Capitulo Seis
Naquela tarde, horas antes de Kaguya ter conseguido convencer Kagome, Kohaku controlou-se o quanto pôde, enquanto Sango não ia para o estágio, precisava conversar com Miroku sobre ter visto a garota na faculdade minutos atrás. Entretanto, seu amigo dá mais atenção a sua irmã do que aos sinais que ele tentava transmitir. Cansado dos galanteios do Miroku a sua irmã resolveu intervir com cenas de ciúme fraternal.
- Está bem. Os dois parem de discutir por besteiras – Kohako se intrometeu na discussão dos dois se mostrando um tanto autoritário – Sango, não está atrasada para o estágio? E Você, Miroku, garanhão, quer parar de implicar com minha irmã?
- Ei!... – falaram unissonoro.
- Eu não dou em cima de qualquer garota. – retrucou Miroku a respeito da discussão que Kohaku acabou.
- Sua reputação confirma tudo que minha irmã está dizendo. – afirmou Kohaku – E Sango, já para o estágio. – mandou ele como se fosse o pai.
- Exatamente como você disse meu irmão. Não é em “qualquer uma”, apenas nas mulheres que ele acha atraente – completou Sango movendo dois dedos das mãos insinuando aspas. Percebendo que Miroku iria abrir a boca para contestá-la, mas ela foi mais rápida – Bom estou atrasada, tenho que ir. – acenou um tchau sínico para ele e no irmão deu um beijo no rosto.
– Até mais tarde.
- Quando o caso de vocês vai terminar? – continuou Kohaku vendo sua irmã sair.
Miroku não soube o que respondera provocação do amigo a poucos metros dele, entretanto ele desviou o olhar sentando no sofá próximo. Alisou o cabelo em sinal claro de frustração.
- O que você quer me contar que sua irmã não podia saber? – Kohako o olhou surpreso.
- Pensei que não tinha notado. Já que a briguinha de vocês estava mais interessante do que o que eu tenho a dizer.
- Não é nada do você esta pensando. – afirmou Miroku.
- E o que é então? – Miroku continuou sem dizer nada e ele continuou. – Sim sei. Pensa que não vejo como se olham, por favor, sei que não foi namorico de crianças. Dura até hoje não é?
Miroku tentou não responder, mas seus olhos revelavam tudo. – Sim, você tem toda razão, mas...
- Ela também sente o mesmo por você. Só que é mais difícil para ela do que para você por causa da personalidade forte dela. Até você provar o que sente por ela.
Os dois irmãos e Miroku cresceram juntos em uma cidade a margem da capital, sempre unidos que nem mesmo seus pais podiam separá-los. Estudavam no mesmo colégio passava a maior parte do tempo juntos e na adolescência não foi diferente nem mesmo com as novas descobertas e novas amizades os separaram.
Entretanto, Miroku passou a ser mais do que um amigo, para Sango, depois dessa tal descoberta passaram a namorar. Na verdade foi um namorico adolescente que não demorou muito tempo, mas foi o tempo suficiente para que não esquecessem um do outro. Não foi questão de traição, nem os pais, apenas durou o que tinha que durar.
Aquela conversa iria passar a tarde toda se deixasse, porém o que Kohako tinha a falar é mais importante do que o romance de Sango e Miroku.
- O que você tem a me dizer. – prosseguiu Miroku deslocando a atenção do seu caso amoroso ao que o amigo tem a falar.
- Eu vi a garota que estamos procurando. – disse sem rodeios. A expressão de Miroku foi de puro espanto. – Na faculdade onde Sango estuda minutos antes de encontrá-la.
- Só pode está brincando? – Miroku perguntou incrédulo levantando de onde estava. Olhando para seu amigo que sem dizer uma palavra confirmava deixando-o eufórico – Estava certo todo o tempo, - comemorou – mas como? Foi um golpe de sorte. E, e... Sango não a conhece? Em que período ela estuda? O seu nome é Kagome mesmo? Vamos homem me diga alguma coisa.
