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História Relacionamento A Três. - "Por que?" - História escrita por julpiter - Spirit Fanfics e Histórias
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História Relacionamento A Três. - "Por que?"


Escrita por: julpiter

Notas do Autor


🔴Partes ENTRE ASPAS e INICIADAS EM NEGRITO são narrações da Lynn no passado;
🔴Frases entre "[ ]" são mensagens.

Boa leitura!

Capítulo 23 - "Por que?"


Fanfic / Fanfiction Relacionamento A Três. - "Por que?"

[2018]

É extremamente satisfatório me sentir o foco da atenção de alguém, principalmente quando esse alguém está deitado em cima de mim e com os olhos focados em cada singelo movimento meu.

E é isso que Nathaniel está fazendo há alguns segundos.

É estranho, mas parece que seus olhos dourados estão seguindo os meus não importa para onde eu olhe, como se existisse um imã mantendo-os conectados. Não adianta eu tentar desviar o olhar, ele sempre volta para ele, para Nathaniel.

Não me incomoda estar tão próxima à ele que sua boca quase encosta na minha. Me incomoda não estranhar isso. Tipo... Caramba, Lynn, é o Nathaniel! Qual o seu problema?!

Também é estranho só perceber isso agora, mas devo admitir que o Nath é muito bonito. Seus olhos e cabelos dourados lhe dão um ar quase angelical, mas seu estilo e modo de agir atuais quebram essa impressão quase que imediatamente. Mesmo assim, alguma coisa do antigo Nathaniel se mantém.

Eu me lembro do representante certinho do ensino médio... Ele sim exalava algo angelical, ingênuo, algo que sempre chamou a atenção, embora não fôssemos muito próximos. Na época na Sweet Amoris, eu estava focada demais num certo ruivo de olhos cinzas para prestar atenção nos outros garotos, principalmente no Nathaniel, que era o completo oposto do meu crush.

Me pergunto se o loiro sempre teve essa essência que tanto me atrai agora, e que eu nunca percebi, ou se ela só passou a existir depois da "grande mudança".

— Lynn... — Chamou-me tão baixinho que quase não pude ouví-lo mesmo estando tão próximos — O que você faria se alguém te beijasse de surpresa?

Arregalei os olhos — Que tipo de pergunta é essa?

— É só uma duvida. — Falou, totalmente indiferente.

— Uma duvida bem específica! — Senti minhas bochechas corarem e desviei o olhar — V-Vamos falar de outra coisa, por favor...

— Own... Que fofa! Você está com vergonha de mim, gatinha? — Apertou meu nariz com força e eu bati em sua mão para que me soltasse — Sabe, eu nunca parei para reparar nisso, mas... — Ele segurou meu queixo, me forçando a olhá-lo — Você é bem bonitinha.

— O que é isso? Algum tipo de paquera besta? Você não tem nada melhor para me dizer além de "você é bonitinha"? — Constrangida, eu mexi minha cabeça para que ele me soltasse — Vamos falar sobre outra coisa!

Nathaniel riu e finalmente saiu de cima de mim, deitando-se ao meu lado. Nós não falamos nada e nem no olhamos, principalmente eu, que estava com vergonha do "elogio" bobinho do loiro.

Que tipo de situação embaraçosa é esta?! Eu estou na casa do Nathaniel, deitada na cama ao lado dele, sendo que segundos atrás ele estava em cima de mim!

O que está acontecendo comigo? Por que eu não o empurrei para longe de mim? Por que eu fiz jantar para ele? Por que eu estou aqui, na casa dele?

E o mais importante: por que eu me sinto tão bem aqui, com ele ao meu lado?! No começo do ano eu só queria espancá-lo com toda a minha força para ter o Castiel só para mim, e agora estou aqui, deitada ao lado dele enquanto o ruivo está numa turnê bem longe daqui, e ainda por cima, namorando. Se eu tinha esses sentimentos tão negativos com relação ao Nathaniel, por que ter o seu corpo sobre o meu foi tão satisfatório?

Por que eu sinto que quero que ele volte a deitar em cima de mim?

Por que eu quero tanto me deitar em cima dele?

Por que eu quero tanto ter os nossos rostos próximos um do outro de novo?!

ARG! Isso é tão confuso! Há pouco tempo atrás eu odiava só de lembrar que reapirávamos o mesmo ar! Para onde foi todo aquele ódio?! Todo aquele recentimento?! Onde está aquela sensação de que o Castiel não ficou comigo por culpa dele?!

Por que?! Por que não consigo mais odiá-lo?! Por que eu quero tanto ficar com ele?! Por que quero tanto que seja a ele a me dar um beijo de surpresa?! Por que EU quero virar e beijá-lo de surpresa?!

— Eu não sei. — Falei, alto e em bom tom, quebrando o silêncio entre nós. Senti que Nathaniel se virou para mim — Se alguém me beijasse de surpresa, eu não sei o que eu faria. Acho que dependeria muito da pessoa, mas também do momento, então não tenho uma resposta clara para isso.

