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História Quero dizer que nosso amor deu certo. - Onze - História escrita por nane-cham - Spirit Fanfics e Histórias
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História Quero dizer que nosso amor deu certo. - Onze


Escrita por: nane-cham

Capítulo 11 - Onze


Capitulo Onze



Aquele dia, desde o começo, fora estranho, o sonho com o seu avô principalmente. Entretanto, Kagome não deu muita importância a ele, mas agora, ela percebeu o que ele dizia, seu avô se despediu. Sentada num banco de uma praça sem saber sua localização, talvez próximo ou não do hospital, passou a chorar mais, notou que ao seu redor havia alguns brinquedos infantis e nele balanços.

Levantou de onde estava caminhando em direção ao brinquedo, sentou-se no mesmo segurando nas correntes, sorriu ao lembrar-se da sua infância. Ah! Kagome adorava balanço, seu pai e seu avô sempre a levava quando era criança, um dos dois a empurrava e ela sempre pedindo mais alto. A sensação de ter o vento passar pelos cabelos era como pudesse voar e/ou liberdade. Ficou sentada no brinquedo deixando ser molhada pela chuva e entregar-se as lágrimas, já que esta solidão seria sua eterna companheira, pois não possuía mais família.

Após a saída do hospital Inuyasha e Sesshoumaru se separaram para melhor procurá-la com a ajuda dos dois jovens investigadores que também foram com eles. A procura era incessante, e enquanto procuravam-na passaram a se conhecer melhor, com o passar do tempo a chuva aumentava deixando todos mais preocupados.

Cansado por procurar e não ter a encontrado Inuyasha junto de Miroku voltam ao hospital onde Sango e seus pais estão à espera deles. O som do celular de Inuyasha começar a tocar, viu no visor do se aparelho que se tratava de sua esposa, virou os olhos entediado e dando um tapa em sua testa, encostou o carro no encostamento, mas não atendeu. Sendo este um ato impensado, mas chamou a atenção de Miroku.

- Por que não atende? – perguntou Miroku interessado.

- Tenho coisas mais interessantes para me preocupar do que atender essa ligação. – Inuyasha disse olhando para o rapaz ao seu lado – Não quero saber o que a fez quebrar a unha.

- E isso te deixa irritado? Ou… - Miroku foi cortado por Inuyasha que não agradava rumo da conversa.

- Vamos parar por aqui essa conversa – disse ele. Ouvindo “Tudo bem” como resposta.

Sem perceber Inuyasha tinha encostado próximo ao estacionamento da praça, correu os olhos pelo lugar, mesmo com a visibilidade diminuída ele viu uma pessoa sentada em um dos brinquedos, às vezes dava algum balançar devido ao vento e frio que sentia. Imediatamente Inuyasha reconheceu ser a garota, em um sussurro disse o nome dela saindo do carro deixando Miroku sozinho, indo em seguida atrás dele.

Inuyasha aproximou-se de Kagome notando que ela estava em estado de choque, o olhar vazio, quieta, não sabia dizer se chorava, com certeza, mas não identificara por causa da chuva. Ficou em frente dela ajoelhando-se.

- Kagome. Kagome… - chamou-a. Inuyasha ouviu passos atrás de si compreendendo ser de Miroku. Este olhava para ela penalizado - Você está bem? Como veio parar aqui? – perguntou ele, entretanto não tinha resposta alguma - Deus, Você está ensopada. – comentou brevemente.

- Inuyasha, vamos tirá-la daqui e levá-la ao hospital. – disse Miroku – Ela pode ficar doente, além disso, deve está em choque por causa da notícia.

- Kagome, pode me ouvir. – perguntou Inuyasha, ela mirou os olhos em direção a ele e este lhe sorriu – Levante-se, iremos te levar embora. – Ela nada dizia apenas obedecia.

Com a ajuda de Miroku e Inuyasha ela levantou do balanço, deu dois passos e parou. Olhou ao seu redor, incentivada pelos dois rapazes ela continuou a andar, aliás, apenas agia, fazia o que mandavam. A cada passo dado ela se sentia voltar à realidade dura, colocaram-na no bando de trás do carro de Inuyasha.