- Eu não sei. Foi sorte, apenas trombei nela.
- Você o que? Ou, ou, ou... – sentou-se outra vez – Conte-me tudo...
A conversa entre os jovens investigadores prosseguiu, recorreram aos documentos que tinham e principalmente as fotos que eles mesmos envelheceram constando a certeza de Kohaku ao reconhecê-la. Tinham que usar todo o conhecimento dele em informática para encontrar qualquer coisa sobre ela ou algo que levassem a garota.
Sem acreditar no que ouvira há poucas horas Kaguya Hitomi, como gostava de ser chamada, sorria em deleite por ter conseguido convencer Kagome a ter seu bebê. “Meu bebê e do Inuyasha, e o melhor, sem perder a forma e o contrato” pensou, enquanto esperava seu precioso marido chegar da gravação de uma novela ou filme, não importava mais o que era.
Ela estava tão eufórica que não conseguia dormir, já é madrugada e nada do Inuyasha. Andava de um lado para o outro, tentou localizá-lo pelo celular e este dá fora de área. Praguejou alguns palavrões, deitou, mas aos poucos foi sendo vencida pelo cansaço do dia e da euforia, dormiu.
Inuyasha chegou a sua residência mais tarde do que o normal estranhou o fato da sua esposa não ter ido até o set de gravação acompanhá-lo, encontrou-a dormindo profundamente. Sorriu e beijou-lhe a face acordando-a.
- Oi. – Inuyasha sorriu mais uma vez – Como foi o seu dia?
- Oi. – respondeu ela na mesma intensidade – Maravilhoso e o seu?
- Cansativo. Aquele diretor é muito exigente. – enquanto conversava ele tirava roupa para tomar um banho – Por que você não foi para o set hoje? – entrou no banheiro e ligou o chuveiro. Kaguya sentou-se na cama sem responder – Amor? – continuou em silêncio até ouvir o chuveiro sendo desligado e seu marido entrar no quarto novamente vestido um pijama da mais pura seda.
- Inuyasha. – chamou a atenção dele – Eu fui ver aquela garota outra vez – ele sentou-se ao seu lado na cama – e lhe pedir para gerar o nosso filho.
Ele gelou, imaginava que ela tinha esquecido tal absurdo, mas como se até ele mesmo queria ter esse filho com... aquela garota. Sem saber fazer a pergunta correta a sua esposa ela nada lhe disse deixando que ela continuasse.
- Não acredita o quanto foi difícil. Ela é muito esperta e... – notou que ele não prestava muita atenção no que dizia e foi mais direta. – E dessa vez ela aceitou.
- O que? – perguntou incrédulo. – Eu pensei que... Como?
- Meu amor. – ele tocou-lhe o rosto – Eu sei que não fui, digamos, verdadeira com ela, e joguei como num jogo de xadrez a peça correta. – beijou-lhe a face.
- Kaguya, ela é apenas uma garota. – ele não sabia o que sentia se lamentava por manipular a vida de uma menina ou vibrava por tê-la por perto e se aproximar-se – Quais foram as suas palavras para convencê-la?
- Ora. – encostou-se na cabeceira da cama cruzando os braços, sorriu malandramente – Apenas omiti alguns fatos. – ele a olhou torto – Disse que não podia ter filhos, só não disse quando, e que seria uma ajuda para mim, mas em troca ela teria os melhores médicos para ela durante a gravidez e pouco depois e para seu avô.
- Kaguya como você pode fazer isso? – contestou seu marido – Podemos evitar qualquer tipo de problema se você mesma tivesse nosso bebê.
- Ora Inuyasha. É uma forma de ajudá-la e a nos mesmo. – tentou convencê-lo – Ela precisa de dinheiro e médicos para cuidar da doença do avô e nos podemos oferecer, enquanto ela tem o corpo para dar para germinar nosso filho. – naquele instante ele conheceu a verdadeira face de sua esposa – É uma troca justa.
