[Narrador Mode-On]
Geog estava sentado na cozinha sozinho, comendo uma maçã quando Bill aparece de repente.
- É com você mesmo que eu quero falar! – aponta para ele.
- Puta que pariu... – tosse, engasgado. - Você quase me matou de susto! – põe a mão no peito, respirando ofegante.
- Bom pra ver se você fica mais esperto. – ri, debochado. – E aí, descobriu?
- Descobri o que? – desconversa.
- Como assim o que! O por quê do Tom estar estranho.
Bill tinha certeza absoluta que Tom havia contado a Georg. Os dois sempre foram muito grudados e leais um ao outro. Mas sabia também que por isso, o baixista podia muito bem omitir as coisas a pedido do irmão.
- Ahh... – faz uma pausa. – Ele desconversou quando eu perguntei. – tenta ser convincente.
- E você deixou por isso mesmo? – Bill ergue a sobrancelha.
- O que você queria que eu fizesse? Ele não falou nada e eu não podia obrigá-lo. – olha para o relógio. – Vou subir, está quase na hora da Lily ligar. – inventa.
- Georg, espera!
- Fuso horário, Bill! – sobe as escadas correndo e vai direto para seu quarto.
Tom havia saído pra passear com Scotty no condomínio. Georg então tenta ligar no celular dele para avisar que Bill veio fazer interrogatório e provavelmente faria o mesmo com ele.
- Atende, Tom! – bufa. – Não é possível, cara...
O guitarrista não atendia. Provavelmente deixou o celular em casa, como sempre fazia.
- E agora, o que eu faço? – se pergunta. – Se eu sair atrás dele, Bill vai desconfiar... – passa a mão na cabeça, pensativo.
Enquanto isso, o vocalista andava de um lado para o outro da sala, impaciente. Odiava esperar e parecia que o irmão havia saído há uma eternidade.
- Tudo bem, Sr. Kaulitz? – pergunta Mary, vendo o desespero dele.
- Sim, tudo ótimo Mary... Assim que Tom chegar, diga a ele que eu estou na sala de jogos e precisamos conversar urgente.
- Pode deixar, eu falo sim!
Minutos depois, ele enfim chega.
- Olá Sr. Tom! Seu irmão disse que precisa urgente conversar e está lhe esperando na sala de jogos.
- O que ele quer?- ergue a sobrancelha, desconfiado.
- Não me disse nada. Pode deixar que eu levo o Scotty lá pra fora. – pega a coleira do cachorro.
- Lá vem bomba... – solta o ar com força e vai ao encontro do irmão.
Georg que vigiava da janela a chegada do amigo, desceu correndo para encontrá-lo antes de Bill. Só que já era tarde demais.
- Mary, cadê o Tom?
- Na sala de jogos conversando com o Sr Bill... E pelo visto o assunto é sério. – comenta.
- Droga!
O baixista então sai rumo a lateral da casa e sem fazer barulho senta em baixo da janela da sala de jogos.
- O que você tá fazendo aí? – aparece Gustav, que ri da posição de Georg entre as plantas.
- Shhhh! – balança as mãos. – Abaixa se não eles vão nos ver aqui! – cochicha.
- Será que dá pra me explicar o que tá acontecendo?
- É isso que eu quero descobrir.. Vamos ouvir o que eles estão falando.
Tom chega na porta e se depara com Bill sentado no fundo olhando fixamente para ele.
- O que você quer? – pergunta, seco e se espalha no puff lateral.
- Por que você não me contou que está apaixonado pela Alicia? – vai direto ao ponto.
- Do que você tá falando? – arregala os olhos.
- Eu já sei de tudo, Tom. – levanta-se.
- Você só pode estar ficando louco! Quem te disse uma coisa dessas?
- Não adianta negar! – levanta-se - Eu vi o histórico de busca do seu notebook. – bate no peito. - Agora sim eu entendo o seu ataque de nervos comigo por causa dela. - aponta para o irmão. – Achou mesmo que eu não ia descobrir? Eu te conheço como a palma da minha mão... Além do mais, seu jeito perto dela até disfarça, mas o que te denuncia são seus olhos. Sempre foi assim.
- Eu.. – abaixa a cabeça nas mãos, sem saber o que dizer. – Sei lá.
Do lado de fora, os G’s ouviam tudo e estavam completamente pasmos. Gustav, porque não sabia que Tom era apaixonado e Georg, porque não fazia ideia que Bill havia descoberto dessa forma.
- Olha, - senta-se ao seu lado. – eu sei que isso tudo é novo pra você e como deve estar se sentindo estranho...
- Tem horas que chega a me dar um pouco de medo. – faz uma pausa. - Eu não sei o porquê de tudo isso. Não compreendo a imensidão do meu desejo de vê-la o tempo todo... – olha para o irmão. - Acho que eu nunca fui tão eu mesmo perto de outra pessoa que não seja você ou os G’s.
- Você não sabe o quanto eu fico feliz em ouvir isso de você. – Bill sorri. – Já cheguei a pensar que esse dia nunca chegaria antes de você fazer uns... Sei lá, 60 anos. – ri, debochado fazendo o irmão esboçar um sorriso também. – E será que eu posso saber por que só contou pro Georg?
- Eu achei que você estava interessado nela e...
- De fato ela é linda e tem tudo o que eu gosto numa mulher, mas só consigo vê-la como amiga... – o corta. - Assim como vejo a Natalie. Amizade Tom, nada além disso.
- Agora eu consigo compreender melhor. Desculpa ter duvidado de sua palavra e por ter omitidos as coisas.
- Tudo bem, já passou. – levanta-se. – E eu vou te ajudar! – diz, animado. – Desde que seja real da sua parte ser feliz com ela, porque se for só mais um romance relâmpago, pode esquecer!
- Nunca que eu tenho chance com ela, Bill! Mesmo me conhecendo por esse tempo, certeza que ela ainda tem de mim a imagem de um galinha sem coração.
- Imagem da qual você construiu e fazia questão de esfregar na cara de todo mundo!
- Eu sei... Só que além do mais, tenho certeza que ela ainda gosta daquele babaca do Bruno.
- Mas isso tudo pode ser concertado... Quanto a ela gostar do Bruno, já não tenho tanta certeza. Vai por mim, já estamos confidentes o bastante e na certa falaria, caso sentisse algo por ele ainda.
- Eu aceito sua ajuda, só não quero fazer papel de ridículo.
- Você não irá, eu prometo. E vocês dois, já podem sair daí, seus bisbilhoteiros! – diz da janela para os G’s.
[Narrador Mode-Off]
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