Não consigo descrever o tamanho da minha felicidade desde o último mês para cá. A cada dia que passava, Steve mostrava ser o homem que muitas mulheres sonhavam em ter. Quando ele ficou 100% recuperado do seu acidente, esse loiro me deixou conhece-lo mais do que eu esperava. Descobri que ele tinha um dom fantástico com crianças quando conseguiu conquistar a minha filha, que estava morrendo de ciúmes do meu namorado. Steve só precisou de cinco minutos para conquistar o coração da minha pequena. Às vezes tenho certa dúvida se ele vem aqui me visitar, ou se vem para ver a Hope.
Além de ser ótimo com crianças, ele sabe cozinhar melhor do que eu, o que é maravilhoso! Todas as sextas, Hope e eu ganhávamos um jantar surpreendente.
E não era só isso, Steve me paparicava. Me fazia sentir amada, sempre perguntava sobre o meu dia e como eu estava me sentindo. Ele se preocupava de verdade comigo e cada uma dessas atitudes, fazia com que eu me apaixonasse mais.
Donna, Shayera e Dinah sempre que podem, tiravam algum momento para me zoar. E eu nem ligo mais. Eu, Diana, estou completamente apaixonada por aquele lindo loiro de olhos azuis.
Hoje era sexta - feira e o meu trabalho ainda não acabou. Desde que J’onn tinha me aceitado de volta, eu tive que me dobrar para poder pegar o ritmo e ficar a par das situações atuais. Mera me ajudava no que podia e eu fiz uma nota mental para chama-la para tomar alguma bebida um dia. A gente precisava relaxar.
Meu celular toca e o nome STEVE aparece em minha tela.
— Oi Steve.
— Oi Anjo, estou ligando para saber que horas você vem.
Olho para o relógio que já está marcando oito horas da noite.
— Daqui à uma hora estou chegando! – Falo apressada.
— Hope e Tyler estão morrendo de fome, vou dar comida para eles e te espero para comermos juntos.
Tyler, o afilhado de Steve, tinha se tornado um grande amigo de Hope nos últimos tempos. Parece que ele tinha defendido ela de um garoto de uma série mais avançada e desde então, Tyler tinha entrado para o grupinho de Hope e Jon.
— Você é muito gentil, irei te recompensar... – Espero que ele entenda o recado.
— Estarei esperando loucamente por essa recompensa...
Sorrio.
— Daqui a pouco estou ai.
— Não demore tanto Anjo.
— Pode deixar.
Nos despedimos e desligamos.
Tento terminar de ler os arquivos que Mera deixou para mim sobre como anda o tratado de paz, para acabar com a Guerra da Síria quando alguém bate em minha porta.
— Pode entrar!
— Com licença, senhorita Prince. – Ouço uma voz masculina falar e fico desconfortável.
Olho para o homem de um metro e meio que está parado bem em frente a minha mesa, com aquele olhar repugnante que eu tanto odeio.
— Dr. Psycho. — Falo com desprezo assim que me levanto.
— Por favor, Diana, pode ficar sentada.
— Prefiro ficar em pé. – Me sinto mais poderosa usando meu salto alto do que nunca nesse momento.
— Vim te dar boas vindas. – Ele abre um sorriso. – Soube o que aconteceu com você...
— Obrigada. – Começo a arrumar as minhas coisas.
Como alguém permitiu esse ser humano desprezível entrar aqui?
Pelo o amor dos Deuses, esse homem tinha assediado uma ex funcionária, além de ter várias histórias horríveis sobre esse tipo de conduta e também havia casos de agressão e estupro.
Eu tinha pensado que Psycho tinha sido expulso da ONU depois do meu pedido, mas pelo visto me enganei.
— Já está de saída querida?
— Não sou sua querida e isso não é da sua conta.
Ele ri.
— Tome cuidado.
— Como disse?
Ele começa a andar para dar a volta em minha mesa, mantenho a postura firme quando ele se aproxima de mim.
— Eu tenho olhos e ouvidos por todo esse lugar, além de ter uma certa influencia. – Ele tenta passar a mão no meu braço, mas eu me afasto. — Irá se arrepender se tentar me ferrar mais uma vez sua cachorra ridícula.
Fico sem reação por dois segundos, quando finalmente consigo mover minha mão em direção ao seu rosto e acabo dando um belo de um tapa.
— Se me ameaçar mais uma vez, você levará mais do que um tapa.