Sem mais argumentos contra e sem saber como fazer sua adorável esposa desistir, ele desistiu e aceitou a proposta dela. De certo que, seu sentimento pela mulher a centímetros mudou. De uns dias atrás não sentia mais a mesma emoção de antes ao lado de sua esposa, tanto que tentou procurar seus pais para conversar sobre o assunto. Tudo depois de ter conhecido a dona daqueles olhos azuis tristes.
Gostaria vê-los brilhantes, brilhando para ele e mais ninguém. De uma forma mágica se encantou por ela, mas não tinha consciência disso. Queria apenas que aqueles olhos mudassem seu brilho. Apesar de Inuyasha ser contra, inicialmente, mas só de pensar no fato da aproximação de Kagome ele cedeu.
- Está bem, Kaguya, me convenceu. – como tivesse acabado de ganhar na mega sena ela o abraçou calorosamente, beijando-lhe os lábios e todas as dúvidas que ele sentiu sobre seu relacionamento evaporou-se.
Mergulhando em um mar de prazer envolvido de emoções e luxúria, ali em seu quarto cedeu às exigências do corpo ao qual ondas de prazer saciavam sua sede. Experimentando cada movimento, cada som, momento em que os sentidos ficam apurados devido às prazerosas sensações daquele instante. Segundos tornam-se minutos até que o próprio corpo, satisfeito, pede descanso.
Três semanas se passaram e durante ela, a vida de Kagome mudou drasticamente, desde o dia que seu respeitado professor deixou a cidade para uma breve visita aos pais da esposa, com a intenção de lhes contar a agradável notícia.
E dentro dessa semana, Kagome assinou o contrato com o casal onde firmava os direitos e deveres de ambas as partes. O que de fato concretizou a transformação de sua pacata vida para uma vida tumultuada pelos caprichos de uma mulher. No dia que os três se encontraram para assinar o contrato Inuyasha não deixava de admirá-la diante aquela inóspita situação.
Após este feito, dentro de uma semana Kagome fez uma bateria de exames atestando sua saúde para a recepção do óvulo fecundado do casal, apesar de Inuyasha reclamar um pouco, mas Kaguya com seu poder de persuasão acalmou o rapaz, convencendo-o, mais uma vez, pois ele ainda relutava. Com duas semanas a garota já pode fazer o exame e constatar que se está grávida.
E nesse período Kagome tenteou conversar com Houjo sobre sua decisão, desejava contar com o apoio dele, não só por ser seu namorado, mas por ele conhecer e entender a situação que ela se encontrava. Com Sango é um pouco diferente ela apoiaria a amiga em qualquer situação, claro, antes iria ouvir algumas broncas. A relação de amizade entre elas passavam as barreiras, elas se sentiam como irmãs.
A saúde de seu avô melhorou um pouco, ele voltou a fazer o que mais gostava como sair de casa para passear no parque sem aquela máscara, não há nada melhor. Admirava sua neta por ser da forma que é. Agora, ele tem um acompanhamento médico melhor e marcada a data da sua cirurgia, mas sabia que ela havia um preço a ser pago por tudo isso e um preço alto por tudo isso.
Também nesse intervalo, Inuyasha deixou de visitar seus pais por conta do ocorrido sem contar com as gravações que utilizava muito do seu tempo, entretanto, ligou diversas para eles pedindo desculpas e assim que pudesse iria fazer uma visita, além de ter mais conhecimento sobre o caso de sua prima. Com o decorrer dos dias Kagome e Inuyasha se aproximaram, todas as vezes que se encontravam conversavam e Kaguya percebeu essa aproximação, estranhou.
A investigação não teve muito progresso, apesar de ter constatado que Kagome realmente estava matriculada naquela instituição de ensino, e pelos cálculos, feito pelos dois jovens, ela prestou o mesmo vestibular que Sango. Os senhores Tasho esperavam pacientemente por qualquer novidade pelo paradeiro de Kagome.
