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História Querida Titia - As diferenças tornavam as coisas interessantes - História escrita por Uma_Targaryen - Spirit Fanfics e Histórias
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História Querida Titia - As diferenças tornavam as coisas interessantes


Escrita por: Uma_Targaryen

Notas do Autor


Hey leitorxs! Como vão vocês? Espero que bem, não sei se estão em semana de prova ou não (eu estou apenas recebendo os tiros que são as minhas notas), e por isso, acabei decidindo fazer uma nano maratona (serão apenas dois capítulo) aqui nessa quinta-feira, então, para quem está em semana de provas: leiam com moderação e não esqueçam de estudar pras provas, porque as notas e vocês vão pro histórico e não a quantidade de fic que vocês leem ;) hauhauhau
Vou postar o primeiro capítulo agora e o próximo, quando voltar da faculdade (sim, faço faculdade a noite), queria saber se vocês querem norminah na fic, espero vocês nos comentários me respondendo, hein! Esse capítulo tem uma pequena citação de um poema ao qual eu vi no tumblr, mas não conseguir descobrir quem é o autor. No mais, boa leitura!
NANO MARATONA: 1/2.

Capítulo 39 - As diferenças tornavam as coisas interessantes


Fanfic / Fanfiction Querida Titia - As diferenças tornavam as coisas interessantes

  As duas mulheres seguiram no dia seguinte à ligação para a cidade onde Lauren ainda residia. Embarcaram em um vôo no início da tarde, na noite anterior, despedir-se das amigas desejando-lhes uma boa viagem e diversão; os Jauregui's foram quem as acompanhou até que elas entrassem no avião, mas ambas as famílias esperaram a ligação delas para dizer-lhes que já haviam desembarcado e estavam bem.
  Chegaram no meio da noite no apartamento de Lauren que ficava localizado em uma boa área da cidade, não era a área nobre, ainda sim, era relativamente perto dos melhores lugares que a cidade oferecia. Camila sentia-se diferente por estar ali, não que fosse uma sensação ruim, não, era uma sensação nova. Entrar no apartamento de Lauren, o lugar onde ela habitava e reproduzia sua rotina, um lugar dela, que transparecia suas preferências e gostos; era tão entusiasmante quanto assustadoramente novo para a cubana. Camila soube então que na verdade, até então, só obteve lampejos da Lauren enquanto estavam em sua cidade natal, seria ali que a latina veria melhor e mais da Lauren em vez da Titia Lolo - e ela estava ansiosa para aquilo, a verdade era que a Cabello ansiava por cada partezinha de Lauren Michele Jauregui Morgado, seja como Titia Lolo, Lern, Lauren,  Lolo, Jauregui; cada faceta daquela mulher lhe era ansiada conhecer (e se encantar).
  O apartamento da mais velha não era grande, mas era aconchegante, tinha apenas quatro cômodos sendo o quarto,  a cozinha, o banheiro e uma pequena sacada. A entrada que dava abertura para a cozinha era pintada em um tom de vermelho mais claro conforme chegava-se ao balcão que a morena pusera ali, Lauren explicou rapidamente para Camila que o fato do apartamento não ter uma sala a incomodava, então embutiu um balcão fazendo uma espécie de divisão entre a cozinha onde ficava geladeira, fogão, pia e armário e o restante do cômodo que seria uma sala improvisada, quanto sala, não havia ainda muitos móveis por ali, apenas uma TV acoplada na parede e uma pequena estante contendo livros e CD's variados; seguindo até mais ao fundo, estava a pequena sacada que Camila só notara pela cortina que bordada ao fim chamava a atenção; o minúsculo banheiro ficava no corredor ao lado do quarto.