- Miroku, por favor, no porta-malas tem uma maleta com algumas roupas minhas e deve ter alguma toalha, poderia pegar, sim. – ele apenas confirmou com a cabeça indo buscar o que ele pediu. – Veja só como está. – mal terminou de pronunciar tais palavras e rapaz estava ao seu lado com o objeto na mão.

Passou a toalha pelos os ombros dela numa tentativa de aquecê-la, Kagome tremia de frio e seus lábios se encontravam roxo, friccionou nos braços dela tentando aquecê-la mais rápido e ela os olhou encostando-se no banco. Tanto Inuyasha quanto Miroku também estavam molhados, mas bem menos do que a garota. Logo estariam a caminho do hospital.

Sango andava de um lado para outro desde que seu professor e o ator saíram junto de seu irmão e seu amigo, qualquer pessoa que aparecia na recepção ela olhava na direção achando ser sua amiga. A preocupação a deixava inquieta e preocupada, Sango tinha a sensação de fraqueza não podia fazer nada por enquanto. Sentou em uma das cadeiras alisando os cabelos, nervosa, percebendo que Rin veio a seu encontro sentando ao seu lado em silêncio em poucos minutos.

- Não se preocupe Sango, logo Kagome estará aqui. – carinhosamente disse Rin sem olhá-la – Ela é uma garota forte.

- Eu sei. – sorriu para ela – Mas, eu acho que é muito duro para minha amiga, já que… - ela hesitou um pouco antes de ser interrompida por Rin. Olhou para o casal sentado mais a frente de mãos dadas, voltando sua visão para Rin.

- Eu estou sabendo de tudo Sango. – Sango abriu um pouco mais os olhos surpresa diante da revelação – Com a morte do senhor, os pais do Sesshoumaru darão um pouco mais um tempo para Kagome se acostumar a viver sem o avô.

- Entendo… - umas pessoas entram na recepção que fez a atenção de Sango para elas interrompendo a conversa constatando ser Sesshoumaru e Kohaku.

Os dois rapazes se aproximaram dos familiares de Kagome, o olhar deles deixava claro que não a encontraram deixando todos ficarem em absoluto silêncio. Kohaku em pequenos passos passou para o lado de Sango que o olhava triste, ele a abraçou se afastando dos outros para sentar-se mais adiante. Assim que Sesshoumaru aproximou da família Rin foi em direção a ele beijando-lhe os lábios abraçando-o forte.

Alguns minutos se passaram desde que Sesshoumaru e Miroku chegaram ao hospital sem encontrar ou ter notícias de Kagome e ainda não se tinham informações de Inuyasha e Miroku. Impaciente Sesshoumaru levou os pais e a esposa para almoçar, sabia que permanecer ali esperando por ela não adiantaria muito. Além do mais, não seria muito agradável Kagome ver os pais dele ali. O que ela pensaria?

Antes de sair pediu aos irmãos que ligasse assim que Kagome voltar ou ter notícias dela. Com a saída de Sesshoumaru, minutos depois, Inuyasha e Miroku entra no local com a garota enrolada em uma toalha tremendo. Sango vendo que Kagome estava ali andou rápido como estivesse correndo em direção.

- Kagome! – exclamou ela abraçando-a forte que a fez despertar do torpor que a cometia sendo retribuída por um sorriso triste – Você está toda molhada. – passou as mãos nos braços dela arrumando a toalha.

- Diz que não é verdade. – pediu Kagome deixando as lágrimas tomarem conta de si – É tudo um pesadelo, não é? Diz, por favor. – abraçou outra vez a amiga colocando a cabeça na curva do pescoço dela.

- Kagome… - Sango engoliu o choro, enquanto eram observadas pelos três rapazes, um tanto desconcertado pelo que via – Oh! Kagome, não fique assim. Lembre-se que está grávida, mesmo que o filho não seja seu. – afastou um pouco a amiga olhando nos olhos – Quer ir para casa? – nada respondeu – Certo, então. Vamos para minha, tirar essa roupa molhada e descansar um pouco.

- Mas… - Kagome ia tentar pronunciar algumas palavras, entretanto foi cortada pela amiga.

