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História Red eyes, S. Stilinski - Prólogo - História escrita por mini_tobi - Spirit Fanfics e Histórias
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História Red eyes, S. Stilinski - Prólogo


Escrita por: mini_tobi

Capítulo 1 - Prólogo


O vento fresco soprava com certa força naquela manhã ensolarada de verão, fazendo as folhas das árvores sacudirem. Por trás das nuvens o sol brilhava. Um garotinho corria pelo campo aberto, afundando-se cada vez mais na floresta, os raios solares refletia em seu corpo, fazendo o seu cabelo loiro parecer fios de ouro puro. A sua respiração estava ofegante, o seu coração batia forte e rápido em seu peito, podendo ouvi-los em seus ouvidos.

Havia árvores para todos os lados, se Leonard não conhecesse aquele território, ele se perderia facilmente.

O garoto batia os pés fortemente no chão, trotando algumas vezes. Os pés descalços amassavam as folhas secas. Assim que avistou a maior árvore daquela floresta, Nemeton, Leonard entrou no buraco que havia abaixo da grossa raiz que sobressaia do chão.

Leonard tampou a boca com ambas as mãos e tentou acalmar a própria respiração, a abafando. Sentia as gotas de suor descer por seu pequeno corpo, estava na estação mais quente do ano.

Os seus olhos castanhos estavam focados na entrada do buraco por qual entrara, e naquela mesma posição ele ficou por alguns instantes, que para ele pareceu longa.

Tomando coragem, o garoto engatinhou para a saída, colocou a cabeça para fora para olhar ao redor. A luz do sol bateu em seu rosto, fazendo-o piscar os olhos para se acostumar com a claridade. Assim que seus olhos acostumaram-se com a luz, ele olhou para os lados, não avistando a cabeleira loira de seu irmão, sorrindo, o garotinho saiu do esconderijo. Ajoelhou-se atrás da raiz e olhou para o lado direito do tronco exageradamente grosso da árvore. Suspirou aliviado. Porém, assim que virou-se para o lado contrário deu de cara com Niklaus apoiado na árvore com os braços cruzados, o rapaz estava com a blusa branca manchada de lama e folhas, os seus olhos azuis brilhavam sob a luz do sol, e um sorriso adornava o seu rosto.

Leonard gritou assustado, e tombou para trás, caindo deitado de costas no chão. Logo em seguida o garotinho estava rindo ao ser vítima de cócegas em sua barriga e costelas.

— Nick! — gritou já sem fôlego, engasgando-se algumas vezes com o próprio riso.

— Admita que sou melhor nessa brincadeira. Sempre irei te achar — Klaus sorriu, ajoelhado entre as pernas da criança.

— Não! — exclamou. Leo desvencilhou-se das mãos do mais velho, levantou-se e correu.

Mal deu poucos passos quando sentiu o seu corpo sendo erguido do chão. Leonard gargalhou, Klaus rodeava em volta do próprio eixo com o garoto em seus braços.

— Okay! Okay! Você é o melhor no pique-esconde! Você venceu! — exclamou em redenção, sentindo-se tonto. Continuava a rir.

Ambos caíram sentados no chão, Léo tendo a sua queda amortecida pelo corpo de Klaus.

— Eu sempre ganho, pequeno raio de sol — disse convencido — Eu sempre vou te achar, Léo.

O garoto sorriu, o seu rosto estava vermelho de tanto rir, e suas bochechas doíam por causa do sorriso que expandia sobre os seus lábios. Leo soltou-se do aperto do mais velho e sentou-se em sua frente.

Leo era um garoto que aparentava ter oito anos, mesmo já estando perto de seus dez. Ele portava um corpo pequeno e magricela, pele pálida, olhos castanhos e cabelos loiros. Tinha um rosto pequeno com aparência infantil. Era o caçula entre todos os irmãos, e mimado por todos eles.

