Capítulo quatro - Parte 2
Assim que Justin me coloca no chão e fecha a porta, eu me viro e pego a primeira coisa que vejo e jogo nele, quando o prato de macaronada bate na porta ele se vira para mim.
- Você está louca?
- Sim, completamente - respondo rindo - Saia da minha casa - eu mando.
- Nós vamos conversar - ele da um passo para mais perto e eu pego um vaso de flor - Você está completamente descontrolada.
- Sim, eu estou - grito - Você me mandou embora, você me deixou ir embora, e agora está aqui querendo conversar, nós não temos nada para conversar. - Ele passa as mãos no rosto e suspira.
- Por favor, só me escute, então.
- Porque você acha que eu deveria te escutar? - Abaixei o prato.
- Porque você me ama - jogo o prato no chão e me viro indo para meu quarto.
- Sai da minha casa - antes que eu chegue no quarto, Justin segura meu braço.
- Por favor, Cecília - ele me puxa contra seu peito - Por favor, me escute, se não porque você me ama, então porque eu te amo - olho em seus olhos, e tudo que eu vejo lá é assustador, tanto sentimento em seus olhos que sempre foram frios.
- Eu te odeio - Bato em seu peito - Odeio você - grito em seu rosto, sentindo as lágrimas escorrendo por meu rosto. - Você não tem o direito de me dizer isso - Grito em seu rosto.
- Eu sei - ele segura meus braços com uma mão, e a outra mergulha nos meus cabelos, trazendo minha cabeça para seu peito.
- Eu odeio tanto você - choro em seu peito.
- Eu sei, Lia - ele me pega no colo e caminha comigo para o sofá, Justin me deixa no sofá e se senta no chão, de costas para mim, eu não sei quanto tempo eu chorei, mas ele ficou ali, parado me escutando.
- Porque você veio? - pergunto baixo.
- Porque minha casa está aqui - ele responde - Charlotte não é minha mãe - Ele diz depois de alguns segundos em silêncio.
- Pattie - ele concorda com a cabeça. - Sinto muito.
- Eu estou fazendo terapia - eu agradeço por ele estar de costas se não veria minha cara de surpresa - Duas semanas depois que você foi embora, Pattie não aguentava mais ter que comprar copos e whisky.
- Como está indo? - pergunto antes que possa me controlar.
- Bem, eu acho - Ele suspira - Ryan quer que você vá a uma consulta, alguma merda de terapia de casal.
- Não somos um casal - lembro ele. - Por isso você veio?
- Não, eu vim porque não aguentava mais ficar longe de você.
- Porque me deixou ir então? - Justin se vira para mim.
- Eu me arrependo disso todos os dias.
- O seu arrependimento não vai me ajudar a juntar o que você quebrou - ele concordou com a cabeça - e não foi só meu coração Justin, foi a minha confiança. - Ele volta a se virar para frente. - Você já falou com Pattie.
- Não tenho nada para dizer a ela.
- Você é tão hipócrita - me levanto do sofá. - Você está aqui me pedindo para escutar você, mas você não quer escutar sua mãe.
- Ela me deu a Charlotte - ele respondeu dando de ombros.
- Você sabe o porquê? - Cruzei meus braços no peito. - Se você não falar com ela, eu não vou te escutar mais - ele me olhou.
- Você está me chantageando?
- Sim - respondi simples.
- Eu não vou falar com ela. - respondeu frio.
- Você sabe onde fica a porta - me virei para caminhar para meu quarto.
- Cecília - ele sibilou meu nome - Você vai fazer a consulta comigo.
- Depois que você falar com Pattie - me virei para ele.
- Quando podemos ir?
- Eu não vou a lugar nenhum - voltei a caminhar para meu quarto - Traga eles aqui - fechei a porta do quarto e me encostei na mesma, dez minutos depois escutei a porta fechar, abri a do meu quarto e caminhei até a sala, os cacos de vidro do prato que quebrei tinham sumido, junto com toda a bagunça.
Suspirei quando abri a porta do ateliê a Justin estava ali, fazia três dias desde da nossa discussão e ele tinha sumido.
- Pattie e Ryan chegam no final do dia - ele disse, me entregando o copo do café.
- Eu vou para o vinhedo no final da tarde - peguei o copo.
- Posso...
- Eu vou dirigindo - fiz uma pausa - Sozinha. - Completei
- Tudo bem. - ele voltou para o carro o como todos os outros dias, passou o dia ali.
Quando chegou a noite, arrumei uma pequena mala e desci para meu carro, assim que liguei o mesmo, o carro de justin me seguiu até chegarmos no vinhedo.
- tesouro! - Papai me abraçou assim que sai do carro.
-Hey, papai - Abracei ele.
- O que ele está fazendo aqui, Bella? - ele não tentou falar baixo, segui seu olhar encontrando o de Justin.
- Boa noite, Giovanni - Justin acenou com a cabeça. - Eu vou encontrar com meu pai, você sabe onde me encontrar. - Acenei com a cabeça.
- Você tem muito que explicar, Bella - Papai disse me levando para dentro.
Explicar e entender, papai.
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