História Recém casadas - Lembrando

Ava

Chegamos na sala e tinha uma mulher muito parecida com a senhora Lance e um homem que devia ser um pouco mais velho que a mulher olhando tudo ao redor e dois adolescentes que eu podia jurar ser irmãos.
 

- Tia… Tio que saudades…. Aí meu Deus como vocês cresceram. - Sara abraçava e apertava eles e eu estava feliz por ver a felicidade dela.

- Amor! Esses são o tio Sam, tia Mary que é irmã da minha mãe e esses são os meus primos Tina e Victor. - Sara fala na maior empolgação e eu aperto a mão deles e sou puxada para um abraço pela tia da Sara.

- Prazer sou a Ava.

- Prazer querida e que casa é essa? Gente eu não estou acostumada com esse luxo. - Eles olhavam para os lados como se a mansão fosse feita de ouro.

- É de quem essa mansão? - A menina que eu acho que deve se chamar Tina perguntou.

- Eu herdei do meu avô e agora é minha e da Sara. - Respondo abraçando a Sara pela cintura e recebo um sorriso e um beijo da bochecha.

- Vocês não iam chegar junto com o resto amanhã cedo? - Que? Como assim o resto?

- O resto? - Minha cara de confusa devia estar visível.

- Falta meus outros tios, primos e sobrinhos… - Ai senhor… Resolvo sentar e esperar pra ver no que isso ia dar.

- A cara da sua esposa foi a melhor Sara e sua prima vai responder o motivo de termos vindo mais cedo.. - Todos olham para a menina que fica com uma cara raivosa.

- É que meu ex tinha os olhos só pra mim, mas o pinto pra todas. - Fico espantada com a sinceridade da menina.

- Então resolvemos vir mais cedo prima pra poder mudar de ambiente.

- Vocês têm quantos anos? - Pergunto olhando para os primos da Sara

-Temos 19 anos e sim somos gêmeos. - Acho que o Victor falou isso por causa da minha cara, mas na verdade eu lembrei de alguém.

- Que legal! - Logo eles começam a colocar a conversa em dia e eu fico quieta só olhando a minha esposa falar, logo o Spike se aproxima e deita no meu colo e eu fico fazendo carinho nele….

- Você sempre usa luvas? Não está frio – Olho para o Victor sem saber o que falar direito.

- Victor olha a falta de educação.

- Esta tudo bem…. Eu sou pianista Victor e por isso uso luvas pois as minhas mãos são importantes e as vezes o vento as machuca. - Todos olham pra mim e eu me encolho de vergonha.

- O papo ta bom só que eu vou ter que ir até a academia assinar uns papéis que o Ray falou… Vem comigo Aves? - Sara levanta e estende a mão pra mim.

- Claro… Fiquem a vontade e qualquer coisa é só ligar. - Chamei o meu motorista e a Sara não parava de resmungar.

- Eu sei dirigir Ava – Ela cruza os braços igual uma criança e faz um beicinho que eu não resisto e acabo mordendo.

- Você gosta de me morder senhora Lance.

- Gosto muito. - Demos um selinho e fui o caminho inteiro fazendo carinho nos cabelos da Sara.

Chegamos na academia e eu fiquei olhando os troféus, fotos e todo o ambiente enquanto a Sarra estava conversando com o amigo dela. Enquanto eles não voltavam eu fiquei olhando uns garotos lutar e isso me fez imaginar a Sara. Será que ela se machuca muito? Corre algum risco? Não queria ver ela machucada, mas essa foi a profissão que ela escolheu então só me cabia aceitar… Logo eles voltaram e a Sara me convida para dar uma volta então eu me despeço do Ray e nós partimos rumo ao park.

- Amanhã a minha família inteira chega e já quero ir pedindo desculpas – Dou uma gargalhada cortando o que a Sara estava falando.

- Tudo bem querida… É bom ver a casa cheia. - Sentada na grama com as Sara no meio das minhas pernas eu olho para aquele lago e penso em como tudo pode mudar do nada.

- Domingo nós vamos fazer um churrasco com todo mundo… Vai vir algum familiar seu?

- Vou convidar a Nora e o Gary.

- Gary? Quem é esse? - Sara me olha com uma cara confusa.

- Um amigo que ajuda na administração da escola.

- Ta bom… - Ficamos olhando para a frente e eu entro em conflito sobre me abrir ou continuar guardando tudo para mim.

- Minha mãe se chamava Marta e meu pai Thomas…. Eu também tinha uma irmã gêmea chamada Cass… Minha mãe não gostava de nome comprido. - Solto uma risada de leve para descontrair 

- Você tinha quantos anos?

- Oito

- Quando começou seu amor pelo piano?

- Eu tinha cinco anos e eu e Cass achamos o porão e lá tinha um piano marrom…. Cass achou as tintas da minha avó e pintou todo o piano por fora… Não consigo me lembrar muito, mas lembro da mamãe brigando e o vovô falando que ela fazia o mesmo com as paredes….

- Obrigada por começar a se abrir… - Olho para ela e suspiro

- Só não vai embora depois desses três meses – Sussurro em seu ouvido e escuto um nunca no meio do começo do nosso beijo.

Paramos para tomar um sorvete e seguimos para casa, depois de jantar e conversar muito nós subimos para o quarto e hoje eu não ia tocar piano, hoje eu vou tocar outra coisa…. Espero a Sara tomar banho e quando ela vai se deitar eu vou e tomo banho e me arrumo e depois paro  na porta e vejo os olhos e boca bem aberta da minha esposa.

- Você vai tocar agora? 

- Hoje eu vou tocar você senhora Lance.