  Entrar no quarto de Lauren foi como adentrar um pouco mais no presente da mesma. As paredes eram pintadas em cores diferentes, dividiam-se entre roxo e branco, a parede a qual a porta estava encaixada e a janela era roxa com largas listras em branco enquanto as paredes brancas, a do lado da cama de casal tinha uma grande pintura que variava entre preto, cinza e creme, com certeza fora Lauren a autora da mesma enquanto a oposta era totalmente branca. Ao varrer os olhos pelo cômodo, Camila notara uma cama de casal simples, três prateleiras na parede ao lado da mesma, do lado esquerdo um pequeno guarda roupa e uma mesa extensa, de madeira pura e bem desenhada, herança dos avós, pensara Camila; na qual estava o notbook de quinze polegadas, vários livros e algumas outras coisas as quais a latina não deu importância. Na parede totalmente branca, havia molduras penduradas com fotos de Lauren e seus familiares, suas fiéis amigas e uma pintura de sua cantora favorita. Aquele cômodo refletia mais a Lauren do presente, tentando se estabelecer financeiramente obtinha poucas coisas no local, nada muito luxuoso, mas também tinha reflexos daquela Lauren de antes, sentimental expunha o amor que tinha por suas pessoas ao enquadrar as fotos. Ao terminar a análise rápida pelo local, Camila soltou o ar que não notara que ainda segurava. 
  Colocaram as malas ao lado da janela, que logo fora aberta pela dona do apartamento que combinou que Camila tomaria banho e enquanto ela cozinhara algo para elas forrarem o estômago. Comeram sentadas no tapete que Lauren estendera no espaço vazio da sala vendo um programa ao qual Ariana estava fazendo uma participação especial surpreendendo a todos mostrando uma boa atuação e fazendo imitações de artistas como Celine Dion e Rihanna. As duas divertiram-se vendo a interpretação da amiga e mais Lauren do que Camila, surpreendeu-se com o talento inegável da castanha.

  Nesta tarde, as duas mulheres estavam na antiga escola na qual Lauren conquistou a bolsa para estudar artes há tantos anos atrás. Durante a manhã do dia anterior, as duas mulheres descansaram e curtiram-se evitando ao máximo sair da cama. No dia seguinte, Lauren levara Camila para conhecer alguns lugares da cidade, tomaram café na padaria de seu Joaquim o qual tinha sonhos deliciosos e seguiram pelas ruas largas e pouco movimentadas. A cubana teve noção do quanto Lauren era conhecida no bairro ao vê-la ser cumprimentada por muitas pessoas a cada rua que elas cruzavam. Naquela manhã, Lauren saíra com sua câmera não muito atual nas mãos registrado em fotos todas as reações da namorada ao andar pelas ruas pacatas da cidade a qual visitava pela primeira vez, mas em determinado momento, Camila a tomou a câmera e passou a registrar momentos delas duas juntas, fazendo questão de demonstrar seu afeto pela outra  até que um menino em meio a um grupo de garotas chamou a atenção.

  - Ei, ei, Srtas!

  Eram cinco pessoas no total, quatro garotas e um único menino, eles estavam rodeados de latas de tintas, pincéis, spray e materiais de pintura no geral. Todos eles dividiram-se e pareciam concentrados em uma parte do muro, o muro era grande, mas ainda estava bem pouco tomado por desenhos e grafites. Lauren e Camila caminharam de mãos dadas em direção o menino que gritara por elas e que estava com uma pequena máscara cobrindo-lhe a boca e luvas nas mãos. Ao chegarem mais próximas do muro, puderam admirar as pinturas que estavam sendo feitas com grafite pelas meninas que pareciam muito concentradas e pouco deram atenção para a sua presença.

  - Vocês são namoradas, certo? – o menino disparou.

  Por um momento, as coisas ficaram muito confusas na cabeça das duas, mas aos poucos, Camila pareceu entender melhor ao ver outras pinturas ao longo do grande muro que demarcava uma grande propriedade, inclusive um desenho que imitava o mesmo garoto com qual falavam de mãos dadas com outro garoto.

  - Sim, somos! - afirmou apertando a mão da namorada e dando-lhe um pequeno beijo na bochecha.

  - Foi o que pensei. – disse. – Este muro é da ONG onde nós fazemos parte de alguma atividade, já completamos o nosso tempo máximo aqui e vamos sair abrindo vagas para alguém que precise sair das ruas ou não cair nos perigos da rua, a gente resolveu deixar uma mensagem e contribuir com o local. Eu quero repassar que só o amor constrói, gostariam de me deixar registrar seu amor aqui? – perguntou mostrando uma grande parte em branco do grande muro.

  Lauren olhou para a extensão do muro ao qual já estava coberto por diversas pinturas, frases, grafites, pinturas abstratas e alguns desenhos de pessoas as quais não conhecia. Direcionou o seu olhar para Camila ao seu lado que sorria largo e parecia animada com a proposta.

 - Eu topo com uma condição, – disse. O garoto fez menção para que ela continuasse – que você nos deixe pintar.

