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História Radioactive - Let Me Love You - Quem somos nós. - História escrita por KWhite - Spirit Fanfics e Histórias
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História Radioactive - Let Me Love You - Quem somos nós.


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Eu prometi e aqui estou cumprindo.

Capítulo 46 - Quem somos nós.


New York, New York – 25 de julho de 2011 – Guitar Center.  

Alec Lightwood. 

Fazia 2 dias que faltamos aula na escola mundana, 1 dia que minha onda de sentimentos por Jace tinha sido revelado naquela besteira que chamamos de demônio que Magnus estava invocando para pegar a memória da Clary Fray e que acabou por um desastre do Jace quase sendo morto pelo demônio e Magnus dando um colar a Isabelle e me chamando de bonitão.  

Eu estava confuso, estava? Ainda estou. Minha cabeça ia milhões de vezes para diferentes nomes e direções naquele momento. Porque? Eu me pergunto o por que? Porque o amor nos mexe de forma tão idiota, é uma coisa que eu nem desejo para Valentine Morgenstern.  

Jace, Lydia e agora Magnus. Isto é diferente das minhas coisas em Idris, sei lá como chamam: Rolos? Rapidinha? Não importa, tudo em volta esta mexendo comigo. Isso é brincadeira de mal gosto, não é justo. Eu estou em pânico, o que devo fazer? Liguei em torno de 5 vezes para Selena e ela não me atende.  

Nem dormir na coisa da arvore estava adiantando, nem a runa do sonho poderia me ajudar. Onde estou? Em uma loja de instrumentos, para que? Estou sentado diante de violão, eu suspirei fundo criando coragem para tocar e ver se o pânico parava. Meu corpo parece aquelas coisas que Isabelle põe na panela quente, aquela sensação de veias borbulhando tão quente, seu coração parecer bater tão rápido quanto um furacão.  

Tinha uma coisa que me acalmava naquele momento, a música. Mas que tipo de música? Adele. Inspirei e fechei os olhos por um instante e os abri, peguei o violão e o coloquei sobre meu colo e passo os dedos sobre as cordas apreciando aquele som. Era para isso que eu vim, para me acalmar. Rolling in the deep, o repeat do meu telefone, o repeat daquele sentimento.  

There's a fire starting in my heart. Reaching a fever pitch, it's bringing me out the dark. Finally I can see you crystal clear. Go ahead and sell me out and I'll lay your ship bare. – dei o primeiro acorde e eu estava me sentindo bem ao cantar aquela parte. 

Lydia? Bem, John pode responder sua pergunta, o noivado dela está fazendo um sucesso em idris, soube que ela esta quase se tornando uma inquisitora maravilhosa. Excelente caçadora de sombras. Ela sabia o que eu sentia por Jace, era tão claro, ela foi a melhor namorada que tive.  

The scars of your love remind me of us. They keep me thinking that we almost had it all. The scars of your love they leave me breathless. I can't help feeling.  

Sentia o celular vibrar e ignorava, mas por que Magnus? Porque aquele olhar?  Aquele maldito olhar ferra com todo mundo. Não seria só aquilo, mas aquelas mensagens de Magnus perguntando se eu estava livre, se podíamos sair hoje cedo. Era muita insistência, eu sou tímido e discreto e ele? Ele é o alto feiticeiro do Brooklyn. Sou uma sombra, a sombra de Jace Wayland. 

— Olá. – parei de tocar e ouvi aquela voz, olhei para o lado era Magnus sorrindo.  

— Oi. – disse tímido. Eu o olhei, engoli a saliva e sorri de lado, me apoiei no violão e brincava com os dedos nas cordas do violão no braço do mesmo. 

— Você toca e canta muito bem. – Magnus tentou iniciar o assunto e quebrar a tensão que estava entre nós - Já pensou em seguir uma carreira artistica?  

— Ah sim. – Eu me sentia sem graça com aquilo, ele me deixava sem ar e ele me intimidava tanto com aquele olhar – Obrigada e não, nem sou bom o suficiente para isso.  

— Eu já ouvi essa música em algum lugar. – ele colocou as mãos sobre suas pernas. – Poderia me dizer qual é? – ele sorriu. 

Aquele sorriso, aquele maldito sorriso. Todo mundo está com o meu coração ou um pedaço dele, pensando que está com o meu coração inteiro, estavam enganados. 

— Se chama Rolling in the deep de Adele.  

— Muito boa, principalmente na sua voz.  

A minha vontade era de sair correndo, eu nunca pensei em ouvir um elogio desses. Ele estava tão seguro de si, enquanto eu estava querendo desaparecer daquele momento. Acho que a aproximação dele nesse momento não estava me ajudando muito agora e só servia para bagunçar a minha cabeça. 

— Obrigado, mais uma vez.  

— Que tal irmos a algum café, curtir alguma coisa? Tem tempo? 

— É..- gaguejei – Eu preciso voltar pro instituto, tenho missões novas.  

Ele pôs sua mão sobre a minha, causando alguns arrepios no meu corpo. Como poderia explicar? Parecia que levei um choque, uma descarga eletrica tão forte. Eu realmente preciso tomar um ar.  

— Por favor, só um café. – ele insistiu.  

