus lábios tocarem-na.Esse,era Marco,que me olhava diretamente nos olhos,o que me fez corar devido a nossa conversa anterior,que me deixou confusa.

–Afaste-se da princesa...–Disse Marco docemente,me olhando.

–Marco...–Sussurrei,vermelha de vergonha,agora o olhando.

Eles se encararam.

–E quem você é mesmo?–Perguntou Tom para Marco.

–Marco...–O encarava.–Príncipe Marco Díaz da terra.–Disse,sério.

–Nunca ouvi falar.–Disse Tom,o olhando com um ar debochado.

–E você,quem é?–Marcos apenas perguntou,o olhando.

–Tom,príncipe do submundo.–Disse com um ar superior.

–Estamos quites,nunca ouvi falar.–Disse Marco,o encarando.

Tom deu de ombros.

–Poderia por 'gentileza' largar a mão da minha princesa?–Perguntou Tom.

–Sua?–Retrucou Marco,sorrindo debochado e enlaçando minha cintura com o outro braço,me puxando para sí. –Não creio que ela tenha dono.Ainda mais um demônio.–Disse.

–M-marco...–Corada,cobri o rosto com as mãos.Estava envergonhada.

–O que quer dizer com isso?–Perguntou Tom,seus olhos já adquiriam um tom avermelhado.

–Entenda como quiser,mas com a certeza que nada aqui te pertence.–Disse Marco,o encarando. 

–Como ousa falar assim comigo humano?–Tom rosnou.

–Como ousa você falar assim da princesa.–Disparou Marco,a olhando.

–Quem você pensa que é?–Tom respirou fundo,tentando se conter.

–Sou apenas um plebeu,como você,enquanto estiver dentro do castelo da princesa borboleta.–Disse Marco.

–Plebeu? Eu?–Tom riu debochado como se acabasse de ouvir uma piada.

–Sim,e enquanto estiver no palácio da princesa,a sua frente,ajoelhe-se.–Disse,sério.

–Eu não vou... –Começou Tom.

–Ajoelhe-se perante sua futura rainha!–Marco aumentou o tom.

Tom encarou Marco,em seguida os demais garotos e as convidadas dançarinas.Todos,inclusive meus país que assistiam a tudo de camarote.Ele me olhou,ainda sério,respirou fundo e lentamente se ajoelhou a meus pés,o que me incomodou profundamente.E eu apenas o olhava,sem saber o que fazer.

–Desculpe-se com a princesa.–Disse Marco,maa Tom nada disse.–Se eu fosse você engolia seu orgulho antes que a mando da princesa cortem sua cabeça fora.–Exagerou Marco.

–Star nunca...–Começou,mas logo foi interrompido.

–Quer pagar para ver?–Marcos disse apenas,o olhando.

Houve um breve silêncio.

–Perdoe minha insolência princesa borboleta.–Disse entre os dentes.

–Não foi nada...–Disse.–Por favor,levante-se e... Retire-se do meu salão.–Tentei ser autoritária.

–Star...–Ele me olhou como se não acreditasse no que ouviu.

–Por favor,não me faça chamar os guardas para te colocar para fora.–Disse.

–Star...–Ele pegou meu braço.

–Guardas...–Chamei em tom baixo,o olhando tristemente.

Dois homens enormes usando armaduras pesadas apareceram atrás de Tom.Cada um dos guardas pegou um de seus braços e o levou a saída, obtendo oa olhares dos demais que logo se voltaram a mim e Marco.Olhei para ele e agradeci pelo gesto.

–Obrigada vossa majestade...–Disse para Marco que apenas assentiu.–Acompanhe-me a um passeio breve,por favor.–Pedi.

–Com prazer,princesa...–Ele respondeu calmamente.

Olhei para meus pais como se pedisse permissão,essa concedida por ambos ao mesmo momento.

Enlacei meu braço ao de Marco e seguimos pelas grandes portas do salão,logo saindo do cômodo.Saimos de forma formal e como dois desconhecidos,mas ambos rimos ao mesmo momento que viramos a curva do corredor e saimos do campo de visão de todos que ficaram para trás.

Logo chegamos ao belo jardim do palácio.Caminhamos pela trilha de pedras preciosas e entre as mais diversas flores e plantas variadas do jardim,ainda de braços dados e sem nos olharmos diretamente.Assim que tive certeza que estava longe,falei:

–Você é mesmo um bobo.–Larguei de seu braço e então o abracei.

–Por que? Do que esta falando diretamente?–Ele correspondeu ao abraço.

–Vir sem ser convidado,se vestir de príncipe e invadir o salão,infrentar o príncipe do submundo...–Disse enquanto ria.

–Te roubar de todos e te fazer abandonar o salão... –Completou.

–Isso também...–Disse,me afastando um pouco dele.

–Não foi nada demais...–Ele disse,me olhando girar lentamente pela trilha.

–Para mim foi o bastante...–Disse em tom baixo,ainda 'dançando' enquanto andava.

–O bastante para que?–Perguntou,me acompanhando.

–Para ser meu príncipe...–Disse agora a sua frente,bastante corada.

Ele sorriu,um pouco corado.

–O engraçado...–Ele tocou meu rosto e aproximou-se um pouco.

–Marco...–Sussurrei.

–É que para mim,você nunca precisou se esforçar...–Sussurrou,me olhando.–Para dizer que eu...–Parou de falar.

–Você...?–Corei com a aproximação e com seu olhar.

–Eu te amo,Star...–Olhava para seus lábios que pronunciavam as 3 palavras que eu mais queria ouvir.

E com isso,ele selou nossos lábios em um doce e suave beijo...