- Miroku cuidará de tudo para você. – Sango falou olhando para o amigo que balançou a cabeça afirmando – Kohaku poderia… - Sango não precisou dizer mais nenhuma palavra e seu irmão se prontificou a ajudá-la.

Sem nenhum olhar para trás Kagome com a ajuda da amiga e do seu irmão saíram do local deixando Inuyasha e Miroku, ambos sabiam que não ia ser fácil para Kagome superar a perda do avô, já que ela tinha certeza que se encontrava sozinha. Entretanto, sua vida está prestes a mudar de rumo.
Inuyasha acompanhou a saída da garota com o olhar, cansado e estressado, sentou em uma das cadeiras. Sentiu seu celular vibrar, olhou no visor de quem se tratava a chamada vendo que era de sua esposa.

- Não tenho cabeça para isso agora. – Inuyasha colocou seu celular no bolso – Depois eu lido com ela. – murmurou virou para o rapaz que o ajudou minutos atrás – Obrigado pela ajuda. – agradeceu ele.

- Não precisa agradecer. – Miroku sorriu amarelo, rapidamente ficou sério e apontou para o balcão da recepção atrás dele com o polegar – Eu vou cuidar para que… Seja feito o velório e…

Inuyasha o interrompeu – Eu me responsabilizo pelos custos dele e espero que não revele nada a ninguém, e principalmente a Kagome.

Miroku permaneceu calado por algum tempo tentando entender o porquê dele pedir sigilo, mas logo desviou a assentiu o desejo daquele rapaz. Inuyasha ajudou Miroku no que pôde de certo que o hospital se encarregava da papelada para liberar o corpo, mas as outras despesas ficam por conta da família. E foi nesse ponto onde eles agiram.

Com pressa de acabar com o sofrimento da garota, tanto Miroku quanto Inuyasha, acharam melhor realizar o funeral no outro dia posterior. Deixando poucas coisas para resolver Inuyasha deixou o hospital entregando a Miroku o número de seu telefone caso necessitasse de qualquer coisa.

Já era no meio da tarde quando Inuyasha chegou a casa molhado, a chuva não cedeu, ora ficava mais forte ora mais fraca, ia e vinha de acordo com o passar das horas e ao se aproximar de sua residência ela ficou forte molhando-se todo. Inuyasha abriu a porta e não viu sua esposa na sala, chamou seu nome e não tinha resposta. Estranhou o fato dela não ter lhe recepcionado a procurou por toda extensão da casa e sem resposta seguiu seu caminho para o quarto. Ao entrar no quarto ele encontra Kaguya que está sentada com as pernas cruzadas enrolada num lençol na poltrona próximo a cama esperando-o.

- Aonde você foi esta manhã para voltar a essa hora? – perguntou ela demonstrando irritação sem se mover ou ter pretensão de fazê-lo – Por que não atendeu minhas ligações? Também não estava no estúdio. Onde você esteve Inuyasha? Para voltar nesse estado? – disse notando ele molhado e alguns minutos de silêncio se passaram. – Responda. – falou mais ríspida.

- Está chovendo lá fora, se não percebeu. – Inuyasha disse com certa ironia não dando muito valor a ela, mas continuou – Estive na casa dos meus pais, não posso? – perguntou-lhe no mesmo tom. Inuyasha estava cansado pelo dia que teve e não suportaria aquele interrogatório. Retirou do bolso da calça, a chave do carro e a carteira antes de sentar na cama. – Fui para lá conversar a respeito de Kagome e…

- E depois onde esteve? – outra pergunta no mesmo tom ríspido – Liguei para o diretor e lá você não esteve, atrasou as gravações. – Kaguya se acomodou melhor na poltrona deixando as pernas pousar no chão – Onde esteve?

- Estava com meus pais não tive muito tempo de falar com eles, pois ouvir que o avô de Kagome faleceu… - respondeu tentando conter o impulso de raiva. Retirou a camisa jogando no cesto de roupas próximo. – Não imagina o estado em que ela está. – Inuyasha não percebeu a expressão de indignação de sua esposa, levantou da cama pegando uma toalha para se secar colocou na cabeça caindo pelo ombro.

- Não, não sei. – disse ainda irônica, mas num tom mais brando. – Onde você estava? E Não fuja das minhas perguntas.