Eu soltei minha mão, porque ele estava insistindo em mim? No meu telefone e agora aqui? Coloquei o violão em seu devido lugar, me levantei e não o respondi. Apenas suspirei fundo. O olhei e eu estava com medo que eu estava sentindo. Uma bagunça. Aquela bagunça do qual todo mundo conhece e ferra nossas mentes.  

— Só tenho que ir. – senti que ele ficou chateado com a minha reação e não o culpo por isso – Desculpe. 

Eu me sentia um verdadeiro idiota, andava em direção a porta. Abri a porta, sai sem olhar para trás, não queria ser coração mole. Desculpe, Magnus. Eu não quero arrastar para minha bagunça, deixa apenas me consertar para poder deixar alguém entrar em minha vida, o problema sou eu e não você. Só Raziel saberia quando teria esta oportunidade novamente.  

 

Selena Clost. 

Eu estava sentada na cama, com mínima vontade de ir para escola mundana. Dexter esta me fazendo um favor em me deixar nessa folga com um atestado médico que não sei como ele conseguiu de uma semana. Não é ruim até porque eu to copiando todo assunto que me passam pelo celular e quando estou sem sono, vejo vídeo aula das matérias.  

Obrigação.  

Era minha obrigação recuperar o livro branco, soube que a mãe do Brian acionou a policia sobre o desaparecimento do Brian, não poderia ficar pior né? Eu teria que por um fim nisso e a Clary descobriu que era filha de Valentine Morgenstern. Eu nem sabia quem era esse cara.  

Isso virou mais do que uma obrigação e eu tinha que saber quem era Valentine Morgenstern do qual ninguém nunca me contou e Isabelle sabia disso. O que ele tinha haver com minha vida? Essa era a questão, olhei para o teto do quarto da Isabelle e eu sentia que precisava levantar e eu tinha que levantar.  

Eu sonhei com Brian, era um sonho maravilhoso assim como minhas lembranças.  

Parecia que eu estava uma bagunça, não pareço. Acho que estou uma verdadeira bagunça e os meus sonhos também.  

— Selena? – perguntou Brian. 

— Aqui estou. – me virei para ele encarando os seus olhos claros que eram hipnotizantes – O que foi?  

Estavamos sentados no telhado da casa dele, novamente os pais dele foram viajar. Ficamos sozinhos por lá, eram duas semanas antes do meu aniversario. Olhavamos as estrelas uma mais linda que a outra, bebíamos um copo de refrigerante, era como se fosse nossa regra. No telhado sem bebidas alcoólicas, pois causam acidente.   

— Está tão lindo, deveríamos fazer algo.  

— Sim, o que quer fazer? – perguntei.  

— Não sei, alguma loucura. – ele sorriu para mim e encolheu suas pernas, colocou seus cotovelos em cima dos joelhos – Estamos quase fazendo 18 anos, alias, eu fiz 18 em março e você fará daqui 2 semanas. Precisamos de algo novo, antes da formatura. 

— Em que está pensando? 

— O que acha de uma tatuagem? – ele sorriu para a mim e arregalei os olhos com aquilo – uma bela tatuagem.  

— Mais uma? Brian, você tem 5 já. Daqui um pouco, vai ficar parecendo um gibi ambulante.   

— Não sou eu quem vai fazer a tatuagem, é você. Ainda tem a pele virgem, sai da onda de ser boazinha, se solta amor.  

Mal sabe ele que tenho tatuagens por baixo da magia e bem mais tatuagens do que ele tem. Acho que possuo mais de 20 pelo corpo.  

Ops! Runas! 

— Você é maluco. – ele beijou minha bochecha suavemente e fechei os olhos ao sentir aqui – Somente uma. 

— Eu sou maluco, sempre o seu maluco. – ele sorriu.  

O filho da puta tinha um sorriso bonito e difícil de resistir.  

— Eu sei, meu maluco.  

— Vamos lá. – ele se levantou e abriu a janela, entrou e ficou segurando para eu entrar primeiro – Primeiro as damas, sempre.  

Levanto e sigo até a janela e ele me ajuda a entrar, entro e ando até a cama dele, me sento na mesma, ele fecha a janela e tranca a mesma, saio da cama dele enquanto ele vai pegar um casaco e o veste. Eu caminhava pela casa dele, observava cada fotografia que ele tinha, da mãe e do pai dele. Pego uma das fotos, encaro o quanto Brian era feliz, seus pais eram felizes, eles tinham o amor perfeito.  

— Bonita a foto né? – sinto suas mãos envolverem minha cintura por trás de mim e falando perto do meu ouvido e beijando a minha cabeça – melhor foto da minha vida, foi onde.. eu e meu pai vencemos um jogo de basquete.  

— Sim, é uma grande conquista. – recoloco a foto no lugar e me viro para frente do Brian – assim como você – sorrio para ele e passo minhas mãos sobre seu rosto macio – você é minha maior conquista.  

— Você também é minha maior conquista. – ele sorri e me da um beijo, retribui o mesmo enquanto envolvia meus braços sobre seu corpo – Vamos?  

Ele segura minha mão, seguimos andando pela casa até chegar a porta. Ele abre a porta para mim, saio da casa primeiro que ele e em seguida ele sai e tranca a porta. Caminhamos até a garagem de casa, abre a mesma e pega uma bicicleta velha e retira dali. O olho sem entender nada.  

— Brian, isso não vai dar certo. O que está pensando?  

