Nashville, Tennesse – 29 de agosto de 2009
Mansão dos Closts
Selena Clost
— O que está havendo aqui? — Beatrice chegou por trás e eu a afastei para trás de mim enquanto eu assistia a treta — Ok, então.
— Fica quieta, é treta. — virei o meu rosto para trás, ainda ouvindo a voz grossa do Dexter dando bronca na Fleur — Depois eu te conto.
— Bom é melhor irmos. — ela puxou o meu braço assim que voltei a minha atenção para a treta — Não quero que isso acabe sobrando para nós.
Observo o Dexter se retirar com Fleur ainda em lagrimas, parecia fria como se quisesse vingança. Eu espero que se ela estiver bolando um plano para matar Dexter não ponha minhas armas no meio disso até porque eu não to afim de ser presa por mundanos tolos que adoram matar uns aos outros. Escutei o barulho do carro vindo de lá da porta do hall de entrada e suspirei fundo dando graças a Raziel que foram embora.
Eu fui andando pelo corredor, Beatrice começou a me seguir ainda se sentindo confusa com aquela cena toda. Ela estava me olhando assustada, comecei a rir e fui em direção a bancada e peguei uma maçã verde em cima da mesma, levei até a pia e liguei a torneira lavando a mesma.
— O que houve? — me virei para trás depois de ter pego um pano e sequei a maçã verde — Porque o papai estava tão bravo?
— Apenas uma treta do Dexter e da Fleur, nada demais. — joguei o pano de volta na pia aonde estava e me encostei na bancada — Ela deve ter aprontado feio e o papai não deve ter gostado de jeito nenhum
— Nada demais? — ela fala para mim, colocando as mãos sobre o balcão e se apoiando no mesmo — Eu acho que deve ter sido algo bem sério até porque o nosso pai não briga a toa conosco.
— É, nada demais. — falei enquanto mordia mais um pedaço daquela maçã verde deliciosa — Não liga para isso até porque não temos nada haver com isso.
— Fleur aprontou não foi? — balancei a cabeça e olhei para a porta que dava acesso ao quintal notando a luz solar extremamente forte vindo de lá de fora — Seja lá o que aprontou, espero que não envolva as nossas coisas.
— Eu não sei. — dei outra mordida na maçã verde e coloquei a mão sobre a cintura novamente enquanto voltava a ver a varanda novamente — Eu nem quero saber até porque a culpa não irá cair sobre mim.
— Você sabe que as noticias correm rápido pela casa né? – eu parei de comer minha maçã recolocando de volta no balcão – Todos nós sabemos de tudo, até os segredos de todo mundo se espalham, podem vir inventados ou exagerados por aqui.
Olhei para ela, paralisada, havia algo em minhas lembranças que eu tranquei faz um ano e no meio dela só havia dois nomes: Brian e Adam. Meus pensamentos corriam sobre minha mente mais rápido que furacão dois mil derrubando uma cidade. Será que sabiam que eu tive minha vez com o Brian há um ano? Será que sabiam que a mamãe traiu Dexter? Será que sabiam que eu era nephlim?
Brian.
Meu coração gelou e disparou ao lembrar o nome dele, eu me enganei por um instante. Eu diria que na verdade por um ano, eu mesma enganei os meus pensamentos também diante da minha vida e aos meus olhos. Na verdade, eu fui realista e mentirosa a mim mesma em questão do amor.
Tudo parecia insano para mim, aquele momento parecia o Flash, ia tão rápido e ia tão forte, mas me fazia ter decisões que não poderia voltar para trás e que me fazia não pensar duas vezes.
Eu não mentia para mim mesma em questão do amor. Eu sei que o que eu senti pelo o Diego e o Brian era real. O que eu e o Brian tivemos foi completamente real pelo menos para mim, mas quanto ao Diego foi tudo até rápido demais e nem sei se poderia considerar tão real assim.
Se não foi real o suficiente para ele, possa ser que só foi real o suficiente para mim em meus pensamentos. Isso era um total eclipse do meu coração e era confuso de explicar até para mim. Isso soava tão confuso até mesmo de sentir alguma coisa em relação a tudo isso e até sobre eu ter amado dois garotos ao mesmo tempo.