- Não tenho o porquê lhe responder. – Inuyasha disse irritado. Entrou no banheiro para tomar banho e sua esposa foi atrás.

- Inuyasha, está achando que sou o quê? Uma idiota? – disse ela na porta do banheiro com uma das mãos na mesma em pose de autoridade.

- Quer mesmo que eu responda essa pergunta?– ele devolveu com ironia. Inuyasha passou por ela forçando ela dar passagem a ele – Estava com meus pais, por quê? – respondeu a própria pergunta – Simples, o avô de Kagome faleceu e eles queriam vê-la. Só que ela não estava lá. Fugiu atordoada. – ao ver o marido pronunciar o nome da Kagome, Kaguya revirava os olhos de tédio.

- Kagome, Kagome, Kagome… Sempre Kagome – Kaguya passou a falar alto – Essa bastarda sempre estraga minha felicidade, não vê Inuyasha…

- “estraga sua felicidade…” – Inuyasha repetiu as palavras dela ironicamente parando no meio do quarto – Não acredito. – levou a testa e logo depois passou forte pelo rosto e pescoço, pousando no próprio quadril. Com a mesma mão ele apontou o dedo indicador sem pronunciar nenhuma palavra voltando à mão para o lugar anterior – Nós, veja bem, nós estragamos a vida dela. Não vê isso? Olha o que fizemos a ela… ela é minha prima, mas isso não justifica o nosso ato.

- Ow, ow, ow… Calma lá. – disse ela colocando as duas mãos na frente como se pedisse para parar – Me deixa ver se entendi direito. – colocou as mãos na cintura – Você, quero dizer, nós somos culpados dela está infeliz? – sorriu incrédula – Não, meu amor, somos não. O velho morreu por que estava doente. Apenas aumentamos sua expectativa de vida, senão, não durava nem mais dois dias.

- Como você pode ser tão cruel Kaguya, não acredito que casei com uma pessoa assim. – Inuyasha falou incrédulo da natureza de sua esposa, pois nesses anos de casado nunca a tinha visto dizer ou fazer tamanha crueldade – Onde está a Kaguya que conheci? – sorriu em deboche.
Diante do que seu marido falara, Kaguya tenta contornar as coisas. – Desculpe-me, Inuyasha. – ela tentou se aproximar dele, mas ele a repeliu como um inseto.

- Não me venha pedir desculpas e agora vejo o porquê da minha família… ou melhor, do meu irmão e sua esposa não gostarem de você. – entrou no banheiro mais uma vez parando na porta segurando-a com uma das mãos.
Kaguya soltou um grito irritado obrigando ao Inuyasha a fechar a porta com força abrindo-a para dizer algumas verdades.

- Temos o dever de cuidar de Kagome, já me arrependo amargamente de ter proposto isso a ela, influenciado por você. E principalmente, depois de saber que ela é minha prima. – olhou com repudio a esposa – Não deveríamos ter proposto nem a ela nem a qualquer outra mulher. Eu e você sabemos muito bem que você poderia ter nosso filho, mas… – bateu a porta do banheiro indo tomar seu banho.

Kaguya gritou palavras de insulto outra vez diante a porta fechada sentindo a raiva em todo seu corpo, estava sendo humilhante para ela ouvir seu marido falar a verdade, nunca se sentiu tão desprezada.

“Garotinha impertinente. Não sabe com quem se meteu” pensou Kaguya voltando a sentar na poltrona que ocupava anteriormente “Não, não sabe.” Sorriu do próprio pensamento enrolando-se no lençol.

Apesar de ter passado muitas noites na casa da amiga Kagome não queria incomodá-la, pois ela não morava mais sozinha tinha o irmão e o amigo morando no mesmo lugar e sabia que ali não tinha espaço para mais um. Mas Sango deu um jeitinho de deixar Kagome acomodada no quarto usando o colchão que ela sempre usou quando ia passa a noite.

Sango deu um chá junto com um calmante natural, que não causaria interferência na gravidez, com a intenção de acalmar a amiga fazendo-a dormir o resto do dia. Aproveitou que Kagome dormia tranqüilamente, ligou para seu professor avisando que ela se encontra bem, conversou um pouco sobre a situação da amiga pedindo para avisar a seus pais.