— Bom — ele sorriu —... Algum dia eu vou ganhar. Vou me tornar tão bom quanto você.

Klaus curvou os lábios em um sorriso. Ah, sim. O seu irmãozinho deveria aprender a esconder-se melhor, nunca se sabe quando o Mikael, o pai dos garotos, poderia ir atrás do caçula, ou aqueles malditos lobos. E esse fato assustava-o, mesmo que não dissesse.

— O que foi? — perguntou Leo, olhando-o nos olhos — Você acha que não conseguirei? — semicerrou os olhos, desconfiado.

O rapaz levou uma de suas mãos até o cabelo loiro do mais novo, e dele tirou algumas folhas presas entre os fios claros.

— É claro que conseguirá — prometeu — Você é um Mikaelson, afinal. Nós podemos ter e ser tudo, pirralho.

— Não estou falando sobre ter ou ser algo, irmão — cruzou os braços — Estou dizendo sobre conseguir.

— Você vai me vencer, Leo. Você é o único capaz de fazer isso — disse Klaus, olhando-o carinhosamente.

O garoto sorriu contente. Naquele momento, Léo prometeu a si mesmo que daria tudo de si para ser melhor que o seu irmão no pique-esconde.

Leonard era o irmãozinho de Klaus, e ele faria de tudo por aquele pequeno garoto à sua frente. O protegeria de tudo, qualquer coisa para mantê-lo daquela forma. Feliz.

Porém, a felicidade de ambos foi cortada assim que ouviram a voz do pai.

Mikael o chamou, a voz soou perto dos garotos, mas ele não estava à vista.

O corpo do garotinho tremeu e encolheu, e seus olhos se arregalaram, o medo estava óbvio em sua expressão. Ambos os irmãos levantaram-se rapidamente. O homem parecia furioso, não que fosse diferente de outros dias, mas recentemente as coisas pareciam piores. Mikael não era um bom pai, menos ainda uma boa pessoa, o divertimento particular do homem era arrumar alguma desculpa para que pudesse punir Klaus fisicamente, e às vezes nem o caçula escapava das punições.

Era comum achar ferimentos pelo corpo das crianças, principalmente em Niklaus.

— Vai indo na frente — ordenou o mais velho, o garoto negou com a cabeça.

— Não. Ele vai te machucar — disse Leo, com os olhos lacrimejados. Klaus encarou-o, mesmo tentando esconder, o rapaz também estava assustado, como sempre ficava quando se referia ao pai.

— Elijah ou o Kol já devem estar à nossa procura, só vá na frente.

— Não vou deixá-lo para trás! — contrariou, lágrimas começaram a descer de seus olhos.

— Eu vou te encontrar depois, não vou demorar.

Ambos se encararam. Os passos pesados e bruscos de Mikael se aproximavam.

Mikael gritou, enfurecido. Leo avistou-o, e seus olhos se arregalaram, o seu rosto tornou-se pálido e extremamente assustado e o seu corpo estremeceu.

Assim que o viu, Klaus sentiu o seu estômago pesar, o seu coração acelerou, e o medo lhe tomou. Naquele momento ele não temia por si, mas pelo caçula que já tinha a pele açoitada pela última punição, as costas do garoto ainda não havia cicatrizado.

— Corra! — ordenou em um sussurro para o mais novo, fazendo-o agir no automático.

Leo correu, deu as costas para o mais velho e correu o mais rápido que as suas pequenas pernas conseguiam. Ele ainda conseguia ouvir as voz alterada de Mikael, e tom moderado de seu irmão, fazendo-o aumentar a velocidade.

Galhos arranhavam a sua pele, e rasgavam a sua blusa — antes — branca, de tecido fino. Seus pés pisavam sobre algumas pedras, os ferindo.

Uma raiz que saía sobre o chão em frente ao seu pé, o fez tropeçar, o garoto caiu e rolou a ribanceira a baixo. Murmurou dolorido, colocou uma das mãos na têmpora, sentindo-a doer. A sua visão embaçou por alguns instantes, voltando ao normal logo depois.