  O garoto que tinha grandes olhos castanhos e feições finas, sorriu para a morena, em silêncio mostrou os materiais que tinham a disposição e com um aceno de cabeça, apontou a parte em branco ao qual ela deveria registrar o seu sentimento. E Lauren foi. Pegou tudo o que julgou necessário em tintas e afins, puxou o garoto pelo braço com delicadeza o mostrando algo na tela de seu celular, este encarou-a e depois olhou para a cubana que estava a os olhar a pelo menos uns dois metros de distância com curiosidade, piscou para a latina e passou a rabiscar a parte em branco ao lado da morena de pele quase leite enquanto Camila passou a registrar as pinturas ao longo do muro e a cada forma mais específica tomada pela pintura dos dois.

   Passaram a manhã toda e uma parte da tarde ali. O garoto que se chamava Gabe e Lauren trabalhavam com muita concentração e vez ou outra passavam a encarar a tala do celular da mesma e ao estarem perto da conclusão, Camila sentia as pernas bambas e os olhos úmidos. Era uma pintura traçada de grafite de uma foto sua e de Lauren em um dos dias em qual elas estavam na casa da mais velha, ainda não haviam assumido e Chris conversava com elas e em algum momento as pedira para tirar uma foto e com todo carinho, Camila beijou suavemente a bochecha branca da outra. Com o desenho devidamente terminado, Lauren caminhou em direção da namorada e estendendo um pincel para que ela pudesse escrever algo abaixo da pintura.

  Após a manhã dedicada ao preenchimento do muro branco da instituição filantrópica, as duas mulheres voltaram apressadas para o apartamento da maior e com meia hora antes do horário marcado, Lauren e Camila puseram os pés dentro da grande estrutura da escola onde há anos a Jauregui ganhara uma bolsa de estudos. Lauren guiava Camila dentre os corredores contando a ela histórias sobre suas aulas e o seu armário que sempre empurrava quando mais ela estava com pressa, dos melhores lugares para esconder-se do inspetor e assim por diante. Com um pouco de euforia, Lauren levou a cubana para o grande jardim bem cuidado da instituição,  era verde a se perder de vista, cheio de flores e árvores, bancos de madeiras entre os caminhos cimentados que levavam a outras partes da instituição. Abraçada ao corpo da namorada, com seu queixo encostado no ombro esquerdo da mesma, Lauren passou a explicar sobre o local.

 - Aqui era o meu local favorito de toda essa escola - disse Lauren. - Me lembrava o parque que nós sempre íamos e sempre que queria me inspirar ou apenas pensar em como estava você, eu vinha aqui e sentava em baixo daquela árvore - apontou um grande ipê amarelo mais a frente - e deixava os pensamentos fluírem. - A diferença de idade não me impedira de te amar/as criticas dos outros não me influenciara/o tempo não fará apagar seu rosto de minha memória/pois a única pessoa/que me impedirá de te amar/que me influenciará/que fará eu esquecer-te é Deus...
   O perfume de Camila misturavam-se ao ar puro do jardim fazendo com que a Jauregui fecha-se os olhos e aperta-se mais o corpo da outra contra o seu, aquilo era quase como um sonho realizado, estar ali com Camila, contando de sua vida atual enquanto as suas atitudes do passados já haviam sido esclarecidas e elas estavam juntas - amorosamente, juntas. 