Pego minha bolsa, meu celular e meus arquivos e ando rapidamente até a porta.
— Veronica ainda vai te processar, seu merda. – Digo com raiva e vou embora dali.
Amanhã de manhã eu ligaria para o meu chefe e teria uma conversa séria com ele.
No momento, só quero sair desse prédio e me esquecer da presença dele.
Encontro Mera esperando o elevador e sua expressão não é uma das melhores.
— O que houve Mera? – Pergunto com um pressentimento ruim.
— Nada... – Ela não me olha.
O elevador chega e nós duas entramos nele.
— Ele fez alguma coisa com você?
— Quem?
— Aquele anão nojento.
— Ele não fez nada!!!
Ela está aflita.
— Mera, vou te perguntar mais uma vez e se você mentir eu vou voltar lá e socar a cara daquele desgraçado.
Os olhos dela se arregalam com medo e logo depois uma lágrima escorre.
— Ele passou a mão em mim e eu fiquei sem reação.
— Desgraçado! – Grito com raiva.
Chegamos ao estacionamento e Mera ainda tenta recuperar a compostura.
— Me sinto tão idiota por não ter revidado, me sinto tão mal.
Seguro seu braço, fazendo com que pare de andar para que eu fique de frente para ela.
— Mera, a culpa disso tudo é dele e eu não quero você se culpando por não ter revidado. – Puxo ela para um abraço e me sinto um pouco estranha por isso. — Na primeira vez que ele me tocou, fiquei sem reação que nem você e hoje eu dei um tapa tão forte na cara dele que ficou a marca.
Mera da uma risadinha.
Nos afastamos e ela já está melhor.
— Obrigada Diana.
— Não precisa agradecer. Nós mulheres, temos que ficar unidas!
Ela sorri.
— Arthur tinha razão sobre você.
— Quem?
—Arthur Curry.
— Vocês se falam? – pergunto chocada e Mera fica corada.
— Nos conhecemos na sua festa de boas vindas e dali nos encontramos algumas vezes....
Arthur idiota, nem para me contar que estava saindo com uma colega do meu trabalho!
— Vocês estão...? – Tento falar, mas paro assim que ela fica mais envergonhada.
— Nós somos só amigos! – Ela fala rápido demais. — Ele está no Havaí agora e não teria como a gente... — Mais uma vez ela fala mais rápido e logo depois se embola.
Acho uma graça.
— Que bom que vocês são amigos! – Concordo.
Ela fica sem jeito.
— Bom, obrigada pela força Diana. Na próxima vez, eu irei bater na cara daquele bastardo!
— Eu vou tentar tirar ele das nossas vidas, não se preocupe.
— Eu estou torcendo por isso.
Me despeço de Mera e ando em direção ao meu carro.
Já são quase nove horas e Steve deve estar ficando preocupado. Tudo o que mais quero é estar em seus braços e relaxar o máximo que eu puder.
Mando uma mensagem para ele, avisando que estou a caminho e depois ligo o carro.
Quando começo a andar, sou surpreendida por Arthur e Mera que estavam aos beijos na porta do carro dela.
Ele estava no Havaí, né Mera?
Solto uma risada.
Arthur teria que me contar essa história direitinho depois.
Sigo meu caminho pelas ruas de Metrópolis, ansiosa para chegar em casa.
*
Quando chego em meu apartamento, dou de cara com as crianças dormindo em meu sofá e Steve conversando alguma coisa com Kate.
Desde que Kate tinha decidido morar em Metrópolis, ela não saia mais do apartamento de Steve e consequentemente do meu. Não me incomodava com a sua presença como achei que me incomodaria, pelo contrário, passei a sentir uma afinidade enorme com ela e acabamos nos tornando amigas.
— Boa noite pessoal. – Digo baixinho para não acordar as crianças.
— Boa noite Anjo.
— Boa noite Diana.
Me aproximo de Steve e lhe dou um beijo e acabo aproveitando a oportunidade de sentir o cheiro maravilhoso de sua colônia.
— Nossa, eu quero um beijo também! – Kate reclama e eu sorrio.
— Vamos ter que deixar para a próxima. – Dou uma piscadela.
— Steve, sua namorada está flertando comigo e eu não sei se vou conseguir me conter.
Solto uma risada.
— Eu sei que é difícil se conter quando se trata de Diana. – Steve fala.
— Quando você menos esperar, eu atacarei! – Kate fala para mim.
— Olha que eu sei me defender... – digo.
