Suba a bordo
Vamos devagar e rápido
Luz e escuridão
Me segure forte e calmamente
Estou vendo a dor, estou vendo o prazer
Ninguém além de você, além de mim, além de
nós
- PILLOWTALK, ZAYN
S/N
Seul, Coréia do Sul
Eu já estava além do significado que a palavra bêbada carregava quando Sunhee chegou com mais uma garrafa de soju na mão. Jungkook também já não estava mais sóbreo, assim como os garotos. Ele estava dançando Crazy in love com Bong Hye de uma maneira que eles pareciam um casal, fazendo com que eu e Sunhee ríssemos. Os outros garotos estavam bem ao nosso lado, jogando beer pong de uma maneira tão animada que evidenciava o quão alcoolizados todos estávamos. Já passavam das quatro da manhã e os convidados ainda estavam gritando, cantando e bebendo como se a festa tivesse acabado de começar. Definitivamente não havia nenhum sinal de fim para a noite de Jimin.
– Isso! – V grita, batendo as mãos nas de Minho. Eles haviam acabado de fazer um ponto e estavam jogando contra Jimin e Taemin. – Eu acertei a tequila?
– Não, você acertou uma vodka estranha. – Taemin faz careta cheirando a bebida e virando o copo. – Nossa! É muito forte.
– Vai ter volta. – Jimin resmunga, antes de também virar o copo que V havia feito o ponto. – Aigoo! Desceu rasgando.
Jungkook permanecia na minha frente, ainda dançando com Bong Hye. Ele estava tirando o paletó de uma maneira sensual, fazendo meu amigo rir e Sunhee levar as mãos aos meus olhos, os tapando.
De repente toda a graça que envolvia o momento e cada um dos movimentos de Jungkook se transformou em algo que me fez incendiar por dentro. Meus pensamentos se tornaram perigosos e eu só desejei que todo mundo sumisse e eu tivesse a atenção dele só para mim. Cada parte dele me fazia sentir totalmente rendida. A clavícula, marcada pela camisa social branca. O maxilar, os braços, as coxas.
– Tá tudo bem? – ele se aproxima, me fazendo sair dos pensamentos. – Você parece pensativa.
A música que estava tocando já era mais calma e eu nem havia percebido que eles não já estavam mais dançando.
– Não. – falei firme. Sunhee me olhou sem entender e segurou a risada. – Acho que eu não estou bem. Talvez seja o calor, não sei.
– Você está passando mal? – ele torce os lábios, desconfiando. Jungkook me conhecia o suficiente para saber que eu não estava falando sério. – Vamos subir?
Assenti satisfeita e ele riu, entendendo o que estava acontecendo. Nos despedimos de Sun e Bong Hye e acenamos para os meninos.
Jimin havia fechado o hotel e os convidados tinham suítes à disposição para dormir, para que ninguém corresse o risco de voltar para a casa dirigindo ou saísse das dependências do hotel em condições comprometedoras. Era basicamente uma maneira de evitar que alguém tomasse alguma atitude imprudente em consequência de estar bêbado. E considerando que a maioria dos convidados presentes na festa eram celebridades coreanas e que a mídia estaria em cima de todos, a preocupação dele era totalmente compreensível. Haviam diversos paparazzis na rua do hotel, ansiosos por qualquer migalha de informação. E se algo “comprometedor” acontecesse be na frente deles, na manhã seguinte haveriam fotos, vídeos e tabloides polêmicos exclusivos por toda a imprensa coreana. Era absurdo de se pensar, já que todos nos comportamos de maneiras questionáveis e inconsequentes quando estamos bêbados. Mas na Coréia isso era algo muito maior e poderia destruir carreiras.
Jungkook já havia pego a chave na recepção e conforme fomos caminhando pelos corredores do hotel, eu percebi que estávamos em frente a porta do quarto onde tudo havia começado.
– Eu não acredito que você fez isso. – deixo uma risada sem graça escapar, entrando e analisando cada canto.
– Não tinha como não fazer. – ele sorri, fechando a porta.
Jungkook permaneceu em silêncio e sentou delicadamente na cama, largando o paletó de lado. Me escorei na bancada de baixo da televisão e fiquei de frente para ele, deixando um sorriso malicioso escapar involuntariamente enquanto eu o observava.