Kagome saiu de uma clínica de exames com o atestado alegando positivo, está grávida do casal, suspirou, olhou para algumas pessoas passar por ela e ao longe uma mulher grávida de mãos dadas com seu companheiro. Sorriu e tocou levemente seu ventre, imediatamente lembrou que aquele filho não a pertencia e sim ao famoso casal Inuyasha Hashi e Kaguya Hitomi. Guardou o exame de qualquer jeito na bolsa seguindo para a faculdade, com certeza Sesshoumaru já havia chegado e sabia que ele iria fazer alguma gracinha com ela.
Como é de se esperar por parte dela, chegou atrasada, olhou pelo vidro da porta que dava para ver a sala completa, murmurou “- Droga!” – ao ver Sesshoumaru fazendo a chamada e os alunos entregar o relatório das aulas dadas pelo professor substituto, a pedido do mesmo antes de viajar. Entrou na sala tentando não fazer barulho.
- Está atrasada Higurashi. – Sesshoumaru falou de cabeça baixa recebendo mais um relatório, sem saber o que dizer e pensar, ela ficou parada perto da porta olhando para ele. – Higurashi. – chamou-a mais uma vez fazendo ela se espantar – Seu relatório. – pediu.
Enquanto ela abria a bolsa para retirar o relatório se percebia cochichos entre seus colegas de classe, Kagome sem entender o porquê daquilo entregou seu relatório e sentou-se ao lado da amiga como fazia todos os dias.
- O que eu perdi? – perguntou um tanto curiosa a amiga. Retirando o caderno da bolsa junto com o estojo para fazer as anotações do dia.
- Não se preocupe, não tem dez minutos que ele entrou na sala. – Sango respondeu, entretanto ela ficou mais será que o normal. – Kagome. Como está seu namoro com o Houjo?
Kagome estranhou aquela pergunta, Sango nunca se intrometia no seu relacionamento com ele. De certo que ela achava que o Houjo muito bobão para Kagome e que sempre implicava com ele, mas para ela fazer essa pergunta tinha alguma coisa errada.
- Não estou entendendo Sango. Por que essa pergunta? Houjo te falou alguma coisa? – Sango não respondia apenas a fitava com curiosidade. – O que está acontecendo? Por favor, me diz?
- Kagome. – disse sem rodeios e um tanto baixo. – Tem um boato na faculdade que você e o... – olhou para o professor mais a frente que ainda recebia os relatórios e voltou a olhá-la – professor Sesshoumaru – falou mais baixo – estão tendo um caso.
- Que absurdo! – retrucou ignorando qualquer colega de turma que ouvia – E você acreditou? Como pôde acreditar nesse absurdo Sango.
Sem esperar pela reação dela pegou sua bolsa de qualquer jeito e os seus materiais e saiu da sala. Não sem antes dizer licença ao professor que ficou sem entender.
- Ocorreu algum problema Hiraikotsu. – perguntou ele.
- Não, por enquanto.
A reação de Kagome deixando sua amiga estática, mas devido a presa não percebeu que deixou cair uma folha. Sango a pegou e analisou seu conteúdo levando à mão a boca chocada, não pensou duas vezes em seguir a amiga deixando todos na sala sem entender, apenas os que estavam próximos a elas e ouviram a conversa sabia.
- Ai meu Deus! – disse enquanto relia o resultado do exame em suas mãos.
Sango apressou o passo à procura de Kagome nos corredores próximos a sala em que estudavam, mas não a encontrava. Murmurando alguns palavrões continuou a procura até a encontrar em uns dos bancos próximo a saída da faculdade. Aproximou-se da amiga sentando no banco sem dizer nada a abraçou sendo correspondida.
- Desculpe-me Kagome, eu não tive a intenção de magoá-la. – separaram-se do abraço – Nem se quer pensei se o boato é verdade ou mentira, por que sei que não é.
