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História Quando você voltar - Nosh - Quando eu sorrir - História escrita por AlwaysInsomnia - Spirit Fanfics e Histórias
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História Quando você voltar - Nosh - Quando eu sorrir


Escrita por: AlwaysInsomnia

Notas do Autor


Sim, tem capítulo novo hoje também. Aproveitem enquanto esse pique tá durando kkk
Boa leitura! :)

Capítulo 6 - Quando eu sorrir


Fanfic / Fanfiction Quando você voltar - Nosh - Quando eu sorrir

Bailey

 

Ouço o sino tocar quando atravesso a porta da lanchonete. Procuro Lamar com os olhos até localizá-lo na mesa do fundo.

— Fala, mano! Demorou.

— Não tava achando vaga.

— Suave. Bora pedir?

— Bora. Combo monstro? — Lamar abre um mega sorriso.

— Você leu minha mente, May.

Faço sinal para uma garçonete enquanto dou uma folheado no cardápio.

— Boa tarde. O que vão quer... Ah, nem fudendo.

Volto a cabeça para a garota mexicana segurando um bloquinho de notas.

— Sabina? Não sabia que trabalhava de garçonete. — Seguro uma risada.

— Cala a boca, idiota. Vaza do restaurante agora.

— Eu não. — Estico as pernas confortavelmente sobre a mesa botando as mãos atrás da cabeça.

— Eu me recuso a atender a vocês dois.

— Tudo bem, se acha que vale perder seu emprego por causa de dois "idiotas". — Ela fica vermelha de raiva, me fazendo soltar uma gargalhada. — E ai, princesa? O que vai ser?

— Fala logo, lixo.

— Ui, toda estressadinha.

— Não começa você também não, Morris. Digam logo a droga do pedido.

— São dois combos monstro, princesa. — Pisco para ela.

— Combina com vocês.

— Por que somos bombados?

— Porque são nojentos e assustam as pessoas. Não me admira a Joalin ter terminado com você, se fosse eu teria feito a muito tempo.

Fecho a cara. Agora ela mexeu com fogo.

— Escuta aqui, vadia. — Levanto chegando bem perto. — Só porque o seu relacionamento é uma merda não fica por aí falando do de outras pessoas.

Ela não parece nada intimidada.

— Vadia é a sua mãe, seu porco! — Não tenho tempo de pensar antes de ela acertar minhas bolas. Caio no chão rolando de dor.

Em poucos segundos o gerente aparece e ela inventa que tentei apertar a bunda dela. Somos expulsos pelo segurança.

Essa puta me paga.

 

 

Josh

 

Quando nos afastamos Noah fica parado me encarando.

— Desculpa, eu precisava fazer isso. Era o primeiro item da lista.

Ele continua em silêncio por um tempo, processando tudo.

— Só... Não faz mais isso sem pedir...

— Tudo bem. — Dou um sorrisinho de canto. Ele não me bateu, já é um bom começo. — Posso te beijar de novo?

— Não. — Levanta do sofá com um pouco de dificuldade. Vejo ele com a mão na lateral do corpo e instantaneamente lembro da surra que levou de manhã.

— Tá doendo?

— Eu já tô acostumado.

— Ninguém se acostuma com isso.

— Tanto faz. — Ele não me olha, anda pela sala procurando alguma coisa até encontrar o celular debaixo de uma almofada. Paralisa.

— Tudo bem? — Nega com a cabeça. — O que aconteceu? — Cai de joelhos, começando a chorar outra vez. — Noah?! — Levanto num pulo indo até ele. Está tremendo e olhando fixamente a tela do telefone. — Noah, por favor, fala comigo! O que houve?!

— M-Minha mãe... Ela... O hospital ligou 8 vezes... Ela não tá... N-Não tá bem...

Merda. Preciso fazer alguma coisa.

— Vamos, eu te levo até lá.

— O-O quê...?

— Você não tá em condições de dirigir. Levanta, cadê a chave?

— J-Josh...

— Anda, Noah! Sua mãe precisa de você! Levanta desse chão! — Puxo ele pelo braço dando um choque de realidade.

Noah me entrega a chave com certa hesitação.

— Josh, tem...

— Sim, tenho certeza. Já preciso ir lá ver meu nariz de qualquer jeito, acho que você quebrou ele.  — Dou uma risadinha. — Vem logo.

Entramos no carro e dou partida. Não demora muito até chegarmos no hospital.

Noah corre para o quarto da mãe e eu vou atrás, não posso deixá-lo sozinho.

Paro na porta. A cena que vejo parte meu coração. Wendy está pálida na cama do hospital, algumas enfermeiras ao redor dela. Noah ajoelha-se a seu lado e segura sua mão. Ela está viva, mais ou menos. Não está morta, o que me tranquiliza um pouco.

— Rosa, o que houve???

— Os aparelhos falharam por um momento, levamos um susto. Por que não atendeu o telefone, Noah? Você sempre atende.