— Claro que sei — tentei deixar a minha voz o mais calma possível e sincera enquanto eu comia aquela lição — A prova forte de tudo isso aconteceu ontem no Twerk.
Minha vontade era de pegar o primeiro carro, o primeiro trem, o primeiro avião, a primeira bicicleta, o primeiro skate em minha frente e não me importava se iria carregar minhas coisas ou não. Só queria vê-lo onde ele está, como ele está. Mas iria ter que pedir autorização do Dexter e ainda fugir se ele não deixa.
A questão é: Ele não está nem ai para mim assim como o Diego ficou quando eu perdi sua confiança.
— Que horas vamos ao mercado? — terminei de comer a maçã e joguei o resto que sobrou no lixo — Precisamos deixar tudo pronto para antes da 6 da tarde.
— Daqui a pouco. — Beatrice terminou de comer o cereal que ela tinha pegado enquanto eu estava distraída e jogou a vasilha na pia, lavou a mesma e deixou no escorredor de louça para secar. — É melhor a gente ir se trocar antes de irmos.
Desencostei da bancada e andei pela cozinha até chegar no Hall de entrada, subi as escadas junto com Beatrice e Rosie que me acompanhavam. Andamos pelo corredor até chegar ao nosso quarto, abri a porta e entrei no mesmo. Deixei o meu celular e o meu fone de ouvido em cima do meu criado mudo, andei em direção ao closet e abri o mesmo.
Assim que entrei, fui em direção a uma das minhas gavetas e peguei uma camiseta branca, coloquei em meu braço e andei mais para o lado, peguei minha calça jeans com alguns rasgões pendurada no cabide e me abaixei pegando um par de all stars da cor azul. Sai do closet enquanto as meninas entravam no mesmo e fecharam a porta.
Joguei as peças sobre a cama e retirei a roupa que eu estava usando para correr hoje cedo e jogo na cama. Eu vesti a camiseta e depois visto a calça, me sentei na cama e levantei o meu pé e calcei o tênis no pé esquerdo, depois calcei no pé direito e me abaixei para amarrar os cadarços.
Levantei novamente e andei de novo até o criado mudo novamente, abri a gaveta e peguei a minha escova de cabelo do cabo rosa, me sentei na cama e comecei a pentear o mesmo, peguei uma presilha dentro da gaveta e amarrei o mesmo. Peguei o batom dentro da gaveta e o meu celular, desbloqueio o mesmo e aperto no ícone da câmera. Começo a passar o batom rosa escuro sobre os meus lábios e coloquei o batom de volta no lugar, peguei o lápis de olho dentro da gaveta e passei o mesmo no rosto.
— Está linda. — assim que ouvi a voz da Rosie, retirei a câmera e bloqueio o meu celular de novo, coloquei o mesmo no bolso da calça e fechei a gaveta — Depois me empresta esse batom.
— Obrigada. — virei o meu rosto e sorri para ela, me levantei da cama e vi Beatrice saindo do closet com um vestido — Eu te empresto para usar na festa de hoje
— Quem está pronta? — Rosie largou o celular que estava com ela e levantou a mão, isso iria ser bem divertido — Nós precisamos ir.
Peguei a carteira que estava em cima do criado mudo, coloquei no bolso de trás e segui para fora do quarto, andamos pelo corredor e descemos a escada sem pressa alguma. Andamos pela sala até chegar ao acesso da garagem, abrimos a porta e a Beatrice foi procurar a chave do seu carro no chaveiro pendurado.
Eu e a Rosie começamos a andar pela garagem até achar o carro, com o barulho do desbloqueio conseguimos ver lá no final o único carro menos chamativo de todos era o dela. Era a velha e simples Ranger Rover do modelo de 2009, todos estavam com carros que custavam cerca de mais de 100 mil dólares e ela era toda humilde, era isso que eu admirava tanto nela.
Chegamos perto do carro, abri a porta do banco do passageiro e entrei no mesmo, fechei a porta e coloquei o cinto. Pude ver através do retrovisor que Rosie estava no banco de trás e vi que Beatrice chegou, entrou no carro e colocou o cinto, inseriu a chave na ignição e girou a mesma.
Ela começou a manobrar o carro para achar a saída e fez um sinal para o segurança indicando de que iria sair da garagem. O portão da garagem começou a se abrir assim que chegamos perto do mesmo e acenamos para os seguranças. Atravessamos o jardim até chegar ao portão que dá acesso a rua.