Ele montou na bicicleta e sorriu.  

— Sobe atrás e segure firme em mim.- ele conclui 

— Vou reforçar o seu novo apelido: Maluco. 

Ele sabia o que estava fazendo. 

Isto não é um sonho, é uma lembrança.  

— Vem logo. – ele reforçou. 

Eu fui até ele, montei na bicicleta e segurei bem a cintura dele. Ele começou a pedalar bem rápido, comecei a sentir medo. Mas ele me pediu para parar de sentir medo e olhar as luzes, em todo tempo de trabalho, eu nunca parei para notar como a cidade que nunca dorme era tão bonita. As luzes eram tão bonitas, era como se fosse algum sinal: Uma resposta. Sempre há luz no fim do túnel, quando se sente sozinho. A luz está ali, sempre ali. Mesmo que seja ensolarado, talvez o sol não brilhe o suficiente para clarear nossas mentes.  

Tatuagens Mercandish 24hrs aberta. 

Olhei a placa de neon com cores vermelhas e verdes, bem em destaque. Havia desenhos na vitrine, eu estava em pé olhando para cada uma. Enquanto Brian guardava a bicicleta em um canto seguro para não roubarem, eu olho pela vitrine mais uma vez procurando algo interessante e bati o olho no aquário pequeno, lá estava ele tão fofo com uma rosa igual da Bela e a Fera mergulhando dentro e os peixes em baixo do talo da rosa segurando e olhando um para o outro esboçando sorrisos meigos e no talo tinha escrito: Atlantis em dourado numa fonte bem bonita. Eu havia gostado daquilo.  

— Gostou de alguma? – ouvi a voz do Brian, me virei para trás.  

— Claro. – sorri.  

— Me mostre.  

Assenti com a cabeça, me virei para a vitrine e apontei ao desenho do aquário, ele sorriu como se eu tivesse feito uma boa escolha. Entramos no estúdio de tatuagem, o tatuador já conhecia o Brian e ambos se cumprimentado. 

— Então, mais uma tatuagem é? – perguntou o tatuador ao Brian. 

— Talvez. Mas antes é ela.  

— Já escolheu o que irá fazer? – ele perguntou. 

Assenti com a cabeça, fui até a vitrine e mostrei o que queria, onde gostaria que ela estivesse. O tatuador pegou o desenho, voltamos ao estúdio e ele me fez me deitar na “maca” de tatuador e levantar a blusa, ele iria tatuar na costela no lado esquerdo, pois era com a mão esquerda que Brian escrevia, queria lembra-lo de alguma forma em mim. 

Senti a agulha doer, aquilo penicava e ouvia as risadas do Brian ecoarem pelo estudio. 

 Cretino.  

Ele iria me pagar, ele estava rindo das minhas caretas. Sabe aquelas olhadas sarcásticas do qual todo mundo sente medo e para tal ato? Essa era minha olhada para Brian, deixe-me relaxar e ele saiu de onde estava, apenas se sentou do meu lado e segurou minha mão. 

Depois de muito tempo, valeu a pena sentir toda aquela dor. Minha maior loucura é essa, uma tatuagem mundana, eu sei que a runa vai cobrir aquilo. Sai da “maca” e eu sentia o plástico enrolado, sentia vontade de coçar. Mas eu não podia, Brian decidiu fazer uma tatuagem no braço esquerdo, era a palavra “música” em chinês.  

Não demorou muito, aguardei ele fazer a tatuagem. Ele se fazia de durão, eu sabia que ele estava se sentindo agoniado, porém a minha tatuagem demorou horrores porque coloriram e teve uma coisa que Brian mandou acrescentar de ultima hora, era um boné vermelho escrito doze na cabeça de um dos peixes.  

— Está ficando bom. – disse Brian assim que estava terminando a tatuagem, ele se sentou na maca, pegou a camisa e vestiu a mesma. – Na próxima, farei outra tatuagem. – ele olhou para mim, satisfeito. – Farei você, farei seu rosto em meu braço esquerdo.  

— Brian, você quer virar um gibi? – ele riu – Me fazer? Não creio que essa não é uma boa idéia, vai que você me larga e pega uma prostituta em Vegas em algum strip club e pega mal, e acaba ela vendo a tatuagem, ficando puta contigo.  

— Gibi? Meu corpo sendo gibi? Acho que não. – o tatuador enrolava o plástico em volta do braço dele – Eu vou fechar esse braço antes dos 23 anos, eu juro. – ele sorriu – Quem disse que irei largar você por uma stripper de Vegas? Elas não fazem meu tipo, só uma garota me faz meu tipo. – ele saiu da maca e andou até a mim.  

— Ah é? Quem faz seu tipo? – sorri para ele, então ele passou a mão sobre meu queixo, fechei os meus olhos e sorri sem mostrar os dentes, era um sorriso sincero.  

— Digamos que uma morena californiana, o tipo da que está aqui em minha frente. – ele me beijou e eu coloquei os braços em volta do seu pescoço e retribui o beijo – é a única que está comigo. – ele disse ao finalizar o beijo.  

— Temos que pagar a tatuagem antes. – passo a mão sobre o bolso.  

— Não precisa – ele parou minha mão e retirou do seu bolso o dinheiro e entregou ao tatuador.  