Ele me olha de relance antes de voltar a atenção para a enfermeira.

— Ela vai ficar bem?

— A situação já se estabilizou, o médico disse que vai ficar tudo bem. Mas se acalme, você leu as mensagens direito, meu amor?

— Eu li que ela estava mal.... — A expressão dele é tão tensa que até eu sinto vontade de chorar.

— Não, querido, as últimas mensagens. Depois dessa falha o doutor veio avalia-la e... Temos boas notícias! Parece que o sinal vital dela está mais forte, isso significa...

— Que ela pode acordar. — Ele está em choque. Um sorriso enorme brota em seu rosto e ele levanta girando a enfermeira baixinha no ar. — Ela pode acordar, Rosa! Ele pode voltar pra casa! — Agora as lágrimas dele são de alegria.

Rosa começa a rir e as outras enfermeiras do local também seguram o nó na garganta.

— Eu não posso acreditar nisso... Se ela realmente acordar... As coisas vão ficar tão melhores... — Rosa o aperta mais forte.

— Vai dar tudo certo, meu anjo. Você vai ver, Deus está cuidando dela. De vocês dois.

Noah sorri um última vez antes de soltá-la.

— Vamos te deixar a sós com ela agora. — Saem do quarto passando por mim. Vejo-o sentar na cadeira ao lado da cama.

— Oi, mãe. Desculpe não ter vindo ontem, saí muito tarde do trabalho, era feriado então a loja tava cheia. Tenho tanta coisa pra te contar... O Josh voltou, mãe. Ele ainda é um idiota, mas pelo menos está aqui agora. — Me olha lançando um sorriso minúsculo, o que me deixa realmente feliz. — A vovó está bem, pediu para eu comprar picles hoje, você sabe como odeio picles, mas comprei pra deixar ela feliz. Na escola tá tudo... Enfim, acho melhor eu ir, o horário de visita já tá terminando e a chuva lá fora vai ficar bem forte. Te amo, ok? Acorda logo. — Ele beija a mão da mulher e já estou chorando.

Noah vem na minha direção sem falar nada.

— Você vem todo dia?

— Eu tento. Às vezes não dá.

— Tá trabalhando agora?

— Preciso ajudar minha avó, ela não tem como me manter sozinha.

— Noah, eu...

— Deixa pra lá. Vai ver esse nariz. Tô indo pra casa.

— Espera. — Seguro a mão dele. — Obrigado por me dar uma chance.

— Só não faz merda de novo, não vai ter outra.

 

 

Sofya

 

— Finalmente posso almoçar! — Entro no refeitório feliz, estou faminta.

— Isso que dá não tomar café da manhã, amiga. — Krys está ao meu lado lixando as unhas.

— Bom dia, meus amores! — Diarra aparece radiante com um Noah não tão radiante a seu lado.

— Ih, já tá com essa cara de novo, Noah? Se anima, garoto!

— Krys, dá um tempo pra ele. E hoje é terça, ninguém fica feliz em uma terça. — Abraço Noah com cuidado, sei que está dolorido pelo dia anterior. — Você tá bem? — Sussurro só para ele enquanto Diarra conta alguma coisa sobre o professor de geografia para Krys.

— Mais ou menos.

— Quer conversar?

— Só tem muita coisa acontecendo. Ontem o dia foi uma loucura...

— Tudo bem. — Beijo sua bochecha e o solto dando dois passos em direção ao balcão. Me arrependo logo em seguida.

— Bom dia, viadinho. Esse brinco de cruz é pra comemorar que hoje finalmente vou te matar na porrada? — Bailey aparece envolvendo Noah pelo braço. Sinto medo por ele...

— Hoje não, May. Não tô com cabeça pra isso.

Bailey solta uma gargalhada chamando atenção de bastante gente.

— Ouviu isso, mano? A donzela não quer levar porrada hoje, melhor a gente ir embora, então. — Começa a gargalhar junto com Lamar. — Sua disposição não me interessa, Urrea. — Com uma rasteira ele derruba Noah no chão e dá um chute forte... Não posso mais ficar quieta:

— Para com isso, Bailey! Para! — Grito o mais alto que consigo, mas ele só dá um sorriso cruel antes de continuar... Chega... Chega... Chega.

Corro na direção do filipino disposta a quebrar a cara dele, contudo sinto dois braços me segurando. Sina e Heyoon me abraçam, afastando-me um pouco da briga.

— Deixa, Sofya. Vai ser pior se você interfirir. Não olha... — Sina sussurra baixinho no meu ouvido.

 Diarra e Krys não demoram a chegar também.

Estou chorando, não suporto mais vê-lo passar por isso todo dia... Ele não merece... Só queria poder ajudá-lo.

— Bailey! — Um grito alto do outro lado do refeitório. — Não fui claro com você ontem, não?! Sai de perto dele. Agora. — Entre os braços de Sina consigo ver Josh chegando. Está nervoso, nunca vi alguém com tanto sangue nos olhos. — Não ouviu não, porra?! Eu disse agora! — Ele não espera nem um segundo antes de dar um chute como os de cinema e acertar o queixo de Bailey, derrubando-o no chão.