Nashville estava completamente ensolarada, podíamos ver as pessoas simples caminhando com o seu cachorro ou até mesmo com o seu filho. Todos ali estavam tomando conta de sua linda vida e da sua rotina diária, podia—se ver uma esposa de fazendeiro rico fazendo sua corrida diária.
Esse era o lado bom de viver em Nashville, podíamos viver tranquilamente e ter diversas aventuras que ninguém vai descobrir e nem querer saber quem você é. Não tinha metade da poluição sonora e da poluição visual de New York, era mais calmo e mais livre. Liberdade e espaço eram duas coisas que existiam aqui.
— Isso está muito silencioso, também está parecendo que estamos a caminho de um funeral ali no cemitério da esquina. — olhei para frente vendo os outros carros simples a nossa frente e coloquei meu pé em cima do painel do carro — E vocês sabem o quanto eu odeio funerais.
— Tem razão. — Rosie encostou os cotovelos em ambos os bancos e encostou o seu queixo em cima de suas mãos — Eu também odeio o celular.
— Liga o rádio, Selena. — Beatrice tirou uma de suas mãos do volante e me deu um tapa nas minhas pernas fazendo as mesmas baixarem de volta para o chão e grunhi de dor, passei a mão aonde ela tinha batido. — Não ponha os seus pés no painel do meu carro.
Estendo o braço e mexo na radio, onde havia o lindo pen drive de sapo da Bea ligado e a música que caiu automaticamente era Party In The Usa. Rosie começou a cantar feito uma louca, eu não sei se eu cantava ou ria diante daquilo. Beatrice batia os dedos no volante e ria e balançava os ombros, cantávamos como se hoje fosse 4 de julho, alto e loucamente.
— Estamos atraindo atenção, suas loucas! — Rosie ressaltou em meio de risos e movi os ombros ainda no ritmo da música — Tá todo mundo olhando para gente
— Rosalie Clost, nós somos a atenção. — olhei para ela através do retrovisor e Beatrice esboçou um sorriso largo — Somos a Trindade Clost, baby.
— Garotas, foquem nos cowboys gatinhos olhando para nós. — avisou Beatrice.
Paramos de cantar e vimos os meninos da escola andando na calçada, percebemos que eram os meninos do ultimo ano, os veteranos. Eles eram realmente quentes para caramba e seria impossível não ter pensamentos impuros com cada um deles. Isto era como se fosse o filme californiano, onde haveria gatinhos na praia de Malibu e eu diria que o paraíso não ficava no céu e tinha um novo endereço.
O paraíso fica em Malibu e fica cheio de surfistas gatinhos com suas bermudas completamente molhadas.
— Hey, gostei do chapéu! — gritei para um deles assim que abaixei a janela do carro e as meninas começaram a olhar com uma a cara de doida.
— Gostei do seu cabelo também! – gritou o mesmo sorrindo para mim e acenou para mim e acenei de volta para ele.
As meninas começaram a gargalhar feito duas hienas loucas, olhei para elas sorrindo. Eu fiz uma loucura, elogiei um dos meninos veteranos e não é nossa função, não é qualquer uma, iniciando faz, isso é coisa de líder de torcida veterana. O lado bom de ser idiota é que você pode fazer qualquer merda engraçada do qual pode se tornar a melhor lembrança de sua vida e isso era um vicio a ponto de querer fazer isso mais vezes o possível.
— Selena, você é louca. — Beatrice estava se segurando para não rir outra vez com aquilo ainda dirigindo — Você é completamente sem juízo, sabia?
— Eu sei que sou louca, eu me orgulho disso. — olho para ela convencida e esboço um sorriso largo, levantando os ombros — Eu sou a louca que vocês vão aturar para o resto da vida.
— Eu odeio vocês. — eu olhei para o rosto envergonhado da Rosie com a minha atitude maluca através do retrovisor — Sabiam disso?
— Odeia nada. — Beatrice afirmou assim que girou o volante para entrar em uma rua a nossa esquerda — Você ama a gente e a gente te ama, Rosalie.
— Admita que somos as melhores. — a olhei convencida e coloquei minhas mãos em meu colo e fiquei cutucando as minhas unhas — E a gente também te ama.
