História Querido mundo novo. - Um bom começo.

Quando Harry retornou a sala, tanto os vampiros quanto os lobos unidos em um canto afastado e próximo a janela o observou esperando por algo. Edward caminhou em passos calmos ate ele e o abraçou pela cintura. O senhor e senhora Cullen o observava do sofá onde estavam sentados e Harry logo se aproximou para se sentar com eles. 

-Emmett e Sam estão no quarto para garantir que Jonathan não fuga ou se machuque. - disse Carlisle. - Draco e Jacob não desceram ainda... e a criatura que você chamou de medroso nos ofereceu chá. - o vampiro loiro franziu as sobrancelhas ao dar a última informação. 

-o que vamos fazer agora? - Jasper perguntou quase do seu lado agora, Harry não havia ouvido sua aproximação. 

-vamos esperar. - disse Harry. 

-esperar o que? Sermos atacados? Esperar que aquela vampira venha atrás de você com um exercito descontrolado? - perguntou Paul. 

-esta mansão tem alas de proteção, a magia que a cerca serve como um escudo que protege os que estão dentro dela. - falou o moreno. - Victoria pode ate tentar entrar, mas não vai conseguir. 

-e isso vai direcionar os vampiros para a cidade. - disse Jerad e todos se viraram para ele. - se ela não conseguir entrar, ela vai buscar destruir outra coisa, e os humanos que vivem na cidade são os mais vulneráveis. 

-ela não vai chegar ate eles. - Harry falou serio e o lobo recuou sobre o olhar duro do bruxo. - ela não é a primeira a me querer morto e não será a ultima que irei derrubar. 

-e quanto aos vampiros que estão com ela? Aqueles que foram sequestrados assim como Jonathan? - Esme mantinha a voz baixa e calma enquanto perguntava.

-tentaremos salvar o máximo possível. - disse Harry. - Draco fara doses extras, e Rony vai pedir a ajuda de alguns aurores para poder cuidar deles depois que voltarem a ser humanos. 

- você disse que esses aurores são como a polícia do seu mundo, certo? - Quill perguntou e Harry assentiu com a cabeça. - então porque eles não cuidam disso? Quero dizer, você falou que eles trabalham para manter os humanos seguros, porque então não pedimos a ajuda deles e eliminamos essa vampira antes que ela venha para forma? 

- não é tão simples. - disse Harry com um suspiro cansado, Edward lhe apertou de forma carinhosa. - estamos nos EUA, aqui o ministério é mais rígido com relação a criaturas. Se avisarmos os aurores sobre o que está acontecendo aqui eles viriam e matariam todos. - Harry levantou os olhos até os olhos dourados de Edward. - não só os que Victoria criou, os Cullens também. E até vocês correriam risco. 

- nós? - Paul perguntou chocado. 

- sim. Vocês seriam considerados criaturas mágicas em potencial de expor o mundo bruxo. - disse Harry vendo todos terem diferentes reações, choque, raiva, medo, tristeza. - o ministério Britânico é mais liberal quanto a isso, e depois da guerra tem muitos lutando pelos direitos de vampiros, lobisomem e outras criaturas de intelecto. Ainda assim, eles não iriam poder se envolver no território de outro ministério. 

-o que faremos então? E o que vai acontecer com eles? - perguntou Roselie desconfiada. 

- nós vamos montar um plano para que nenhum trouxa seja pego em fogo cruzado, os aurores que Ron trouxer iram apagar as memorias dos recém criados, ele não se lembraram de terem visto vampiros, ou de terem sido vampiros. Vamos manter isso por baixo dos panos, o ministério não precisa ficar sabendo. - respondeu.

-isso vai machuca-los? Digo, apagar suas memórias? - Jared questionou. 

-não, eles ficaram melhores sem essas memorias e poderão voltar as suas vidas. 

- isso parece um bom começo. - falou Carlisle.

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Draco sentia uma leve felicidade ao estar no laboratório, ele sempre ficava no laboratório do padrinho quando ia visitá-lo, gostava de ver o homem trabalhar, ver a fumaça subir e os cheiros de poções. Mas ele não tinha tempo a perder e por isso tratou de logo pegar um caldeirão e acender o fogo assim que entrou no laboratório seguido de perto por jacob. Ele colocou os frascos com os ingredientes sobre a bancada, certificando-se de que não havia esquecido nada. 

Jacob observava tudo com olhos curiosos, Draco sorriu pequeno com a visão do lobo curioso rodando pelo lugar olhando tudo e as vezes até cheirando. O loiro depois de conferir todo o material que usaria, retirou o casaco, dobrou as mangas da camisa até os cotovelos e jogou a franja para trás, prendendo-a com um grampo. 

Ele despejou a água dentro do caldeirão e o colocou sobre o fogo enquanto Jacob apoiava os cotovelos na bancada e deitava a cabeça sobre as mãos para observar o companheiro que parecia muito concentrado em seu trabalho. 

- veneno de acromantula? – perguntou Jacob franzindo o cenho ao ler o rótulo do frasco mais próximo de si. – o que é acromantula? 

- uma arranha gigante. – respondeu sem tirar os olhos do caldeirão. 