  - Aqui é um lindo lugar Lern - disse guardando o máximo de detalhes dali. - Inclusive, é ótimo para trazer alguém e ser assim tão fofa só pra ganhar uns beijos - comentou na intenção de provocar e desviar seus pensamentos das três palavrinhas que formavam uma frase linda, mas poderia assustar a mais velha. - Quantas você trouxe aqui?
  - Além de você?  - Perguntou. - Apenas a Camila que habitava em meus pensamentos. 
  - Você é muito galanteadora, Jauregui - disse sorrindo largamente ao virar-se para encarar a namorada.
  - Tenho planos mirabolantes para te manter interessada em mim - comentou mexendo as sobrancelhas em tom de riso.
  - Boba, não precisa fazer esforço. - Garantiu. 
  Puxando delicadamente Camila pela nuca, Lauren uniu os lábios das duas. Um beijo lento e cheio de carinho, com direito a sorrisinhos em meio ao beijo, com leves provocações ao morder o lábio inferior e ao chupar a língua com lentidão, mudando o ângulo do beijo mais vezes do que as de costume como se aquilo pudesse prolongar o contato tão maravilhoso entre elas. Ao fim do beijo, Lauren abraçou Camila de forma carinhosa escondendo sua face mo pescoço da mesma e sussurrando que estarem ali como estavam, era como a realização de seus sonhos mais íntimos. 
  Após aquele momento, Lauren e Camila atravessaram uma parte do extenso jardim e seguiram pelos corredores no intuito de irem até a secretaria onde a mais velha encontraria sua amiga e companheira na palestra e cumprimentarias e agradeceria a os funcionários e o convite. Mas um corpo correndo pelo corredor na direção oposta ao que elas iam e este chocando-se com o corpo de Lauren desfez o plano delas.
  - Lauren bebê, que saudade!  -Exclamou a mulher que tinhas as pernas ao redor da cintura da Jauregui e o rosto enterrado no pescoço da mesma.
 - Hey... - Foi tudo que Lauren respondeu. Seu rosto estava vermelho e seus olhos imploravam por dar satisfação aos olhos castanhos que lhe encaravam indecifráveis. 
  Lauren deu alguns tapinhas nas costas da mulher lhe fazendo descer de seu colo e assim Camila pôde então visualizar a figura. Era uma linda mulher, o corpo magro, mas com um belo quadril e bumbum, os lábios carnudos e o rosto muito bem desenhado sorriam em direção às duas.
  - Keana - apressou-se a se apresentar. - Keana Issartel.
  Camila sorriu de volta e aceitou o aperto de mãos. 
  - Desculpe a falta de modos, - disse ela - mas esta bebê simplesmente sumiu da cidade e não respondeu às mensagem, apenas a ligação com assunto referente ao trabalho. 
Lauren sorriu sem graça e gesticulou em direção à Camila visando apresentá-la, mas a latina fora mais rápido. 
  - Eu sou Camila. Camila Cabello. 
  Keana arregalou os olhos e passou a encarar fixamente a cubana para depois voltar seu olhar à morena e indagá-la como se a latina não estivesse presente. 
   - Camila, tipo, a sua sobrinha? - Lauren apenas assentiu. - AI MEU DEU! - Aquela exclamação não fez muito sentido para nenhuma das duas amantes, visto que logo em seguida a Sta. Issartel puxou sem algum aviso Lauren pelo pulso começando a ralha-la pelo atraso de dois minutos. 
  A palestra dada por Lauren e Keana fora de uma hora e as duas pareciam muito satisfeitas com a interação da plateia, lê-se, turmas do período mais avançado com elas. Depois de concluírem as falas e tirarem todas as dúvidas que sugiram, Keana pediu para que elas a acompanhassem a um barzinho, para uma cervejinha de final de tarde. Camila não sentia-se  muito a vontade com o convite, mas ao ver que aquilo pareciam mais como um ritual para a Sta. Issartel e Lauren, então apenas deixou-se ser conduzida até o local.  

  Com poucos minutos sentadas na mesa do lado de fora do bar e dois copos esvaziados de cerveja, Camila percebeu que Keana e Lauren se conheciam tempos e que o envolvimento ali já fora muito mais do que uma amizade. Keana encarava descaradamente Lauren e arranjava motivos para tocar sua mão por cima da mesa apesar da morena sempre livrar-se do toque e passar o seu braço ao redor dos ombros de Camila.  A cubana desde o ocorrido com Emily Fields entendia que as pessoas tinham dificuldade de entender e/ou levar a sério o fato de Lauren ainda adolescente abdicar de sua zona de conforto ao lado da família e mudar-se para longe por estar gostando de uma menina mais nova, mais especificamente, sua sobrinha por consideração; as pessoas aparentemente debochavam do sentimento que existia entre elas, afinal, havia diferença de idade, Camila mal saída das fraudas podia oferecer o quê a uma mulher madura com a vida entrando nos eixos?  Havia a diferença do cotidiano e percepção da vida, a Cabello não havia ainda saído de casa, tinha uma visão limitada das responsabilidades de uma vida longe dos responsáveis, acabara de concluir o ensino médio e provavelmente iria para alguma faculdade esperando viver todas as experiências possíveis, enquanto Lauren já tinha fonte de renda, cuidava de contas e do apartamento, vivia mais centrada. Havia mulheres e mais mulheres que se jogariam aos pés da morena de olhos verdes para fazê-la feliz, mulheres que ainda rejeitadas, estariam ali se a Jauregui assim quisesse, mas a escolhida fora Camila e Camila era uma garota e não uma mulher. As diferenças era muitas e era nelas que as pessoas baseavam-se para descrer naquele relacionamento, foi assim que Emily agiu, era com por meio do mesmo pensamento que Keana portava-se daquela maneira em relação à Jauregui sentada a sua frente. Mas o que elas esqueciam, pensava Camila, era que ali, apesar de todas as diferenças, havia o amor – dois dos lados. E o amor às ligava e as diferenças tornavam as coisas interessantes e menos assustadoras, o amor às fazia compreender e as levavam a ceder quando preciso.