— Eu odeio manteiga de amendoim para ser sincera. — Rosie balançou a cabeça e virou o rosto e estava completamente distraída com que ela estava vendo na janela — Não odeio vocês.
— É melhor gente louca e alucinada que merece ir para o hospício ou manicômio do que gente normal e padronizada. — Beatrice estava focada em dirigir e eu puxei o meu celular do bolso e verifiquei algumas mensagens vindas do MySpace — Isso é muito fofo da sua parte, minha querida Rosie.
— Verdade. — assenti com a cabeça concordando enquanto mexia no celular e joguei um pouquinho um joguinho novo que tinha acabado de baixar na App Store — Todo mundo aqui se ama.
Beatrice continuou a dirigir e tudo que havia de barulho no carro era a música no rádio. Nós paramos em um cruzamento esperando o sinal abrir, olhamos para o lado notando que tinha uns veteranos em uma picape não muito nova. Ela não perdeu tempo e piscou para um deles, eles piscaram de volta.
Cara, eles estavam tão na dela.
Começamos a rir enquanto esperávamos o sinal abrir. Olhei para o visor do rádio notando que a faixa 14 da radio começou a tocar, era Beyonce – Crazy In Love, o momento de admiração e tranqüilidade pelos Deuses foi interrompida por Rosie gritando e indo quase para frente em cima de mim.
— Não muda, não muda e não muda. Eu quero que aumente essa coisa agora nesse exato momento, todo mundo sabe que a Beyonce é minha rainha e merece ser ouvida no último volume nesse hit perfeito. – gritou Rosie
Ficamos vermelhas de vergonha diante daquilo e Rosie já reparou o que houve e voltou para o banco de trás, ela riu sem graça e os caras continuaram olhando e rindo. Rosie agiu sem pensar, apenas seguiu seus instintos e foi ela mesma. Ela estava feliz, ela é o tipo de pessoa que pensa que está num mundo cor de rosa, cheio de arco-iris e onde as pessoas são completamente felizes e boas. Rosalie Adelaide Clost é a garota mais fofa que já conheci em toda minha vida.
Ás vezes eu dou razão a Rosie, fugir da realidade é bom. A realidade humana existe muito padrão: Se você é magra, você é perfeita. Se você é magra e cheia de curvas é gostosa do qual pode ir para cama e causar o estrago na mesma, no caso não é apenas bagunçar os lençóis, é quebrar a cama e apanhar, isso é uma definição padrão perfeito de alguns homens.
Se você é inteligente, pode ser usado de capacho e feito de idiota ficando a serviço de gente exploradora e mercenária, sem capacidade de fazer ele mesmo e chama a famosa desculpa: “Temos que ajudar um aos outros.” Sim, ajudamos uns aos outros, porém existem limites para ajuda, não podemos dar liberdade a pessoas folgadas e aproveitadores.
O sinal do cruzamento foi liberado, Beatrice prosseguiu adiante e podíamos ver os caras correrem com sua picape e o cara rodando o seu chapéu para fora da janela feito um louco. Em poucos minutos, nós chegamos ao supermercado e entramos no estacionamento, achamos uma vaga e estacionamos. Retirei o cinto, coloquei o celular no bolso e abri a porta do carro, desci do mesmo e fechei a porta.
Arrumo minha roupa e passei a mão sobre minha blusa para tirar as bolinhas de pó da mesma, as meninas desceram do carro e fecharam as portas. Comecei a andar ao lado das meninas até a porta do supermercado que se abriu automaticamente assim que pisamos perto do local. Rosie pegou o carrinho e sai empurrando o mesmo para dentro do supermercado, nós paramos perto dos caixas e olhamos uma para outra, e Beatrice pega a lista que estava dobrada no bolso da calça da Rosie.
— Tudo que precisamos é de duas caixas grandes de refrigerantes, copos, sanduíches. — ela começou a ler a pequena lista que estava em suas mãos e olhou para nós em seguida e colocou a lista no bolso da minha calça. — No caso muitos sanduíches e ainda por cima alguns salgados.
— Qual refrigerante? — a olhei por um instante e entrei dentro do carrinho, a Rosie começou a me empurrar em direção ao corredor das bebidas — Tem que ser pouco, porque nós sabemos que os convidados sempre aparecem com bebida alcoólica.