Ele segurou minha mão e saímos do estúdio, fomos atrás da bicicleta e ele montou na mesma, eu subi atrás em seguida com ele. Ele começou a pedalar rápido pela cidade, em certos pontos ele ia devagar. Dava para ver meninas indo a boates parecidas com o pandemonium, até casais abraçados nas filas das boates.  

— Aonde quer ir? – perguntei. 

— Ah, eu não irei dizer.  

Ele pedalou mais rápido, entramos em um beco sem saída. Avistamos o beco molhado, escadas nas paredes dos prédios indicando saídas de emergências em caso de incêndio em apartamentos. Entramos e paramos em frente ao muro que indicava o fim do beco, no alto mostrava fumaça se expandindo para o alto, sai da bicicleta. Dei alguns passos até chegar ao muro, passo a mão sobre o mesmo e dedilho sobre o muro, notando algo estranho. Magia? Mexi meu nariz, ouvi os passos do Brian saindo de perto e o barulho da bicicleta cada vez mais longe. Aquela fumaça? Seu cheiro era estranho, olhei para os lados e não vi ninguém, exceto uma janela aberta em um dos prédios. Olhei para a janela, vi a mão de Brian exibindo sinal, eu fiz gesto com a mão pedindo tempo e ele entendeu.  

Peguei a estela com uma das mãos dentro do cano da minha bota, retirei aquilo e puxei a manga e passei sobre a runa da visão, ativando a mesma. A runa logo se ativou, era fumaça demoníaca, alguém está fazendo magia negra, uso a runa do salto e dei o impulso e saltei para cima do muro.  

Ficando em pé sobre o muro, eu vi um pentagrama enorme e um homem careca que aparentava ter quase uns 40 anos, ele pegava cada estaca enfiava a cada canto do pentagrama, e olho ao lado, vejo um garoto com cabelo prateado parecia ter em torno de 21 anos. Sua aparência era parecida com o cara careca. Aquilo me soava familiar, eu não sei. Eu não conseguia lembrar quando foi, minha memória era um verdadeiro inferno.  

Peguei o meu telefone, ainda sentindo a ventania fria e deslizei a tela de bloqueio, acessei a câmera traseira do meu iphone e tirei foto daquilo, vi que não pegou. Peguei a estela e desenhei uma runa do livro Gray para fazer objetos mundanos verem coisas do mundo submundo e novamente guardei a estela na bota e abri a câmera, capitou a imagem do pentagrama e tirei a foto, notei que o flash estava ligado e isso direcionou a atenção dos caras pra mim.  

Merda.  

Guardei o telefone no bolso, olhei chocada para aqueles rostos, eram familiares. Desci daquele muro alto rapidamente, corri mais rápido subindo as escadas do prédio. Entrei na janela que estava aberta, fechei a mesma e baixei a persiana. Suspirei fundo, olhei para o Brian que estava com os olhos arregalados, os mesmos se transformaram em preocupação.  

— O que houve? – perguntou Brian.  

— Nada. – ele se aproximou e acariciou o meu queixo – Só foram bandidos nada demais. – sorri para tranqüiliza-lo.  

— Está segura aqui. – ele respondeu 

Eu olhei em volta, era um apartamento. Basicamente um apartamento de Nerd, quadros com fotos de seriados, filmes, livros, quadrinhos. De quem era aquilo? Pufs no chão, estante cheias de jogos e livros. Olhei em volta, surpresa e confusa. Porque Brian me trouxe aqui e de quem era?  

— Onde estamos?  

— Estamos no meu outro esconderijo investido enquanto estava em Nashville. – disse Brian.  

— Mas como? Porque não me mostrou antes? – dei alguns passos a frente.  

— Era surpresa, eu queria que ficasse pronto antes da formatura. Vamos morar aqui, me avisaram que estava pronto e então, cá estamos.  

Andei pelo apartamento, observei cada detalhe. Era lindo, tudo que eu conseguia era sorrir, eu estava admirada para esquecer o pentagrama e os sujeitos mundanos tentando magia negra. Cheguei a cozinha, tinha panos do Mickey mouse, e uma fruteira da Minnie. Era algo novo, moderno, ao gosto atual e alegre e criativo. 

— Se tivesse me contado, eu teria investido uma boa grana aqui.  

Ele colocou as mãos dentro dos bolsos, se aproximou de mim.  

— Não precisa. Eu sei que não é o luxo todo que está acostumada com os Closts, mas é tudo que consegui, eu trabalhei duro nisso. Eu cantei no Java Jones durante muito tempo, mesmo antes de você retornar a New York, tudo por você.  

— Isso é demais.  

Eu estava sem palavras.  

— Tem mais uma coisa para você.  

 Ele andou até a direção a um corredor, eu o segui. Ele estava no final do corredor, em frente a uma porta e virou o seu olhar em minha direção, ele sorriu e esticou o braço, fez gesto com as mãos, então fui até ele. Ele abriu a porta, era uma sala de treino. Tinha armas, saco de boxes, adagas, espadas e chicotes.  

— Como fez isso? – dei alguns passos olhando cada lugar da sala – Como sabia que eu gostava de tudo isso? 

— Alec me disse que você gostava de lutar, então eu trouxe o que gosta.  

— Obrigada. – senti suas mãos sobre minha cintura, ele estava abraçado por trás de mim.  – Também é um ótimo lugar pra transar. – brinquei.  