  - Acho interessante essa brincadeira de casinha de vocês, tipo, como se tivessem cumprindo tabela, algo como “Vamos fazer, até a hora que der”, como uma obrigação, mas quando termina?

  Lauren respirou fundo e com a uma das mãos passou a afagar um dos braços da latina, tomou um gole de sua cerveja enquanto ponderava se mandava a velha conhecida se foder ou se tentava pela milésima vez explicar a ela que não estava brincando de casinha ou cumprindo uma obrigação de imaginar que por ter gostado de Camila um dia e então, elas deveriam ficar um pouco para sanar esse cumprimento de tabela; mas sim, vivendo o amor que um dia tanto lutou para não sentir e que agora aceitava.

  - Quero dizer, a coisa séria mesmo Lauren, quando você quiser, eu vou estar aqui.

  Camila apenas riu sem humor negando com a cabeça logo em seguida.

  - Na verdade, Lauren sempre vai beijar quem ela quiser. - Disse olhando para a mulher que a observava com uma sobrancelha arqueada, logo após, virou-se para encarar sua namorada e completou: - Amor, você tem poder de escolha sobre a sua vida e suas vontades, você pode beijar quem você quiser.

  Dito aquilo, Lauren beijou Camila com desejo. Queria sim, expor o quanto aquela garota mexia com o seu racional e o seu íntimo, o quanto aquela boca era a qual ela destinava seus melhores beijos, o quanto foi aquela garota o tempo todo, desde a sua saída da vivência infantil para a entrada no período de pré-adolescência, onde começara a entender que aquela necessidade toda de estar com a cubana, a preocupação, o pensamento nela, aquilo estava além de uma simples amizade, aquilo ainda ia crescer e transbordar de um simples afeto para uma paixão. O beijo era urgente e demorado, o barulho de sucção causada pela língua de ambas era erótico ao tom que se via o buscar de novos encaixes para a prolongação daquele contato tão íntimo.

  - Eu sempre escolhi Camila Cabello – disse ao finalizar o beijo.

  Ao ver Keana dar em cima da sua namorada, Camila não ficara desestabilizada, muito pelo contrário, não perdera a pose e ao menos ameaçara sair do salto, pusera a bela moça em seu lugar sem usar de gritos ou ironia, era isso, pensava Camila, durante todo o tempo em que ela e Lauren ficarem juntas, haveria desconfiança e descrença por parte dos outros, julgamentos e falatórios que as comparariam a parceiras com algum tipo de interesse material ou carnal e não mais que isso, mas isso não seria maior que o sentimento delas, que a certeza de um amor correspondido. E em algum momento, pensava Camila, as pessoas que tanto desconfiavam, apontavam e julgavam iam entender que é perda de tempo tais atos, e os mesmos estão a atrasar o avanço da humanidade, lembrava-se do que havia escrito no muro e mais uma vez tivera certeza: somente o amor será capaz de construir um mundo novo


Notas Finais


E então, aprovado? O que acharam do capítulo?

Vamos a explicação sobre o capítulo: Não sei se alguém aqui já namorou ou se envolveu com alguém mais novx ou mais velhx, mas se já, talvez tenha passado por situações chatas como esta de desconfiança, piadinhas e coisa do tipo, tendo como "agravante" no caso da história o fato de elas serem ainda duas mulheres e sabemos o quanto a maioria das pessoas tem um pensamento atrasado quanto a relações que não sejam heteronormativas. Quis repassar que por mais que haja sentimentos entre o casal, coisas como estas infelizmente irão acontecer e isso requer muita paciência e maturidade do casal, pois enquanto permaneceram juntas, vai ter quem interfira expondo seu pensamento muitas vezes ofendendo e negando o sentimento que existe entre o casal e essa queridxs, é a vida.

No mais, espero vocês nos comentários me dizendo suas opiniões, suas sugestões, seus pedidos de ajudas para as provas se for o caso (sou de humanas tá), dúvidas e se sentirem a vontade de partilharem algo em relação a minha explicação, também vou ler com carinho, críticas e afins.
ATÉ MAIS TARDE COM MAIS UM CAPÍTULO ;)


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