- Obrigada Sango. – sorriu e a abraçou rapidamente – Eu preciso tanto de você e espero que...
- Kagome. – a interrompeu – Por que não me contou sobre isso? – mostrou o exame. A jovem garota abriu e fechou a boca diversas vezes pegando-o, permanecendo o olhar. – Imagino o quanto está doloroso para você, mas é para isso que serve os amigos, não é? E se Houjo não quiser esse filho eu estou aqui. – silenciou-se percebendo que Kagome gostaria falar sobre o assunto pegando na mão dela.
- Sango, eu... Eu... – olhou para ela e suspirou soltando as mãos amassando, com força, o papel que atesta sua nova situação – Eu estou grávida. – confirmando ser mesmo seu o exame, percebeu que ela iria dizer alguma coisa e continuou sem dar chances dela retrucar – Mas não é do Houjo. – Sango abriu e fechou a boca algumas vezes – Eu estou grávida de um casal e em troca eles me ajudam financeiramente. Eu sou mãe de aluguel.
- Kagome... – sussurrou penalizada – E o bo... Quero dizer, o Houjo sabe disso? – em choque ela perguntou curiosa e um tanto travessa pelo apelido que deu ao namorado dela. E como resposta Kagome negou com a cabeça. – Quem são os pais? Como tudo isso aconteceu? – Sango levou sua mão para as dela fazendo-a aliviar-se um pouco da tensão.
- Lembra daquele casal que encontramos no hospital para me devolver o celular?
– Aquele gato? – ela limitou-se a responder apenas com a cabeça – Oh! Kagome.
- Desde então a sua esposa veio me cercando e pediu. – desviou o olhar para o portão onde via alguns estudantes trafegarem pelo o campos – Neguei a primeira vez, mas a oferta foi muito boa, tanto que... Aceitei. Agora estou aqui grávida. – levou a mão ao ventre deixando de lado o exame.
- Oh! Estou com você, tem meu apoio em tudo. Quando vai contar ao Houjo? – a expressão dela mudou.
- Obrigada. Mais tarde contarei a ele. – a abraçou. – Temo que ele não vá aceitar muito bem a notícia. – sorriu - Muito obrigada Sango, você é uma ótima amiga.
O envolvimento entre professores e alunos ocorre com mais freqüência do que muitos imaginam, alguns são apenas casos, outros namoram escondido até que termine o romance ou acabe o curso ou a escola, tanto faz. O fato é ele existe e não pode negar. Entretanto, esse não é o caso deles, é apenas inexplicável. Para os olhos de quem não sabe, a verdade se esconde por trás deles, os protagonistas, que nem imaginam de onde vem tal ligação.
Desde que Sesshoumaru escolheu, a dedo, alguns alunos para participar do programa de pesquisa como estagiários sem a necessidade de avaliação e desempenho. Ele percebeu que Kagome assim como Sango e alguns outros alunos têm talento e aprovou seu estágio extracurricular, garantindo bolsa de estudos a todos, além da participação das pesquisas deixando-os a frente.
Por Kagome ser a primeira da turma e ter garantidos excelentes notas, ela não tem dificuldade em renovar a bolsa, mas por conta do estágio ela tem uma maior proximidade com seu professor e sua esposa a qual são boas amigas. Devido a esse acontecimento alguns boatos dos dois terem um relacionamento havia se espalhado, contudo nada é verdade e a volta do mesmo só fez aumentar o boato. Houjo tinha escutado conversas sobre o assunto e isso o deixava desconfiado, não que ele não confie em sua namorada, nada disso, mas por deixar-se levar pelo o que os outros vão pensar e não no que ele pensa ou o que seus sentimentos dizem.
Não querendo assistir aula naquele dia as amigas voltaram para casa, se despediram com um forte abraço seguindo cada uma para sua residência. Sango chegou a casa e estranhou o silêncio, mas pela hora os jovens investigadores deveriam está acordados. Colocou sua chave no aparador próximo a porta junto com sua bolsa e material da faculdade.