Logo em seguida ouviu sons de folhas sendo pisadas na ribanceira acima. O corpo de Léo congelou, pensando na possibilidade de ser o seu pai. Ele estaria furioso como sempre, e punir o pequeno garotinho seria a sua forma de desestressar.

Lentamente, Leo levantou-se, sem ter coragem de virar-se. Algo tocou o seu ombro, o garoto virou-se bruscamente, e tentou afastar-se do toque, mas logo relaxou ao ver que era os seus irmãos.

— Elijah! Kol! — exclamou ele, aliviado. Lágrimas que estavam presas em seus olhos desceram em abundância. Rapidamente, pulou sobre os mais velhos e os abraçou.

O Elijah juntou as sobrancelhas, e confuso retribuiu o abraço, acariciando os fios loiros. Se alarmou ao sentir a sua blusa ficando molhada em seu abdômen. Kol se preocupa ao ver o corpo pequeno tremer enquanto mantinha o aperto em sua blusa.

— Você está chorando? Léo aconteceu algo?  — Elijah perguntou.

— É o papai — disse, fungou — ele está com o Nick.

Os dois mais velhos trocaram olhares.

— Já está tarde. Kol irá levá-lo para casa — Elijah ordenou, sua voz soou calma, mas a sua expressão era preocupada — Vou atrás de nosso irmão.

O caçula suspirou, mais calmo. Passou o braço sobre os olhos, limpou-os das lágrimas. Assentiu enquanto se distanciava dos dois. Junto com Kol ele começou a andar, tomando mais cuidado para não ferir-se ainda mais, e seguiu até a aldeia.

Leo estava mais aliviado, Elijah sempre cuidava de Klaus. Ele sempre o protegeria, não importava o motivo.

Esther, a mãe dos meninos, estava na cozinha e observava o céu que aos poucos tornava-se coberto pelas nuvens, o semblante fechou-se numa preocupação, a guerra entre os lobos e os bruxos estava para estourar a qualquer momento e um de seus filhos já foi pego no fogo cruzado e perdeu a vida. E aquela mesma sensação de amargo não saia de sua língua, e aquela tensão no ar era tensa e quase palpável. Por carregar a magia em seu sangue ela sentia e sabia o que estava para acontecer, uma guerra estava predestinada a acontecer.

A tensão que rondava as duas raças que viviam naquela área nunca esteve tão ruim quanto agora, e eram mais fortes e perigosos do que muitos haviam imaginado ou cogitado sobre. Esses tais fatos não saiam da cabeça da mulher que estava ali, na sua casa, no vilarejo que corria risco de tornar-se um campo de guerra a qualquer momento. A roupa que usava era simples como qualquer outro aldeão. O seu corpo estava tenso e tremia de vez enquanto, mesmo estando na época mais quente do ano.

Por anos os lobos viviam em paz com os bruxos, numa posição equilibrada, outros diziam que estavam na trégua, mas o que importava era que essa paz durava quase um século. Entretanto, agora com a morte de um dos filhos de Esther Mikaelson, a paz tão duradoura veio a partir como uma corda já gasta. Com isso, o medo de uma guerra deixou todos aflitos, pensando no pior.

Um longo suspiro deixou os lábios da mulher ao pensar que uma guerra poderia vir a estourar.

Ela saiu dos seus pensamentos quando a porta de sua casa foi aberta por seu filho mais novo.

— Leonard! — exclamou Esther, assim que viu o garoto passar pela porta junto com Kol — Finalmente! Onde esteve todo esse tempo? Você sabe que não deve ficar brincando por aí, já não tem mais idade para isso.

Rebekah cortava legumes sentada na mesa. Mikael era um mercador, e por isso a família Mikaelson era estilizada financeiramente. Fin, um dos irmãos, nesse momento deveria estar caçando algo para a família comer mais tarde, ou no mercado vendendo algo.