No final da tarde Miroku voltou para onde residia com os irmãos Hiraikotsu, a fisionomia de Sango não o agradava muito ela parecia esgotada, não só pela a amiga, mas também por ela. Ela, apesar de não ter uma ligação sanguínea, conhecia e gostava do senhor falecido horas atrás. Para Sango a chegada dele foi a confirmação que estava tudo em ordem para o velório.
Assim que o viu chegar a casa o abraçou forte deixando-se desmoronar em lágrimas, já que está sendo mais difícil se manter forte na frente da amiga. Kohaku permanecia calado, sabia o quanto é difícil perder alguém que se gosta e a situação em que Kagome se encontrava não é das melhores e sua irmã angustiava-se pela amiga.

O amanhecer se aproxima. Seus olhos abrem não reconhecendo ao seu redor, as cortinas balançavam com a brisa matutina que bloquearia os primeiros raios de sol fazendo que os ocupantes do quarto não se incomodassem com a claridade. Kagome logo lembrou está na residência de sua amiga onde já passou algumas noites anteriores a esta, olhou em volta encontrando a amiga dormindo tranquilamente na cama, enquanto ela ocupava o colchão que sempre ocupou.

Ainda sob o fraco efeito do calmante Kagome saiu do quarto passando pela sala caminhando em direção a varanda sentando no parapeito com as pernas para dentro do apartamento, ficou a observar o surgimento dos primeiros raios de sol. Nas ruas, ainda molhadas pela chuva do dia anterior, mal existia movimento de pessoas e carros, ao longe a faculdade onde estuda. Permaneceu ali, sentada por algumas horas até ser descoberta por Sango com a preocupação estampada em seus olhos e mais uma vez se abraçaram, como as duas amigas sempre fizeram desde o dia que se conheceram.

- Eu me sinto tão sozinha – disse Kagome não conseguindo conter as dolorosas lágrimas – Não tenho meus pais e agora meu avô.

- Tudo vai ficar bem, estamos com você. – disse Sango – Vai ficar tudo bem. – sussurrou.

As poucas pessoas que estavam no velório do Senhor Higurashi eram alguns alunos da faculdade onde Kagome estuda e professores, sem contar com Inuyasha e seus pais. Kagome passou uma boa parte do tempo acariciando a face do avô e beijando-lhe a testa murmurando algumas palavras de carinho. Ao longe Inuyasha e sua esposa viam a dor da menina, deixando Inuyasha atento a qualquer reação da menina. Entretanto, Kaguya não estava dando atenção a ela passando a observar seu marido.

- Inuyasha. – chamou Kaguya – Vamos embora desse lugar, não gosto de velórios muito menos…

- Pode ir se quiser. – Inuyasha rebateu – Eu vou ficar com meus pais.
- Eu tenho alguns desfiles e…

- Já falei, pode ir. –respondeu friamente a esposa. Deu as costas e sentou perto dos pais.

Sem mais o que fazer ali, Kaguya olhou para Kagome com raiva e depois para as costas do seu precioso Inuyasha e saiu do local pisando duro. Contudo, não passou despercebido pelos os olhos de Sesshoumaru e Rin que se entreolharam em seguida vendo-o caminhar em sua direção.

- Pensei que nunca mais viria a este lugar- disse Izayoi se lembrando da última vez que entrou na central de velório de um hospital – A última vez foi pela péssima notícia a morte de minha irmã e seu marido, os pais de Kagome. – apontou com a cabeça para menina que se sentava próximo ao corpo do avô.

- Deve ser muito doloroso para você, não é, minha querida? – disse Inu No Tasho num tom deprimido – Sei o quanto amava sua irmã e…

- Não fale como se também não sentisse falta deles, Tasho, sei o quanto eram especiais para nós dois. – olhou para seu filho mais novo e depois para o mais velho sorrindo, pois sua família estava completa, parcialmente, mas estava.

Izayoi saiu do lado do marido e dos filhos caminhando lentamente para perto da sobrinha apesar dela não saber, de fato, seu parentesco com ela. Pegou uma cadeira sentando próximo de Kagome e sem dizer nada pegou a mão da garota que estava no colo envolvendo com as suas.