— Verdade. Como não pensei nisso? – ele gargalha – Também só transamos em lugar estranho. – isso me faz gargalhar ao lembrar daquele momento.  

Eu mandei a foto para Izzy horas depois.  

Essa lembrança me trouxe uma resposta: A foto! Como eu não pensei nisso antes.  Sai da cama, peguei o celular imediatamente, desbloqueio o mesmo rapidamente e acessei a galeria de fotos, deslizei até as ultimas e achei a foto. Abri a porta do quarto e sai correndo, bati na porta do quarto do Alec, da Clary e em seguida bati na porta do quarto do Jace e do Max. Todos saíram armados e assustados, eu pedi para ambos se acalmarem.  

— Eu tenho uma idéia de como achar Valentine Morgenstern.  

Clary me olhou assustada, Alec me olhava confuso e Jace sorriu com a determinação em pegar Valentine Morgenstern. Max ainda parecia que estava dormindo, desbloqueio a tela novamente e mostrei a foto para Clary.  

— É ele? – perguntei sentindo uma certa aflição naquele momento enquanto encarava Clary naquele momento.  

— O próprio. – o tom de voz da Clary parecia sombrio e segurou o meu celular naquele momento - Não tem para onde correr. 

— Vou acordar o Hodge – Jace deu as costas naquele momento e foi andando em direção ao corredor onde estava o quarto do Hodge.  

— Como conseguiu isso? – Alec me questionou naquele momento enquanto tomava o celular das minhas mãos - Como o seu celular conseguiu capitar aquilo?  

— Selena me entregou isso faz 2 semanas atrás. 

Alec tomou o celular das mãos da Clary. 

— Por acaso contou a ela sobre aquilo? – ele perguntou e senti um pouco de preocupação no tom de voz dele – Ela não pode saber sobre aquilo.  

Do que ele esta falando? Contar o que?  

— Não.  

Max e Clary arregalaram os olhos bem confusos.  

— Temos que avisar a mamãe e a Selena precisa ir aos irmãos do silencio o mais rapido possivel e enquanto a mensagem de fogo não chega até a mamãe, apenas a mantenha distante daqui. - Alex afirmou naquele momento e olhou para os dois como quem diz que irá contar a Clary e ao Max o que estava acontecendo – Logo iremos resolver isso.  

— Tudo bem, eu faço isso. Os Closts são ótimos em fazer isso com ela.  

— Clary, vamos e iremos dar um jeito e qualquer noticia iremos dar a você. Iremos resolver isso logo.  

 Clary assentiu com a cabeça e saiu acompanhada pelo Max até a uma outra sala. Alex puxou a minha mão e me guiando até o quarto dele, abriu a porta e eu entrei naquele momento e ele fechou com força a mesma.  

— A memória da Selena está voltando, apenas a mantenha distante daqui do instituto. Ela não pode se lembrar do que houve no passado. Ela não pode ver mais esse cara.   

O que? Que memória? O que houve no passado?  

— Alec, pois sendo assim nem Clary deve ver ele. Direitos iguais, ele fez mal a ela assim como ele fez com Selena. 

Eu tinha que saber o que era.  

— O que Valentine fez com Clary, não deve ter sido tão pior quanto o que ele fez com Selena.  

O que ele fez comigo?  

— A memória da Selena é mais assustadora do que a da Clary. Clary consegue ver o submundo e Selena viu uma fatalidade do que se ocorre no mundo.  

Eu não estou conseguindo entender o Alec, mas não o questionei e assenti a cabeça concordando sem saber.  

— Emfim – ele suspirou – não iremos mais falar sobre isso. Papo morto e enterrado, entendeu? 

Assenti com a cabeça, a palavra ”entendeu” não estava e nunca esteve em meu vocabulario seja mundano ou angelical, muito menos em dicionário angelical e mundano com latim, espanhol e inglês com um monte de palavras das quais nunca usamos. Todo mundo sabe que eu sempre consigo o que eu quero, sempre quero as respostas sejam o quão perigosas sejam.  

— Ótimo.  

Ele deu as costas em direção a porta, abriu a mesma e saiu da mesma. Apenas o segui para fora do quarto, enquanto ele me olhava desconfortável e seguia com seus passos firmes e rígidos pelo corredor. Sua postura era de um líder, um líder fantástico e chato. Jace era o nosso líder, era o mais sarcástico de todos. Ele salvou nossas vidas varias vezes, se não fosse por ele. Acho que Brian teria  se adaptado com minha morte, e talvez tido filhos com a Charlotte a essa altura.  

Eca! Filhos! Charlotte! 

Não sei o que é pior imaginar Charlotte e Brian como casal ou aquele vídeo do cara que parece o slenderman dançando com aquela cueca de elefante e aquela coisa balançando do youtube.  

— Esculta, vamos analisar a imagem com calma  - Alec quebrou o silencio e paramos no meio do corredor que nos levava para o centro do instituto – Não conte isso a mais ninguém. Se não a Clave vai se intrometer e vai nos punir da pior forma.  

— A Clave sempre resolve tudo por nós e grande maioria das vezes não nos deixa provar do que somos realmente capazes.  

Eu fui para frente dele, a luz solar batia no vitral do instituto e coloquei as mãos sobre minha cintura e Alec recua um pouco para trás com as mãos para trás.  

