o que dizer de suas histórias, lihnfa? seu título, se distribuído em três linhas, já seria considerado o melhor haicai que li em muito tempo.
vou confessar que a crônica me surpreendeu um pouco, esperava uma lamentação solitária e reflexiva sem respaldo cotidiano, e não de estresses que todos entendem mas se esforçam para não fazê-lo. daqui a pouco minhas aulas começam, terei que entrar na rotina de acordar antes que todos da casa, me arrumar depressa, subir um morro insuportável para pegar o ponto mais vazio (a não ser que queira pegar o mais perto de casa e ficar uma hora em pé) e ainda caminhar da minha plataforma até a outra em tempo de pegar o próximo ônibus para escola. não voltei ao centro desde que minhas férias começaram, peguei uma bronca tremenda e sei que algumas burocracias estão à minha espera. desabafos à parte, ainda que o frio seja doloroso, machuque quando não estamos bem vestidos e me faça recordar, particularmente, do quanto prefiro banhos gelados, o calor me deixa amoado e mal tenho tempo de me sentir inseguro com minha própria imagem. dane-se que estou parecendo um gato depois de ter sido mergulhado em um tanque de óleo, com pelos maiores do que outros, está quente demais para me importar com o resguardo de qualquer decência. esse verão, na verdade, só me trouxe um resfriado de tanto entrar e sair de lugares frios para quentes, ou vice-versa, e domingos chuvosos de semanas ensolaradas. é uma tristeza, porque os únicos dias em que poderia ir à praia com a minha família, o tempo mudou e choveu. gosto de chuva, gosto mesmo, as chuvas de verão são um presente, mas logo na minha praiazinha? que adianta viver numa ilha se mal vejo areia.
no fundo, me divirto um pouco escrevendo essas coisas. minhas preocupações são outras, e sei que estou em vantagem simplesmente por poder reclamar que peguei um resfriado nas férias por causa do ar condicionado, mas é muito mais fácil me render à moleza do verão e reclamar do fedor de sovaco do ônibus do que me concentrar no restante. no que não fiz, no que deveria ter feito, no que minhas férias poderiam ter sido e seriam se eu tivesse companhia. espero que a única saída que eu marquei dê certo, e que você se divirta nesse verão, lihnfa. eu adorei.
vou confessar que a crônica me surpreendeu um pouco, esperava uma lamentação solitária e reflexiva sem respaldo cotidiano, e não de estresses que todos entendem mas se esforçam para não fazê-lo. daqui a pouco minhas aulas começam, terei que entrar na rotina de acordar antes que todos da casa, me arrumar depressa, subir um morro insuportável para pegar o ponto mais vazio (a não ser que queira pegar o mais perto de casa e ficar uma hora em pé) e ainda caminhar da minha plataforma até a outra em tempo de pegar o próximo ônibus para escola. não voltei ao centro desde que minhas férias começaram, peguei uma bronca tremenda e sei que algumas burocracias estão à minha espera. desabafos à parte, ainda que o frio seja doloroso, machuque quando não estamos bem vestidos e me faça recordar, particularmente, do quanto prefiro banhos gelados, o calor me deixa amoado e mal tenho tempo de me sentir inseguro com minha própria imagem. dane-se que estou parecendo um gato depois de ter sido mergulhado em um tanque de óleo, com pelos maiores do que outros, está quente demais para me importar com o resguardo de qualquer decência. esse verão, na verdade, só me trouxe um resfriado de tanto entrar e sair de lugares frios para quentes, ou vice-versa, e domingos chuvosos de semanas ensolaradas. é uma tristeza, porque os únicos dias em que poderia ir à praia com a minha família, o tempo mudou e choveu. gosto de chuva, gosto mesmo, as chuvas de verão são um presente, mas logo na minha praiazinha? que adianta viver numa ilha se mal vejo areia.
no fundo, me divirto um pouco escrevendo essas coisas. minhas preocupações são outras, e sei que estou em vantagem simplesmente por poder reclamar que peguei um resfriado nas férias por causa do ar condicionado, mas é muito mais fácil me render à moleza do verão e reclamar do fedor de sovaco do ônibus do que me concentrar no restante. no que não fiz, no que deveria ter feito, no que minhas férias poderiam ter sido e seriam se eu tivesse companhia. espero que a única saída que eu marquei dê certo, e que você se divirta nesse verão, lihnfa. eu adorei.