— Pepsi. — Rosie estava me empurrando e se intrometeu na conversa até parar perto da prateleira dos refrigerantes da marca Pepsi — Segundo pesquisas, a Pepsi ultrapassa a Coca Diet.
— E se não gostarem de Pepsi? — Beatrice olhou na prateleira o preço do pacote de Pepsi de dois litros — O que fazemos?
— Devemos levar uma caixa de coca e outra caixa de Pepsi, assim aprimoramos os gostos de todos e deixamos todos felizes. — sugeri enquanto a Beatrice pegava uma caixa de coca com seis cocas de dois livros — Assim não tem briga pra quem não quer encher a cara conosco.
— Parece ótimo. — Beatrice concordou e foi atrás dos copos do outro lado do corredor, ela pegou uns 6 pacotes e colocou no carrinho — Acho que isso já dá para todo mundo.
— Quanto aos sanduíches? Devemos comprar pão e recheio e fazemos? – perguntou Rosie ainda concentrada em seu celular que estava apoiado na minha cabeça e fiz careta com tamanha folga da minha irmã — Se for assim vai demorar a tarde todinha.
— Nós compramos os lanches por lá e caso for preciso, nós esquentamos os lanches no microondas — abri o navegador safári e digitei no Google qual era a loja mais próxima da Subway — Isso poupa todo o nosso trabalho.
— Verdade. — Beatrice cruzou os braços por um instante enquanto via que a Rosie estava indo pegar caixas de refrigerante em lata e foi ajudar ela, colocaram tudo dentro do carrinho e eu sai do mesmo — O tempo está passando rápido demais.
Comecei a andar pela seção de festas do supermercado e pegamos mais 4 sacos de copos para festa. Nós sabíamos que iria vir muita gente para festa, a galera de Nashville, o pessoal de New York.
— Gente, quanto a música? — Rosie perguntou enquanto estávamos colocando as coisas no caixa — Precisamos de alguém que cuide disso.
— Deixa que resolvo isso. — puxei o meu celular do bolso, deslizei o dedo na tela de bloqueio e desbloqueio o mesmo — Eu conheço alguém que pode resolver isso.
Procurei o aplicativo WhatsApp pela área dos aplicativos e clico no mesmo. Vou na aba contatos e acho quem eu queria falar, aperto o contato e abre na conversa e mando mensagem.
“Maxon, meu querido irmão. Sabe que eu te amo né?”
Recoloquei o meu celular no bolso e sinto o mesmo vibrar de novo. Eu retiro do bolso e o desbloqueio o mesmo rapidamente e abro a mensagem, vejo que o Maxon me respondeu.
“Sei. O que você quer agora? Ou melhor, o que quanto precisa agora?”
“Você vai estar de folga hoje?”
“Estou. Porque?”
“Darei uma festa aqui em Nashville, você pode vir com o DJ Taylor James ou vai estar com a Regina George?”
“Selena, pode dizer qual é a razão de ter tanto ódio pela Kayra? Ela esta com o pai dela, e a mãe dela e não posso ir para lá. Talvez eu vá a festa!”
“Não tenho ódio, adoro irrita-lo chamando a assim”
“Ah to morrendo de rir”
“Vem logo para festa e traz o DJ e seu senso de humor é péssimo.”
“Igual as suas piadas.”
“Venha logo.”
“Tudo bem, eu vou”
“Avise que quero as músicas mais tocadas do ano.”
“Eu dou conta disso.”
Deslizei o dedo sobre a tela fechando o aplicativo de mensagens, coloco o meu dedo sobre o botão Power e o deixo desligado. Olhei para as meninas contente e elas balançam a cabeça, fazendo sinal querendo saber o que eu disse.
— Não se preocupe com a música, eu já dei conta disso. – pisquei para elas enquanto via o valor subir na tela do monitor do caixa — Eu tenho os meus contatos.
— Chamou quem? — Rosie me olhou assustada com medo de que eu tenha chamado alguém que cobra favores — Espero que seja gente conhecida.
— Maxon vai trazer o DJ dele. — puxei a carteira do bolso e comecei a contar as notas enquanto as meninas recolocavam tudo em outro carrinho — Ele é o patrão dele, ele é quem dá conta disso.