— Somente desta vez – afirmou Alec. 

— Entendido.  

Ouvimos passos rápidos e familiares, olhamos para onde vinha os passos e virei meu rosto e sorri ao ver Jace e Hodge chegando. 

— Onde está a foto? – Hodge colocou a mão na cintura e nos encarou naquele momento – Como isso foi possivel? Como isso foi capitado no telefone? 

— Falem baixo, por favor. - Alex reforçou novamente ainda olhando para os lados e com os braços cruzados - Ninguém pode saber disso.   

— Aqui está – peguei o celular e mostrei a foto para ele. – Conhece?  

Jace tomou o celular da minha mão e deu o zoom para mostrar ao Hodge.  

— Ele está invocando um demônio – Jace analisou direito para ver qual era o tipo de pentagrama – Demonio maior  

Alec revira os olhos ao ouvir aquilo. Hodge levanta a cabeça e volta a nos olhar, seu olhar era pasmo e surpreso. 

— Isso é impossível, tem certeza isto não é uma das brincadeiras da Selena? - perguntou Hodge.  

— O que? – arregalei os olhos com tal acusação sobre mim, não estava acreditando que eu estava ouvindo aquilo - Ela jamais faria isso.  

— Izzy pegue a pasta do caso Selena e Alec venha pra sala de treino, iremos analisar alguns pontos da foto. – ordenou Hodge ao perceber a gravidade da situação - Quem sabe assim saberemos o que ele está aprontando. 

— A partir de que data?  

— Dia 23 de dezembro de 2003. – Hodge foi direto no ponto, olhei em suas mãos e ele estava girando o seu colar naquele momento – Traga na mesma hora.  

— Jace, acorde o Max e chame Clary. – ordenou o Alec. 

— Deixe comigo – Jace sorriu como se fosse aprontar algo naquele momento – Max será bem acordado.  

Alec o olhou sério e cruzou os braços dando a entender que aquilo não tinha nenhuma graça naquele momento. 

— Estou brincando. – Jace deu as costas e seguiu em direção ao quarto do Max, mas ouvi o seu sussurro – não prometo nada.  

Desci as escadas que me levavam ao centro do instituto. Eu sabia de quem eu iria conseguir o meu caso. Isso mesmo! O secretario do instituto chamado Harry, o nerd do instituto e há fofoca dos nephlims que ele é virgem. O instituto também tem nephlims fofoqueiros e são arrogantes segundo Magnus e o submundo quase todo. Eu não acho, depende. Todo ambiente é um ambiente de jogo, tem sempre desde fofoqueiro ao metido a esperto.  

Instrumentos para sobreviver entre nephlims e humanos: Mentiras, esperteza, persuasão, sedução, maldades, joguinhos mentais, pervertido e muito desaforo. Ah é, quase me esqueço: Manipulação, o prato principal.   

Embora a bondade e a honestidade sempre supera em vários aspectos, também é importante ressaltar que seu oponente seja parente ou desconhecido ou a prostituta do andar de cima que só falta quebrar o teto do apartamento com sua força brutal de um gigante do conto João Pé de Feijão durante a noite é capaz que te passar a perna com muita facilidade, de todas as maneiras. Nunca sabemos o que são capazes, mas ao mesmo tempo sabemos que são capazes de tudo.  

Cada um tem sua alma, a alma infernal. Eu tinha a minha alma infernal. Nunca sei quando falam a verdade, quando mentem. Muitas das verdades sempre são escondidas por baixo de desaforos e brincadeiras, mas quem for inteligente o suficiente para conhecer o jogo ou seu oponente sabe o que há entre brincadeiras e desaforos. Todo mundo que tem uma alma infernal, cria camadas, varias camadas. Eu tinha as minhas camadas, era o que me tornava especial.  

Camadas. Camadas infernais, as que nos atormentam e nos obrigam a criar milhares de camadas, uma para cada pessoa que nos passam em nossas vidas por causa de suas atitudes e negações. Uma para falar o que sua mãe quer ouvir, uma para o que você quer falar, uma para você falar o que seu namorado quer, uma para seus segredos devassos da sua mente, uma para seus segredos e pensamentos mais perversos, maliciosos do qual eu gostaria de chamar X-videos mental e particular de alguém e entre outras camadas até chegar na sua, na qual você tem a camada para disfrutar de si mesma. 

— Olá, Harry. – me aproximei dele e ele levantou sua cabeça rapidamente enquanto seu dedo foleava a papelada – Como está?  

Não é só o Jace que leva jeito para encantar alguém para conseguir o que quer. Eu tinha esse serviço ao meu dispor sempre que eu queria.  

— Ah – ele me olhou envergonhado e desajeitado naquele momento – Estou bem, Isabelle. O que a traz aqui? 

— Que bom. – sorrio para ele com convicção e coloquei o meu braço no balcão naquele momento – Poderia me fazer um favor?  

— Claro. Que tipo de favor? – ele deixa papelada de lado e sorri apaixonado e fascinado. – Eu faria qualquer tipo de favor, o que quiser.  

O sorriso. O maldito sorriso, o sorriso travesso do qual eu sabia fazer. Aquele sorriso daqueles que estragam sua mente, seu coração dá um nó de tão bagunçado e torcido como se tivesse uma corda envolvendo ele, e o pressionando tão forte quanto uma bomba, fazendo com que as artérias ficam bagunçadas e confundidas com as veias tão fáceis a ponto da bagunça de misturar.  