Ele ficou quieto alguns instantes antes de perguntar — Que tipo de situação te faria ficar zangada com um beijo supresa? Tipo, se alguém te beijasse do nada numa festa.

— Como eu disse: depende tanto da pessoa quanto do lugar. Se eu estivesse numa festa para me divertir, e um cara me puxasse e me beijasse, dependeria muito da aparência e de como ele me puxou. Um cara bonito me puxar com tudo me deixaria zangada, mas um cara não muito atraente me puxar com certas delicadeza, talvez não.

— Entendi.

Ok, por que diabos eu o respondi? Eu formulei toda um explicação na minha cabeça para responder uma pergunta besta dessas? Eu nunca nem havia pensado nisso! De onde veio isso tudo?!

E o mais importante: por que diabos o Nathaniel me perguntou isso? Ele quer me beijar de surpresa agora e quer saber se vai ou não levar um soco no olho?

Ah, já sei... Deve ter algo a ver com o nosso "ponto em comum"...

— Você está melhor sobre aquele lance do Castiel? — Perguntei. Não me importo de deixar o clima pesado, eu preciso saber.

— Um pouco. Ainda não caiu a ficha de que ele está com outra pessoa, mas estou melhor depois que desabafei contigo. — Ele sorriu gentilmente e eu tive vontade de me bater — Inclusive, eu não assisto televisão desde áquele dia com medo de vê-lo com a garota no colo em algum programa.

Fiz uma careta — Ah, que horror! Não coloque essa imagem na minha cabeça!

— Eu já imaginei várias versões dela na minha cabeça. Em uma delas, ela é uma garota de pele morena, cabelos rosas, olhos amarelos e tem um corpão, bem no estilo que o Castiel gosta. Ela veste uma blusinha branca justa e um shorts jeans azul escuro e usa uma bota de cano alto que vai para o meio da canela.

— Ok, nunca mais vou te deixar maratonar séries de investigação. Você está começando a criar histórias!

Nathaniel riu — É, talvez eu esteja um pouco paranóico com isso. — Mas falando sério... Eu sei que disse que não queria saber quem era, mas acho que quero sim, só tenho medo. — Ele passou a mão por seus cabelos e deitou sua cabeça em seus braços, perdendo seu olhar pelo teto no quarto — Sei lá... Acho que vou tentar me comparar com ela e tentar identificar o que ela tem de tão bom que eu não tenho.

— Eu adoraria te criticar, mas eu faria a mesma coisa. — Me ajeitei melhor na cama, cruzando minhas mãos sobre minha barriga e cruzando minhas pernas — Isso provavelmente acabaria com meu ego e autoestima, mas eu faria mesmo assim. Compararia nossos corpos, nossas vozes, peles, cabelos, roupas, jeitos, estilo, sorriso, e principalmente o modo de Castiel agora conosco. Me mataria me sentir inferior à ela, mas isso seria uma motivação para seguir em frente de vez e esquecer o Castiel, porque ele já teria encontrado alguém melhor.

Ou, pelo menos, é nisso que eu quero acreditar... É nisso que eu preciso acreditar.

A verdade é que eu não sei como eu reagirei quando essa garota aparecer com ele em algum site de fofoca, foto vazada, entrevista ou em qualquer coisa. A única certeza que eu tenho, é que isso vai doer. Vai doer e muito. Vai acabar comigo vê-lo feliz com alguém que não é eu, porque por mais que tente mentir, eu o amo. Eu não sei o porquê de eu não conseguir me livrar desse sentimento uma vez que está óbvio que o próprio Castiel já me esqueceu, mas eu não consigo. Dia após dia, eu me pego procurando por notícias suas na internet, sabendo que posso me deparar com uma foto sua com a namorada, e não me importo em me machucar com isso. Eu não posso mandar mensagens para ele, ligar para ele, ir atrás, tentar falar, deixar ou mandar recado, ou qualquer meio de contato, então as fofocas sobre ele são a única maneira que eu tenho de saber como ele está.

Meu Deus... Como dói lembrar que um tempo atrás eu poderia só mandar um mensagem perguntando "tudo bem?" e logo ele me responderia se sim, ou se não.

Eu estraguei tudo, eu sei disso. Sei que a culpa é minha e sei também que o Nathaniel pensa assim. Mas então... Por que?

— Nath. — Chamei, e ele resmungou um "uhm" — Você tentou falar com ele recentemente, ou...?

— N-Não... Não tentei. — Respondeu, e se remexeu um pouco na cama, parecendo um pouco nervoso — Ele não responde minhas mensagens há muito tempo, então é provável que ele tenha mudado de número.

— Ou talvez te bloqueado.