— Ela sabe mesmo. – Steve concorda.
— Não tenho medo – Kate fala.
Sorrio.
— Está com fome? – Steve pergunta, mudando de assunto.
— Estou faminta.
Ele se levanta e anda em direção a cozinha.
Vou junto com ele e Kate fica na sala com as crianças.
— Desculpe invadir o seu apartamento desse jeito – Steve fala.
— Steve, não precisa se desculpar.
Ele sorri.
Hoje ele tinha feito risoto de frutos do mar e o cheiro estava maravilhoso.
Coloco dois pratos na mesa, talheres e copos.
— Kate já jantou? – pergunto.
— Ela tem um encontro, vai jantar fora.
— Entendi.
Steve me serve e eu coloco um pouco de vinho nos copos.
— Espero que goste. – Ele se senta.
— Eu sei que vou amar.
Dou minha primeira garfada e meu estomago agradece por finalmente estar recebendo alguma atenção.
— Está muito gostoso Steve!
Ele fica tímido e eu acho uma graça.
— Que bom que gostou.
Continuamos a comer e no meio disso, Steve pergunta sobre o meu dia e eu conto tudo, menos da ultima parte sobre Psycho. Não queria deixar ele preocupado.
— Como foi o seu dia? – pergunto para ele.
— Recebi uma ligação hoje do meu superior e querem que eu volte a trabalhar, mas com uma nova função.
— Que função?
— Até o momento estou afastado do meu serviço militar, porém, me chamaram para ser agente da ARGUS.
Eu sabia o que era a ARGUS e também sabia quem comandava ela e posso dizer que eu não gostava do trabalho de Amanda Waller.
— Essa organização do governo não me agrada.
— Não me agrada também, mas tenho que cumprir ordens e isso é temporário.
— Espero que sim.
ARGUS era uma organização que lidava com assuntos que nem a CIA e FBI poderiam lidar. Steve correria mais riscos ali, do que em campo de batalha e isso me preocupava.
Steve segura minha mão.
— No que está pensando?
— Estou preocupada com o seu novo emprego.
— Diana, eu posso lidar com a ARGUS.
— Esse trabalho é mais perigoso do que ser militar.
— Eu vou tomar cuidado.
— Se você não tomar cuidado, eu juro que vou te matar!
Ele ri.
— Entendido.
Assim que terminamos a nossa refeição, eu retiro a mesa e Steve coloca as sobras na geladeira. Começo a lavar a louça e ele me acompanha, continuamos a conversar e cada vez mais fico impressionada em como o assunto nunca acaba entre a gente.
— Então, quando você vai me contar o que aconteceu no seu trabalho que te deixou nervosa? – Steve fala quando eu passo prato para ele enxugar.
— Como disse? – Paro o que estou fazendo e olho para ele.
— Quando eu perguntei como que foi o seu dia no trabalho, você fez uma expressão séria e depois mudou. Quero saber o que aconteceu.
— Steve...
Ele era muito perceptivo.
— Anjo, aconteceu alguma coisa séria?
Seu olhar preocupado mexe comigo.
Seco as mãos no pano de prato que estava nas mãos dele e logo depois passo o meu braço ao redor do seu pescoço.
— Nada que eu não possa lidar.
— Anjo...
Aproximo os meus lábios dos dele e o beijo carinhosamente.
— Eu não quero falar disso agora.
— É algo sério?
— Não. – Minto de leve.
— Diana...
— Vamos mudar de assunto.
Ele não gosta muito, mas concorda.
Terminamos de lavar e secar a louça e voltamos para a sala onde as crianças e Kate estavam.
— Eles estão tão calminhos e fofos dormindo, estou com pena de tirá-los dali – digo.
— Deixa eles assim, estão confortáveis desse jeito – Kate fala.
— Vou pegar um cobertor para eles. – Vou para o quarto de Hope e pego o seu cobertor e volto para sala.
Cubro os dois e fico admirando de longe a serenidade da minha filha e do seu amigo.
— Se vocês dois quiserem um momento a sós, pode deixar que eu fico aqui com eles. – Kate se espreguiça na poltrona.
— E o seu encontro? – Steve pergunta.
— Ela acabou de cancelar.
A expressão de Kate é triste.
— Tenho certeza de que ela vai recompensar com você Kate – digo.
Ela sorri.
— Espero que sim.
— Podemos ir para meu apartamento e lá você pode me dar a minha recompensa... – Steve sussurra em meu ouvido.