- Kohaku! Miroku! – chamou-os. E sem resposta continuou a procurá-los pelo lugar. Seguiu para a cozinha onde encontrou um delicioso almoço sendo preparado, mas nenhum dos dois estava em casa. Achando está cozido o alimento desligou o fogo do fogão.
- Sempre intrometida. – assustou-se ao ouvir aquela voz próxima a ela. Sango virou rapidamente colocando a mão no peito mostrando o susto. Ele sorriu malcriado.
- Que susto Miroku. – afastou-se dele – Não tem o que fazer não? – perguntou sem demonstrar irritação – Por que não respondeu quando chamei?
- Estava trocando de roupa ou você queria me ver do jeito que vim ao mundo? – Sango fez careta mostrando não está gostando da brincadeira. – Responde.
- Onde está Kohaku? – não deu muito interesse na brincadeira – Vem almoçar em casa? – ela pegou um copo indo para geladeira colocar água.
Ele não se importou com a pergunta dela, aproximou-se dela colocando suas mãos na cintura. Sango não esperava pelo toque das mãos dele, fechou os olhos o sentindo aproximar mais, fazendo sua cabeça cair um pouco para trás encostando-se à dele. Sem se controlar mais uma das mãos deslizou pelas costas subindo em direção ao pescoço onde deixou um beijo, virando-a para si. Tal ato fez voltar para sua razão e não mais as emoções que sentia.
- O que pensa que está fazendo? – falou dura tentando se afastar, mas ele a prende entre seu corpo e a geladeira – Miroku me solte.
- Apenas te lembrando o passado. – respondeu em uma voz mole quase num sussurro. – Lembra de como nos beijávamos? Em como nossas mãos eram perfeitas juntas? – percebendo que ela não mostrava mais resistência fez sua mão direita descer pelo braço esquerdo dela segurando sua mão e mostrando-a – Vê o que eu disse.
- Miroku – sussurrou inebriada pelo toque.
- Sinto tanto a sua falta, e ao vê-la, aqui, depois desses anos, me vez ver o quanto fui e sou apaixonado por você. – enquanto uma mão segurava uma mão dela à outra a segurou pelo pescoço e seu polegar alisava sua boca – Para mim não foi apenas um namorico e sei que também não foi para você.
- Miro... – ele não a deixou falar, calando-a com o beijo que tanto esperou a dar-lhe e nele demonstrava seus sentimentos por ela.
Miroku sentia falta dela durante esses anos que estudava nessa cidade deixando para trás seus pais, seu irmão e ele, mas apesar terem outros relacionamentos depois ela foi a única que marcou. E por estarem morando na mesma casa reativou o sentimento adormecido assim que a viu.
- Miroku! Sango! – interrompeu Kohaku, rapidamente o casal se separa envergonhado – Desculpa, eu não queria...
- Não. – respondeu Sango vermelha, olhou para Miroku a seu lado que não demonstrava reação nenhuma – Eu... vou... tomar banho. Isso. – Beijou o irmão e saiu.
- Uou. O que eu atrapalhei? – perguntou Kohaku ao amigo que continuava sem responder – Miroku! – este lhe sorriu. – Você está me ouvindo?
- Uou... Uou... Cara, sua irmã me deixou sem fôlego. – disse sem acreditar no beijo que dera há minutos atrás. – Ela sempre foi...
- O que você está dizendo? – sorriu internamente acreditando que pode ter mais uma chance com ela, Sango. Olhou para Kohaku com cara de que não está entendendo nada.
- Não se preocupe Kohaku, logo, logo você vai entender. – abraçou o amigo – Vamos terminar o almoço.