Pobre Harry.  

— Eu preciso da ficha do caso Selena Nicole Lightwood, data 23 de dezembro de 2003, querido.  

— Desculpe, mas não posso. Isso é contra as regras. – Harry retomou uma postura firme, retirei o casaco e deixando o meu corpo um pouco mais a mostra – E isso só a Maryse pode ver.  

 Bancando o difícil? Eu adoro um desafio.  

— Ah, mas que pena. – fingi uma certa decepção naquele momento e me aproximei dele encarando os olhos dele – Eu tenho um acordo, querido Harry.  

— Seja o que for, não irei dar a ficha.  

Manipulação + jogo sujo. 

— Sabia que o instituto todo diz que você é virgem e gay? – ele negou com a cabeça enquanto ficava concentrado naquele momento - Imagina se isso cai no submundo, não seria legal. Você não acha? 

— Eu seria uma piada.  

— Principalmente nas batalhas em Idris. Você quer tirar isso, não é?  

Nephlims conseguem ser cruéis. Na Academia dos Caçadores de Sombras, os alunos mundanos recém transformados sofrem preconceito dos nephlims e são trancados num local ruim. Mas não conseguem chegar ao ponto da crueldade das fadas e só eu consigo.  

— Sim.  

— Fazemos o seguinte, você me da a ficha e brincamos de 7 minutos no paraíso. Aceita?  

— O que é 7 minutos no paraíso?  

— 7 minutos no paraíso, é um jogo mundano. Funciona da seguinte maneira, você me encontra no meu quarto e eu te dou 7 minutos de pura diversão.  

Ele pensou um pouco.  

— Tudo bem, acordo feito. 

Acabei de ouvir o canto de um anjo? Meus ouvidos amam ouvir isso.  

— Ótimo, eu te encontro em 5 minutos em meu quarto.  

Beijei sua testa, me afastei deixando a mostra o sorriso do qual eu chamo de sorriso matador ou sorriso satisfeito. Venha e pegue! Tentador, não é querido Harry? Eu gosto disso, isso é uma das coisas que Brian gosta e também consegue tirar ele das quadras de basquete. Quer tirar meu namorado das quadras quando está concentrado? Provoque. Mas não o provoque de qualquer jeito, seja esperta e faça direito. 

Sai caminhando pelo instituto, eu sabia que ele iria vir atrás. Já ouço de longe sua cadeira ser arrastada para trás, a gaveta da mesa sendo puxada rapidamente, os pés se movendo prontos para se levantar. Pegou a ficha? Amo esse barulho. Vejo Jace me acompanhar em direção a sala de treinamento do Hodge.  

— Conseguiu? – Jace perguntou e claro, ele ouviu toda a encenação que eu fiz pra cima do Harry - Sério que vai cumprir o acordo?  

— Daqui a 5 minutos, ele me entrega. – viro meu rosto para Jace sorrindo satisfeita naquele exato momento - É claro que sim. Eu sou uma mulher de palavra. 

Na mosca! 

Hodge e Alec estavam analisando a foto com o meu telefone em mãos. Marrom. Marrom é cor da terra, mas também é a cor de clareza de pistas. Não hesite, se você tem algo, uma arma e distração fixa para os homens e o meu telefone é a prova disso. Revire suas lembranças até as memórias que não tem, são excepcionais em caso de emergência.  

Talvez esteja me gabando.  

— Onde está a ficha? – Hodge levantou a cabeça – Precisamos dela. 

— Eu já dei conta disso.  

— Eu não a vejo aqui, então não deu conta. – Alec estava sentado na cadeira ao lado de Hodge – Vá buscar a ficha.  

Olho por cima do ombro e sorrio assim que o vejo se aproximar. Salva por um barulho de porta se abrindo e rangendo. 

 Obrigada, Harry! Salvou a minha linda pele, me virei para ele e dei alguns passos até ele, apenas ele segurava a pasta com um sorriso bobo no rosto. Ele estava cheio de expectativas e eu sabia que ele era afim da Izzy já tinha um tempo.  

— Aqui está, Isabelle. – ele estende a pasta e então a pego em minhas mãos – depois me devolva. 

— Claro. – seguro a pasta e esboço um sorriso para ele, o deixei um pouco sem graça – Obrigada.  

Inclino o meu corpo para chegar ao ouvido dele.  

— Daqui um pouco eu chego. – sussurro em seu ouvido e logo me afasto lentamente com a pasta em mãos - Só segura mais um pouco ai.  

Ele assente com a cabeça, confirmando que sim. Eu dou as costas e sigo em direção aos meninos e ouço os passos do Harry ir embora. Andei até Hodge e Alec e entreguei a pasta em suas mãos e cruzei os braços. Jace puxou as fotos da pasta assim que Alec e Hodge abriram a pasta.  

— Alec, me descreva o garoto que estava machucando Selena naquele dia. - pediu Jace.  

— Ele era alto, parecia ter 13 anos na época, postura firme e cabelos platinados. - relatou Alec. 

— Acho que tantas experiências que Valentine – Hodge solta um grunhido de dor com a mão no pescoço – que ele já fez, já o tornou imortal que ele queria.  

— Ele deve ter um filho e a Clary reconheceu o careca como o Valentine. 