— Não bloqueou. Eu entrei na nossa conversa ontem e estava lá "visto por último há 3 minutos". — Suspirou e eu senti meu coração se partir. Ele bloqueou apenas a mim?! — Eu poderia ter mandado outra mensagem, mas não tive coragem. Fiquei com medo de ele me ignorar de novo, e principalmente da tal namorada acabar vendo. Doeria demais se o Castiel me bloqueasse.

— Você acha que um dia vamos superá-lo?

— De novo isso, Lynn? Você não me perguntou exatamente a mesma coisa algum tempo atrás?

— Sim. — Sorri, brincalhona — A sua opinião mudou desde então?

Ele me olhou sorrindo da mesma forma — Não, fuchiqueira. Eu não mudei de opinião.

Ah, por que não?

Deixei meu corpo agir sozinho e me deitei sobre o loiro, deixando minhas pernas uma de cada lado do seu corpo. Ele pareceu surpreso de início, mas pôs as mãos na minha cintura enquanto eu deitei minha cabeça em seu peito.

— Sabe... Eu não te chamei aqui só porque eu queria companhia. — Falou, passando as mãos pelas minhas costas em um carinho que quase me dava sono — Eu realmente estava me sentindo triste e sozinho, e realmente queria ter alguém aqui comigo, mas não te chamei só por isso.

— Me chamou para a fazer sua janta também?

— Não exatamente. A fome foi mais uma desculpa esfarrapada para te chamar aqui. — Senti-o rindo de leve — Na verdade, acho que eu estava me sentindo sozinho porque você não falou comigo o dia todo.

Meu corpo todo pareceu paralisar por um momento e ficar quente logo em seguida. Por que ele está dizendo isso? O que ele quer dizer com isso?

Vista meu silêncio, o loiro continuou.

— Geralmente é você quem me manda mensagens e aparece aqui em casa sem avisar, mas hoje você não me ligou e nem mandou mensagens, e isso me chateou. Eu já estava meio mal quando acordei, mas quando vi que não tinha uma mensagem sua, fiquei um pouco mais mal. Passei o dia meio deprê esperando você falar comigo e nada. — Ele começou a bater os dedos na minha cintura de leve, causando-me algumas cóssegas na região. Meu corpo ficou ainda mais quente — Quando te mandei mensagem para falar da Rosalya, eu pretendia ir na festa em que vocês estariam para te ver, mas como ela cancelou, usei a desculpa da janta para te chamar.

Por que?!

Por que você sentiu a minha falta? Por que me chamou para vir aqui ao invés de sair e se divertir com outras pessoas? Por que não trouxe outra garota para a sua casa e se divertiu com ela a noite toda? Por que preferiu me chamar e me pedir para fazer macarrão para depois ficar deitado comigo na cama?!

Por que?!

— Não sabia que você sentia tantas saudades minhas. — Tentei falar em tomar descontraído, mas falhei miseravelmente. Eu estou nervosa demais para isso.

— E não sinto mesmo, mas hoje... Hoje foi meio inevitável não querer ficar perto de você. Acho que é porque nós temos passado muito tempo juntos desde o bar e eu acabei me acostumando a ter você me enchendo o saco.

— Que fofo. — Fiz um carinho em seus cabelos e depois lhe dei tapinhas na cabeça como se ele fosse um criança de cinco anos — Não fique assim, pequenino! A tia Lynn está aqui!

— Não tire sarro, gatinha, nós temos a mesma idade e eu sou o dobro do seu tamanho.

Levantei meu rosto o suficiente para olhá-lo e encostei nossas testas sem desviar o olhar do dele, e Nathaniel fez o mesmo. Ele colocou seus braços ao redor do meu corpo e eu pus minhas mãos em seu peito, me apoiando.

— Eu te odeio, gatinho. — Sussurrei, sentindo meus lábios quase roçarem nos seus. Ele sorriu mais e apertou meu corpo contra si.

— Eu te odeio, baixinha, gatinha, ou seja lá qual apelido eu vou manter.

— Eu gosto de gatinha. — Sorri e voltei a esconder meu rosto em seu pescoço. Nath começou a passar a mão pelas minhas costas por dentro da blusa e isso fez minha respiração falhar por um momento.

— Então vai ser baixinha.




Notas Finais


Desculpem o capítulo relativamente curto, mas eu precisava abrir espaço para o rascunho do próximo antes que a ideia fugisse da minha cabeça. Se eu fizesse tudo junto, o cap ia se perder um pouco.

Era romance que vocês queriam? POIS SAIBAM QUE O CAPITULO DE ROMANCE, ROMANCE MESMO NÃO É ESTE, OKAY?! SE LIGA.

"Nath começou a passar a mão pelas minhas costas por dentro da blusa"
Temos aqui um excelente momento para o sexo, não? Talvez um: "Meu corpo todo se arrepiou quando suas mãos chegaram perto no fecho do meu sutiã e começaram a passar por ele, como se estivesse pensando em abrí-lo".

Pena que vocês escolheram romance. Lembro-me de uma época em que queriam o trisal na cama e fod@-se.

XoXo


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