As meninas me soltam e dou um grito de empolgação.

— Vai, Josh! Acaba com ele!

Ele não faz isso. Só dá um último chute bem forte e encara Lamar como se dissesse "vai encarar?". Ele não vai, Josh é filho do dono do colégio e ninguém é louco de se meter numa briga com ele.

Lamar sai correndo e Bailey vai logo atrás ainda mancando, e bem puto.

Dou um sorriso do tamanho do mundo correndo até Noah, seguida por Di e Krys.

— Você tá bem??? Ele te machucou muito???

Noah me abraça.

— É, Beauchamp, até que você serve para alguma coisa, afinal. — Krystian o olha de cima a baixo. — Onde aprendeu esse golpe?

— Fiz algumas aulas de karetê no último ano. — Dá de ombros.

— Arrasou dando uma na cara dele. Queria fazer isso há muito tempo, mas não tenho essa sua imunidade.

Josh ignora o comentário se abaixando ao meu lado.

— Noah, você tá legal? Quer que eu te leve pra enfermaria? — Posso ver uma preocupação verdadeira em sua voz. Me faz sorrir.

— Não, eu tô bem. — Ele se senta emitindo alguns grunhidos de dor.  — Obrigado... — Sussurra fazendo Josh dar um sorriso.

— Só fiz o que era certo. Te falei que ia dar um jeito.

Nos levantamos os três juntos.

— Você tá bem mesmo, Nô?

— Tô bem, Sofya. Não se preocupa, ele nem bateu tanto hoje.

— Tudo bem aí, gente?

Heyoon e Sina se aproximam, causando um estranhamento. Elas nunca se metem, mas hoje estavam por perto. Heyoon vez ou outra troca umas palavras conosco, já Sina se afastou tanto... Noah sente muito a falta dela. Foi realmente estranho elas terem vindo me segurar e me consolar. Acho que, apesar de não falarem mais conosco, também não gostam  de ver Noah nessa situação.

 

 

Noah

 

Respiro fundo, Josh realmente me defendeu, realmente fez alguma coisa por mim. É a primeira vez em um ano que alguém consegue fazer Bailey parar de me bater. Não anula as ações dele, nem ele ainda ser um idiota, mas me faz sentir um pouco melhor.

— Vamos almoçar? — Pergunto vendo Krys, Diarra e Sofya assentirem. Sina e Heyoon se afastam. Fico um pouco decepcionado.

— Meninas! — Josh grita enquanto elas ainda não estão muito longe. — Querem almoçar com a gente hoje?

Vejo Heyoon sorrir e Sina apenas concordar com a cabeça. Em alguns minutos estamos os sete na mesa do refeitório conversando como se nada tivesse acontecido.

É estranho, é realmente estranho, mas é muito bom também. Faz lembrar dos dias felizes.

— Precisa de alguma coisa? — Josh fala baixinho no meu ouvido. Nego. — Posso falar um negócio?

— Sim.

— O Bailey caído no chão com aquela cara de raiva fez meu dia, parecia uma criança mimada quando não consegue o que quer.

— É bem isso.

— Ele é um idiota, Noah. Você devia socar a cara dele, não a minha.

— Eu tentei, várias vezes. Só piorava tudo.

— Mas pelo menos ia ter quebrado aquele nariz falso.

— Falso?

— Não sabia? Ele fez plástica no primeiro ano porque queria ficar parecido com o Justin Bieber. — Solto uma gargalhada. Rir dói um pouco. — Você fica lindo quando sorri. — Desvio o olhar sem graça, ainda com um resquício do riso no rosto.

Josh realmente é bom em arrumar as coisas, talvez até melhor do que em quebrar elas.

 

 

Diarra

 

— Gente, vocês tão vendo isso? — Cochicho para o grupo.

— Isso o quê? — Sofya parece confusa.

— Também não entendi... — Heyoon e Krys me olham intrigados, mas Sina ainda tem os olhos fixos nos dois meninos do outro lado da mesa, conversando aos sussurros.

— O Noah, está sorrindo. — Ela fala ainda sem parar de olhá-los.

— Ai meu deus! É verdade! Olha isso, Krys! Está vendo?! Ele tá sorrindo de verdade! Ele não sorri há tanto tempo... — Sofya vibra de felicidade do meu lado e eu vibro junto.

Faz muito tempo que nós três e Sabina tentamos fazer ele sorrir, mas nunca conseguimos direito, não desse jeito, não esse sorriso sincero que Josh Beauchamp acaba de tirar dele.

"Por favor, só não deixe ele te machucar de novo."


Notas Finais


É isso, gente. Espero que tenham gostado :) O próximo deve sair amanhã porque também já tá quase pronto.
Comentem o que acharam, amo ler as reações de vocês :3
<3


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