- tipo aquelas aranhas Australianas? – perguntou mexendo nos frascos. 

- não. Tipo... Uma arranha do tamanho do seu lobo. – disse encarando com sorrisinho torto o moreno que tinha os olhos arregalados. 

- que horror. – falou ele. 

- sim, elas são horríveis. E o veneno é horrivelmente difícil de conseguir encontrar no mercado... E bem caro também. – comentou. – pode me passar esse frasco perto do seu braço esquerdo, está escrito folhas de mandrágora. 

- claro, aqui está. – disse entregando o frasco, ele queria fazer mais perguntas sobre os ingredientes que o loiro estava usando, mas alguns lhe davam arrepios demais pra se quer querer ouvir uma resposta. – bile de vampiro? Olho de salamandra?  Você vai colocar tudo isso aí dentro como se fosse uma sopa? 

- sim, eu vou por tudo aqui e não é como uma sopa. – disse despejando a grama certa de pó de visco. 

- e como vai ser? A gente joga isso em cima do vampiro? – perguntou e viu Draco o olhar com uma sobrancelha arqueada de forma sinica. – tá legal, ele vai beber, claro, é óbvio. 

- o gosto não deve ser tão ruim. – Draco deu de ombros. 

- tem bile de vampiro nisso, só isso já torna qualquer coisa com um gosto terrível. – disse franzindo o nariz em desagrado. 

- é claro que tem, é como o antídoto de cobra, você usa o veneno para criar a cura. – respondeu vendo a poção começar a borbulhar e tomar um tom avermelhado. – ok, agora preciso que fique bem quietinho para que eu possa me concentrar. 

- ok, mas e se... – o lobo de calou ao ser encarado pelos olhos cinzentos do loiro. – quietinho, entendi. 

- bom menino. – falou voltando sua atenção ao trabalho. 

Draco perdeu a noção do tempo enquanto estava preparando a poção, Jacob ficou realmente quieto apenas observando o loiro e sorrindo bobo vez ou outra cada vez que Draco franzia as sobrancelhas em concentração ou quando inconscientemente fazia biquinho. 

Ele havia acabado de colocar duas gotas da bile no caldeirão, agora teria que deixar a poção cozinhar em fogo baixo por três horas até que pudesse mexer novamente e acrescentar mais bile. Ele esticou os braços se espreguiçando e se afastou da bancada, com um pequeno sorriso ele foi até o moreno que dormia tranquilo apoiado sobre as mãos. 

- Jacob? – chamou calmo tocando o ombro nu do garoto. 

- não fui eu, a culpa é do Paul. – disse acordando assustado, ao ouvir a risada baixa e rouca ao seu lado ele corou. – acho que peguei no sono. 

- oh, então era isso que estava fazendo? – disse em tom brincalhão. – achei que estivesse se transformando em um motor velho... Você ronca, sabia?

- hei, não ronco não. – se defendeu e viu o sorriso do loiro ficar mais largo e leve e seu peito se aquecer em ver seu companheiro alegre. – que horas são? 

- não sei. – Draco conjurou um tempus e se espantou com as horas. – nossa, passamos a noite toda aqui. 

- já são seis da manhã. – Jacob falou preocupado com o pai, não havia avisado onde estava e nem quando ele fazia ronda pela reserva ele passava a noite toda fora. – meu pai deve estar preocupado. 

- vamos tomar café, depois você pode ir avisá-lo. – disse o loiro caminhando até a porta levando Jacob pela mão sem nem perceber como seus dedos se entrelaçaram no processo. 

Estavam todos a mesa, Harry tinha o rosto amarrotado e Bella parecia ainda estar dormindo, Draco começava a sentir o preço de ter virado uma noite acordado, só esperava não estar tão acabado quanto Potter. Ele se sentou em uma cadeira e Jacob se colocou na cadeira ao lado. 

- como está indo a poção? – perguntou Harry. 

- está dando certo, mas ainda falta muito pra estar pronta. – respondeu se servindo com uma xícara de chá. – e quanto ao menino trouxa? 

- Rony já o encontrou, estava com uma vizinha. – disse Harry e Draco suspirou aliviado em saber que o menino estava bem. – Rony trará o garoto quando for seguro.

- Sirius sabe sobre você ser o novo alvo? 

- pedi ao Rony que não falasse nada a ele e nem ao Remo. Não quero deixá-los preocupados. 

- você tem que falar pra ele mais cedo ou mais tarde. 

- eu sei. – suspirou. – mas eu não sei nem como contar a ele sobre o que está no meu cofre, como vou dizer que tem uma vampira louça me perseguido? 

- o que tem em seu cofre? – franziu as sobrancelhas curioso. 

- lembra do nosso primeiro ano em Hogwarts? – Draco concordou com a cabeça e Harry prosseguiu. – Voldemort se infiltrou naquele ano para pegar a pedra filosofal, eu quase morri protegendo aquela pedra e Dumbledore havia me garantido que ela tinha sido destruída depois de tudo... Mas aparentemente ela não foi, ela está no meu cofre. 

- o que? – Draco estava chocado e os outros confusos.