— Se Valentine tem um filho, o garoto é quem machucou Selena ao pedido dele e seja tão ruim quanto Valentine. – Jace virou o retrato falado do garoto para nós, peguei o analisando e investigando a minha mente tentando encontrar alguma familiaridade – O garoto é habilidoso, no relatório de Selena ela diz que ele era habilidoso com arco e flecha. 

— A maldade é de sangue. – Alec deixa claro e isso mostra que o caso era pessoal para o Alec – Isso deve corroer ele sempre. 

Ele é familiar e não lembro onde o vi e eu nunca disse isso.  

— Provavelmente bastante forte, ele cortou o cabelo dela – disse Hodge mexendo na ficha e segurando contra o rosto.  

Meu cabelo. Ninguém toca em meu cabelo! Mamãe disse que o meu cabelo era curto porque eu o perdi numa batalha em Idris.  

— Cortar cabelo não é um nível de maldade extrema, é coisa de adolescente de colégio. – aleguei ainda tentando disfarçar que eu ainda era a Isabelle – Maldade extrema seria tentar matar a Clary.  

— Isabelle, não o defenda! – Alec tentou manter a calma, ele pegou mais arquivos naquele momento – Ele machucou a sua irmã de forma feia. 

Tomei o retrato falado do filho do Valentine e analisei o mesmo bem com tentativa de reconhecer o rosto e comparei com a foto.  

— Eu não estou o defendendo. 

“Perfeito.” 

Labios finos se movendo e uma voz de menino ruim era o que vinha na minha cabeça no momento. Eu me arrepiei, balancei a cabeça e pisquei os olhos rapidamente, olhei o retrato falado, os lábios eram iguais aos da imagem.  

Perfeito? O que significava aquilo?  

— Está tudo bem, Isabelle? – perguntou Alec ao ver que senti um certo arrepio.  

— É só uma tontura – menti.  

— Antes que piore, é melhor você descansar ou tomar algum remédio. – Jace me olhou com uma certa preocupação - Não se exija muito.   

— Cuidamos disso sozinhos. – Hodge tomou de volta o retrato falado da minha mão e colocou a mão sobre o meu ombro. – Depois falamos no que deu. 

Assenti com a cabeça e dei as costas, segui pelo corredor até chegar ao quarto. Harry já estava na porta, abro a porta e o puxo pela gola da camisa dele, ele entra e fecho a porta. Quem sabe isso me faça esquecer, o perfeito que me deixou intrigada. Tranco a porta, empurro Harry contra a porta e me aproximo dele, começo a beijar ao seu pescoço com calma e mordo sua orelha, minhas mãos descem até a cintura e brincam com a barra de sua camisa com intenção de levantar a mesma.  

“REBOLE PORRA!” 

Saio de perto do Harry rapidamente, respirando ofegante. Não era aquela respiração de prazer, era de medo. Minha boca formava um perfeito “O”, era um horror. Gritos na minha cabeça, eles eram gritos infinitos. Eram meus gritos, eu estava enlouquecendo e ouvia choro na minha mente, eu não conseguia ver o que estava acontecendo.  

— O que houve? – perguntou Harry sem entender absolutamente nada da minha reação - Foi alguma coisa que eu fiz. 

— Só uma tontura – novamente menti,  

— Olha, deixe isso para depois. – Harry se preocupou comigo e passou a mão sobre o meu rosto. - Não precisa ter pressa com isso.  

— Não! – gritei.  

— Está tudo bem, não exija de si mesma. – Harry tentou me acalmar novamente e sorriu meio fraco - Não se preocupe, Izzy. 

— Harry, você é um bom rapaz. Mas... não é culpa sua, é minha.  

Ele sorri.  

— Está tudo bem, faça quando puder e irei cobrar – ele brinca.  

— Espera, eu sei que eles vão comentar e tive uma idéia.  

Baguncei seu cabelo, desabotoei sua camisa e abootoei de novo todo errado, baguncei sua roupa e óculos, passei a mão sobre o seu cabelo, puxei suas calças para baixo e abri o botão da mesma e deixei sua cueca aparecer. Beijei seus lábios e os mordi levemente, me aproximei e fiz um chupão sobre seu pescoço e clavícula e mordi sua orelha deixando a mesma vermelha e beijo sua bochecha deixando a marca de batom na mesma. 

— Perfeito. Agora vai lá, tenho certeza que irão falar disso. – sorri satisfeita. 

— Tem certeza? Um dia, eu te recompenso. – ele piscou e abriu a porta, saiu do quarto. 

Tranco a porta do quarto da Isabelle, vou andando até a cama, me jogo de costas. Eu me sinto uma bagunça: Dentro e fora, tudo parecia soar em preto e branco. Ser Isabelle exigia ser alguém durona, sem coração, ser porta segredos. Eu não estava entendendo esses flashs, essas fotos, esses lábios, essas palavras em minha mente.  

Fecho os olhos, relaxo e parece que estou caindo em um poço sem fundo, totalmente escuro e não consigo gritar, eu estava caindo tão rápido. Após minutos caindo, eu abro os olhos e respiro ofegante, mas parecia que o meu corpo não conseguia mover meu corpo de jeito nenhum, eu estava com medo e muito medo.  


Notas Finais


Até o proximo capitulo...
Será que o fim já está chegando??????


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