— Oi, mamãe — disse, desanimado e a mulher se aproximou.

— Ah, meu filho... — murmurou, pegou as mãos pequenas, apertou-as levemente — As suas roupas estão todas sujas. Você está ferido — levou até a mesa, sentou-o na cadeira — Fique aqui, vou pegar algo que ajude...

A mulher entrou na cozinha enquanto ainda murmurava.

— Esteve na floresta de novo? — Rebekah perguntou e logo disse em seguida, sem esperar uma resposta — Isso que dá ficar agindo como um selvagem com o Nick.

— Isso se chama diversão e não selvageria. Deveria tentar — o garoto sorriu provocativo — Dizem que isso diminui o estresse e rejuvenesce.

— Está me chamando de velha?

— Eu não citei nomes — Leo deu de ombros — mas se a carapuça serviu.

Kol sorriu enquanto ouvia a discussão, mas não se intrometeu, começando a ajudar a mãe na cozinha.

[...]

Havia anoitecido. Os irmãos estavam espalhados pela vila, Leonard foi o único que permaneceu em sua casa junto com os seus pais, o garoto estava em seu quarto.

— O que você pretende fazer? — Mikael perguntou à esposa, estando ambos na pequena cozinha.

— Proteger os nossos filhos.

— O que vai fazer? — ele elevou o tom da voz.

— Irei atrás dos feitos antigos de minha família e tornarei os nossos filhos em imortais — ela respondeu sem deixar de encará-lo.

Mikael arregalou os olhos, surpreso.

— O que?!

— Há um tempo venho pesquisando. Lendo os livros mais antigos do meu povo e... eu descobri! — Esther disse tudo em um único fôlego — Com o feitiço certo, eu posso torná-los imortais! Lobos não poderão afetá-los e nem a magia do meu povo!

— Imortais? - ele a interrompeu. Franziu o cenho — Você quer transformá-los em aberrações?

— Não vejo desse modo. Eles seriam especiais.

— Não há como sabermos o que realmente eles vão se tornar. Isso é loucura, Esther, não temos garantia que isso dará certo. Você está corrompendo o equilíbrio da natureza.

— Vai dar certo, eu vou estudar os feitiços e só irei os realizar quando tiver certeza que estará perfeito — ela acalmou o tom da voz — Eu quero a paz mais que todo mundo, mas a cada dia os lobos se tornam mais fortes. A insegurança sempre existirá.

—  Como você pretende fazer isso? — Mikael perguntou com a testa franzida.

— Por serem meus filhos, por terem magia correndo em seu sangue, o feitiço será realizado com facilidade — lágrimas desceram por seu rosto, deixando os seus olhos inchados — Preciso estudar os grimórios, inclusive os da minha família. Todos eles são meus filhos, nasceram de mim. Então, com certeza eles tem magia não manifestada em seus corpos.

— O que acontece se os corpos deles recusarem o feitiço?

— Eles podem morrer — ela respondeu com o coração pesado.

Mikael respirou fundo levando as mãos até o rosto, passando em seguida por seu cabelo loiro escuro, sentindo os ombros tensionados.

— Estude esse feitiço, e quando estiver pronto, o faça. O tempo que tivermos que esperar não importa.

Eles não sabiam do peso que essa decisão faria nos ombros daquelas crianças, e do mundo que iria virar de ponta cabeça com a quebra do equilíbrio no mundo sobrenatural depois de alguns anos.




Notas Finais


Houve algumas mudanças, alguns personagens terão mais destaques nas cenas e interação com o protagonista.

Teremos casais aleatórios que de repente me veio em mente, e eu pensei "por que não?"

A história começa na mesma temporada que antes, lá na terceira pra quarta, onde a alcatéia de alfas aparecem junto com a druida negra.


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