- Kagome, não é? Sabe quem eu sou? – Izayoi perguntou suavemente. Kagome levantou a cabeça confirmando – Que bom. – murmurou – Oh! Querida, sei como se sente. – as lágrimas voltaram a cair dos olhos de sua sobrinha – Também perdi algumas pessoas muito importantes para mim, no passado.

Kagome olhou para o corpo do seu avô enxugando as lágrimas teimosas com as costas da mão livre voltando o olhar para ela.

- E deve ser difícil para você, como foi para mim. – respirou fundo e continuou – Mas diferente de mim, foi bom para o seu avô. Ele deixou de sofrer, sentir dor, e tenho certeza que neste momento não gostaria de te ver sofrendo, neste estado.

- Meu avô é tudo que restou de família que eu, um dia tive. - aquelas palavras mexeram com Izayoi – Primeiro meu pai e agora meu avô. – em seu rosto um sorriso irônico surgiu em seus lábios - Huh, como minha mãe disse, nasci para ficar só.

- Não, não nasceu. – disse num tom muito baixo.

A senhora na sua frente não acreditava no que ouvia, pelo tom da voz de Kagome ao falar a mãe ela não tinha um bom relacionamento com a mãe. Sem esperar por mais nada Izayoi a abraçou sentindo pela primeira vez o quanto a sua felicidade estava só por começar. Kagome não entendia, mas retribuiu calorosamente o abraço pedindo desculpas diversas vezes.

Toda a família Tasho se surpreendeu por verem as duas se abraçarem, hoje se abraçavam sem saber quem são ao certo, logo estariam juntas como tia e sobrinha. Da forma como deveria ser a vinte anos atrás, melhor seria se não tivesse ocorrido o acidente que matara Kikyou e Bankotsu, os pais de Kagome.

Sem ser esperado Houjo surge na central de velório cumprimenta Sesshoumaru com um leve balançar de cabeça, e depois faz o mesmo com Inuyasha. “O que esse idiota está fazendo aqui?” murmuraram unissonoro. Seguiu seu caminha e parar em frente à Kagome. Assim que ela o vê, abraça-o forte.

- Desculpe por não vim antes. – Houjo disse afastando delicadamente o corpo dela – Mas, apesar de tudo, eu gostava do seu avô.

Inuyasha não gostou do que viu e virou o rosto para não ver os dois juntos, mas em seguida viu os olhos de sua cunhada sob ele, observando-o para depois serem abertos em compreensão da atual situação em que ele se encontrava.

- Eu sei. – Kagome respondeu baixo. Sango aproximava-se do deles temendo o rapaz tentar agredi-la verbalmente.

- Meus pêsames. – disse ele, mas continuou – Não podia deixar de me despedir de seu avô. – mais uma vez abraçou-a – Como está… seu bebê?

- Quer pelo menos respeitar o senhor Higurashi, Houjo. – Sango se intrometeu na conversa antes que ele chegasse onde queria.

- Desculpa. – pediu. Olhou para Kagome a sua frente e beijou-lhe a testa para depois sair do mesmo jeito que chegou, subitamente.

Foram apenas poucas horas que durou o velório para depois o corpo de o senhor ser retirado para poder ser cremado, mas foram dolorosas horas para a morena dos olhos azuis. Os funcionários do hospital avisaram ao Miroku que estava no horário de retirar o corpo do senhor, este se aproximou de Sango sussurrando algumas palavras em seu ouvi. Ela o olhou dolorosamente e sem dizer nenhuma palavra seguiu para perto da amiga que estava a olhar o corpo do avô, sentada na cadeira próxima.

- Kagome. – Sango a chamou pedindo sua atenção – Os funcionários vieram…

- Não, não… - disse ela levantando e tocando o rosto dele deixando ser vencida pelo choro. Sango fechou os olhos engolindo as lágrimas. – Eu não… Vovô…

- Kagome, por favor…

- Só… só preciso de um minuto – conseguiu dizer com muito pesar.

- Está certo. – Sango alisou suas costas. – Não demore… - ela se afastou um pouco recebendo o abraço acolhedor de Miroku.