Após o ocorrido Sango não saiu do quarto apenas para almoçar, disse ela que estava estudando. O almoço entre eles foi um tanto estranho Sango não dava uma palavra envergonhada e quando olhava para Miroku é que ficava mais rubra, Kohaku via e já entendia o motivo dela está daquela forma, mas aquele silêncio estava incomodando-o. Entretanto não podia fazer nada, tentou puxar conversa com seu amigo e nada, mas ao falar sobre o novo programa instalado no laptop deles iria facilitar seu trabalho ele esqueceu Sango um pouco.
Kagome já se encontrava no escritório quando Sango chega como um furacão e toda desarrumada, ela ficou calada apenas observando o movimento da amiga durante algumas horas, com certeza aconteceu alguma coisa.
- Sango. – chamou-a – O que aconteceu?
- Como você sabe que aconteceu? – retrucou parando de repente.
- Por que será? – ironizou – Você não está normal, um tanto aérea para o meu gosto. Está resmungando e chegou feito um furacão.
- Oh! Desculpe Kagome. – pediu sentando perto dela – Foi aquele idiota.
- Houjo?!
- Não. O outro idiota mais do que o bobão. – riram juntas e Kagome balançou a cabeça negando a brincadeira – Miroku. – aproximou-se mais colocando um pouco do seu peso sobre a mesa falando baixinho – Você acredita que ele teve a audácia de me beijar? – Kagome gargalhou como a muito não fazia.
- Ora Sango! Quem diria. – disse um tanto introvertida, sua amiga a olhou como se não tivesse acreditado no que ela dizia – “Ele é de todas” – imitou-a – Quer dizer que o “Don Juan” fisgou a minha amiga. Dá para ver pelo seu comportamento.
- Ora Kagome! Ele não passa de um “Don Juan” e idiota. – Disse incrédula – Não acha que vou ficar com ele acha? – ela acenou com a cabeça sorrindo malandra – Se eu ficar com ele, eu... – pensou em algo que a desagradasse
– paro de chamar o bobão de bobão.
- Essa eu quero ver. – sorriu. Sango ficou séria.
- E então, já falou com ele sobre... – perguntou ela.
Não houve tempo para Kagome responder a pergunta, pois Houjo tinha acabado de entrar na sala onde elas ficam. Sango a olhou e notou que ela ficou cabisbaixa além dela passar a mão no lugar onde imaginaria onde está a criança, ou melhor, o filho do casal.
- Quem é vivo sempre aparece. – disse Sango irônica ao rapaz. – E olha que estávamos falando de você.
- É? E o que seria? – perguntou ele interessado. – Espero que seja bem. Está pronta? – falou com Sango e depois para sua namorada, ela apenas meneou afirmando com a cabeça.
- Claro. Por que falaríamos mal de você. – sorriu – Depois nos falamos Kagome. – disse por fim.
- Vamos Houjo. – Kagome pegou a bolsa – Até amanhã Sango.
Saíram de mãos dadas do escritório e iam caminhando um ao lado do outro, como na vez que foram à praça passear antes de sua vida ter virado do avesso, na companhia do silêncio e pararam ao ver o parque. Ainda sem se comunicarem sentaram num banco próximo, Houjo a abraçou entendendo que aquele silêncio significava que ela quer lhe contar algo importante.
Dava-se para ver ao longe as crianças correrem e os pais a acompanharem em alguns brinquedos. Isso a fazia lembrar-se de seus pais, principalmente seu pai que era tão amoroso, fazia todos os seus gostos e vontades, já sua mãe não, ela demonstrava não ter carinho como se Kagome fosse uma carga. Mas tudo isso era suprido por seu pai e seu avô, mas agora só seu avô.
Kagome sorriu por lembrar-se deles naquele instante, lembrou-se também que foi forte quando eles morreram e tinha que ser forte agora, pois com certeza iria ter muitos problemas.
- Kagome o que você quer me falar? – beijou-lhe a testa – Não agüento mais o seu silêncio. Olhe para mim. – pediu ele carinhosamente – Estarei com você.
- Eu não sei como vou dizer. – olhou para ele com olhos tristes – Mas espero que me entenda.