— Se é assim, então temos que começar a nos preparar e chamar nossos convidados — Beatrice começou a empurrar o carrinho e entreguei as notas para a mulher do caixa, a Rosie ajudou no resto da quantia das coisas e coloquei a carteira de volta do bolso. — Assim que chegarmos no carro, você e a Rosie começam a chamar os convidados pelo celular.
Saimos do supermercado e seguimos andando pelo estacionamento até achar o carro, apertei o botão das chaves e desbloqueio o carro. Abrimos o porta—malas, ajudei as meninas a colocar tudo no carro e fechamos o porta—malas.
— Parte numero 1 completa. — conclui assim que o porta—malas foi fechado e andei até a porta do banco do passageiro, abri a mesma e entrei logo me sentando no banco, fechei a porta e puxei o cinto de segurança. — Agora só temos que chamar o pessoal.
Eu me levantei um pouco enquanto as meninas entravam no carro e pego o meu celular do bolso e o desbloqueio, abro o whatsapp novamente e vejo o nome do grupo: Young Clave e resolvo chamar o pessoal.
“Oi gente, o que está pegando?”
Isabelle: Nada, além de muito trabalho
Jace: Concordo com isso, podia ter alguma diversão.
Alec: Temos um dever com a Clave e tratem de não reclamar.
Isabelle: Alec dá uma relaxada, porque não vai dar uns beijos com a Lydia que resolve?
“Gente, tão merecendo o descanso. Alec dá um tempo.”
Jace: Concordo plenamente.
Alec: Uma folga e para de usar Lydia para me chatear.
Isabelle: Relaxa é a palavra certa.
“Olha pessoal, dêem um jeito de vir aqui. Eu vou dar uma festa aqui e quero muito que venham.”
Isabelle: Precisamos de um portal.
Alec: Festa? Isso é loucura. Sem chance, eu não vou.
Jace: Eu topo.
Isabelle: Já sei, vou ligar para Magnus.
Alec: Sem ligação.
Jace: Deixa de chatice, vem e leva Lydia.
Alec: Tá bom, ta bom. Eu vou.
Isabelle Lightwood adicionou Magnus Bane
Magnus: Alguém falou em festa?
“Eu falei, Magnus.”
Magnus: Bem que podiam vir agora tomar algum cocktail agora em meu apartamento.
“Magnus, são apenas 9 da manhã agora”
Magnus: É happy hour em algum lugar do mundo, querida.
“É por isso que eu te adoro, Magnus.”
Alec: A festa é de que horas?
Jace: Alec perguntando as horas da festa, é a novidade do momento.
Alec: Não sou tão ruim assim.
“Começará as 6 da noite, se virem de portal, apenas abram por trás da casa onde não possam ver o portal e não desconfiar nada de errado.”
Isabelle: Devo chamar alguém de New York?
“Claro, todos os nossos contatos.”
Isabelle: Deixa que dou conta disso
“Vou chamar os de Nashville.”
Jace: Izzy, chame a mundana ruiva e o mundano nerd que ainda com ela.
Isabelle: Não tenho contato com eles. Não se preocupe as noticias pela escola chegam mais rápido do que pensam.
“Pelo jeito muita coisa mudou”
Magnus: Uma festa sem as crianças da noite, que milagre.
“Somente há mundanos. Sejam mundanos somente hoje.”
Magnus: Conte comigo para isso, querida.
“Vejo vocês mais tarde.”
Fecho o aplicativo, bloqueio o celular e recoloco o mesmo no bolso. A Beatrice entrou no carro e fechou a porta, apertou o botão para travar o carro e colocou o cinto. Ouvi a Rosie entrar no carro e repetir o mesmo processo.
— Chamou os convidados? – Beatrice colocou as chaves na ignição e girou a mesma, virou o rosto para trás enquanto dava ré no carro — Chamou os de Nashville também?
— Chamei alguns de New York — continuei a chamar alguns colegas assim que abri o aplicativo novamente — Só falta os de Nashville
— Eu já vou começar a chamar os outros. — Rosie puxou o celular do bolso e começou a digitar alguma coisa — Tenho muitos contatos.
Comecei a mandar mensagem a todos de Nashville no grupo especifico da escola que eu tinha. Beatrice dirigia em direção a subway e me mandou ficar no carro, eu gostei de ficar ali, pois eu já estava ciente de todas as pessoas que iriam vir e sei que iriam trazer bebida e muitos quartos irão se ocupar.