Ver a despedida de Kagome para aquele senhor a qual acreditava ser seu único parente e sua família durante tantos anos estava sendo difícil, Rin se emocionava cada vez que via a garota alisar a face do idoso abraçada ao seu marido. Já o casal Tasho entendia e ao mesmo tempo sentia raiva pelo eu ela está passando, sofrendo por alguém que, provavelmente, seria o responsável pelos anos de seu sofrimento e procura. Inuyasha e Kohaku, assim como as poucas pessoas que ocupavam o lugar apenas a observavam.

- Ah! Vovô, eu sinto tanto… Pena que… o que eu fiz foi pouco e… e muito tarde, não foi? – Kagome sussurrou como se seu avô fosse ouvir – Perdoe-me… Perdoe-me… Eu te amo… - deitou a cabeça no peito dele – Por que você me deixou? Por quê? – levantou a cabeça quando sentiu ser tocada no ombro. Olhou para Inuyasha enxugando as lágrimas com as costas das mãos e nos olhos dele dizia que o tempo havia acabado, beijou a testa do seu avô delicadamente para depois se afastar.

Os funcionários arrumavam o corpo para deixar o local e ao longe Kagome chorava, mas quando ele foi retirado dali ela sentiu o peso da realidade. Diante da perda e da dor Kagome chorava mais intensamente, Inuyasha a abraçou dando o apoio que ela precisava, mas ele sentia que aquela garota e prima precisavam de apoio, carinho e… dele.

Mais uma vez o olhar de Rin caiu sobre ele, viu quando ela sussurrou algumas palavras ao ouvido do seu irmão notando-o estreitar os olhos de insatisfação. Quase de imediato, Inuyasha conseguiu decifrar o que seu irmão pretendia transmitir, o som do choro de Kagome o fez retornar sua atenção para ela. Kagome o abraçou mais forte quando não estava mais na presença do corpo de ser avô, Inuyasha a apertou mais contra ele beijando-lhe a testa em seguida.

- Kagome, temos que ir. – Sango disse a Kagome, enxugando as teimosas lágrimas, acompanhada dos dois rapazes.

- Eu posso levá-la em casa. – Inuyasha respondeu por Kagome.

- Não… Não quero ir para casa. – Kagome disse em um tom baixo – Eu não quero ir… as lembranças… - levou uma das mãos ao rosto enxugando as lágrimas.

- Tudo bem, você fica lá conosco. – mais uma vez Sango ofereceu refugio – Não irá nos incomodar e sabe disse. – disse sabendo que ela iria retrucar.

- Se você quiser Kagome, pode ficar comigo. – Inuyasha percebeu que suas palavras tiveram duplo sentido – Quero dizer, conosco, Kaguya e eu. – corrigiu - Devemos essa a você, além do mais, lá tem mais espaço e…
Kagome correu seus olhos pelos presentes sem saber o que responder.



CONTINUA…


Comentário da autora:

Oi, me desculpem pela demora é tanta coisa e o capitulo parecia que não queria sair, tinha toda a sinopse pronta, mas as palavras nunca eram a certas. Travei, sim e é terrível, especialmente quando o Inuyasha e Miroku encontraram Kagome na praça e no velório, sem contar que não estava bom o suficiente para postar. Sempre encontrava erros cronológicos e voltava a ler os capítulos anteriores para saber se estava indo como eu imaginava. Bom, deixamos os problemas técnicos de lado. Gostaram? O que será que aguardar o próximo capitulo? A partir dele algumas coisas começaram a se encaixar e outras poderão se complicar.

Bom, a Kaguya, desde o capitulo anterior, está mostrando sua personalidade dominadora e ela não perderá o Inuyasha muito fácil, mesmo que ele ainda não se tenha dado conta de que esta gostando de Kagome. Contudo, Sango e Miroku é que estão se dando bem. Já o Inuyasha sente muito por ter deixado ser influenciado pela esposa, mas mais ainda por Kagome ser sua prima e por se deixar envolver.

Bom vou ficando por aqui e até o próximo capitulo, muito obrigado a todos por leram e me incentivarem a escrever cada vez mais.

Beijos…


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