– O que foi? – me olhou curioso. – Você parece o lobo mau prestes a comer a vovozinha.
Ri e balancei a cabeça, o fazendo arquear as sobrancelhas. Me mantive em silêncio e caminhei lentamente até ele, me abaixando e apoiando as mãos em suas coxas. Ele abriu a boca para dizer algo quando eu dei uma leve mordida no local, mas acabou não dizendo nada.
Eu podia ouvir o som abafado de Distraction, da Kehlani, que tocava ao lado de fora do hotel. Também era possível ouvir alguns gritos e as risadas altas dos convidados que passavam pelo corredor.
Me sentei no colo de Jungkook, ficando de frente para ele e depositando alguns beijos em seu pescoço. Começamos um beijo calmo que foi se intensificando rapidamente. Minhas mãos estavam afundadas entre os fios de cabelo de Jungkook, enquanto as dele passeavam entre minhas coxas e minhas costas.
Jungkook levou uma das mãos até minha nuca e eu o empurrei de leve na cama. Ele mudou nossas posições para que pudesse tirar a camisa e acabou ficando em cima de mim, distribuindo beijos do meu pescoço até a minha clavícula. Fechei meus olhos com força e deixei um suspiro sair por entre meus lábios, observando Jungkook deixar um sorriso satisfeito ser esboçado em seu rosto.
Invertemos nossas posições novamente e eu comecei a traçar uma linha de beijos no abdômen dele. Jungkook levou as mãos até minhas costas e depois de algumas tentativas conseguiu abrir o zíper do meu vestido longo preto, me fazendo virar de costas para que ele pudesse puxa-lo. Observei a roupa cair lentamente até entrar em contato com o chão, ao mesmo tempo que uma das mãos de Kook foi até o meu cabelo, o afastando de meu pescoço para que ele pudesse distribuir beijos lentos por ali.
Os beijos aleatórios que ele dava em meu pescoço não me permitiam pensar em coisas aleatórias. Eu só conseguia pensar no quanto eu queria Jungkook e desejava cada pequena parte do corpo dele.
Ele deitou meu corpo novamente na cama e cada centímetro da minha pele que se encostava na dele era um impulso para que minha respiração ficasse ainda mais descompassada. Os toques firmes das mãos de Jungkook na minha coxa direita eram como delírios.
Ele puxou minha calcinha com cuidado enquanto olhava firme em meus olhos, me fazendo morder o lábio inferior. Seu polegar fez um carinho certeiro e demorado em minha intimidade, antes que ele finalmente começasse a passar a língua por ela. Foram alguns minutos assim, desejando apenas parar naquele momento para sempre.
Quando minhas mãos foram cegas em direção a boxe de Jungkook, ele me ajudou a puxa-la para baixo.
– Você não trocou o seu anticoncepcional dessa vez, não é? – ele me olha sorrindo. Balancei a cabeça rindo e Jungkook se aproximou de mim novamente, beijando meu pescoço. – Ótimo.
Quando percebi, ele já estava dentro de mim, se movimentando de um jeito que me deixava absolutamente entregue. Minhas mãos apertavam forte o lençol embaixo de nossos corpos e gemidos preenchidos de prazer fugiam da minha boca. Tudo se tornava ainda mais torturante com os gemidos de Jungkook ao pé do meu ouvido. Ele diminuiu a velocidade dos movimentos enquanto uma de suas mãos passeava pela extensão da minha cintura, e eu pensei que pudesse desmaiar. Cada centímetro de mim ansiava por Jungkook naquele momento, e quanto mais eu o tinha, mais me sentia necessitada.
Os arrepios foram se intensificando e eu puxei o corpo de Jungkook ainda mais para perto do meu, beijando o pescoço dele e o ouvindo gemer. Eu tinha a impressão de que ele nunca estava perto o suficiente.
E foi agarrada ao corpo de Jungkook que eu cheguei ao prazer máximo. Mordi meu lábio inferior sentindo cada parte de mim formigar e cravei minhas unhas na cintura dele. Nada mais importava naquele momento.
Jungkook também chegou ao ápice dele e sua respiração ficou pesada quando a fraqueza bateu. Eu o puxei para mim e beijei delicadamente sua cabeça, sentindo os dedos dele deslizando suavemente pela minha barriga, fazendo desenhos.
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