Assim que chegamos na subway e estacionaram o carro, eu fiquei mandando convites por um tempão para o resto da galera de New York, as meninas estavam lá dentro da lanchonete e o meu celular estava vibrando, vejo que era uma ligação do Travis e recusei a mesma.
Travis e eu estávamos ficando, embora isto não era amor para mim e para ele era, isso não era legal e também era o que eu mais temia. Então ele insiste em me ligar, ele sabia que estávamos ficando e que eu iria embora daqui uma semana e isso estava ficando cansativo a mim, me dá calafrios saber que vou encarar as mesmas mesquinharias do qual fiquei longe faz quase 1 ano.
Eu sei que o Dexter vai querer adiantar para irmos 4 dias antes pois ele não quer enfrentar o 11 de setembro. 11 de setembro é o pior dia da vida dos Closts, o dia em que vovô Jason perdeu a irmã dele mais nova no World Tradder Center, o local do atentado, 11 de setembro de 2001. A dor era inevitaval, pois era a irmã mais nova dele, a honrada Jessamine Arden Clost, ela era bonita de acordo com as fotos que achamos no porão.
Jessamine era corajosa, destemida de acordo com que descreviam dela. Ela era a menos obsessiva pelo sobrenome, diziam que para ela se pudesse dar seu sobrenome a alguém de bem, ela daria, pois ela estaria dando um lar a alguém e a algum animal que possa honrar o sobrenome, por isso surgiu as adoções de tantos filhos vindas do Dexter em sua glória e homenagem, embora Jason tenha sido muito obsessivo e possessivo com o sobrenome. Mas para Jessamine seja o sobrenome criado por si ou não era publico e podia ter qualquer domínio e que aquele sobrenome não era só dele.
Clost é um sobrenome publico e qualquer um iria ter esse domínio, Jason iria ter que entender lá.
Ouço as batidas das portas do carro abrir e se fecharem, a caixa de sanduíches deve estar no porta-malas. Observo as meninas já entrando no carro, ouvi o carro acelerar e novamente cá estava eu vendo as vistas de Nashville tranqüilas, que são uma perfeita vista para acordar de manhã e relaxar com aquilo numa reclusão ou local de recuperação de uma doença psicológica e insana.
Depois de um tempinho, ignorando a música alta vindo do som do carro e Rosie enlouquecida com a música, observo o portão da mansão se abrir e pararmos o carro em frente a porta da mansão. O rádio estava desligado, o barulho do motor cessou e retirei o cinto, abri a porta e sai do carro ainda com o celular em mãos que não parava de tocar.
Subo as escadas da mansão ainda calada e os seguranças abriram a porta assim que chegamos e nos ajudaram a carregar as coisas. Depois eu segui para o hall de entrada e subi as escadas rapidamente, pude ver Atena no corredor com um sorriso largo enquanto falava no telefone.
Assim que achei o meu quarto, abri a porta do mesmo e entrei no mesmo canto até chegar ao closet que estava aberto, olhei o celular novamente e recuso a chamada, comecei a responder as mensagens e depois deixei o meu celular na cama enquanto eu ia ao closet que estava aberto e procuro a roupa perfeita para a festa, acabo jogando a mesma na cama.
Assim que eu sai do quarto, andei pelo corredor novamente e desci as escadas até chegar ao hall de entrada e cheguei a cozinha onde pude ver que Beatrice estava organizando os copos, peguei os refrigerantes que estavam na bancada e abri a geladeira colocando em lugares onde eram acessíveis e que também cabiam no espaço que dava.
Já que nem todos os empregados estavam aqui, eu cozinhei macarrão a bolonhesa no almoço, servi as meninas e me servi, pousei o prato sobre a bancada e puxei um banco fui logo me sentando ao lado das meninas e me alimentei em silencio com as outras.
Passamos o dia arrumando a casa, e deixando tudo agradável para os convidados virem e não criticar que estava nojento, não que eu me importe com que digam. Mas é sempre bom ter o lar limpo e recebido para seus convidados assim como a zona de batalha que sempre tem que estar limpa antes do sangue surgir seja ele demoníaco ou não.
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