- Shi! – encostou o dedo indicador nos lábios dela – Eu estou com você.
Kagome suspirou algumas vezes procurando as palavras certas, mais uma vez olhou a frente voltando a olhá-lo.
- Eu estou grávida e... – ela disse firme, entretanto ele não a deixou continuar abraçando-a feliz.
- Eu não acredito Kagome, por que não me disse antes.
- Houjo. – chamou-o afastando dela – Espere. Não é como você está pensando. – entretanto ele não a soltava tamanha é sua felicidade.
- Não? – ele compreendeu melhor as palavras que ela usara dando a ela o espaço que tanto pediu por gestos – O que você que dizer com isso?
- Esse filho não é seu e nem nosso. – ele a olhou confuso.
- Agora eu entendo. – a olhou duro.
- Entende? – Kagome ficou um tanto desconfiada – O que você entende?
- Eu fui o idiota nessa historia toda não é? – Kagome piscou algumas vezes sem entender – É claro. Se esse filho não é meu só pode ser daquele professorzinho não é?
- Não, Houjo, você entendeu tudo errado. – ela foi para próximo dele para tocar no seu rosto, mas ele se afastou. – Esse bebê não é meu nem seu ele é...
- Não me venha dar uma de santa Kagome. – ele segurou os braços dela com força e falou alto – Esse filho não é meu por que é do Sesshoumaru.
Ela não conseguia dizer nada, balançou a cabeça negando deixando algumas lágrimas cair pelo o canto dos olhos. Kagome não acredita no que seu namorado dizia, os boatos dela e seu professor estavam tão fortes a ponte dele acreditar.
- Admita Kagome, admita. – sacudiu-a com força por conta do nervosismo – É dele não é? É do Sesshoumaru? Todo o boato é verdade. Admita. – balançou-a com mais força.
- Solte-me você está me machucando. – Houjo a soltou e ela o empurrou com força. Imediatamente ele coloca as mãos na cabeça e afasta-se. – Como você pôde acreditar nas fofocas e não em mim? – ela tentou se aproximar dele.
- Não mude a situação para mim, eu não sou o culpado. Não fui eu que tive um caso com meu professor e agora está grávida. – ela deu alguns passos para trás – E é claro que esse filho nunca pode ser meu e muito menos seu, não é? – a olhou com repúdio – Se não a esposa, afinal você se fez de amiga, não vai aceitar o bastardinho.
- Houjo, como pode...? – Kagome parou respirou fundo engolindo o choro. Ela apenas o olhou com raiva dando alguns passos para trás – Esqueça que algum dia eu te conheci. – deu as costas e caminhou alguns passos, mas as últimas palavras dele a fez para e seguir em frente.
- Não. Já esqueci.
Kagome caminhou em direção ao seu lar onde, com certeza, seu avô a espera. Deixando cair algumas lágrimas pelo trajeto, o que ela mais quer neste momento é ficar ao lado dele, do único homem que a ama de verdade: seu avô.
Continua...
Nota da autora:
Oi!!! O que acharam? Gostaram? Desculpem pelo o atraso, mas dessa vez eu não demorei tanto ou demorei? Meu tempo está começando a ficar mais apertado do que o normal, por isso a demora. E peço também desculpas se houve algum erro que passou despercebido revisei duas vezes para não ocorrer tantos erros.
Coitada da Kagome que sofrimento, Houjo não passa de um idiota que a opinião dos outros valem mais do que a dele. Quanto a Sango e Miroku o clima entre eles está esquentando e a participação deles será mais ativa na história. Falta muito pouco para que o casal Tasho descubra e conheça sobre Kagome, Kohaku já a encontrou. Quem irá ajudar a descobri-la? Sango? Sesshoumaru? Ou o Inuyasha?
Façam as suas apostas e descubra nos próximos episódios.
Muito obrigada a todos (as) e também aos anônimos.
Beijos...