— Mas e a Kate? – Sussurro de volta.
— Ela e a Renee estão passando por uma situação difícil no relacionamento... Acho que vão terminar.
— Tadinha da Kate.
— Eu posso ouvir vocês dois sabia? – Kate reclama.
Nos desculpamos e ela mostra o dedo do meio para Steve.
— Renee e eu vamos dar um jeito e vocês podem sair daqui e irem transar! Pelo o amor de Deus, dá para ver o seu pau duro daqui Steven!
Olho para Steve que fica vermelho que nem um pimentão e eu não posso deixar de rir e Kate também.
Ele pega a minha mão e me conduz com pressa até a porta do meu apartamento.
— Não posso fazer nada se não consigo controlar o meu pau quando estou perto de você! – Steve fala e eu sorrio.
— Então não vamos perder mais tempo. – Empurro ele contra a parede, antes dele chamar o elevador.
Abaixo para poder abrir sua calça e libertar o seu pênis para mim. Seguro seu membro rígido e começo a fazer movimentos lentos de cima para baixo.
— Anjo...
Sorrio ao olhar para ele e ver que seu olhar me acompanha a cada movimento que faço. Umedeço os meus lábios antes de abocanhá-lo e assim começo a chupá-lo com vontade até que ele começa a ofegar.
Mantenho o contato visual com ele e isso me deixa mais excitada do que já estou.
Continuo o meu trabalho, alternando cada movimento até que ele finalmente goza.
— Caramba! – Ele exclama e me puxa para cima e me beija. — Vou te recompensar agora mesmo.
Steve abaixa e levanta a minha saia e acaba descobrindo que não estou usando nenhuma calcinha.
— Ah, Diana...
Ele me penetra com um dedo e logo depois acrescenta outro e eu arquejo com a pressão maravilhosa. Steve começa a mexer seus dedos lentamente e com força o que começa a me deixar maluca.
— Mais rápido. – Peço com um sussurro.
Felizmente ele faz o que peço e eu me controlo para gemer baixo.
Olho para Steve que está com um sorriso estampado no rosto enquanto me observa gemer.
E depois, ele começa a me chupar ao mesmo tempo que me masturba e eu juro que vou perder a consciência daqui a pouco.
— Steve...
Chego ao orgasmo aqui nesse corredor e me sinto plena quando meu incrível namorado me pega no colo e entra no elevador que felizmente estava em meu andar.
— Acho que estou mais apaixonado por você – Steve fala antes de me beijar.
— E eu por você.
A noite seria boa demais...
*
Sua risada abafada contra o meu ouvido faz com que eu fique arrepiada de medo. Não consigo me mexer, mesmo que eu tente juntar todas as minhas forças, não consigo mover um músculo do meu corpo.
— Não precisa ter medo senhorita Prince.
Meus olhos se enchem de lágrimas quando ele sobe a minha saia e arranca a minha calcinha.
— Eu sei que você me quer.
Alguém bate na porta, mas ela está trancada e não consigo gritar.
— Socorro! Socorro! Socorro! – Grito, mas não emito nenhum som.
Sinto um par de mãos me sacudindo e eu abro os olhos rapidamente e me afasto.
Steve está me olhando com a expressão preocupada e eu fico sem entender.
— Anjo, você está bem?
Olho ao redor e vejo que estamos em seu quarto e que ainda está escuro.
— Eu estou bem.
Meu corpo está tremendo e eu estou toda suada.
— Diana, você estava gritando por “ Socorro “ e chorando.
Fico sem graça.
— Foi só um pesadelo...
Steve me puxa para os seus braços e automaticamente meu corpo se acalma.
— Diana, quem é Psycho?
Sinto que minha reação me entrega.
— Ninguém...
— Diana, você vai me contar essa história agora ou eu vou ter que encontrar esse cara e perguntar pessoalmente?
Me afasto dele e fico nervosa.
— Você não faria isso.
— Quer apostar?
— Não.
Steve continua me encarando e esperando por alguma resposta minha.
— Pode me contar.
—Steve, por favor, não quero que você faça nada de estúpido.
— Me conte.
Fico tensa, pois nunca contei isso para ninguém. Nem mesmo para Shayera e Donna.
— Dr. Psycho é um nojento que trabalha ainda no mesmo lugar que eu e que já abusou de várias mulheres.
O punho de Steve se fecha com força.
— E o que mais?
Olho para minhas mãos.
— Ele já tentou me estuprar.
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